Tópicos | Panos quentes

Diante das ações da Operação Turbulência deflagrada nesta terça-feira (21), para desarticular uma organização criminosa apontada de comprar a aeronave Cessna Citation PR-AFA –  usada pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) durante a campanha à Presidência da República em 2014 – o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, declarou exclusivamente ao Portal LeiaJá, que “não vê problemas nas apurações” e “confia estreitamente” na conduta do líder socialista. 

“Vamos deixar que a polícia apure. Apurar é necessário e vamos examinar as coisas. Não vejo problemas em apuração”, afirmou Siqueira. “Neste momento só posso reforçar que tenho confiança no governador Eduardo Campos e acredito que ele nunca fez nada que desabonasse a conduta dele e do partido”, acrescentou. O dirigente pontuou ainda que aguarda o fim da coletiva da Polícia Federal (PF) para soltar uma nota oficial do partido.

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De acordo com as investigações, as empresas fantasmas usadas para a compra do Cessna eram utilizadas para orquestrar um esquema de corrupção que beneficiava políticos pernambucanos. Em coletiva à imprensa, na sede da PF no Recife, a delegada Andréa Pinho Albuquerque, uma das responsáveis pelo caso, apontou a possibilidade de que a organização teria feito “doações ilícitas para a campanha do governador Eduardo Campos em 2010”. 

O jato Cessna Citation PR-AFA transportava Eduardo Campos e sua equipe em agosto de 2014, quando um acidente em Santos matou ele e outras seis pessoas. A doação e utilização da aeronave não consta na prestação de contas da campanha daquele ano. 

Diante da quebra de alianças do PSB em Pernambuco com alguns partidos, como o DEM e o PSDB, e das divergências diante da participação da legenda no governo do presidente em exercício Michel Temer (PSB), o senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) defendeu a unidade da Frente Popular e afirmou que o PSB "estará junto para vencer os desafios administrativos e eleitorais deste ano".

Bezerra Coelho considerou normais as eventuais divergências nos processos de debate partidário. “Podemos ter visões distintas, mas meu empenho é pelo sucesso de Paulo Câmara. Tenho um compromisso inafastável com a Frente Popular e com a liderança de Paulo Câmara”, declarou. O governador e o senador divergiram diante das últimas questões apresentadas ao PSB, como a participação efetiva da legenda no governo Temer. O filho dele, Fernando Filho, assumiu o comando do ministério de Minas e Energia. 

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Para Fernando Bezerra, os socialistas vão permanecer firmes e dialogando. “Quebrará a cara quem apostar em intrigas e divisões, o PSB estará unido para vencer os desafios administrativos e eleitorais que se aproximam”, cravou.

O pessebista lembrou que a Frente Popular "é fruto do esforço de Eduardo Campos", que há dois anos "formou o arco político" que resultou na eleição do governador Paulo Câmara (PSB).“Infelizmente ele não está entre nós, para ver os resultados deste trabalho, mas o filho dele agora é testemunha”, disse, referindo-se a João Campos, chefe de gabinete estadual.

 

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