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Os últimos sete dias no segmento político foram bastante movimentados. Nacionalmente, a operação Lava Jato ganhou novos capítulos e a presidente Dilma Rousseff (PT) foi durante criticada pelas medidas econômicas do governo. Já no âmbito estadual, a disputa pela Mesa Diretora da Alepe ficou mais acalorada e uma crise no sistema prisional agitou o Governo de Pernambuco. O LeiaJá preparou uma listagem com os principais acontecimentos da semana, confira:
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Crise no sistema prisional e silêncio de Paulo Câmara: Habituado a agendas diárias, desde que assumiu o governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB) esteve em silêncio durante toda esta semana. A frase "o governador não terá agenda pública" foi a mais repetida pela assessoria de imprensa do Governo nos últimos dias. Focado em amenizar a crise do sistema prisional estourada na segunda-feira (19), quando ocorreram os primeiros motins, resultando em uma rebelião de três dias, o socialista optou por articular as ações governamentais sem sair do Palácio do Campo das Princesas.
Enquanto Câmara não se pronunciava, o líder da oposição, deputado Silvio Costa Filho (PTB), e do governo, deputado Waldemar Borges (PSB), trocaram alfinetadas por meio de notas encaminhadas à imprensa. Costa Filho iniciou o debate afirmando que o grupo opositor gostaria de ter explicações sobre o sistema e Borges rebateu mencionando que o petebista queria pegar carona na "desgraça alheia" e lembrou ao líder da oposição os motivos pelo qual ele deixou a Secretaria de Turismo do governo, em meio a uma crise em 2009. Rebatendo o socialista, Costa Filho disse que a oposição não ficaria calada e citou a falta de planejamento da gestão.
Quebrando o silêncio, nessa sexta (23) o governador afirmou que a gestão estadual vai minimizar, ainda em 2015, os problemas de superlotação nos presídios com a finalização de outras duas unidades prisionais. De acordo com ele, a obra do presídio de Tacaimbó, por exemplo, será retomada na próxima segunda-feira (26).
Disputa pela Mesa Diretora da Alepe: Com a proximidade do início da nova legislatura, a disputa pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa de Pernambuco passou a ser uma das pautas mais debatidas entre os políticos nesta semana. Disputando o mandato de presidente da Casa pela quinta vez, o deputado Guilherme Uchoa (PDT) foi alvo de críticas e o deputado eleito pelo PSOL, Edilson Silva confirmou a primeira postulação do legislativo contra o pedetista.
Entre as inúmeras críticas endereçadas a Uchoa, o deputado Alberto Feitosa (PR) pediu que ele retirasse a candidatura "em benefício de uma que não viole a Constituição". Além dele, o deputado estadual Rodrigo Novaes (PDT), disparou contra o correligionário e iniciou a análise de uma possível candidatura contra Uchoa.
Já o PSB, que prometeu se posicionar quanto à disputa na segunda-feira (19), optou por não entrar em confronto com Guilherme Uchoa e sinalizou a possibilidade de não pleitear o cargo de presidente da Alepe. Mas não anunciou o posicionamento oficial.
Contas reprovadas e Indicações do PT-PE para o Governo Federal: O Tribunal de Contas do estado reprovou as contas do ex-prefeito do Recife, João Paulo (PT), do exercício financeiro de 2006. De acordo com a análise do órgão, o petista teria deixado de cumprir as exigências da lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) quanto aos investimentos e educação. Ao ser notificado sobre a possível condenação, João Paulo questionou a Corte e disse que iria recorrer da decisão.
Apesar da possibilidade de ficar inelegível por oito anos, caso seja condenado pelas irregularidades nas contas municipal, João Paulo é um dos líderes do PT-PE indicados para assumir cargos do 3° escalão no Governo Federal. Nos bastidores, conta-se que ele está sendo cotado para comandar a Codevasf, já segunda a presidente da legenda no estado, deputada Teresa Leitão, não há confirmações sobre o assunto.
Medidas econômicas do governo Dilma Rousseff (PT): Os reajustes nos impostos sobre operações de crédito, na alíquota do PIS/Cofins, no IPI para o setor de cosméticos e no PIS e na Cide sobre os combustíveis anunciados pela presidente Dilma Rousseff (PT) foram alvos de críticas durante esta semana. Para o deputado Mendonça Filho (DEM) as alterações fazem parte de um "pacote de maldade" da petista para o segundo mandato. O senador Aécio Neves (PDSB) classificou os atos como parte de uma “herança maldita” do primeiro ano de gestão de Dilma e criticou a ausência dela para explicar os fatos.
As críticas, no entanto, não ficaram restritas apenas a oposição. O ex-ministro José Dirceu (PT) também usou o seu blog para questionar as alterações econômicas aplicadas pela petista.
Lava Jato: O escândalo da operação Lava Jato também trouxe novidades. Durante a semana, o Ministério Público Federal anunciou que iria a Suiça investigar dados bancários da Odebrecht com relação às transações com o PT e a Petrobras. Ainda no campo judicial, a Procuradoria Geral da União definiu um grupo de magistrados para analisar os desdobramentos do processo ocasionados pela tramitação do Supremo Tribunal Federal.
Quanto aos principais envolvidos no caso, o doleiro Alberto Youssef abriu mão de todos os bens em oito cidades brasileiras e afirmou que o PT chegou a usa-lo para "sustentar" as falcatruas internas. Já o ex-diretor internacional da Petrobras, Nestor Cerveró, apontou uma "negligência, violação do dever de diligência e precipitação desnecessária" do Conselho de Administração da estatal na compra da Refinaria de Pasadena. Além disso, ele também teve uma nova prisão preventiva decretada.