Tópicos | Noel Rosa

No dia de hoje comemoramos os 110 anos do nascimento do compositor Noel Rosa. Além de compositor, Noel era cantor e violonista, sendo reconhecido até hoje como um dos nomes mais importantes da história da música popular brasileira. Em pouco tempo o artista compôs mais de 300 músicas, marchinhas e canções.

Noel Medeiros Rosa nasceu em 1910 no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro. Filho do comerciante Manuel Medeiros Rosa e da professora Marta de Medeiros Rosa. Noel nasceu e durante o parto foi ferido pelo fórceps, que lhe fraturou e afundou a parte inferior do maxilar. Esse erro médico causou complicações para o ator pelo resto de sua vida.

##RECOMENDA##

A fratura no queixo de Noel aumentava conforme ele crescia. Foi operado aos seis anos mas não mostrou melhora efetiva. Seis anos depois, aos 12, fez outra cirurgia, mas já estava marcado por toda sua vida. Durante o colégio recebeu o apelido de “queixinho”, algo que o marcou e gerou muita tristeza.

Ainda cedo o músico aprendeu a tocar bandolim. Noel tocava em roda na hora do recreio enquanto os colegas se reuniam ao seu redor. O compositor ficou conhecido como “O Poeta da Vila” por seus grandes sucessos. Dentre eles destacam-se “Com Que Roupa”, seu primeiro sucesso, “Conversa de Botequim”, “Fita Amarela” e “Feitiço da Vila”.

Em 1929, em conjunto com os músicos Almirante, Alvinho, Braguinha, Henrique Brito e Henrique Domingos formou o grupo “Bando de Tangarás”. Ainda em 29 gravaram o primeiro disco, inicialmente com fortes influências da música sertaneja. Pelo sucesso que o grupo atingiu, fizeram diversas apresentações em rádios, cinemas e teatros.

Noel entrou para a faculdade de medicina, mas não teve uma jornada longa no ramo dos estudos. No mesmo ano em que entrou (1931) já não frequentava mais as aulas para compor com os amigos. Enquanto estudante, Noel gravou mais de 20 músicas neste período.

O cantor foi afetado por uma tuberculose, em 1935, foi para Belo Horizonte em busca de tratamento de saúde. Por falta de cuidado e achar que já estava recuperado, retornou à boemia. Em uma viagem para Nova Friburgo, a viagem de Noel piorou drasticamente e teve de voltar para Vila Isabel. O compositor morreu em sua casa na Rua Teodorico da Silva em quatro de maio de 1937.

Por Matheus de Maio

 

O livro Ninguém aprende samba no colégio, de Christina Dias, pretende seduzir o jovem leitor com uma história sobre o delicado relacionamento entre uma avó e uma neta. A autora conduz o leitor pela narrativa enquanto contextualiza a vida, obra e importância de Noel Rosa para a cultura brasileira.

Amélia mora com a avó e é uma adolescente comum: vai à escola, sai com os amigos, faz trabalhos em grupo no colégio e gosta de música. Um dia, no táxi, ouve uma samba de Noel Rosa e a canção não lhe sai mais da cabeça. Ela não sabe quando ou onde, mas tem certeza de que já ouviu aquela melodia antes e até se lembra de algumas palavras da letra.

##RECOMENDA##

A partir daí, uma série de coincidências aproxima cada vez mais a garota da obra do compositor carioca: a frase que o professor vive repetindo na sala de aula, o concurso de músicas antigas que vai acontecer na escola, os discos, fotos e histórias que a avó resolve compartilhar com Amélia e até a lembrança do cachorrinho Noel, seu companheiro de infância.

No prefácio, o cantor Martinho da Vila destaca que o título do livro é um trecho de Feitio de oração, uma canção apaixonada de Noel, e comenta a falta de informação sobre o samba nas escolas. As ilustrações do livro são de Dave Santana, que recria a narrativa em imagens em preto e branco.

Com direção de Paulo Henrique, o espetáculo de dança-teatro Sarará vai realizar duas sessões gratuitas e uma fechada para alunos da rede pública de ensino no mês de março. As exibições para o grande público acontecem nas ultimas quartas (20 e 27) do mês, às 19h30, no Teatro Barreto Júnior. Já a exibição fechada acontece na quarta (27), às 15h30, com direito a debate em seguida. Após estreia em setembro de 2012, no Teatro de Santa Isabel, e as curtas temporadas no Teatro Luiz Mendonça e no próprio Teatro Barreto Júnior, a peça chega as suas últimas sessões. 

Inspirado na visão antropofágica da diretora artística Marília de Andrade, o espetáculo é resultado de um processo de criação contemporâneo envolvendo os bailarinos como intérpretes-criadores com ajuda do figurinista Marcondes Lima. O roteiro é formado por diferentes quadros (de títulos Ritual, Pavão Misterioso, Alma Lírica e Festa) que expressam verdadeiros estados de alma e poesia. Além disso, a trilha sonora é inspirada em melodias e ritmos brasileiros, incluindo obras de grandes compositores populares como Noel Rosa, Chiquinha Gonzaga e Capiba. 

##RECOMENDA##

Serviço

Sarará

Quarta (20) e Quarta (27) de março, às 19h30

Teatro Barreto Júnior (Rua Estudante Jeremias Bastos, s/n, Pina)

Gratuito

3355 6398

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando