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As atuais campeãs olímpicas Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram nesse domingo (8) a medalha de prata, na classe 49erFX, no Mundial de Vela, disputado em Auckland, na Nova Zelândia.  O ouro, pelo segundo ano consecutivo, ficou com a dupla holandesa Annemiek Bekkering e Annette Duetz. As dinamarquesas Ida Nielsen e Marie Olsen levaram a medalha de bronze.

As brasileiras, já classificadas para a Olimpíada de Tóquio 2020, lideravam a competição até a regata do último sábado (7), quando foram ultrapassadas pela dupla holandesa. Esta é a quinta vez que Martine e Kahena sobem ao pódio do Mundial, cuja primeira edição foi em 2013. Na época, em Marseille (França),  Martine e Kahena também foram vice-campeãs; no ano seguinte, em Santander (Espanha), faturaram o ouro; em 2015, em Buenos Aires (Argentina) voltaram a conquistar a prata, assim como no Mundial de 2017, em Matosinhos (Portugal). 

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Outros brasileiros

Na classe 49er Marco Grael e Gabriel Borges terminaram na 19ª colocação. Pelo quinto ano seguido, os vencedores foram os australianos Peter Burling e Blair Tuke.

As outras duas duplas brasileiras competiram na classe Nacra 17: Samuel  Albrecht e Gabriela Nicolino finalizaram em 11º lugar, e João Siemsen e Isabel Swan,em 16º lugar. Os campeões foram Vittorio Bissaro e Maelle Fracari, da Itália.

Pelo segundo Mundial seguido, Martine Grael e Kahena Kunze vão subir ao pódio. Faltando apenas a medal race para definir a classe 49erFX no Mundial de Santander (Espanha), as brasileiras, prata no ano passado, já garantiram uma medalha, faltando apenas definir a cor. No domingo, na última regata, elas precisam tirar dois pontos de desvantagem em relação à dupla dinamarquesa para ganharem o ouro. Em caso contrário, ficam com a prata.

A distância que era de dez pontos para Ida Marie Nielsen e Marie Olsen caiu para apenas dois depois das regatas deste sábado em Santander. As brasileiras conseguiram um primeiro, um segundo e um terceiro lugares, enquanto as rivais europeias fizeram um terceiro, um quinto e um nono lugares.

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"Fomos muito bem hoje (sábado). Para melhorar, conseguimos reparação da regata que largamos escapadas e agora estamos a apenas dois pontos das líderes. O dia não poderia ter sido melhor. Amanhã (domingo) é tudo ou nada", disse Kahena, em referência a uma decisão da comissão de regata que anulou uma desclassificação por queimar largada.

A prata está garantida porque as brasileiras têm 35 pontos perdidos, contra 57 da dupla terceira colocada, da Itália. As holandesas, na frente, têm 33 pontos perdidos. Exceção a Kahena e Martine, só europeias disputam a medal race.

OUTRAS CLASSES - Atual campeão mundial da Finn, Jorge Zarif, vencedor do Prêmio Brasil Olímpico do ano passado, ficou apenas na 38.ª colocação em Santander. Na Nacra17, o melhor resultado foi de Samuel Albrecht/Geórgia Rodrigues, em 44.º lugar. A 49er chegou à medal race com Marco Grael/Gabriel Borges terminando na 30.ª posição.

Ainda não foi desta vez que Ricardo Winicki, o Bimba, encerrou a sina de não conseguir confirmar seu favoritismo nas grandes competições. Líder do ranking mundial da classe RS:X ele não conseguiu sequer avançar à medal race entre os 10 primeiros do Mundial de Vela de Santander (Espanha).

Nesta quinta-feira foi realizada a última regata da fase de classificação e Bimba, que chegou a se colocar entre os primeiros na abertura do Mundial, encerrou a competição no 15.º lugar, com 131 pontos perdidos, longe do 10.º colocado (que teve 92 pontos perdidos). Albert de Carvalho foi 43.º e Gabriel Bastos terminou no 71.º lugar entre 98 windsurfistas.

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Aproveitando os ventos fortes, a RS:X realizou três regatas nesta quinta-feira, para fechar a fase de classificação. Patricia Freitas foi mal, com um 25.º e dois 20.º lugares. Assim, caiu da zona de classificação para a medal race para a 14.ª colocação final.

Bruna Martinelli foi a 31.ª.

O único barco com chance de medalha para o Brasil em Santander é de Martine Grael e Kahena Kunze, que ocupam o terceiro lugar na 49erFX, com 10 pontos perdidos. As brasileiras lideram o ranking mundial. Na 470 Feminina, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan estão em nono após oito de 10 regatas previstas até a medal race. São 25 pontos para a zona de medalha.

Para quem já foi 10 vezes campeão mundial da classe Laser, o quinto lugar do Mundial de Vela de Santander (Espanha) foi frustrante. Nesta quinta-feira (18), Robert Scheidt largou para a medal race brigando apenas pelo bronze, mas não o alcançou. Ao fim de uma competição de ventos fracos, restou a ele apenas o quinto lugar.

"Claro que eu gostaria que o resultado tivesse sido um pouco melhor, mas fiz o melhor que pude. Tive uma boa largada, e foi uma bela medal race", definiu Scheidt, que ficou no quarto lugar na meda race. No fim, foram nove pontos de diferença para o britânico Nick Thompson, medalhista de bronze.

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O Mundial de Scheidt foi prejudicado principalmente por uma larga queimada na quinta regata, domingo. Desclassificado, teve 50 pontos perdidos e precisou usar seu descarte. Assim, acabou considerando outros resultados ruins, como um 20.º e um 13.º lugares. Com ventos fracos, não foi regular como costuma ser.

"Não foi um grande campeonato para mim, mas o quinto lugar num Mundial não é para desprezar. Além disso, estou velejando bem, com uma boa velocidade, e melhorando da lesão que sofri no evento-teste no Rio", analisou o brasileiro.

O ouro na Laser ficou com o holandês Nicholas Heiner, que ganhou a medal race e pulou do terceiro para o primeiro lugar. Favorito, o australiano Tom Burton foi mal na regata da medalha e ficou com a prata. À frente de Scheidt, também o alemão Philipp Buhl.

O dia mais uma vez não foi bom para Robert Scheidt no Mundial de Vela, em Santander (Espanha). Depois da folga da Laser na segunda-feira (15), nesta terça foram realizadas duas regatas, mesmo com a falta de ventos. E o brasileiro, que chegou à competição como favorito, obteve apenas um nono e um 20º lugar. Com isso, chegou aos 48 pontos perdidos, em sexto, a 12 do terceiro e a 18 do primeiro colocado. Scheidt, que foi desclassificado da quinta regata, domingo, não tem mais descartes.

"Hoje (terça) foi um dia bem complicado, entramos na água às 11h e ficamos até as 19h para apenas duas regatas. Ventava de tudo que era jeito e eu não fui bem, mas pelas circunstâncias poderia até ter sido pior. Está tudo em aberto ainda e amanhã (quarta) teremos mais três regatas", comentou Bruno Fontes, que caiu para a 11ª colocação e saiu da zona de classificação para a medal race.

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A liderança na Laser está com o australiano Tom Burton, que já era apontado por Scheidt como favorito ao título. Ele tem 30 pontos perdidos, contra 33 do holandês Nicholas Heiner e do britânico Nick Thompson.

OUTRAS CLASSES - Na Laser Radial, que já teve seis de 10 regatas previstas, a melhor brasileira é Renata Decnop, no 31.º lugar. Na RS:X, Bimba ocupa o 16.º lugar, enquanto na prancha feminina o Brasil tem Patricia Freitas na quinta posição após cinco de 10 regatas previstas.

Favoritas ao título da 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze tiveram uma excelente estreia, vencendo a primeira regata do dia e ficando em quinto na segunda. A flotilha delas, porém, teve uma regata a menos que a outra regata. Assim, a classificação geral não aponta uma situação real.

O dia foi monótono no Mundial de Vela em Santander (Espanha) nesta segunda-feira. O vento não apareceu nas raias onde acontece a competição e praticamente todas as regatas previstas para o dia tiveram que ser canceladas. Só uma flotilha da 49er masculina teve uma única largada, a primeira da classe no Mundial.

