Tópicos | quebra-gelo

Uma violenta tempestade de neve complicou nesta quinta-feira (25) a tentativa de resgate do quebra-gelo australiano "Aurora Australis", que ficou preso na Antártida com 68 pessoas a bordo.

O incidente ocorreu na manhã desta quarta-feira às 09h15 de Sydney (19h15 de Brasília de terça-feira), quando a imponente embarcação vermelha realizava uma missão de abastecimento da base australiana Mawson, assolada por ventos superiores a 130 km/h.

##RECOMENDA##

"No total, 68 membros da expedição e da tripulação estão a bordo, todos sãos e salvos", indicou em um comunicado a Divisão Antártica Australiana (AAD). "A tempestade de neve complica a avaliação dos danos, mas a tripulação já realiza uma inspeção a partir do interior" do navio, acrescentou.

O "Aurora Australis" ficou preso em West Arm, em Horseshoe Harbour, na Baía de Holmes.

A tripulação consertou um buraco "situado em uma zona do barco que não apresenta nenhum risco para a estabilidade do navio e também não há nenhum risco de perda de combustível", acrescentou a AAD.

"As tentativas de desencalhar o navio serão realizadas quando as condições meteorológicas se acalmarem. A tripulação precisará de ao menos três dias para realizar a avaliação completa do barco quando for recuperado", acrescentou a fonte.

A AAD declarou que o vento não deve soprar acima dos 55 km/h para poder transferir o barco ao continente branco. A tempestade deve se acalmar na noite desta quinta-feira.

A Austrália conta com três bases permanentes na Antártida - Mawson, Davis e Casey - assim como uma estação na ilha de Macquarie, que o "Aurora Australis" abastece habitualmente.

Um quebra-gelo chinês que na semana passada ficou preso durante uma tentativa de resgate de um navio de pesquisas científicas de bandeira russa na Antártida conseguiu romper o gelo e libertar-se nesta terça-feira, informou a mídia chinesa.

O Xue Long, ou Dragão de Neve, ficou preso no gelo na última sexta-feira, um dia depois de um helicóptero ter resgatado 52 cientistas, jornalistas e turistas a bordo do Akademik Shokalskiy, que ficou cercado de gelo na véspera de Natal. Eles foram transferidos então para um quebra-gelo australiano, que concluiu o resgate.

##RECOMENDA##

Hoje, o Xue Long conseguiu desprender-se do gelo com a ajuda de uma manobra que rompeu a crosta de gelo e abriu um canal de água, informou a agência de notícias Xinhua.

O navio russo, cuja tripulação permaneceu a bordo, também está conseguindo desvencilhar-se do gelo, segundo a agência de notícias Itar-Tass. Fonte: Associated Press.

Os passageiros de uma embarcação científica presa no gelo da Antártica seguiam esperando neste domingo o resgate do quebra-gelos australiano, que, no entanto, pode não ter potência suficiente para superar a espessa camada de gelo.

O "Akademik Shokalskiy" permanece imobilizado desde a última terça-feira uma centena de milhas náuticas a leste da base francesa Dumont d'Urville. Três barcos quebra-gelos se dirigiram ao local para tentar socorrê-lo, mas dois deles, o francês "L'Astrolabe" e o chinês "Snow Dragon", deram meia volta por falta de capacidade suficiente.

O "Snow Dragon" chegou no sábado a menos de 7 milhas náuticas do navio russo, mas precisou retroceder porque o gelo era muito espesso.

As 74 pessoas a bordo do "Akademik Shokalskiy", entre elas turistas, cientistas e a tripulação, agora depositam suas esperanças no quebra-gelos australiano "Aurora Australis".

"O navio avaliará suas possibilidades de romper o gelo para chegar ao 'Akademik Shokalskiy'", indicou à AFP a autoridade australiana de segurança marítima (ASMA).

Se não conseguir abrir passagem, "tentaremos utilizar o helicóptero a bordo do quebra-gelo chinês", acrescentou a autoridade.

Dos três quebra-gelos enviados à região, o australiano é o mais potente, mas isso não garante que conseguirá alcançar a embarcação russa. Pode romper o gelo de uma espessura de 1,60 metro, mas o "Akademik Shokalskiy" está preso por gelo de 3 metros de espessura.

Um dos responsáveis pela expedição russa, Greg Mortimer, indicou que os passageiros serão retirados com o helicóptero do "Snow Dragon" se o barco australiano não conseguir alcançá-los "nos próximos dias".

Os ventos do sudeste comprimiram o gelo, que agora é muito mais firme, e se houvesse ventos do oeste a pressão diminuiria.

Apesar do fracasso da operação de resgate, a atmosfera é positiva a bordo, onde os passageiros estão sãos e salvos. Outra das responsáveis pela expedição, Chris Turney, e o correspondente do The Guardian Alo Jha, criaram na internet um diário de bordo em tom jovial.

A bordo do barco russo viajam cientistas e turistas que reproduzem a expedição histórica à Antártica realizada há um século (1911-1914) pelo explorador australiano Douglas Mawson. Também realizam alguns experimentos daquela expedição.

A embarcação circulava em uma zona onde os barcos podem passar normalmente nesta época do ano, mas uma mudança brusca das condições climáticas conduziu a embarcação a uma zona de gelo espesso.

A expedição começou há três semanas e deveria chegar à Nova Zelândia no início de janeiro.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando