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A gigante do setor de alumínio Alcoa iniciou nesta quinta-feira a renegociação do contrato de fornecimento de energia com a Eletronorte para tentar reduzir o preço do insumo em até 28%, como o previsto pelo governo federal, a partir de 1º de janeiro de 2013. "É um contrato complexo, mas nossa expectativa é chegar a esse porcentual", avaliou o presidente da companhia na América Latina, Franklin Feder.

Segundo ele, mesmo com a redução no valor da energia, a Alcoa não deve ampliar investimentos no País. "Diante da situação global do setor, com o fechamento de fábricas em outros países, a intenção é dar continuidade ao que já existe. Se houver a manutenção nas fábricas já será um grande passo", afirmou Feder, após seminário realizado pela Acham, em São Paulo.

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Segundo o executivo, 30% da energia consumida pela Alcoa é fornecida pela Eletronorte e os 70% restantes são de geração própria. Na avaliação de Feder, após os investimentos feitos pela Alcoa na produção da energia, a intenção da companhia é produzi-la a um preço de US$ 35 por megawatt-hora, dentro da média mundial. "Mas os investimentos são de longo prazo", justificou.

Durante o seminário, Feder classificou o anuncio púbico da redução do preço da energia elétrica, feito pela presidente Dilma Roussef, como um avanço grande e avaliou que "muita água ainda passará debaixo da ponte" com a tramitação no Congresso da medida provisória sobre o tema.

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace) afirma, em nota, que as medidas anunciadas na quinta-feira (6) à noite pela presidente Dilma Rousseff para reduzir o custo da energia são uma "decisão histórica, que sinaliza um novo rumo para a energia e para o País". A entidade destaca que, com as medidas, o Brasil deixará o topo do ranking das energias mais caras do mundo, e o crescimento econômico pode ter um acréscimo superior a 8% até 2020.

Segundo a Abrace, essas medidas sinalizam um novo ciclo de desenvolvimento do País "com base em medidas estruturais que privilegiam a competitividade, com queda nos custos de produção". A Abrace afirma também que o corte de até 28% da tarifa das indústrias e de 16,2% para os consumidores residenciais "é um importante passo para reposicionar a energia no Brasil em seu patamar estratégico, que corresponde ao potencial de nossa matriz energética".

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Conforme a Abrace, a expectativa é de que, na média, a indústria passe a pagar 20% menos pela energia elétrica. "Se essa redução se concretizar, com base nas medidas que serão detalhadas na próxima terça-feira pelo governo federal, o Brasil deixaria o topo do ranking das energias mais caras do mundo."

A Associação diz também que, segundo os dados dos preços da energia elétrica industrial divulgados em junho pela Agência Internacional de Energia (AIE), que considera os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), com as novas medidas, o Brasil passaria à 20ª posição. "Esse é sem dúvida um resultado excepcional, mas que ainda nos deixa em posição de desvantagem em relação aos outros BRICs (Rússia, Índia e China)".

Ainda de acordo com a nota, a redução do custo da energia traz impactos imediatos na economia brasileira. A Abrace cita estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para o Projeto Energia Competitiva (PEC), que indica que, se as tarifas caírem em média 10%, considerando as contas da indústria e das residências, o Produto Interno Bruto (PIB) seria 5% maior até 2020, as exportações brasileiras aumentariam R$ 60 bilhões e seriam gerados 4,5 milhões de empregos no período.

"Se a redução média, considerando indústria e residências, chegar a 20%, estudo da Fundação Getúlio Vargas, também para o PEC, aponta para um crescimento adicional do PIB de 8%, também até 2020. Além disso, as exportações brasileiras aumentariam em US$ 130 bilhões e seriam gerados 5 milhões de empregos no período", conclui a entidade.

 

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse, nesta sexta-feira, que a redução de até 16,2%, em média, do preço da energia para os consumidores, e de até 28% para a indústria, anunciado na quinta-feira (6) à noite, pela presidente Dilma Rousseff, representará uma queda na inflação e crescimento econômico.

"Redução de tarifa de energia mais mercado consumidor interno têm um forte potencial de crescimento", disse o ministro, que participou do desfile das comemorações da Independência, em Brasília. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, confirmou que o anúncio do plano que reduzirá as tarifas de energia será feito na próxima terça-feira (11), pela presidente Dilma Rousseff, que também assistiu ao desfile em homenagem à Independência, na Esplanada dos Ministérios.

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirma, em nota, que o anúncio da presidente Dilma Rousseff em seu pronunciamento oficial, na quinta-feira (6) à noite, vem ao encontro da campanha da Federação no que se refere a proporcionar um desconto de 16,2% para os consumidores residenciais e até 28% para o setor produtivo na conta de luz. "A Fiesp, há um ano e meio, vem defendendo incansavelmente a redução do preço da energia no País, um dos mais importantes componentes do Custo Brasil e que afeta linearmente todos os brasileiros", diz a Fiesp na nota.

A Federação diz também que a campanha Energia a Preço Justo pede que o governo cumpra a Constituição e realize os leilões das concessões do setor elétrico, que vencem a partir de 2015, "de forma a garantir que o País possa usufruir as vantagens de poder produzir energia da forma mais barata que existe, nas hidrelétricas". "Não há sentido em pagar a terceira conta de luz mais cara do mundo", diz Paulo Skaf, presidente da entidade, também na nota.

