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O governo da Argentina anunciou nesta quinta-feira que elevou sua expectativa para avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do país neste ano, de 7% a 8%.

O ministro da Economia, Martín Guzmán, disse que há um crescimento dos investimentos no país e também apontou para aumento nas reservas, de US$ 7,5 bilhões até agora em 2021, informou a agência oficial Télam.

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Guzmán demonstrou ainda otimismo com o mercado de trabalho. Ele citou que o emprego com registro cresceu 19.800 postos em maio, com avanço de 1,6% na comparação anual.

O presidente Jair Bolsonaro se atrapalhou nesta quinta-feira, 21, ao comentar as projeções para o crescimento da economia brasileira durante a pandemia.

"Alguns projetam um crescimento de 5% positivo esse ano... Se 5% é positivo e o ano passado foi 4% negativo, crescemos 9%. É um milagre. É uma coisa inacreditável", disse Bolsonaro à Rádio Jovem Pan Itapetininga.

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Pelas contas do presidente, a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, por causa dos efeitos à pandemia, somada à alta de 5% neste ano (com base nas expectativas do mercado) resultaria no "milagre" de 9% de crescimento nos dois anos.

No ano passado, o resultado de queda de 4,1% foi o maior tombo desde o início da série histórica atual do IBGE, iniciada em 1996. Considerando a série histórica anterior, iniciada em 1948, o tombo de 4,1% em 2020 foi o maior em 30 anos e o terceiro pior resultado anual da história econômica do Brasil. As maiores retrações já registradas ocorreram em 1981 e 1990, quando houve queda de 4,3% do PIB em ambos os anos.

O Banco Central (BC) atualizou nesta quinta-feira, 24, sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. A expectativa para a economia no próximo ano passou de alta de 3,6% para elevação de 4,6%. A nova estimativa consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta manhã.

Entre os componentes do PIB para 2021, o BC alterou de expansão de 2,0% para 2,5% a projeção para a agropecuária. No caso da indústria, a estimativa passou de elevação de 6,4% para 6,6% e, para o setor de serviços, de aumento de 2,8% para 3,8%.

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Do lado da demanda, o BC alterou a estimativa do consumo das famílias de crescimento de 3,5% para 4,0%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi de elevação de 1,2% para 0,4%.

O documento agora divulgado indica ainda que a projeção de 2021 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia - foi de alta de 5,1% para 8,1%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em março.

Transações correntes

O Banco Central também atualizou, por meio do RTI, suas projeções para o balanço de pagamentos em 2021. A projeção para o resultado em transações correntes do País foi de superávit de US$ 2 bilhões para US$ 3 bilhões. A estimativa anterior constou no RTI de março.

Já a projeção para o Investimento Direto no País (IDP) neste ano foi mantida em US$ 60,0 bilhões.

Conforme o RTI publicado nesta quinta, a estimativa para o investimento de estrangeiros em carteira (renda fixa e ações) em 2021 passou de saldo positivo de US$ 10 bilhões para saldo positivo de US$ 21 bilhões.

Entre os componentes da conta de transações correntes, o BC informou que sua projeção para o superávit comercial este ano foi mantida em US$ 70 bilhões. Já a estimativa para a rubrica de serviços passou de saldo negativo de US$ 22 bilhões para saldo também negativo de US$ 19 bilhões. No caso da conta de renda primária, o saldo projetado passou de negativo em US$ 47 bilhões para déficit de US$ 51 bilhões.

Crédito

O Banco Central promoveu ajustes em suas projeções para o mercado de crédito em 2021. A instituição alterou, no RTI, sua projeção para o saldo total de crédito este ano de alta de 8,0% para elevação de 11,1%.

Dentro do crédito total, a projeção do saldo de operações com pessoas físicas passou de alta de 11,5% para elevação de 13,5%. No caso das empresas, a expectativa foi de alta de 3,4% para 8,0%.

Já a projeção para o saldo de crédito livre - aquele que não utiliza recursos da poupança ou do BNDES - passou de alta de 11,1% para elevação de 13,5%. Dentro do crédito livre, a projeção para o crédito às pessoas físicas foi de alta de 12,0% para alta de 14,0%. No caso das pessoas jurídicas, passou de elevação de 10,0% para avanço de 13,0%.

A projeção do BC para o saldo de crédito direcionado, que utiliza recursos da poupança e do BNDES, passou de +3,7% para +7,7%. Dentro do crédito direcionado, a projeção do saldo para as pessoas físicas foi de alta de 11,0% para avanço de 13,0%. No caso das pessoas jurídicas, a projeção passou baixa de 7,0% para estabilidade em 0,0%.

Atividade econômica e pandemia

O Banco Central divulgou no Relatório Trimestral de Inflação um box em que avalia a conexão entre o nível de atividade econômica e a intensidade da pandemia. "O modelo indica que recentemente houve uma redução da sensibilidade da atividade econômica à intensidade da pandemia. Esse fato pode estar ligado à surpresa positiva com os dados da atividade econômica no período", afirma a instituição.

Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2021. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de alta de 4,85% para elevação de 5,00%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,52%. Para 2022, o mercado financeiro alterou a previsão do PIB de expansão de 2,20% para 2,10%. Quatro semanas atrás, estava em 2,30%.

No Focus divulgado nesta segunda-feira (21), a expectativa para a produção industrial de 2021 passou de crescimento de 6,11% para 6,20%. Há um mês, estava em elevação de 5,50%. No caso de 2022, a estimativa de avanço da produção industrial saiu de 2,50% para 2,43%, ante 2,30% de quatro semanas antes.

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A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 segue em 62,10%. Há um mês, estava em 63,50%. Para 2022, a expectativa passou de 64,32% para 64,22%, ante 66,00% de um mês atrás.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje uma manutenção na projeção para o resultado primário do governo neste e no próximo ano. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano segue em 2,52%. No caso de 2022, permanece em 1,80%. Há um mês, os porcentuais estavam em 3,00% e 2,00%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 foi mantida em 6,82%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, permanece em 6,58%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 7,30% e 6,65%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro revisaram a projeção para a balança comercial em 2021 de superávit comercial de US$ 68,00 bilhões para US$ 68,70 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 64,75 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit foi de US$ 60,00 bilhões para US$ 60,35 bilhões. Há um mês, estava em US$ 56,52 bilhões.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 passou de déficit de US$ 270 milhões para déficit de US$ 540 milhões, ante US$ 530 milhões de um mês antes. Para 2022, a projeção de rombo foi de US$ 18,60 bilhões para US$ 18,51 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,00 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 foi de US$ 58,90 bilhões para US$ 58,15 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,01 bilhões. Para 2022, a expectativa foi mantida em US$ 66,99, ante US$ 63,00 bilhões de um mês antes.

O avanço de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no primeiro trimestre de 2021 ante o quarto trimestre de 2020 fez a economia brasileira voltar a operar no mesmo patamar do quarto trimestre de 2019, no pré-pandemia de Covid-19, informou nesta terça-feira (1°) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado foi o terceiro trimestre seguido positivo, depois dos recuos no primeiro (-2,2%) e no segundo (-9,2%) trimestres de 2020, ano em que a economia encolheu 4,1%.

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Apesar da melhora, o PIB ainda está 3,1% abaixo do ponto mais alto da atividade econômica do País, alcançado no primeiro trimestre de 2014.

Revisões

O IBGE anunciou que revisou o PIB do terceiro trimestre de 2020 ante o segundo trimestre de 2020, que passou de 7,7% para 7,8%.

O órgão também revisou a taxa do PIB do primeiro trimestre de 2020 ante o quarto trimestre de 2019, de queda de 2,1% para queda de 2,2%.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescerá 3,7% em 2021 e 2,5% em 2022, impulsionados pela recuperação do consumo das famílias e de investimentos. Em relatório sobre perspectivas econômicas, a entidade também prevê que a inflação ao consumidor avançará a 6,2% este ano, antes de desacelerar a 4% no próximo.

Segundo a análise, o agravamento do coronavírus nos últimos meses complicou os prospectos para as políticas fiscal e monetária. O documento cita a falta de coordenação na resposta à doença, que tem feito a crise sanitária piorar, em meio a um processo lento de distribuição de vacinas. De qualquer forma, "dados recentes apontam para efeito mais fraco da pandemia sobre a atividade econômica em comparação com um ano atrás", destaca.

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A OCDE acredita que a atividade ficará "deprimida" no primeiro semestre, mas deve registrar forte retomada a partir da segunda metade do ano. Para a Organização, o volume considerável de poupança das famílias ajudará a limitar o impacto do desemprego alto na renda. "No geral, a taxa de atividade permanecerá significativamente abaixo dos níveis pré-crise, mantendo milhões trabalhadores fora do mercado de trabalho", ressalta.

Na seara comercial, as exportações se beneficiarão do ambiente global favorável à demanda por alimentos e minerais, diz a OCDE. Já as importações dependerão da melhora na demanda doméstica.

Reformas

A OCDE também avalia que o Brasil deve implementar reformas nos gastos obrigatórios e nas regras de indexação para criar espaço fiscal, com objetivo de financiar políticas que acelerem o crescimento econômico de longo prazo.

No relatório, a Organização afirma que o País pode estender os gastos sociais por meio do redirecionamento das despesas atuais, entre elas subsídios a crédito e desoneração da folha de pagamentos para alguns setores.

Para a entidade, as medidas sociais devem ser prolongadas até que a pandemia esteja sob controle. "Encontrar o equilíbrio certo entre proteger os pobres e garantir finanças públicas sustentáveis será o principal desafio político em 2021", considera.

A OCDE acrescenta que a melhora das regulações internas e uma maior integração com as cadeias globais de valores teriam potencial para otimizar a competição e reduzir os custos com bens intermediários e de capitais. Ressalta ainda que, para melhorar o desempenho do mercado de trabalho, é importante expandir acesso à educação infantil e aumentar recursos para cursos de treinamento.

"Em relação ao apoio às empresas, o crédito bancário vem aumentando devido aos baixos níveis de taxas de juros e medidas emergenciais que mitigaram os efeitos da crise da covid-19", destaca.

O documento pontua que o endividamento das empresas e famílias seguem moderadas e que os níveis de capitalização dos bancos estão adequados. "No entanto, dada a provável crise prolongada, pode ser necessário prolongar as medidas de apoio financeiro às empresas e aumentar ou manter o relaxamento", aponta.

Teto e medidas contra a covid

A exclusão das medidas relacionadas à covid-19 da regra do teto fiscal deve ser usada com cautela no Brasil, porque pode elevar a volatilidade nos mercados financeiros e as incertezas políticas, avalia a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

O governo, portanto, deve tornar a flexibilização temporária e estritamente relacionada às despesas da covid-19, na visão da OCDE. "A credibilidade das políticas públicas será importante para continuar atraindo investimentos estrangeiros e limitar a depreciação da taxa de câmbio", destaca.

Segundo a Organização, a situação social no País é "frágil", em meio ao agravamento da crise sanitária. "No lado positivo, uma rápida implementação do pacote infraestrutura e de estímulos fiscais no Estados Unidos vão impulsionar as exportações brasileiras e acelera a recuperação", prevê.

O otimismo com o crescimento econômico neste ano continua a aumentar e as projeções já alcançam 5,0%. O gatilho do movimento foi acionado por dados mais positivos dos setores da atividade no primeiro trimestre, principalmente em março, quando era esperada queda significativa em meio à piora da pandemia de Covid-19 e restrições ao funcionamento de estabelecimentos não essenciais. A melhora das estimativas do Produto Interno Bruto (PIB) decorre também dos efeitos da retomada global e do retorno mais rápido da mobilidade após decretos de isolamento. A onda pode ganhar amplitude com o resultado do PIB do primeiro trimestre, que será divulgado na terça-feira.

Na terça-feira passada, o Banco Fibra inaugurou as revisões para 5,0% - anteriormente a previsão era de 4,0%. Ontem, o Itaú Unibanco foi na mesma direção, informando também mudança na expectativa para o segundo trimestre, de queda de 0,1% para alta de 0,6%. Em 2020, o tombo do PIB brasileiro foi de 4,1%.

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O Fibra citou em relatório a "resiliência" da economia frente à segunda onda de covid-19 no primeiro trimestre em um contexto de vacinação "pouco satisfatório", que pode ser explicada, segundo o banco, pela taxa de juros real, recuperação do mercado de trabalho e cenário externo bastante favorável, além do câmbio depreciado favorecendo o setor externo.

O Itaú já vinha argumentando que a redução da taxa de poupança ante níveis extremamente elevados em 2020 e a retomada forte da economia global, impulsionando commodities, sustentavam a atividade, mesmo com a queda nos estímulos fiscais, favorecendo consumo e investimentos, respectivamente. "Há risco de novos recrudescimento da pandemia, mas avaliamos que o impacto econômico seria moderado, como verificado na segunda onda."

Estudo

O economista-chefe do ASA Investments, Gustavo Ribeiro, fez um estudo para avaliar o efeito da "despoupança" nos dados mais fortes do primeiro trimestre, mas a indicação é que o gasto dos recursos acumulados por precaução ou de forma circunstancial pelas famílias em 2020 foi mais rápido do que o esperado diante de um mercado de trabalho ainda fragilizado.

Logo depois dos dados setoriais de março, há cerca de duas semana, o ASA Investments já elevou a projeção para o PIB de 2021 de 2,6% para 4,5%. Por outro lado, Ribeiro observou que ainda existem temores relacionados à pandemia, que podem retardar uma ampla abertura da economia.

O economista-chefe do Bradesco, Fernando Honorato, comentou em debate virtual no início desta semana que, se o PIB do primeiro trimestre confirmar o desempenho do IBC-Br, as projeções do mercado devem migrar de 4,0% a 4,5% para 4,5% a 5,0%, ou até acima. O IBC-Br subiu 2,3% no primeiro trimestre ante o quarto trimestre, com ajuste sazonal, e 2,27% frente a igual período de 2020. O Bradesco, porém, só deve revisar oficialmente o cenário para o ano após o resultado do primeiro trimestre.

Mais cauteloso, o Santander Brasil revisou a projeção de 3,0% para 3,6%, também admitindo chances de alta. Segundo a economista-chefe, Ana Paula Vescovi, há dúvidas ainda sobre a "saída" da segunda onda da pandemia, uma vez que os indicadores da doença seguem em patamares ainda preocupantes. No boletim Focus desta semana, a mediana das projeções do mercado financeiro para o PIB de 2021 subiu de 3,45% para 3,52%.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Apesar do choque provocado pela pandemia do novo coronavírus, as atividades financeiras avançaram 4,0% no ano de 2020 em relação a 2019, enquanto as atividades imobiliárias cresceram 2,5%. Os dados são das Contas Nacionais apuradas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou nesta quarta-feira (3) o desempenho do PIB no ano passado.

As indústrias extrativas tiveram expansão de 1,3% no ano passado. O aumento na extração de óleo e gás mais do que suplantou a queda nos minérios ferrosos.

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O setor de informação e comunicação recuou 0,2% em 2020, a produção e distribuição de eletricidade, água e esgoto recuaram 0,4%, e o comércio encolheu 3,1%.

A indústria de transformação teve uma retração de 4,3% em 2020, enquanto a construção recuou 7,0%, puxada por uma perda nas obras de infraestrutura.

O segmento de transporte e armazenagem caiu 9,2%, e as outras atividades de serviços diminuíram 12,1%.

A agropecuária teve um avanço de 2,0% em 2020, puxado pelo bom desempenho das culturas de soja, café e milho.

Quarto trimestre

Conforme o IBGE, as atividades financeiras caíram 0,3% no quarto trimestre de 2020 ante o terceiro trimestre do ano, enquanto as atividades imobiliárias avançaram 0,8%.

As indústrias extrativas recuaram 4,7% na passagem do terceiro para o quarto trimestre de 2020, informação e comunicação subiram 3,8%, e produção e distribuição de eletricidade, água e esgoto recuaram 1,2%.

O comércio avançou 2,7% no quarto trimestre ante o terceiro, a indústria de transformação cresceu 4,9%, mas a construção recuou 0,4%.

O setor de transporte e armazenagem teve expansão de 6,2%, enquanto as outras atividades de serviços cresceram 6,8%.

O consumo das famílias caiu 5,5% em 2020 ante 2019. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta quarta-feira (3) os resultados das Contas Nacionais Trimestrais.

No quarto trimestre de 2020, o consumo das famílias subiu 3,4% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o consumo das famílias mostrou queda de 3,0%.

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O consumo do governo, por sua vez, caiu 4,7% em 2020 ante 2019.

No quarto trimestre de 2020, esse indicador subiu 1,1% contra o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o consumo do governo mostrou queda de 4,1%.

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 4,1% em 2020 ante 2019, informou nesta quarta-feira (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No quarto trimestre de 2020, o PIB cresceu 3,2% em relação ao trimestre imediatamente anterior. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o PIB encolheu 1,1% no quarto trimestre de 2020. O PIB de todo o ano passado somou R$ 7,4 trilhões, segundo o IBGE.

O PIB da indústria caiu 3,5% em 2020 ante 2019. No quarto trimestre do ano passado, o PIB da indústria subiu 1,9% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o PIB da indústria mostrou alta de 1,2%.

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Na agropecuária, o Produto Interno Bruto subiu 2,0% em 2020 ante 2019. No quarto trimestre de 2020, o PIB da agropecuária caiu 0,5% ante o terceiro trimestre. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o PIB da agropecuária mostrou queda de 0,4%.

O PIB de serviços caiu 4,5% em 2020 ante o ano anterior. No quarto trimestre de 2020, o PIB de serviços subiu 2,7% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o PIB de serviços mostrou queda de 2,2%, informou o IBGE.

O consumo das famílias, por sua vez, caiu 5,5% em 2020 ante 2019. No quarto trimestre de 2020, o consumo das famílias subiu 3,4% ante o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o consumo das famílias mostrou queda de 3,0%.

Já o consumo do governo caiu 4,7% em 2020 ante 2019. No quarto trimestre de 2020, esse indicador subiu 1,1% contra o terceiro trimestre do ano. Na comparação com o quarto trimestre de 2019, o consumo do governo mostrou queda de 4,1%.

A crise de 2020 deverá confirmar a saída do Brasil do grupo das dez maiores economias do mundo, como já mostrou outro levantamento do Ibre/FGV, de outubro do ano passado. O País deverá fechar o ano como a 12ª maior economia em termos de valor do PIB, ultrapassado por Canadá, Coreia do Sul e Rússia.

"Fica muito claro que o Brasil tem algum problema crônico e interno. É uma questão doméstica muito grave, que atribuo aos problemas que existem na gestão do Executivo e do Congresso, conflitos que persistem ao longo do tempo", diz o economista-chefe da agência Austin Rating, Alex Agostini.

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As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos cresceu à taxa anualizada de 4% no quarto trimestre de 2020, de acordo com a primeira leitura do indicador, divulgada nesta quinta-feira (28) pelo Departamento do Comércio do país. Apenas os gastos com consumo, que respondem por cerca de 70% do PIB americano, aumentaram 2,5% no último trimestre do ano passado.

No terceiro trimestre, o PIB dos EUA havia saltado 33,4%, depois de sofrer um tombo de 31,4% no trimestre anterior em meio aos efeitos da pandemia do novo coronavírus.

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O Departamento do Comércio informou também que o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) subiu à taxa anualizada de 1,5% no quarto trimestre. Já o núcleo do PCE, que desconsidera preços de alimentos e energia, avançou 1,4% no mesmo intervalo. Uma segunda estimativa dos dados de PIB e PCE do quarto trimestre serão divulgados em 25 de fevereiro. (Com informações da Dow Jones Newswires).

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou, no dia 16 de dezembro, o estudo feito sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dos municípios brasileiros em 2018. A pesquisa coloca Belém na 13 pªosição, em comparação com PIB de outras capitais.

No entanto, quando se fala em PIB per capita — considerado um indicador do desenvolvimento econômico do município, por fazer a proporção do PIB municipal pelo número de habitantes — a capital aparece na última colocação do país, com R$ 21,2 mil. Brasília, Vitória e São Paulo são as três primeiras.

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Realizado pelo IBGE em colaboração com os órgãos estaduais de estatística, as Secretárias Estaduais de Governo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), esse estudo também mostra que Belém é município com maior PIB absoluto (R$ 31,5 bilhões), no Pará, embora a capital paraense contribua com apenas 19,5% para o PIB do Estado. Belém está entre as doze capitais com PIBs que representam menos de 30% do agregado dos Estados, atrás de Palmas (TO), 26,4%; e Recife (PE), 28,1%.

Segundo o mestre em Economia pela UNAMA - Universidade da Amazônia, e professor da instituição, João Claudio Tupinambá Arroyo, o PIB é  a soma geral de tudo que é produzido de bens e serviços. “A partir de 2016, a queda da renda das famílias deu-se pela interrupção da política de correção do salário mínimo acima da inflação e da reforma previdenciária e trabalhista. Assim reduziu direitos dos trabalhadores assalariados, os quais formam a massa dos consumidores”, disse o economista quando perguntado sobre os fatores que levaram a baixa do PIB per capita. Ele explicou que em um mercado capitalista a produção está ligada com a perspectiva de vender e lucrar sobre o produto.  “O que orienta a produção é o consumo e não a necessidade. Como o consumo é proporcional à renda disponível das famílias, e esta vem caindo forte desde 2016, o principal fator de estímulo à produção induziu a queda da produção, portanto do PIB”, aponta.

Na prática, a baixa do PIB per capita significa para o cidadão o agravamento das desigualdades socioeconômicas, aumento do desemprego e redução da renda. “Representa aumento das desigualdades socioeconômicas e o retorno a políticas que favorecem apenas o setor exportador, voltando a um quadro econômico colonial prejudicial os empresários. Estes dependem da economia interna e precisam que os brasileiros tenham renda para consumir”, explicou o professor Arroyo.

O município de Vitória do Xingu ficou em primeiro lugar, com R$ 292 mil de PIB per capita, devido ao alto valor monetário da energia produzida pela Usina de Belo Monte e a reduzida população do município. O mesmo ocorre com Canaã dos Carajás (R$ 197 mil) e Parauapebas (R$79 mil), em virtude da extração mineral. Enquanto Terra Alta (R$ 6,1 mil) e Cachoeira do Piriá (R$ 5,4 mil) ficaram nas duas últimas colocações.

O professor João Arroyo lembra que os setores não são afetados da mesma forma, por exemplo, se há crise no setor interno, no geral o setor externo está bem. Ele diz também que a economia é um processo sistêmico, o qual depende de políticas federais. Porém é importante os governos estaduais e municipais reduzirem as perdas de renda. “Acontece que quando a economia interna cai, a qualidade de vida da grande maioria também cai. E se ainda não há investimento em educação, principal processo de internalização de riqueza, o quadro se agrava depreciando as oportunidades, a saúde e a segurança pública”, conta.

Há medidas que podem ser tomadas para mudar esse quadro. Segundo o professor Arroyo, a principal delas é o retorno da política de correção do salário mínimo acima da inflação. Também são ações relevantes: “Forte investimento em educação e tecnologia local para fixação local da riqueza. Oferta de microcrédito/crédito popular para aquecer a produção de baixo para cima. Dirigir as compras governamentais para empresas locais, com prioridade para as comunidades e empresas médias e pequenas onde mais se gera trabalho e emprego”, diz o economista.

Por Carolina Albuquerque.

 

O governo da Coreia do Sul espera que a economia do país tenha forte recuperação em 2021, graças a exportações robustas e medidas de estímulos, depois de apresentar seu pior desempenho em mais de duas décadas em meio à pandemia do novo coronavírus.

Estima-se que o Produto Interno Bruto (PIB) da quarta maior economia asiática crescerá 3,2% no próximo ano, após se contrair 1,1% em 2020, segundo relatório semestral divulgado pelo Ministério de Economia sul-coreano nesta quinta-feira (17). A queda do PIB prevista para este ano seria o pior resultado desde a crise financeira da Ásia de 1997 e 1998.

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Para a inflação, a projeção é que a taxa acelere de 0,5% este ano para 1,1% em 2021, ficando abaixo da meta do banco central do país, de 2%. O governo sul-coreano também prevê aumento nas exportações de 8,6% em 2021, após uma redução estimada em 6,2% em 2020. Fonte: Dow Jones Newswires.

O auxílio emergencial de R$ 600 mensais para trabalhadores informais, medida para mitigar a crise causada pela Covid-19, e o aumento nas concessões de crédito para pessoas físicas impulsionaram o consumo das famílias, contribuindo para uma retomada da economia no terceiro trimestre mais vigorosa do que o esperado no início da crise.

As famílias brasileiras consumiram 7,6% mais de julho a setembro, em relação ao trimestre imediatamente anterior, após do tombo de 11,3% no segundo trimestre e de 2% no primeiro, de acordo com dados do IBGE.

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A melhora na demanda doméstica incentivou tanto a produção quanto a venda de alimentos, eletrodomésticos e artigos de mobiliário, turbinando o desempenho da indústria de transformação e do comércio no terceiro trimestre. As duas atividades praticamente já retornaram aos níveis pré-pandemia.

A coordenadora de Contas Nacionais no IBGE, Rebeca Palis, lembra que a indústria foi praticamente paralisada pela pandemia no segundo trimestre, enquanto o comércio não chegou a perder tanto, em função da ajuda do auxílio emergencial. Como as famílias continuaram a consumir, o IBGE percebeu uma redução nos estoques, o que ajuda a explicar também essa reação mais forte da indústria de transformação no terceiro trimestre.

Com as medidas de isolamento social, as famílias deixaram de consumir serviços antes cotidianos, penalizando o desempenho de setores como alojamento, alimentação, serviços pessoais e recreação. Com menos gastos fora de casa, houve um aumento na poupança. Essa reserva financeira, conquistada especialmente pelas famílias de renda mais alta, ajudou a impulsionar a aquisição de bens duráveis.

"A vacina é mais fundamental para o consumo de serviços do que para o comércio. O consumo represado pelo comércio consegue ser recuperado no momento seguinte. Nos serviços não há esse efeito de estocagem. Quem não viajou não viajará duas vezes, quem não almoçou fora não vai almoçar duas vezes", lembrou o economista Fabio Bentes, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Serviços

O desempenho dos serviços foi o responsável pela retomada do terceiro trimestre não ter sido suficiente para recuperar as perdas do primeiro semestre, afirmou Rebeca, do IBGE. Os serviços respondem por 73,5% da economia brasileira. A pandemia afetou especialmente o desempenho dos serviços prestados às famílias e o transporte de passageiros.

"Mesmo que tenham acabado as restrições (ao funcionamento de alguns serviços), obviamente que tanto a oferta e também a demanda não voltaram aos patamares pré-pandemia", disse Rebeca, acrescentando que as pessoas estão deixando de ir ao salão de beleza e ao cinema, por exemplo.

Novas restrições de funcionamento decorrentes do atual agravamento da pandemia em cidades importantes, como São Paulo e Rio, podem frear o ritmo de recuperação do consumo nos próximos trimestres, assim como a extinção do auxílio emergencial em meio a um mercado de trabalho ainda precário.

"Várias cidades estão fechando outra vez. Isso tudo prejudica a atividade econômica, mas é melhor salvar vidas. No próximo ano o PIB vai crescer, mas porque tem uma base de comparação muito baixa", avaliou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

No terceiro trimestre, o consumo das famílias ficou 6,0% abaixo do patamar do terceiro trimestre do ano anterior. As famílias compraram mais bens não duráveis e praticamente mantiveram o consumo de não duráveis, mas diminuíram em 9,7% o consumo de serviços e em 14,6% o de produtos semiduráveis, de acordo com os cálculos do Monitor do PIB-FGV.

A manutenção do auxílio emergencial após janeiro, ou sua substituição por um programa mais abrangente do que o Bolsa Família, divide economistas. O grupo que defende a prorrogação, apesar da ampliação do rombo nas contas públicas, vê a elevação da dívida pública e a desconfiança de agentes do mercado como menos preocupantes, já que vários países estão tomando medidas desse tipo e que os juros estão baixos no mundo todo.

"Se retiramos o auxílio de maneira súbita, que é o cenário que se coloca hoje, vamos entrar em recessão em 2021 de novo", afirmou José Oreiro, professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Brasil ficou em 25.º lugar em um ranking de 51 países medidos pelo desempenho dos seus PIBs no terceiro trimestre, segundo a agência de classificação de risco Austin Rating. Com crescimento de 7,7%, o Brasil está na 25ª posição, logo atrás de Polônia (+7,9%), Filipinas (+8,0%), Israel (+8,4%), Alemanha e Ucrânia (ambas com crescimento de 8,5%).

Os Estados Unidos aparecem duas posições atrás do Brasil, no 27º lugar, com uma alta de 7,4%. Na América do Sul a Colômbia aparece em melhor colocação, no 19º lugar, com crescimento de 8,7% do PIB do terceiro trimestre.

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Os três primeiros lugares do levantamento são ocupados por Tunísia (19,8%), França (18,7%) e Malásia (18,2%). Em seguida vêm Espanha (+16,7%) e Itália (+15,9%) fortemente atingidas pela covid-19 no início do ano e depois por uma segunda onda da doença. Já a lanterna do ranking vem ocupada por Arábia Saudita (1,2%) e Coreia do Sul (2,1%).

A China aparece no 48º lugar no ranking, com um crescimento de apenas 2,7% no trimestre. O crescimento da economia brasileira ficou abaixo da média geral do ranking, de alta de 8,4%, mas bem acima da média dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), de crescimento de 5,2%.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O Produto Interno Bruto (PIB) da indústria subiu 14,8% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que anunciou nesta quinta-feira (3) os resultados das Contas Nacionais Trimestrais. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o PIB da indústria mostrou queda de 0,9%.

Com comportamento oposto, o PIB da agropecuária caiu 0,5% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o PIB da agropecuária mostrou alta de 0,4%.

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Já o PIB de serviços subiu 6,3% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, o PIB de serviços mostrou queda de 4,8%.

Exportações

As exportações diminuíram 2,1% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020, segundo o IBGE. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, as exportações registraram queda de 1,1%.

As importações contabilizadas no PIB, por sua vez, caíram 9,6% no terceiro trimestre de 2020 em relação ao segundo trimestre de 2020. Na comparação com o terceiro trimestre de 2019, as importações mostraram queda de 25%.

