Tópicos | parto domiciliar

A chef e apresentadora Bela Gil ficou famosa por compartilhar suas dicas de alimentação e vida natural na TV. Agora, ela quer dividir, também, sua experiência como mãe de duas crianças, Flor, de 7 anos, e Nino, de apenas 3 meses. Ela vai usar o seu canal no Youtube, a partir da próxima quarta (17), para postar vídeos sobre temas como cuidados durante a gestação e parto domiciliar. 

Segundo a coluna F5, Bela vai iniciar suas dicas sobre maternidade mostrando seu próprio parto natural, realizado em casa, no último dia 27 de maio, quando então deu à luz seu segundo filho, Nino. O bebê nasceu numa banheira instalada na sala da chef e na companhia do pai, da irmã mais velha e de uma parteira e uma doula. Na ocasião, ela compartilhou com os seus seguidores do Instagram uma foto do momento familiar, ainda dentro d'água com o filho recém-nascido nos braços.

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Nos vídeos, a apresentadora vai dar dicas sobre este tipo de parto - dos preparativos à sua viabilidade - e também de cuidados com a pele durante a gestação, amamentação, cuidados com os bebês, desmame e introdução alimentar.

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A Justiça Federal suspendeu as duas resoluções do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), que proibiam o médico de atuar nas equipes de parto domiciliar e ameaçavam punir o profissional que permitisse a presença de doulas (acompanhantes da gestante) nos hospitais.

A liminar foi concedida pelo juiz Gustavo Arruda Macedo, substituto da 2ª Vara Federal. Para ele, "a vedação à participação de médicos em partos domiciliares, ao que tudo indica, trará consideráveis repercussões ao direito fundamental à saúde, dever do Estado, porquanto a falta de hospitais fora dos grandes centros urbanos, muitas vezes suprida por procedimentos domiciliares, nos quais é indispensável a possibilidade de participação do profissional de medicina, sem que sobre ele recaia a pecha de infrator da ética médica".

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Além disso, as resoluções "terminam por dificultar, senão inviabilizar, o exercício da atividade de parteiras". Para Macedo, não cabe ao conselho impedir que parteiras, doulas e obstetrizes exerçam seu trabalho, regulamentado por lei e decreto federais.

A ação civil pública foi ingressada pelo Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ), que entendeu que as medidas do Cremerj interferiam na atividade dos enfermeiros.

Em nota, o Cremerj informou que vai recorrer da decisão liminar. "O Cremerj lamenta a decisão, já que as resoluções do Conselho visam proteger mães e bebês e oferecer as melhores condições de segurança para o parto". As resoluções do Cremerj provocaram polêmica e levaram à reação de organizações não governamentais, que defendem o parto humanizado. Uma passeata em defesa do parto domiciliar está marcada para o próximo domingo.

O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) proibiu a participação de médicos em partos domiciliares e nas equipes de sobreaviso, que ficam de plantão para o caso de alguma complicação. A entidade também veda a presença de doulas (acompanhantes de parto, função reconhecida pelo Ministério da Saúde) em ambiente hospitalar. Os médicos que descumprirem as determinações serão submetidos ao Conselho de Ética.

A medida, classificada de "arbitrária" pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), provocou reações. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren) vai questionar as resoluções judicialmente e entidades de defesa do parto humanizado convocaram uma passeata, no dia 5 de agosto, em Ipanema. "Em hipótese alguma um conselho pode interferir na regulação de outras profissões e no direito de escolha da mulher. Enfermeiros e médicos fazem parte de uma equipe multidisciplinar do parto domiciliar; essa resolução dificulta a nossa atuação", afirma Pedro de Jesus, presidente do Coren.

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O obstetra Luiz Fernando Moraes, conselheiro do Cremerj, diz que as resoluções são um "alerta para as mães". "Elas estão sendo informadas de que se o pré-natal não teve agravo, elas podem fazer parto em casa. Há problemas que ocorrem durante o trabalho de parto e no parto", afirma. Ele afirmou que o conselho não está proibindo o parto domiciliar. "A mãe vai optar pelo parto domiciliar sabendo do risco. Porque não é a presença do médico que garante segurança; ele tem que ter condições de agir".