Com mais de uma flotilha (grupo) por classe, a previsão que fossem realizadas 34 regatas nesta segunda-feira, na 49er, 49erFX, Finn (a primeira regata destas classes), 470 Masculina e Feminina, RS:X Masculina e Feminina. Foram longas horas de espera por um vento que não veio.

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"Passamos o dia esperando. Pelo menos a temperatura estava agradável, com sol, e nós ficamos em terra, ao contrário dos meninos que ficaram boiando", disse Bruna Martinelli, da RS:X. "Nós tivemos duas semanas de treino maravilhosas e agora o vento acabou", reclamou Renata Decnop, da 470.

Todo o Mundial, que começou na sexta-feira, tem sido marcado pelos ventos fracos, que deixam a disputa mais incerta e prejudica os atletas mais rápidos. O Brasil tem Robert Scheidt e Bruno Fontes em quarto e quinto na Laser (a classe não tinha regatas previstas para esta segunda), Bimba em 14.º e Patrícia Freitas em terceiro na RS:X.

Os iatistas brasileiros Robert Scheidt e Bruno Prada conquistaram nesta sexta-feira (11) o tricampeonato mundial da classe star, em Hyères, na França. Os vencedores fecharam a competição com 30 pontos perdidos, dois a frente dos britânicos Ian Percy e Andrew Simpson, que terminaram na segunda colocação.

Após os títulos em Cascais 2007, Perth 2011 e Hyères, a dupla passou o bicampeão olímpico Marcelo Ferreira, que foi campeão mundial de star como proeiro de Torben Grael, em 1990, e do alemão Alexander Hagen, em 1997.

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Apenas uma dupla de italianos havia conquistado um tricampeonato, sempre velejando junto, Agostino Straulino e Nicolo Rodo, em 1952, 1953 e 1956. Com parceiros diferentes, o americano Lowell North é o recordista em conquistas, com cinco títulos (1945, 1957, 1959, 1960 e 1973), enquanto Bill Buchan Jr., também dos EUA, é tricampeão (1961, 1970 e 1985).

"Na reunião de ontem à noite, decidimos que ficar em segundo ou terceiro lugar não interessava. Então, decidimos partir para a estratégia mais agressiva. A ideia foi ir para cima dos ingleses e torcer para os poloneses não ganharem e os irlandeses ficaram no terceiro lugar. E deu certo", comentou Bruno Prada.

Scheidt e Prada terminaram a última regata da série na 39ª colocação, sua pior na competição, mas os ingleses a também tiveram uma regata ruim, terminaram na 38ª colocação. Além disso, irlandeses, que estavam na terceira posição e os poloneses, em quarto, também tiveram um mau dia, terminando a regata em 14º e 27º respectivamente.

Desta forma, os brasileiros terminaram a competição com 30 pontos perdidos, contra 32 dos vice-campeões Percy e Simpson. O bronze acabou com Michael Hestbaek e Claus Olesen, da Dinamarca, com 33.

 

O Campeonato Mundial de Vela chegou ao fim neste domingo em Perth, na Austrália, com o Brasil lamentando a queda no quadro de medalhas em relação ao Mundial anterior, de 2007, em Cascais, mas comemorando ter tido sucesso em seu principal objetivo na competição: classificar-se no maior número possível de classes para os Jogos Olímpicos de Londres, no ano que vem. A vaga veio em sete das dez classes olímpicas.

A competição organizada pela Federação Internacional de Vela (Isaf, na sigla em inglês) a cada quatro anos, sempre na véspera de Olimpíadas, distribuiu 75% das vagas para Londres. As demais estarão em jogo nos mundiais de cada classe, todos no primeiro semestre de 2012. Em Cascais, há quatro anos, o Brasil conseguiu classificar cinco barcos para Pequim. Depois, conseguiu suas três últimas vagas por meio dos mundiais das classes. Na ocasião, porém, eram 11 as classes olímpicas, contra 10 atuais.

