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O primeiro-ministro da Grécia, Antonis Samaras, advertiu neste domingo para os riscos do seu país ser forçado a sair da zona do euro se o Parlamento grego não aprovar neste semana uma série de medidas de austeridade, as quais devem garantir que a Grécia receba uma tranche de cerca de 30 bilhões de euros da Comissão Europeia (CE), Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI), e evitar a moratória. O Parlamento deverá aprovar cortes de pelo menos 13,5 bilhões de euros no orçamento de 2013 e os sindicatos marcaram greve geral para o dia 6, terça-feira, véspera da votação das medidas.

A greve geral deverá durar 48 horas. Ela ocorrerá em um momento de hostilidade da população para com a classe política, após ter sido revelado que dois mil gregos, entre eles ex-ministros, mantinham contas secretas na Suíça e podem ser acusados de evasão fiscal. Entre os políticos, estão nomes da Nova Democracia, partido de centro-direita que comanda a atual coalizão de governo, e do Pasok, o Partido Socialista Helênico, de centro-esquerda e que forma a coalizão de governo com a Nova Democracia. A Grécia está no quinto ano seguido de recessão e 25% da força de trabalho está desempregada.

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"Devemos salvar o país de uma catástrofe. Se não conseguirmos permanecer no euro, nada fará sentido", disse Samaras aos membros de seu partido conservador, o Nova Democracia. O Parlamento deve votar sobre as medidas na quarta-feira, prevendo cerca de 18 bilhões de euros em cortes de gastos e outras reformas, na esteira de uma votação neste domingo sobre o orçamento de 2013.

Samaras afirmou que a votação é fundamental para "colocar um fim, de uma vez e para sempre" ao risco de a Grécia, detentora de uma enorme dívida retornar ao dracma. Ele pediu aos parceiros da coalizão do governo, aos partidos socialista Pasok e moderado de centro esquerda Dimar, que têm levantado dúvidas sobre o escopo das medidas, para agirem de acordo com os "interesses supremos da nação".

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A possibilidade da formação de um governo de coalizão na Grécia parece ter crescido hoje. Segundo algumas fontes, o Nova Democracia e o Partido Socialista (Pasok) podem costurar uma aliança com o pequeno Esquerda Democrática (DeMar), mas que já seria suficiente para garantir maioria no Parlamento.

Hoje o líder do Pasok, Evangelos Venizelos, recebeu do presidente grego a tarefa de tentar formar uma coalizão. E para isso ele terá um prazo de três dias. Venizelos deve se encontrar com o líder do DeMar, Fotis Kouvelis, às 12h (de Brasília).

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"Após a declaração do Esquerda Democrática, nós podemos ter uma chance real para a formação de um governo", comentou uma autoridade do Pasok. Mais cedo hoje, o DeMar criticou a dura postura da Coalizão de Esquerda Radical (Syriza) contra as medidas de austeridade combinadas com os credores internacionais em troca do segundo pacote de resgate, de 130 bilhões de euros.

No comunicado, o DeMar afirma que os comentários contraditórios de membros do Syriza sobre a economia grega, e sua insistência em condenar o segundo pacote de resgate, vão levar o país a um calote e à saída da zona do euro. "A liderança do Syriza, pela forma como está conduzindo as negociações, arrisca levar o país a novas eleições, que provavelmente resultariam num fortalecimento dos dois principais partidos", diz o texto.

O Nova Democracia também elogiou a declaração do DeMar, chamando o documento de "novo" e "encorajador".

Uma fonte com conhecimento da situação disse que o DeMar vai insistir em uma aliança de vários partidos - que pode incluir o Syriza - como uma forma de evitar novas eleições, que terão de ser convocadas se não houver acordo para um governo de coalizão. "Nós gostaríamos que o Syriza participasse também. Isso tornaria um governo viável, mas vamos ver o que acontece", comentou essa fonte. As informações são da Dow Jones.

A pressão política aumentou nesta quarta-feira sobre os dois maiores partidos da Grécia, o governista Socialista (Pasok) e o opositor Nova Democracia, para que eles concluam as negociações para a divisão de poder e a formação de um governo de transição, além de nomearem um primeiro-ministro interino para governar o país balcânico até as eleições de fevereiro. O premiê demissionário, George Papandreou, deverá ter nova reunião com o presidente grego no final da tarde de hoje, sinal de que um acordo pode estar no horizonte.

"A solução está toda nas mãos de Papandreou. Nenhum atraso a mais é concebível. Precisamos finalizar isso", disse um comunicado da Nova Democracia. Mais cedo, o porta-voz do governo, Angelos Tolkas, disse que um novo governo será anunciado mais tarde nesta quarta-feira. Mas ele não deu indicações de quem será o premiê e declarações parecidas foram feitas ontem, de que a Grécia teria um novo premiê e um novo governo na terça-feira.

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O novo governo terá a missão de assegurar para a Grécia o segundo pacote de socorro ao país, de € 130 bilhões (US$ 179 bilhões) e também da implementação de medidas de austeridade ainda mais duras que as exigidas no primeiro pacote. A implementação do acordo também garantirá a liberação de uma tranche de € 8 bilhões, sem os quais a Grécia entrará em moratória até o final de dezembro. Além da União Europeia, o segundo pacote envolve recursos dos detentores de bônus do governo grego, que concordaram com um perdão de 50% na dívida.

As informações são da Associated Press.

A emissora estatal de televisão da Grécia divulgou que o primeiro-ministro do país, George Papandreou, insistiu nesta quinta-feira que não vai renunciar. Ele está enfrentando uma crescente revolta dentro do seu próprio partido, em função do referendo que pretende realizar para consultar o povo se o país deve aceitar um segundo pacote internacional de resgate. O governo marcou um voto de confiança no Parlamento de 300 cadeiras para a sexta-feira. Um político do Partido Socialista Helênico (Pasok) do premiê disse que ele tem o apoio de aproximadamente 110 parlamentares dos 151 do Pasok, os quais não seriam suficientes para mantê-lo no poder.

Dois funcionários próximos a Papandreou disseram que a ideia do referendo sobre o novo pacote europeu e as medidas de austeridade foi retirada, após o pacote europeu receber algum apoio da oposição de centro-direita, o partido da Nova Democracia. "Esperar que as eleições sejam a solução, neste momento, significaria um perigo muito maior de moratória e certamente de saída do euro", disse Papandreou no encontro ministerial desta quinta-feira. "Eu falarei com Samaras e juntos examinaremos os próximos passos, baseados em um amplo consenso". Papandreou se referia ao líder da oposição, Antonis Samaras. O líder da oposição pediu na manhã de hoje por um governo de transição na Grécia, o qual ratificaria o acordo fechado com a União Europeia (UE) e mais tarde anteciparia novas eleições.

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A confusão na Grécia começou na segunda-feira, quando Papandreou disse que a população deveria aprovar ou rejeitar em referendo o acordo de socorro que o governo grego fechou com a UE. Papandreou também marcou um voto de confiança em seu governo para a sexta-feira. Pelo menos seis deputados do Pasok foram abertamente contra o premiê na terça-feira e a confusão aumentou ontem e hoje.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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