*Com informações de Tatyane Serejo
O Dia da Árvore foi marcado com várias ações, uma delas foi a assinatura do decreto de triplicação do Parque Dois Irmãos. A medida integra um conjunto de ações para preservação de áreas verdes e biodiversidade em Pernambuco, colocando em prática a Política Estadual de Enfrentamento às Mudanças Climáticas.
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Na ocasião também foram empossados os Conselhos Gestores de 22 Unidades de Conservação (UC) estaduais de Mata Atlântica – 21 na Região Metropolitana incluindo o Parque Dois Irmãos e um na Caatinga, em Serra Talhada.
A única UC de proteção integrada no Recife, o Parque Dois Irmãos, terá sua área triplicada devido a aquisição do Governo, de um imóvel da Guabiraba com 774 hectares, contíguo o Parque, que pertencia ao antigo Banco Econômico, hoje sob a responsabilidade do Banco Central.
O Parque passará a ter 1.558 hectares, e essa incorporação vai promover o aumento da área protegida dos biomas e garantir a representatividade dos seus diferentes ecossistemas. Também irá contribuir para amenizar o clima na Região Metropolitana e consequentemente ajudar no combate aos efeitos das mudanças climáticas no estado.
“Na verdade estamos triplicando a área para preservar e fazer uma unidade de conservação mais específica de mata atlântica e isso é um passo estratégico para um futuro de Pernambuco, para que a gente possa alegar para as nossas futuras gerações o valor da sustentabilidade e um meio ambiente muito mais bem cuidado”, enfatizou o governador do Estado, Eduardo Campos. Até 2014, estarão funcionando no estado 81 Unidades de Preservação.
Para garantir a conservação, conselheiros terão um papel importante no futuro, segundo Luci Machado, conselheira da unidade Refúgio da Vida Silvestre. “Nosso movimento tem mais de 33 anos em prol de uma mata de 192 hectares que corta 13 bairros, é uma luta constante, porque ela é alvo de cobiça do poder imobiliário e econômico da cidade. Nosso projeto e implantar um parque ecológico na região”, conclui.
O secretário de Meio Ambiente de Pernambuco fala como vai ser a atuação dos conselheiros nas unidades de preservação: “Os conselheiros dão vida a todo o processo porque conhecem a região, porque são moradores, empreendedores da área, entidades que sempre estiveram se relacionando com a gestão. Eles verificarão o plano de manejo, se está sendo feito de forma bem estruturada com o técnico, irão verificar se está havendo alguma degradação, entre outras funções”.
O secretário também mostra o seu ponto de vista para o futuro do Estado. “É um desafio grande para Pernambuco, porque mostra que o Estado está entrando na economia verde do século XXI, que é exatamente usar os ecossistemas de forma adequada, sustentando a região sem destruir o meio ambiente”, enfatiza.
Todas as mudanças representam um passo fundamental para o avanço da implantação das ações do Plano Estadual de Mudanças Climáticas. A cerimônia também marcou o encerramento do Fórum Pernambucano de Mudanças Climáticas, que apresentou os resultados do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. O fórum reuniu estudos de comunidades científicas.