Na manhã desta quarta-feira (26), foi realizada a primeira reunião do Escritório da Bicicleta, uma iniciativa com foco na ciclomobilidade através do Programa Pedala PE. No Centro de Convenções de Olinda, se reuniram representantes de cerca de 14 municípios e 30 entidades. O objetivo do encontro é discutir as ações voltadas à área.
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##RECOMENDA##Conforme explica o gestor de ciclomobilidade do Recife, Jáson Torres, "de fato a gente tem uma instância de gestão participativa que estava temporariamente recolhida, mas após análise vimos onde estava tendo certo tipo de freio na execução além da questão orçamentária, afinal a execução do Plano Diretor Cicloviário Metropolitano (PDC) demanda uma estrutura cicloviária. Vimos que o grande foco era gestão, então fomos em busca de contato junto às instituições e percebemos a enorme dificuldade, então vimos que as discussões deveriam ser realizadas dentro do Escritório da Bicicleta. Ele já existia tacitamente, mas não era uma instância implantada com reuniões regulares, com atas, com obrigações”.
Durante o primeiro encontro, foi exposta a pretensão de que a reunião tenha uma regularidade mensal para a execução do PDC. O gestor aponta para “a prioridade da principal demanda da implantação de estrutura cicloviária, porém não podemos esquecer as demandas como campanha e equipamento de apoio ao ciclista”. Embora o Plano tenha sido criado há três anos, Torres afirma que, no Recife, “não há previsão de recursos direta” para serem investidos na execução das demandas, no entanto, “há um compromisso com o governo do Estado para buscar requalificação da ciclovia da PE-15”.
Pedro Luis Santos, um dos coordenadores da Associação Metropolitana de Ciclistas do Grande Recife (Ameciclo), vê a convocação deles e de outros agentes como “fundamental”. “O Escritório da Biclicleta, como reunião, é parte central do PDC porque é discutindo com órgãos e com as prefeituras que nós vamos desenhar a saída do papel para algo prático”. Ele ainda aponta que a demora no início dessas discussões implica na “percepção que está ligada mais a fatores políticos do que simplesmente escanteamento da bicicleta como prioridade no Estado e municípios”. Para a Associação, o desejo é o cumprimento do PDC “como está no papel”. “O Plano é um bom projeto, que custou cerca de R$ 700 mil para ser elaborado e teve consultorias, então, sim, é um bom projeto e dá condições de que o ciclista se movimente de forma eficiente”.
Obras que devem ser entregues ainda em 2017
De acordo com Jáson Torres, haverá a entrega do segundo trecho cicloviário ainda este ano, entre a Fábrica Tacaruna e o Varadouro, em Olinda. A primeira etapa que liga a Fábrica ao Marco Zero, Recife Antigo, foi entregue no último final de semana. Ele explica que na próxima semana a licitação para a segunda etapa será lançada e até o final de 2017, em dezembro, a obra já deve ser entregue.
“Qualquer outra estrutura além dessa, dar como garantido seria precoce, no entanto, estamos tentando viabilizar o trecho três que vai interligar a Orla de Olinda até a PE-15 pelos Bultins. Já estamos em discussão avançada com o município e com o recurso federal”, detalha.
Bike PE
“Nós percebemos uma dificuldade de gestão da empresa operadora e fizemos uma série de notificações, exaurimos nossos canais e eles conseguiram sinalizar uma reformulação na gestão. Com os novos integrantes da gestão foi garantido que a partir de maio haverá uma reformulação técnica do uso da bicicleta, melhoria no sistema e vai haver uma nova ingestão de bicicletas. Recebemos reclamações regulares de falta de bicicletas e estamos nos empenhando que, a partir de maio, já hajam melhorias sentidas já em junho”. Ele ainda explicou que a empresa deve rever o equipamento e tecnologia utilizada, com possibilidade de renovação, em setembro.