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Com relação ao quatro de medalhas, o desempenho do Brasil em Perth foi pior do que o obtido em Cascais. Em Portugal haviam sido dois ouros: na Star, com Robert Scheidt e Bruno Prada, e na RS:X, com Bimba, o que colocou o País em terceiro na classificação geral. Este ano, o bicampeonato na Star, solitário, deixou o Brasil em sétimo. A Austrália, dona da casa, com três ouros, ficou em primeiro.

Além da Star, o Brasil só ficou entre os dez primeiros em uma outra classe: a 470 Feminino, cuja Medal Race foi neste domingo. As cariocas Martine Grael e Isabel Swan ficaram em sexto na regata que reúne os 10 melhores barcos e terminaram o Mundial no oitavo lugar. "Estar entre as top10 do mundo é muito bom. Hoje, no 470, os 12 primeiros times estão muito parecidos e a briga para a Olimpíada do ano que vem vai ser boa", avaliou Swan, medalhista de bronze em Pequim, quando competia com Fernanda Oliveira.

Apesar de algumas frustrações, como de Bimba (11.º na RS:X Masculino) e Bruno Fontes (15.º na Laser), a Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) classifica como positivo o desempenho da equipe em Perth.

"O balanço geral é positivo. Viemos aqui para classificar o Brasil no maior número de classes para os Jogos do ano que vem e conseguimos colocar sete das dez classes olímpicas em Londres", avaliou Cláudio Bieckark, diretor técnico da equipe. "Claro que meu papel é querer sempre mais e algumas frustrações aqui e ali sempre acontecem. Mas saímos de Perth com a sensação do dever cumprido e com a alegria do bicampeonato do Robert (Scheidt) e do Bruno (Prada)."

O Brasil conseguiu a classificação olímpica nas classes Finn (Jorge Zarif), RS:X Feminina(Patrícia Freitas), RS:X Masculino (Ricardo Winicki, o Bimba), Laser Standard (Adriana Kostiw), Laser (Bruno Fontes), Star (Robert Scheidt e Bruno Prada) e 470 Feminino (Martine Grael e Isabel Swan). As vagas são do País. Os atletas que as conquistaram ganharam um ponto na corrida por Londres. Um segundo estará em jogo entre 2 e 12 de fevereiro, para os campeões da Semana Brasileira de Vela, em Búzios (RJ). Caso haja a necessidade de desempate, este acontecerá no Troféu Princesa Sofia, na Espanha, em maio.

Ficaram faltando as vagas na 470 Masculino, na Match Racing e na 49er. O Mundial da 470 será em maio, em Barcelona, e distribuirá sete vagas. O da Match Racing é em fevereiro, em Brisbane (EUA), com mais três vagas em jogo. Já a 49er compete em maio, em Zadar, na Croácia, quando serão conhecidos mais cinco classificados para Londres.

Confira a colocação dos representantes brasileiros em Perth::

Star

Robert Scheidt/Bruno Prada - campeões

470 Feminino

Martine Grael/Isabel Swan - 8.º

Fernanda Oliveira/Ana Luiza Barbachan - 26.º

RS:X Masculino

Ricardo Winicki - 11.º

Vicente Carvalho - 74.º

RS:X Feminino

Patrícia Freitas - 29.º

Carmem Rosas - 58.º

Bruna Martinelli - 60.º

Laser

Bruno Fontes - 15.º

Eduardo Couto - 86.º

Alex Veeren - 131.º

Laser Radial

Adriana Kostiw - 41.º

Odile Ginaid - 82.º

Patrícia Gatti - 101.º

Finn

Jorge Zarif - 32.º

Match Race Feminino

Renata Decnop/Gabriela Nicolino/Larissa Juk - 17.º

Juliana Senfft/Fernanda Decnop/Luciana Barros - 20.º

49er

André Fonseca/Marco Grael - 51.º

470 Masculino

Carlos Henrique Wanderley/Marco Brancher - 54.º

Fábio Pillar/Gustavo Thiesen - 63.º

Henrique Haddad/Nicolas Castro - 66.º

O Brasil chegou neste sábado à sua sétima vaga olímpica na vela. Martine Grael e Isabel Swan se classificaram para a Medal Race da classe 470 Feminino, se garantiram entre as 10 primeiras colocadas do Mundial de Perth, na Austrália, e, assim, asseguraram ao Brasil uma das 14 vagas que estavam em disputa na competição. As brasileiras, porém, não têm mais chances de medalha.

