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A correção dos ativos após a euforia de ontem, quando os investidores repercutiam o anúncio do plano europeu para minimizar a crise da dívida e bancária na região, e a continuidade da queda do dólar em relação ao real (-1,41%, a R$ 1,68 no balcão) favorecem, momentaneamente, o quadro inflacionário doméstico, provocando a devolução de prêmios ao longo de toda a curva a termo de juros futuros. Além disso, em um dia de agenda esvaziada, mas com o IGP-M mostrando desaceleração, o mercado de juros voltou a se concentrar na calibragem das apostas para o tamanho do ciclo de afrouxamento monetário.

Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (351.370 contratos) estava em 10,34%, na mínima, de 10,39% no ajuste, e o DI janeiro de 2014, com giro de 77.985 contratos, indicava mínima de 10,64%, ante 10,70% na véspera. Os longos também estavam nas mínimas, com a taxa projetada pelo DI janeiro de 2017 (29.450 contratos) em 11,21%, de 11,29% ontem, enquanto o DI janeiro de 2021 (3.780 contratos) cedia a 11,26%, de 11,33% no ajuste.

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Internamente, o IGP-M mostrou-se mais amigável, ao subir 0,53% em outubro, abaixo do 0,65% de setembro. E o dado veio acompanhado por um arrefecimento do IPC, que apresentou alta de 0,26%, ante avanço de 0,59%, na mesma base de comparação. No IPA, os preços dos produtos agrícolas atacadistas tiveram alta de apenas 0,04%, apontando um arrefecimento significativo do 1,57% observado em setembro. Por outro lado, a inflação dos produtos industriais ganhou fôlego no atacado (+0,91%), após alta de 0,45% no mês passado.

No exterior, os três indicadores conhecidos hoje nos Estados Unidos acabaram se anulando, visto que um ficou abaixo do esperado, outro veio em linha e o último apresentou melhora. A renda pessoal dos norte-americanos subiu 0,1% em setembro, após queda mensal de 0,1% em agosto, e ante previsão de +0,3%. Os gastos subiram 0,6%, dentro do esperado. Já o índice de sentimento do consumidor Reuters/Universidade de Michigan de outubro subiu para 60,9, de 59,4 em setembro e de 58,5 projetado por analistas.

Na Europa, após o anúncio do plano para reduzir a dívida grega, recapitalizar os bancos da região e aumentar o poder de fogo da Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF), a discussão agora se dá em torno da origem do dinheiro para implementar tais medidas. Os europeus tentam convencer os chineses a contribuir com o plano comprando títulos da EFSF, enquanto os brasileiros já acenaram com possibilidade de ajuda via FMI. Em qualquer um dos modelos, parece que parte da conta ficará a cargo dos emergentes. Esses assuntos devem ser discutidos na próxima semana, no encontro de líderes do G-20 em Cannes, na França.

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