A contabilidade das exportações e importações no PIB é diferente da realizada para a elaboração da balança comercial.

No PIB, entram bens e serviços, e as variações porcentuais divulgadas dizem respeito ao volume. Já na balança comercial, entram somente bens, e o registro é feito em valores, com grande influência dos preços.

Os resultados do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 mostram que 15 estados tiveram aumento do volume acima da média nacional de 1,8%. A maior alta foi no Amazonas (5,1%) e Sergipe foi a única unidade da federação que perdeu volume do PIB, com uma queda de 1,8% no quarto ano seguido de resultado negativo. Nos outros estados, as altas ficaram abaixo do índice nacional.

Os dados integram as Contas Regionais 2018, publicadas nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que são elaboradas em parceria com órgãos estaduais de estatística, secretarias estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

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De acordo com o IBGE, com o maior crescimento de volume, o Amazonas é um exemplo do bom resultado do Norte do país, região onde houve a maior elevação em volume do PIB (3,4%). Entre os cinco primeiros do ranking, estão os estados nortistas de Roraima (4,8%) e de Rondônia (3,2%).

Para o técnico do instituto Luiz Antônio de Sá, fatores diferentes contribuíram para o crescimento em cada um desses estados. No Amazonas, que tem um perfil considerado atípico na região, em consequência da forte influência da atividade de indústrias de transformação, o segmento de equipamentos de informática influenciou o avanço de 8,8% na passagem de 2017 para 2018. “Por conta da Zona Franca de Manaus, o estado tem um destaque não só regional, como nacional”, afirmou.

O perfil de Roraima é mais concentrado nas atividades de serviço, que impulsionadas principalmente pelo comércio e pela administração pública, tiveram alta de 4,4%. “Houve um crescimento populacional importante, um movimento de recebimento de imigrantes, e isso acabou influenciando no consumo”, disse o técnico.

No outro destaque da região, Rondônia também registrou crescimento nas atividades industriais (4,8%), impulsionado pela geração de energia elétrica. Mato Grosso (4,3%) e Santa Catarina (3,7%) completam o ranking dos cinco primeiros estados com melhor desempenho.

Perdas

Questões de condição climática adversas em 2018 e o desempenho econômico contribuíram para o resultado negativo em Sergipe, que teve queda 1,8%, no quarto ano seguido com resultado negativo. . “A falta de chuvas provocou uma queda brusca na produção agrícola do estado e a agricultura perdeu 34,7% em volume”, disse Sá.

Ainda no estado, as atividades de serviços também influenciaram o desempenho abaixo da média nacional e contribuíram para a queda. Esse é o grupo de atividade que mais cresceu na economia nacional e foi muito influente, sobretudo em estados com indústria menos desenvolvida, como é o caso do Sergipe. O índice sergipano ficou abaixo da média nacional (2,1%), crescendo 0,2%. Mesmo não sendo tão influente no estado, a indústria também não contribuiu e teve recuo de 2,6%.

As Contas Regionais 2018 mostram ainda que alguns estados perderam participação no PIB nacional, como é o caso de São Paulo com menos 0,6 ponto percentual do total do país. Foi o segundo ano consecutivo, que a unidade da federação registrou a maior perda de valor relativo. “Geralmente, os estados maiores têm maior capacidade de oscilações de participação. São Paulo teve uma queda de participação equivalente ao valor do PIB de Rondônia, por exemplo”, observou o técnico do IBGE.

Conforme o instituto, entre as atividades que contribuíram para a perda de participação de São Paulo, houve destaque para atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados. O estado representa mais de 50% do total nacional da atividade. “Essa atividade perdeu participação em 2017 e 2018, principalmente, por conta da diminuição das taxas de juros.”

Sudeste

A pesquisa mostrou também que a Região Sudeste, que é a mais habitada do país, foi a única com variação em volume inferior (1,4%) ao índice nacional. Nessa região, apenas o Espírito Santo (3%) cresceu acima da média nacional. Além do Norte (3,4%), houve avanço no Centro-Oeste (2,2%) e no Sul (2,1%). Já o Nordeste cresceu o mesmo que a média brasileira (1,8%).

O IBGE destacou que, mesmo com crescimento abaixo da média, o Sudeste aumentou sua participação na economia brasileira em 2018. Saiu de 52,9% para 53,1% em relação ao PIB nacional. A elevação tem relação com os desempenhos do Rio de Janeiro e do Espírito Santo, que somaram mais 0,6 e mais 0,3 ponto percentual, respectivamente, e foram os dois estados com maior acréscimo em valor relativo.

A Região Sul, por causa da contribuição de Santa Catarina, também avançou sua participação, com 0,1 ponto percentual. Já as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste com queda de 0,1 ponto percentual cada, perderam participação no PIB.

Renda

A remuneração dos empregados, principal componente do indicador de renda, perdeu participação, na análise por essa ótica, em relação ao ano anterior a 2017. Passou de 44,3% para 43,6% do PIB brasileiro em 2018. De acordo com o IBGE, é o segundo resultado negativo consecutivo.