Neste sábado, elas não começaram bem o dia, com um 13.º na primeira regada. Depois, se recuperaram, conseguiram um terceiro lugar na segunda regata e se garantiram na Medal Race, que envolve apenas os 10 melhores barcos após as 10 regatas classificatórias, e vale o dobro de pontos. Mesmo assim as brasileiras, que têm 86 pontos perdidos, não têm mais como chegar à zona de medalhas.

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Isabel e Martine, porém, ainda não estão garantidas em Londres. A vaga conquistada por elas é do Brasil e a escolha da dupla que representará o País ainda está em aberto. Por terem sido o melhor barco brasileiro em Perth, elas somaram um ponto. Outro estará em jogo no torneio pré-olímpico de Búzios, no começo do ano que vem. Caso haja a necessidade de um desempate, este acontecerá no Troféu Princesa Sofia, na Espanha, em maio.

Para tentar repetir a medalha de bronze que conquistou em Pequim, Isabel Swan terá que superar mais uma vez a sua companheira naquela oportunidade, Fernanda Oliveira. A proeira agora compete ao lado de Ana Barbachan e terminou o Mundial na 26.ª posição.

Já Martine, que é filha de Torben, tenta ser a representante da família Grael na Olimpíada. Seu irmão Marco também tenta a classificação, na classe 49er. Em Perth, ele e André Fonseca, o Bochecha, terminaram na 51.ª posição, sem classificação olímpica. Nova chance virá no Mundial da classe, que acontece em maio, na Croácia, e distribui cinco vagas.

O Brasil vai encerrar o Mundial de Perth com vagas olímpicas nas classes: Star, Laser Radial, Laser, Finn, 470 Feminino, RS:X Masculino e RS:X Feminino, com um total de nove atletas. Em três classes a vaga não veio: 49er, 470 Masculino e na Match Race Feminino. A última chance de conseguir a classificação é no Mundial de cada classe. A da 470 acontece em maio, em Barcelona, e distribui sete vagas. A da Match Race é em fevereiro, em Brisbane, nos Estados Unidos, e classifica três barcos.

O Brasil garantiu nesta quarta-feira mais duas vagas olímpicas na vela. Bruno Fontes, na classe Laser, e Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X Masculino, avançaram para a flotilha ouro das suas classes no Mundial de Vela de Perth, na Austrália, e já se garantiram dentro da zona de classificação para os Jogos Olímpicos de Londres. Antes, a RS:X Feminino, a Laser Radial e a Finn também já haviam assegurado vaga.

Na Star, o Brasil também está muito perto de garantir a classificação, já que Robert Scheidt e Bruno Prada são cada vez mais líderes. Por não haver divisão entre flotilha ouro e flotilha prata nessa classe (divisão em dois grupos), eles ainda podem, teoricamente, deixar o grupo dos 11 primeiros e perderem a chance de conquistar a vaga durante o Mundial de Perth.

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Scheidt e Prada, porém, estão cada vez mais perto do segundo título mundial da dupla na Star, repetindo a conquista de 2007. Nesta quarta-feira, eles venceram a primeira regata do dia e ficaram em terceiro na segunda, chegando aos 30 pontos perdidos após seis regatas. Os norte-americanos Mark Mendelblatt e Brian Faith estão seis pontos atrás.

"Um primeiro e um terceiro! Fomos muito bem para um dia em que chegou a não ter vento na área de regata. Com certeza, estamos muito felizes com os resultados", disse Prada. "Agora, já dá para começar a pensar nas duas ou três duplas em que temos de prestar mais atenção", completou.

VAGAS OLÍMPICAS - Na Laser, classe na qual Scheidt tem dois ouros olímpicos, o representante do Brasil agora é Bruno Fontes. Apesar de ainda estar longe da briga pelo título - em 18.º - o brasileiro se classificou para a flotilha ouro e garantiu uma das 29 vagas olímpicas que estão em jogo na Laser em Perth. Ainda faltam duas regatas até a Medal Race, que vale o dobro de pontos.

Na RS:X, Bimba conquistou um oitavo e um sétimo lugar nas duas regatas do dia em sua flotilha e ocupa a 15.ª posição. Ele também não tem mais como deixar o grupo dos 28 países que garantem vaga olímpica na prancha a partir do Mundial. Assim como em todas as classes, porém, a vaga não é do atleta, mas do Brasil.

Pelos critérios da Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), os velejadores que tiverem o melhor resultado em suas classes no Mundial de Perth ganham um ponto na seletiva nacional pela vaga olímpica - é o caso, portanto, de Bimba e Fontes. Depois, haverá um torneio pré-olímpico em Búzios (RJ), no começo do ano que vem, valendo outro ponto. E, se for necessário, acontecerá um desempate no Troféu Princesa Sofia, na Espanha.

MAIS UMA VAGA ESTÁ PERTO - Na classe 470 Feminino a flotilha não foi dividida entre ouro e prata e, por isso, as vagas só serão decididas nas últimas regatas. Mas o Brasil vai bem. Martine Grael e Isabel Swan estão em 13.º - elas tiveram um 16.º e um 20.º lugar nesta quarta e perderam duas posições -, enquanto Fernanda Oliveira e Ana Barbachan ocupam o 30.º lugar. A classe distribuiu vagas para 14 países e, descontando duplicidades, a melhor dupla do Brasil está em 10.º

Irmão de Martine e filho de Torben, Marco Grael não foi bem na 49er, competindo ao lado de André Fonseca. Eles estão na 51.ª posição e foram para a flotilha bronze. Assim, não têm mais condições de garantir uma vaga olímpica para o Brasil. A nova chance para eles será em maio do ano que vem, no Mundial da classe, em Zadar, na Croácia, quando mais cinco vagas serão colocadas em jogo.

Antes, na primeira fase do Mundial, o Brasil também já havia falhado na tentativa de buscar vagas olímpicas na Match Race Feminino e na 470 Masculino.

Robert Scheidt e Bruno Prada assumiram nesta terça-feira a liderança da classe Star no Mundial de Vela que está sendo disputado em Perth, na Austrália. Os brasileiros foram diretamente beneficiados pela desistência dos britânicos Iain Percy e Andy Simpson. Os atuais campeões mundiais e olímpicos lideravam a competição, mas tiveram que abandonar após a primeira regata do dia por conta de uma lesão lombar que levou Percy ao hospital.

Nesta terça-feira, Scheidt e Prada conquistaram dois segundos lugares nas duas regatas disputadas e ganharam duas posições naturalmente, além daquela conquistada pela desistência dos britânicos. Eles têm 26 pontos perdidos, um a menos que os poloneses Mateusz Kusznierewicz e Dominik Zycki, segundos colocados, e os norte-americanos Mark Mendelblatt e Brian Fatih, que estão em terceiro.

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"Foi um dia muito importante, conseguimos uma bela virada", disse Scheidt. "Depois de dois dias de altos e baixos, fomos consistentes, com dois segundos lugares. A primeira regata foi boa desde o início. Montamos a primeira boia entre os dez, fomos recuperando aos pouquinhos e conseguimos um segundo lugar."

Para Prada, apesar dos dois segundos lugares, a dupla teve um dia difícil em Perth, com ventos muito inconstantes. "Fizemos uma primeira regata bem consistente. Na segunda, depois de largarmos muito mal, tivemos a calma e a tranquilidade para procurar o vento no segundo contravento e conseguimos montar a boia em primeiro. No último popa, estávamos administrando bem, mas o vento foi diminuindo, ficou muito esquisito, e acabamos sendo ultrapassados pelos suecos (Fredrik Loof e Max Salminen). Mas foi um dia ótimo."

