Com a correria do dia a dia, gerenciar as atividades rotineiras vira um desafio. Quando o tempo fica curto e impossibilita a realização de uma obrigação, uma nova profissão surge: o Personal Concierge é o profissional preparado para cumprir serviços para pessoas com uma agenda cheia.
Adotada da língua francesa, a palavra Concierge, em tradução livre, significa um assistente em serviços hoteleiros. Atrelada ao Personal, assume um novo significado. “Servir, essa é a definição para um Personal Concierge, atender as necessidades dos clientes, quando os mesmos não têm tempo”, explica Ana Zayat, 43 anos, trabalhando na área há oito meses em Brasília. Ela conta que entrou na área pelo simples desejo que ajudar as pessoas.
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Ana Zayat já realizava serviços para parentes e amigos, mas desconhecia o termo Personal Concierge. Hoje, realiza cerca de 50 atendimentos ao mês. “Me contratam para realizar compras, ir ao banco, orgãos públicos, sempre facilitando a vida das pessoas que não têm tempo”, pontua. Tendo cerca de sete clientes fixos, recebe também solicitações para acompanhar viagens, buscar clientes como motorista particular. Personal Concierge Service, Ana é contratada de uma clínica em Brasília para acompanhar e supervisionar pacientes no pré e pós operatório. Entre os clientes de Ana estão médicos, empresários, dentistas e juízes.
A empresária Carla Caixeta contrata os serviços de Personal Concierge com frequência. “Contrato sempre quando preciso de alguém para me pegar em casa, acompanhar no evento em vez de pegar um Uber. É algo de confiança, além de ser bem prestativo”, conta a empresária, que em viagem a São Paulo para compras já contratou os serviços da Ana para ajuda-lá.
Por não ser uma profissional muito conhecida, Ana recorre às redes sociais para divulgar o seu trabalho, como Instagram e WhatsApp, principais meios para obtenção de novos clientes. Com preço médio para a realização das atividades de R$ 150, Ana Zayat comemora o seu novo direcionamento de carreira, depois de trabalhar 16 anos em cartório. “ Eu sinto muito prazer em servir as pessoas, me identifico nessa área por ter a flexibilidade de horários e a dinamicidade que a profissão proporciona”, destaca.
Atuando em nicho diferente, Mônica Brasil, 55 anos, engenheira de formação, encontrou a possibilidade de aliar as duas paixões em uma só oportunidade, realizando serviços que facilitem a vida de pessoas que estão com obras, atendendo a necessidade das pessoas. “Supervisiono obras, atendo as pessoas que estão em dúvidas de como realizar o procedimento, faço as compras necessárias”, conta Mônica, que atua na cidade de São Paulo
Há um ano e meio no mercado e atendendo em média quatro demandas por semana, Mônica realiza as atividades para aqueles que não gostam desse mundo de obras. Junto com o auxílio de um coach, o redirecionamento na carreira proporcionou uma nova visão para engenheira que cobra em média R$ 300 por serviço solicitado.
Segundo avalia Ana Zayat, a disponibilidade, desejo em ajudar e bom relacionamento interpessoal são os requisitos principais para se tornar um Personal Concierge. Visando o crescimento na área, empresas já facilitam essa interlocução entre interessados e profissionais oferecendo pacotes de serviços que variam de R$ 450 a R$ 1.750 mensais.