A decisão do Cremerj foi questionada pelos próprios médicos. Até mesmo a Febrasgo, entidade contrária ao parto domiciliar, criticou as resoluções. "A Febrasgo é contra o parto domiciliar, mas de maneira nenhuma a gente acha que o médico que faz parto domiciliar é um profissional antiético. Um problema sério no Brasil é a cesárea desnecessária, e mesmo assim ninguém é favorável que se puna o profissional que faz cesárea a pedido da paciente", afirmou o Olímpio Moraes, vice-presidente da entidade. Moraes ressaltou ainda que a Febrasgo recomenda, em seu manual, a presença de doulas. "Vários trabalhos internacionais reconhecem que elas dão mais segurança às grávidas e diminuem as intercorrências".

Para a médica Daphne Rattner, presidente da Rede pela Humanização do Parto e do Nascimento (Rehuna), a resolução do Cremerj vai de encontro às políticas de humanização do parto do Ministério da Saúde, que reconhece o trabalho de parteiras tradicionais e incentiva a participação de doulas nos hospitais públicos - em março foi assinado convênio entre o Ministério e a Universidade de Brasília para o programa Doulas no SUS, de formação dessas acompanhantes, do qual Daphne é gestora. "Essa medida vai contra todas as evidências científicas, as recomendações da OMS e as políticas do Ministério da Saúde. Essas resoluções ferem o código de ética médica", afirmou. A entidade ainda está estudando as medidas que tomará.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que as decisões do conselho "não afetam as políticas" da Pasta. O Ministério considera que a participação da doula é um instrumento humanizador e que "a assistência prestada pelas parteiras é uma realidade em diversos locais do País".

Um grupo estimado em aproximadamente 150 pessoas, entre simpatizantes e defensores do parto normal e em casa, se reuniu neste domingo no bairro da Barra, para protestar contra o aumento no número de partos cesarianos e defender o direito de escolha da mulher grávida.

Munidos de cartazes, faixas, carro de som e apitos, médicos, enfermeiras, grávidas e familiares percorreram um trecho de pouco mais de 500 metros da orla de Salvador também em um ato de repúdio contra o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), por ter oferecido denúncia, na semana passada, contra o médico e professor da Universidade Federal de São Paulo, Jorge Kuhn, que, em matéria realizada pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo dia 10, se manifestou favorável ao parto domiciliar.

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"Esse cerceamento da liberdade remete aos sombrios tempos da ditadura militar e não pode ser admitido na atual sociedade... Não é possível admitir o arbítrio e calar-se diante de tamanha ofensa ao direito individual", diz uma carta aberta distribuída à população pelos organizadores do evento. Com palavras de ordem, os manifestantes defendiam a importância do aconchego doméstico para a criança que chega ao mundo e repetiam: "Não acreditem em qualquer conselho".

Uma das líderes do movimento, a professora de Yoga para gestantes Anne Sobotta garante que, embora o movimento ainda seja modesto na Bahia, começa a ganhar a simpatia da população. Ela disse que os presentes à caminhada foram convidados unicamente por meio das redes sociais.

Entre os presentes estava a médica pediatra Josete Barroca Fontes, acompanhada pelo filho Felipe Barroca Fontes Cunha, de 28 anos, que, segundo ela, nasceu em casa. A pediatra comentou que o marido, Cláudio Leal Cunha, médico obstetra, já falecido, fora pioneiro no acompanhamento de parturientes durante o parto natural em casa.

Também integrando o grupo estava a bailarina Joana Pinto, exibindo um barrigão de mais de oito meses, onde se podia ler "eu quero nascer em casa". Outro forte defensor dessa modalidade de parto era o professor universitário Ivan Maia. Ele carregava um cartaz no qual afirmava: "Eu apoiei. Meu filho nasceu em casa". O ato terminou no farol da Barra, com alguns discursos explicativos proferidos por médicos humanistas.

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