OUTRAS CLASSES - Os resultados desta terça-feira mostraram que a Star é a única classe na qual o Brasil deve brigar por pódio em Perth. Medalhista de bronze na Olimpíada de Pequim, Isabel Swan está no 11.º lugar da 470 feminino, agora ao lado da timoneira Martine Grael, filha de Lars. Irmão desta, Marco Grael deu azar nesta terça. A embarcação dele e de André Fonseca na 49er teve o leme quebrado na primeira regata do dia. Eles só conseguiram voltar na terceira regata e agora estão em 53.º.

Bruno Fontes, na Laser, conquistou um 13.º e um oitavo lugar na sua flotilha e aparece na 12.º colocação geral. Já Bimba caiu para o 17.º lugar, com uma nona e uma oitava posição nas regatas do dia.

Principais nomes da vela brasileira, Robert Scheidt e Bruno Prada subiram cinco posições nesta segunda-feira e já aparecem no quarto lugar na classificação da classe Star no Mundial de Vela que está sendo realizado em Perth, na Austrália. Após quatro regatas, os brasileiros, medalhistas de prata na Olimpíada de Pequim, têm 35 pontos perdidos, contra 16 dos britânicos Iain Percy e Andy Simpson, atuais campeões olímpicos, e líderes do Mundial.

Em um dia nublado em Perth, com ventos sudeste, que começaram fracos e foram se intensificando ao longo da tarde, Scheidt e Prada conquistaram um 13.º e um segundo lugar, pulando para a quarta colocação. Na estreia da Star no Mundial, domingo, eles tiveram uma colisão com um adversário e conquistaram apenas a 13.º colocação na primeira regata a nona na segunda, fechando aquele dia no nono lugar geral.

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A principal meta de Scheidt e Prada em Perth, porém, é ficar entre os 11 primeiros e garantir uma vaga para o Brasil na Star nos Jogos Olímpicos de Londres. Por isso estão sendo conservadores. "A raia está bem complicada, com o vento muito rondado, e temos que prestar muita atenção. Nossas regatas têm sido muito conservadoras. Depois da metade do campeonato, com a vaga garantida, poderemos arriscar mais. Não largamos bem também e temos alguns ajustes para fazer no barco. O que importa é que estamos em quarto e podemos subir ainda mais", explica Bruno Prada.

OUTRAS CLASSES - Esta segunda-feira em Perth marcou o início das disputas das quatro classes que ainda não haviam estreado no Mundial. Esperança de medalha na RS:X, Ricardo Winicki, o Bimba, não começou bem a competição, ficando em 15.º na primeira regata. Depois, se recuperou, foi o quinto na segunda regata e fechou o dia na 19ª posição geral. "Confesso que na primeira regata senti um pouco a estreia e acabei largando mal, no meio do bolo. Na segunda já encontrei minha velejada e consegui andar na frente", analisou ele.

Na Laser, Bruno Fontes foi bem. Ele obteve um oitavo e um segundo lugares na sua flotilha e está no décimo lugar geral. "No Laser são quase 150 barcos divididos em três flotilhas e é importante passar para a fase final com uma média boa de pontos. Estou evoluindo e em condições de brigar pelo título", afirma Bruno.

Filho de Torben Grael, Marcos Grael compete na 49er ao lado de André Fonseca. Eles cometeram uma infração na terceira regata, se retiraram dela voluntariamente, e acabaram prejudicados, fechando o dia em 46.º. Irmã de Marcos, Martine Grael tem como proeira Isabel Swan, medalhista olímpica. Elas abriram a 470 feminino com um sétimo lugar geral. Parceira de Swan no bronze em Pequim, Fernanda Oliveira está no 35.º lugar velejando com Ana Barbachan.

SEM VAGA - O Brasil deu adeus às esperanças de classificação olímpica na Match Race Feminino nesta segunda-feira. "Já não temos mais chances reais de vaga aqui na Austrália, mas ainda existem três vagas para serem preenchidas no Mundial 2012, em fevereiro, em Miami", falou a velejadora Fernanda Decnop que corre junto de Juliana Senfft e Luciana Kopschitz.

Para esta terça-feira estão previstas mais duas regatas para cada classe, exceto na 49er, que terá três provas.

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