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A primeira manifestação contra a Copa do Mundo foi realizada na tarde deste sábado (25). O motivo da manifestação foi os gastos com o evento esportivo, diante da precariedade dos serviços públicos do brasileiros. Às 14h, horário marcado para dar início ao movimento, apenas sete pessoas estavam presentes, mas, timidamente, o grupo foi crescendo. Por volta das 16h, cerca de 50 pessoas marcavam presença no Treze de Maio. Segundo o Tenente Jailton, 24 policias fizeram a segurança do protesto.
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Porém, os que chegaram primeiro já relataram abusos de autoridade por parte da PM. Um manifestante identificado como Doug relatou que antes da imprensa chegar. “Chegou um carro da polícia com três PMs dentro, eles desceram do carro e já nos abordou apontando uma arma para nós e colocando o dedo na cara”, contou. “Vou prestar uma queixa formal ao Ministério Público e a Corregedoria”, disse. Um dos integrantes do grupo de protestantes não portava documento de identificação e foi levado para delegacia de Santo Amaro, onde foi identificado e liberado.
Mas não é apenas contra a Copa do Mundo que o povo está na rua. Outro manifestante, identificado Afrânio Barbosa, integrante do grupo “Xô Corrupção”, apresentou uma lista de reivindicações. Dentre elas, sob critério do próprio manifestante, as mais importantes são a mudança da maior idade penal para 16 anos e a PEC 208 - que determina a prestação de contas a cada quatro meses e o investimento de 18% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação.
Às 16h10, o grupo saiu em direção à Praça do Derby, onde fechou o cruzamento da Agamenon Magalhaes. Entoando gritos de "não vai ter Copa e da Copa eu abro mão! Quero dinheiro para saúde e educação", a manifestação foi em direção ao Shopping RioMar. Apenas ambulâncias e motoqueiros conseguiam ultrapassar a manifestação. Um pequeno grupo tentou fechar a via no sentido contrário (Recife-Olinda), mas os policiais impediram que isso acontecesse.
RioMar – Alguns minutos após a finalização do "rolezinho" no centro comercial, os consumidores que estavam no shopping ficaram assustados quando um grupo de mascarados chegou ao local. Contudo, o protesto do “Não vai ter Copa” foi tranquilo e nenhum ato de vandalismo registrado pela polícia.
Organizado pela Frente Independente Popular (FIP), a mobilização criticou a gestão do governador Eduardo Campos e, também, o que chamou de “burguesia dos shoppings”. Segundo o militante Igor Calado, a proposta do movimento é realizar um protesto por mês, até a Copa do Mundo. “Não podemos garantir que vamos impedir a Copa, mas vamos mostrar ao mundo como o povo é excluído”, explicou.
O representante da FIP disse que, na próxima quarta-feira (29), uma plenária vai ser realizada para avaliar o protesto e definir os novos rumos das manifestações. Não houve confronto com a segurança do local, mas a Polícia afirmou ter apreendido pedaços de madeiras, ainda no Parque Treze de Maio, e um botijão de gás (utilizado como tambor).
*Com informações de Bruno Andrade