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Neste 27 de março é comemorado o Dia Mundial do Teatro e o Dia Nacional do Circo. Estas duas artes surgiram ainda na Antiguidade como forma de divulgar a cultura de diferentes povos e sobrevivem até os dias atuais.

A data para celebrar o Dia Mundial do Teatro foi criada pelo Instituto Internacional do Teatro, em 1961. Esta arte milenar possui variados gêneros como a comédia, o drama e a farsa. Seus primeiros representantes surgiram ainda na Grécia Antiga a exemplo de Sofócles e Aristófanes, considerados grandes dramaturgos da tragédia e comédia, respectivamente. 

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Ao longo dos séculos, outros profissionais ganham destaque na área entre eles o português Gil Vicente e o inglês William Shakespeare. No Brasil, o gênero teatral ganhou seu primeiro espetáculo no século XIX. Entre os grandes dramaturgos nacionais estão Nelson Rodrigues e Ariano Suassuna. Ambos têm suas obras encenadas até hoje.

As práticas circenses também tiveram início na Antiguidade, mas como exercícios de treinamento e modalidade olímpica. Séculos depois foi que o circo ganhou forma e diversão. Os famosos palhaços tiveram seus precursores nos atores de comédia.

Todo mês na cidade do Recife são realizadas, no mínimo, duas apresentações teatrais. Confira algumas opções de espetáculo para você comemorar o Dia do Teatro e do Circo. 

IV Mostra Marco Camarotti para a Infância e Juventude  

A mostra integra espetáculos teatrais em homenagem aos palhaços e realização de debates. A programação segue até o dia 13 de abril, no Teatro Marco Camarotti, localizado no Sesc Santo Amaro.

O destaque deste fim de semana da mostra fica com a peça De Íris ao arco-íris e seu teatro de animação. Outra opção é o musical As Levianinhas, um pocket show para crianças. O primeiro espetáculo é encenado no sábado (29), às 16h, e o segundo no domingo (30), também no mesmo horário.

Peça Anjo Negro, de Nelson Rodrigues

O espetáculo é encenado pelo grupo pernambucano O Poste Soluções Luminosas e estreia neste sábado (29) e fica em cartaz até o dia 4 de maio, no Teatro Barreto Júnior, Pina.   

Espetáculo Movimento de Cultura Popular – o sonho não acabou 

O grupo Boi D’Loucos realiza apresentações itinerantes pelos bairros do Recife, com espetáculo inspirado no Movimento de Cultura Popular (MCP). A caravana se apresenta até o dia 12 de abril.

 

Ópera La Bohème

Composta pelo italiano Giacomo Puccini, a ópera faz temporada no teatro Metropolian Opera House, em Nova York, mas também será exibido telas dos cinemas da rede UCI, no próximo sábado (5), às 13h55.

Circo Florilegio

Para celebrar o Dia Nacional do Circo, a opção é o Spettacolo Florilegio, que ganha temporada a partir desta quinta (27), em Boa Viagem. 

Espetáculo de circo Números Variados

O espetáculo integra a programação do Museu da Cidade do Recife, que faz uma homenagem ao Dia do Teatro e do Circo desde a segunda (24). A encenação será às 20h no mesmo local.

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Mesmo com todas as dificuldades recorrentes no cotidiano de uma companhia teatral de rua, o Boi D’Loucos segue firme com a programação de apresentações do espetáculo Movimento de Cultura Popular – o sonho não acabou, realizados em praças públicas do Recife até o dia 17 de abril. Na manhã deste domingo (16), o grupo esteve no Largo da Paz, em Afogados, no Recife, e assim que a peça começou vários curiosos, como famílias com crianças, se aproximaram da encenação.

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Em Afogados, quando a montagem teve início, algumas pessoas se aproximaram para ver o que estava acontecendo, como Edileusa Maria da Silva, aposentada de 63 anos que nunca foi ao teatro na vida. “Eu não sei o que é isso, mas vou olhar porque fiquei curiosa. Vim de Boa Viagem pra missa e quando vi a movimentação me interessei”, disse desconfiada. “Eu ia voltar pra casa pra fazer o almoço, mas vou ficar é por aqui”, comentou aos risos depois que viu o desenrolar da peça. Na última sexta (14) e sábado (15), a montagem esteve em bairros como Várzea e Torrões e ainda neste domingo ainda irá para Santo Amaro, no Largo da Feira, às 16h. Até meados de abril serão realizadas, ao todo, 17 apresentações.

O espetáculo inédito mistura teatro e dança num caráter lúdico e educativo. "A nossa peça é uma iniciativa a qual contamos um pouco da história do Movimento de Cultura Popular, que, na nossa opinião, é o mais importante movimento cultural e educacional de Pernambuco”, explica Carlos Amorim, diretor e roteirista do Boi D’Loucos.