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"O anúncio feito hoje (na quinta-feira, 6) é muito importante e mostra que a Fiesp conseguiu colocar a questão do preço da energia na pauta de discussões. Considero esta uma vitória de todos nós, brasileiros, que precisamos de preços justos e condições justas para fazer o País crescer tudo o ele pode crescer", afirma o presidente da federação. "Vamos agora analisar a questão do vencimento das concessões para verificar o caminho tomado pelo governo, confirmar se ele é legal e constitucional e garante a maior redução possível nas contas de luz", acrescenta.

A redução da tarifa de energia elétrica, anunciada na quinta-feira (6) pela presidente Dilma Rousseff, é um passo importante para diminuir o custo Brasil, aumentar a competitividade da indústria e favorecer o crescimento da economia brasileira, avalia a Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Em nota, a CNI ressalta que a energia é um dos principais insumos da indústria. "Por isso, a decisão do governo vai alterar a estrutura de custos das empresas e pode fazer com que a energia elétrica volte a ser uma vantagem competitiva do setor produtivo".

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Segundo a Confederação, atualmente, sem a redução anunciada pela presidente, o custo médio da tarifa de energia elétrica para a indústria no Brasil é de R$ 330 por megawatt/hora, o quarto valor mais alto do mundo, atrás apenas do cobrado na Itália, na Turquia e na República Tcheca. "A tarifa no Brasil é o triplo da dos Estados Unidos e do Canadá e o dobro da cobrada na China, Coreia do Sul e França", destaca.

A CNI ressalta ainda que quase metade da tarifa brasileira é formada por encargos e tributos. Para a CNI, a redução da tarifa diminuirá o custo dos produtos brasileiros e, o mais importante, beneficiará a população.

Em pronunciamento de 11 minutos feito na quinta-feira (6) em cadeia nacional de rádio e TV, a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução em 16,2% das tarifas de energia elétrica cobrada dos consumidores residenciais e de até 28% na eletricidade paga pelas indústrias. A Medida Provisória com as mudanças será assinada na próxima terça-feira (11) e entrará em vigor em janeiro de 2013.

Em pronunciamento de cerca de 11 minutos realizado na noite dessa quinta-feira (6) em cadeia nacional de rádio e TV, a presidente Dilma Rousseff anunciou a redução em 16,2% das tarifas de energia elétrica cobrada dos consumidores residenciais e de até 28% na eletricidade paga pelas indústrias. A Medida Provisória com as mudanças será assinada na próxima terça-feira (11) e entrará em vigor em janeiro de 2013.

Dilma não detalhou como o governo conseguirá baixar as tarifas nesses porcentuais, mas a expectativa é de que haja cortes em tributos federais e encargos setoriais que incidem nas contas de luz, além da renovação das concessões de geração que vencem a partir de 2015. A presidente afirmou, no entanto, que a redução para as indústrias será maior porque os custos de distribuição da alta tensão já são naturalmente menores.

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"Vamos anunciar a mais forte redução de que se tem notícia nesse País nas tarifas de energia das indústrias e dos consumidores domésticos", disse ela no vídeo. "Os ganhos, sem dúvida, serão usados tanto para a redução de preços dos produtos para consumidores brasileiros, como para a exportação. A queda vai ajudar também de forma especial industriais em dificuldades evitando demissão de funcionários", completou.

Dilma destacou que o Brasil está incorporando a palavra "competitividade" ao tripé de desenvolvimento do País, composto por crescimento, estabilidade e inclusão. "Estamos lançando bases concretas para sermos no médio e longo prazo um dos países com melhor infraestrutura, com melhor tecnologia industrial, melhor eficiência produtiva e menor custo de produção", acrescentou a presidente.

Ela citou os investimentos em rodovias e ferrovias anunciados no mês passado, que somam R$ 133 bilhões em concessões de novos trechos que serão operados pela iniciativa privada. Dilma reafirmou que o governo ainda irá anunciar medidas semelhantes para portos e aeroportos e criticou o modelo de privatizações do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

"Esse conjunto de medidas significa um novo tipo de parceria entre o poder público e a iniciativa privada, ao contrário do antigo e questionável modelo de privatizações que torrou o patrimônio público para pagar dívida, e que gerou monopólio e baixa eficiência. O nosso modelo vai assegurar o mais baixo preço de frete possível", concluiu.

A presidente Dilma Rousseff informou nesta quarta-feira que o governo irá lançar, até a metade do mês de setembro, um pacote para reduzir o custo da energia elétrica no País. A medida, segundo Dilma, faz parte do conjunto de ações que inclui as concessões no setor de infraestrutura e divulgadas dentro do Programa de Investimentos em Logística: rodovias e ferrovias.

"Queremos que o Brasil cresça a taxas elevadas no curto, médio e longo prazos. Isso é fundamental para garantir emprego, mexe com importações e exportações e contribui com o ambiente de crescimento no curto, médio e longo prazos", disse a presidente durante entrevista coletiva. A presidente não deu detalhes, no entanto, sobre de que forma o custo da energia será reduzido.

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