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A dois meses do prazo final para a filiação de novos membros nos partidos para a disputa eleitoral deste ano, o comando do MDB de Pernambuco continua sofrendo baixas com a disputa interna entre o atual presidente estadual da legenda, o vice-governador Raul Henry, e o senador Fernando Bezerra Coelho. Um novo capítulo desse imbróglio, que já enfrenta questões judiciais, é um segundo pedido de dissolução da direção pernambucana emedebista apresentado por um membro do MDB sem mandato, Golbery Lopes Lins, de Cupira, no Agreste. 

A solicitação foi divulgada pela direção nacional durante uma reunião da Executiva que aconteceu nessa quarta-feira (21). Henry também participava do encontro que debateu, por cerca de 15 minutos, o novo pedido. Ao contrário do primeiro, que questiona o desempenho eleitoral, ele indaga justamente a judicialização que predomina o partido no estado e tem, inclusive, afastado políticos da legenda. Um exemplo disso é o deputado federal Fernando Monteiro que estudava deixar o PP e ingressar no MDB, mas agora firma tratativas com o PSD. 

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O presidente nacional do MDB, senador Romero Jucá (RR), designou o ex-ministro João Henrique Sousa (MDB-PI), que também preside o SESI nacionalmente, para a relatoria do processo. E já chegou a pregar uma “solução pacífica” para o novo pedido. 

Jucá é favorável a que o comando local do MDB passe para Fernando Bezerra Coelho e, com isso, o partido dispute o Governo de Pernambuco em outubro. FBC já se lançou como pré-candidato a governador, contra a reeleição de Paulo Câmara, atual aliado do MDB. A intervenção retiraria Henry do comando e destituiria os poderes políticos do deputado federal Jarbas Vasconcelos na legenda. 

Os membros do Elo Nacional da Rede Sustentabilidade anunciaram, após uma série de reuniões neste fim de semana, que devem ingressar com o novo pedido de criação da legenda até o final de abril. De acordo com os representantes da sigla, foram coletadas cerca de 80 mil assinaturas de apoio - que estão passando pelo processo de validação -, enquanto faltam 32 mil assinaturas reconhecidas em cartório para a concessão do registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Temos grande margem, mais que o dobro do que falta, considerando que nem todas as assinaturas serão validadas pelos cartórios. Até o final de abril devemos ingressar com as assinaturas validadas que faltam para que o TSE possa analisar e julgar o pedido de registro da Rede Sustentabilidade”, pontuou um dos porta-vozes da agremiação, Basileo Margarido.

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Segundo Margarido, algumas ações organizadoras devem pautar a sigla até maio, visando às eleições municipais de 2016. Entre elas, a permanência da coleta de assinaturas, até o veredicto final do TSE sobre a criação do partido.

A Rede também defende que, até o aval do TSE, a ex-senadora Marina Silva vai continuar filiada ao PSB, onde se abrigou para disputar a presidência da República em 2014, primeiro ao lado do ex-governador Eduardo Campos, falecido em agosto, e depois tendo como vice o ex-deputado federal Beto Albuquerque (RS).

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