Na última segunda-feira (6), uma mãe candomblecista teve a matrícula da filha em uma escola municipal, na cidade de Maricá, no Rio de Janeiro, negada. Na ocasião, ela e a menina se dirigiram até a instituição de ensino trajadas conforme a religião. A mãe, identificada apenas como Brenda, alegou que elas estavam "de preceito" e as vestimentas foram uma orientação do Babalorixá.
No atendimento presencial, a funcionária se comunicava com Brenda por mensagens de texto e buscava instruções, mas não efetuou a matrícula. A mãe aguardava o retorno da diretora, que estava em horário de almoço, para solucionar a situação. No entanto, ela foi informada que a filha não seria matriculada, mesmo tendo realizado o procedimento de pré-matrícula on-line.
##RECOMENDA##Segundo o relato de Brenda, houve questionamentos acerca da idade da filha, série e até a veracidade dos documentos apresentados. O caso repercutiu nas redes sociais e a situação só foi resolvida um dia depois junto à Secretaria Municipal de Educação. Por meio de nota, a Prefeitura de Maricá alegou que não houve discriminação e que a conduta na escola foi seguindo o rito administrativo.
"A Prefeitura de Maricá reafirma, mais uma vez, sua defesa na pluralidade de religiões e repudia qualquer caso de intolerância religiosa, no âmbito de qualquer instituição pública, sobretudo nas escolas, onde o aprendizado sobre a diversidade e pluralidade do mundo são essenciais", diz trecho da nota.