Você já ouviu falar em Ginga? É um Middleware Aberto do Sistema Nipo-Brasileiro de TV Digital (ISDB-TB) e Recomendação ITU-T para serviços IPTV. Mas o que isso significa? Isso quer dizer que ele é uma especificação de software criado especificamente para funcionar em TVs com ou sem acesso a internet, proporcionando recursos de interatividade entre sistema de comunicação e usuário. E o mais interessante: é uma engenhoca feita por brasileiros da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
O nome foi inspirado em uma qualidade nata dos brasileiros que são os nossos movimentos, ao andar, falar, dançar e com base no reconhecimento da cultura do país e na sempre latente luta por igualdade e liberdade do povo brasileiro. Pensando nisso, tornou-se um software livre de inclusão digital e social para TVs, visto que seus criadores veem esse meio de comunicação como um dos veículos presentes quase que na totalidade dos lares brasileiros.
##RECOMENDA##Observando isso, o Ginga tornou-se obrigatório para todas as TVs que saírem das lojas até 2013 e esse número deve alcançar a sua totalidade em breve. Alguns aparelhos já possuem a capacidade de rodar o Ginga e também existem aqueles que já chegam às lojas com o programa, como é o caso das de marca Sony, alguns modelos da Samsung e Semp Toshiba. E é simples identificar qual TV pode proporcionar essa interatividade, basta que ela possua o selo com a sigla DTVi, isso significa que o aparelho pode receber a transmissão por sinal digital.
As mudanças que o Ginga permite é a vantagem da interatividade em tempo real, deixando tudo ao toque de alguns botões do controle remoto. Através dessa tecnologia, o telespectador poderá, ao assistir programações da emissora, saber sobre a vida dos atores, ler notícias, ver fotos, interagir em enquetes, receber aplicativos e também baixá-los. Além da possibilidade de que qualquer empresa pode desenvolver sua versão do Ginga e embarcar na TV, basta seguir as especificações criadas pelas Universidades desenvolvedoras do software.
Para conseguir tal interatividade, a TV não precisa ter acesso à internet, basta receber o sinal digital. No entanto, o acesso à rede possibilita uma maior gama de funcionalidades. Funções como baixar aplicativos, utilizar o Twitter e interagir com alguns tipos de enquete, só são possíveis através de uma conexão de internet, mas basta ter o sinal digital para navegar na loja Sticker Center e através dela acessar aplicativos de empresas como Extra e Walmart, porém não é possível comprar produtos.
O Ginga já recebeu a adesão de emissoras como o SBT, Record e Globo, onde os telespectadores já podem usufruir dessa nova tecnologia apenas clicando em “ok” no controle remoto ao ver o ícone com a letra “i” no canto superior direito da tela e navegar através das teclas de navegação – setas - e ver o que tem disponível para ele entrar no universo interativo da televisão.
Para adquirir um aparelho que suporte a tecnologia Ginga, o valor médio do investimento é de cerca de R$ 300 a mais do que um aparelho que não possua sinal digital. No entanto, essa diferença de valores deverá cair à medida que a popularização do serviço seja alcançada.