Você costuma ir à feiras livres para comprar aquele queijo coalho que só se vende no mercado? Aí mora o perigo. O produto mal condicionado pode causar doenças que inclusive podem levar à morte a depender da imunidade do indivíduo, de acordo com a supervisora de alimentos da Vigilância Sanitária do Recife, Geise Belo.
A Vigilância Sanitária orienta que o consumidor deve observar as condições de higiene do local, do vendedor e principalmente as condições de embalagem, rotulagem e conservação dos produtos, além do prazo de validade. “Como o queijo é um produto perecível, deve ser mantido sob refrigeração. É importante observar se o queijo possui o carimbo do SIF ou SIE, selo de inspeção federal ou estadual, que certifica que o produto está sendo fabricado dentro dos padrões exigidos”, explicou a supervisora.
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Queijos mal conservados e que não são fabricados de acordo com as boas práticas, podem conter micro-organismos como os coliformes termotolerantes e até a salmonela. “Estes organismos podem ocasionar as chamadas doenças transmitidas por alimentos com sintomas como: diarreia, vômitos, náuseas, dores abdominais, entre outros, que dependendo das condições de imunidade do indivíduo podem levar até o óbito”, completou Geise Belo.
Para evitar esses problemas, além do cuidado na hora da compra, o queijo coalho não deve ser consumido cru. “Ele deve ser assado em chapas, frigideiras ou até no micro-ondas e as fatias não devem ser grossas para permitir que o centro do queijo receba o devido tratamento térmico”, orientou a supervisora.
De acordo com Geise, a Vigilância Sanitária realiza frequentemente inspeções no comércio de alimentos e em caso de encontrar produtos irregulares ou mal acondicionados. O consumidor pode colaborar denunciando locais ou comerciantes irregulares de alimentos através da Ouvidoria da Secretaria Municipal Saúde pelo 0800 2811520.
Apreensões – De janeiro a agosto deste ano, a Agência de Defesa e Fiscalização agropecuária de Pernambuco, Adagro, já apreendeu um total de 63.524 quilos de queijo. Depois da apreensão o produto é incinerado, de acordo com o Chefe da Unidade Estadual de Inspeção Animal, Ednaldo Siqueira.