O motivo, segundo Sá, é a queda no número de ocupações com vínculo. A região que mais influenciou essa perda de participação foi o Sul, onde a participação da remuneração dos empregados era de 42,7% em 2017 e foi para 42% em 2018. No Sudeste, que sai de 43,9% para 42,8%, os estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo foram os que puxaram o índice, por causa das indústrias extrativas.

Per capita

O PIB per capita do país em 2018 ficou em R$ 33.593,82. O IBGE informou que o resultado significa aumento de 5,9% em valor na comparação com 2017, quando era R$ 31.712,65.

O Distrito Federal permaneceu na liderança, com R$ 85.661,39. O valor é cerca de 2,5 vezes maior que a média nacional. Entre os dez primeiros no ranking do PIB per capita, se destacam estados das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, repetiu nesta terça-feira (20) que a recessão brasileira de 2020 causa pela pandemia de Covid-19 deve ser menor que a prevista nos primeiros meses da crise, quando analistas chegaram a prever um tombo de até 10% no Produto Interno Bruto (PIB).

"O PIB deve cair 4% ou 4% e pouco neste ano. Temos ainda dois meses para confirmarmos esse desempenho", afirmou, em participação em evento organizado pelo Milken Institute, que não constava na agenda do ministro e nem havia sido informada pela assessoria da pasta.

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Guedes voltou a enfatizar a necessidade de acelerar a agenda de privatizações e afirmou que o governo pretende fazer um "road show" com o programa de investimentos e desestatizações. "No primeiro ano em meio de governo fizemos nosso dever de casa e agora vamos fazer um road show de investimentos", completou.

O ministro voltou a palestrar sobre as medidas tomadas pelo governo brasileiro para preservar empregos e garantir renda para a população durante a pandemia de Covid-19. Guedes mais uma vez garantiu que as reformas voltaram a andar e lembrou que o Congresso está funcionando normalmente.

"A independência do BC é um sonho que tenho há 40 anos, estamos perto, faltam semanas para a votação. Estamos trabalhando juntos para modernizar importantes marcos regulatórios e para votar reformas estruturais", acrescentou.

Guedes também repetiu que considera natural o ambiente de uma taxa de câmbio mais alta enquanto as taxas de juros brasileiras passaram para um patamar mais baixo. "Estamos há um ano e meio sem corrupção no governo, e isso nunca aconteceu antes. É normal que a taxa de juros caia e a taxa de câmbio aumente, mas os investidores estrangeiros podem ficar tranquilos que teremos bons mecanismos de hedge", afirmou no evento

Mais uma vez, o ministro ressaltou que a proposta de reforma tributária do governo não tem a intenção de aumentar a carga de tributos da economia brasileira. "Não vamos aumentar impostos no Brasil, vamos reduzir tributos das empresas e pretendemos diminuir os tributos sobre o emprego", completou.

Os economistas do mercado financeiro alteraram suas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. Conforme o Relatório de Mercado Focus, a expectativa para a economia este ano passou de retração 5,11% para queda de 5,05%. Há quatro semanas, a estimativa era de baixa de 5,46%.

Para 2021, o mercado financeiro manteve a previsão do Produto Interno Bruto, de alta de 3,50%. Quatro semanas atrás, estava no mesmo patamar.

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No Focus agora divulgado, a projeção para a produção industrial de 2020 foi de baixa de 6,90% para queda de 6,30%. Há um mês, estava em declínio de 7,68%. No caso de 2021, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 5,50% para 5,01%, ante 5,42% de quatro semanas antes.

A pesquisa Focus mostrou ainda que a estimativa para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2020 passou de 67,50% para 67,25%. Há um mês, estava em 67,00%. Para 2021, a expectativa foi de 69,95% para 69,90%, ante 69,65% de um mês atrás.

Déficit primário

O Relatório de Mercado Focus trouxe hoje manutenção na projeção para o resultado primário do governo em 2020. A relação entre o déficit primário e o PIB este ano seguiu em 12,00%. No caso de 2021, permaneceu em 2,80%. Há um mês, os porcentuais estavam em 11,63% e 2,67%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2020 seguiu em 15,30%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2021, permaneceu em 6,50%. Há quatro semanas, estas relações estavam em 15,00% e 6,20%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Os avanços nas projeções nos últimos meses refletem a expectativa de que, com o aumento das despesas do governo durante a pandemia do novo coronavírus, o País terá um cenário fiscal ainda mais difícil.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro alteraram a projeção para a balança comercial em 2020 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 55,15 bilhões para US$ 55,30 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a estimativa de superávit foi de US$ 53,40 bilhões para US$ 52,75 bilhões. Há um mês, estava em US$ 53,31 bilhões.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2020 foi de déficit de US$ 7,50 bilhões para US$ 6,81 bilhões, ante US$ 6,96 bilhões de um mês antes. Para 2021, a projeção de rombo passou de US$ 15,10 bilhões para US$ 15,21 bilhões. Um mês atrás, o rombo projetado era de US$ 15,30 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2020 foi de US$ 55,00 bilhões para US$ 53,76 bilhões. Há um mês, estava em US$ 55,00 bilhões. Para 2021, a expectativa foi de US$ 66,48 bilhões para US$ 67,00 bilhões, ante US$ 65,48 bilhões de um mês antes.

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