Prefeito de Araripina, no Sertão de Pernambuco, Raimundo Pimentel (União Brasil) afirmou, nesta sexta-feira (12), que o governador Paulo Câmara (PSB) "perseguiu" sua gestão e tratou a cidade a "pão e água" durante seu mandato. Raimundo, que não é aliado do governador, aproveitou a coletiva onde anunciou dissidência partidária e o apoio à candidatura de Marília Arraes (SD) ao Governo Estadual, para dizer que os prefeitos opositores ao PSB foram tratados de forma 'injusta' pela atual administração.
Em sua fala, inclusive, Raimundo pontuou ter sido retaliado até durante a divisão das vacinas contra a Covid-19.
##RECOMENDA##“Quero tratar esse momento como uma conclamação a todos os prefeitos que, assim como eu, sofreram na pele as perseguições, os maus tratos e abandonos que fomos submetidos nesses oito anos. Os prefeitos que discordaram do posicionamento político que foi dado a partir de 2014 [da escolha de Paulo Câmara pelo PSB]; os prefeitos que tomaram rumos diferentes, a partir de 2014 para cá, e foram tratados de uma forma absolutamente injusta e cruel, assistiram seus municípios serem tratados a pão e água”, cravou.
“A Araripina foi negado tudo, inclusive vacina. Uma distribuição injusta visando um projeto de marketing, no momento em que se deveria salvar vida humanas... Os prefeitos não aliados do PSB assistiram seus municípios perderem o FEM, que a partir de 2014 não obedeceu um critério de importância para a população, mas de alianças”, emendou Raimundo. Ao se referir ao Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Municipal (FEM), criado pelo ex-governador Eduardo Campos.
Raimundo Pimentel está cumprindo o segundo mandato como prefeito de Araripina. Ele foi eleito em 2016 pelo PSL, hoje União Brasil, e reeleito em 2020. Ex-deputado estadual, Raimundo foi filiado ao PSB até 2015.
O LeiaJá entrou em contato com o Governo de Pernambuco para questionar sobre as afirmações do prefeito, mas até o momento da publicação não recebeu respostas. O espaço segue aberto.