Tópicos | Operação Metástase

O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso José Riva (PSD), conhecido como maior ficha suja do País, foi preso na terça-feira (13), na segunda fase da Operação Metástase, denominada 'Célula Mãe'. Esta foi a terceira prisão de Riva em 2015. Ele é réu em mais de uma centena de ações criminais e cíveis. Em junho, a Justiça determinou o sequestro de 110 imóveis (urbanos e rurais), 31 veículos e uma aeronave do ex-deputado.

A nova etapa da Metástase foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), composto por promotores de Justiça. Integram a missão delegados de polícia, policiais militares e civis. A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane de Arruda, decretou também a prisão preventiva de outros servidores da Assembleia Legislativa que eram ligados à presidência na gestão de Riva: Geraldo Lauro, Maria Helena Ribeiro Caramelo e o ex-auditor geral do Legislativo, Manoel Marques.

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De acordo com o Gaeco, 'Célula Mãe' é resultado de investigações complementares sobre supostos crimes cometidos no gabinete do ex-presidente da Assembleia, relacionados à gestão de recursos públicos denominados 'verba de suprimentos'. O Ministério Público de Mato Grosso indica que o dinheiro desviado servia para o pagamento de despesas pessoais do ex-deputado, como o combustível de sua aeronave particular e pagamento de honorários de advogados.

Os investigadores apontam que José Riva teria usado parte do montante para o pagamento de um 'mensalinho' para políticos e lideranças do interior do Estado. A distribuição de 'mimos', como uísque, pagamento de festas de formatura, jantares e massagistas também fariam parte da lista.

Em 23 de junho, os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) soltaram José Riva, que estava preso desde fevereiro deste ano. Em 1 de julho, o ministro Gilmar Mendes, do STF, concedeu decisão liminar (provisória) para soltar o ex-deputado, que havia sido detido pela segunda vez no mesmo dia, com base em decreto da 7ª Vara Criminal de Cuiabá (MT).

Os promotores do Gaeco afirmam que as prisões foram decretadas com base na garantia da ordem pública e conveniência da instituição criminal. "Salienta-se que todos os servidores ouvidos pelo Gaeco na primeira fase da Operação Metástase (com exceção dos líderes da organização) afirmaram a existência de um estratagema criminoso arquitetado pelos líderes visando dificultar a descoberta da verdade, com a consequente blindagem do núcleo criminoso. Outras frentes estão sendo abertas e novas fases não estão descartadas", diz nota do Ministério Público de Mato Grosso.

Em junho, a Justiça de Mato Grosso determinou o sequestro de 110 imóveis (urbanos e rurais), 31 veículos e uma aeronave de propriedade do ex-deputado.

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