De acordo com diretor do espetáculo, as dificuldades de quem produz teatro de rua são constantes, mas não são impedimentos para quem quer fazer a história acontecer. “A Companhia Elétrica de Pernambuco (Celpe) ficou de vir aqui para nos deixar um ponto de energia, mas não veio e deixou a gente na mão. Tivemos que improvisar e tentar algo com os estabelecimentos do local. Para nossa sorte os donos de uma padaria cederam um ponto. A gente sempre dá um jeito”, revela Amorim. 

O cenário da peça é formado apenas por um tecido e alguns objetos, e o grupo realiza as apresentações sem nenhum toldo ou proteção do tipo. “Dessa vez demos sorte porque estamos debaixo de uma mangueira e aqui tem sombra. Mas hoje ainda vamos pra Santo Amaro, pro meio da rua, debaixo do sol. No fim das contas a gente adora o trabalho que faz, e é isso o que importa”, brinca um dos integrantes da equipe técnica. 

Segundo Carlos, a peça integra um projeto maior, com capacitações e palestras. “O ano de 2009, quando tudo começou, foi um ano que só se respirava MCP, por conta dos 50 anos do movimento. Na época eu ministrava uma oficina de teatro no Sítio Trindade e conseguimos uma emenda parlamentar para um projeto que contempla não apenas as nossas apresentações, mas que envolve a reforma do Sítio Trindade, além de oficinas e seminários no local”, comenta.

A coreografia do espetáculo é assinada por Simone Santos e o elenco é formado pelos atores Raphael de Castro, Sillecier Araujo, Carlos Amorim e pelos bailarinos Diego Bertto, Alexsandra Sacramento e Simone Santos. A sonoplastia e a iluminação são responsabilidade de Emanoel Carlos.

Inspirada no Movimento de Cultura Popular (MCP), que realizava apresentações itinerantes pelos bairros do Recife para levar educação através da cultura popular, a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) inicia nesta sexta (14) uma caravana com o grupo Boi D’Loucos. Ao todo, 17 praças públicas da capital pernambucana receberão o espetáculo intitulado Movimento de Cultura Popular – o sonho não acabou, cujas apresentações são gratuitas e acontecem até o dia 12 de abril.

A primeira parada será nesta sexta (14), na Praça da Várzea, às 19h. O grupo segue no sábado (15), às 16h, na Escola Arraial do Bom Jesus, no bairro Torrões, e no domingo (16) se apresenta duas vezes: às 10h, no Largo da Paz, em Afogados, e às 16h, no Largo da Feira, em Santo Amaro.

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O Boi D´Loucos tem mais de 20 anos de atuação com espetáculos de caráter educativo. Para celebrar a história do MCP, que revolucionou a educação popular na década de 60, o grupo criou o espetáculo inédito o qual mistura teatro e dança, com direção de Carlos Amorim e coreografia de Simone Santos. A peça foi inspirada no documentário Movimento de Cultura Popular – um sonho interrompido?, produzido pela Prefeitura do Recife em 2009. 

O elenco é formado pelos atores Raphael de Castro, Sillecier Araujo e Carlos Amorim e pelos bailarinos Diego Bertto, Alexsandra Sacramento e Simone Santos. Já a sonoplastia e a iluminação são feitas por Emanoel Carlos. Esta caravana faz parte do convênio do programa Mais Cultura, firmado entre a Fundarpe e o Ministério da Cultura (MinC), e com apoio da Prefeitura da Cidade do Recife (PCR). A programação prevista no convênio conta ainda com cursos cinema de animação, graffiti, dança popular, teatro de bonecos e música e com um seminário sobre o MCP. 

Serviço

Espetáculo “Movimento de Cultura Popular – o sonho não acabou”, do Grupo Boi D´Loucos

De sexta (14) a 12 de abril

Gratuito

(81) 3355 3411 

Confira abaixo a programação completa:

Sexta (14) - 19h 

Local: Praça da Várzea - Av. Afonso Olindense

Sábado (15) - 16h 

Local: Escola Arraial do Bom Jesus – Av. do Forte,1340-Torrões

Domingo (16) - 10h 

Local: Largo da Paz – Afogados

21.03 - 19h 

Local: Praça da Torre

22.03 - 16h 

Local: Praça de Jardim São Paulo

23.03 - 16h 

Local: Praça Academia da Cidade – Ibura

28.03 - 19h 

Local: Praça do Herói - Areias

29.03 - 10h 

Local: Rua Imperatriz – em frente Igreja da Boa Vista

29.03 - 16h 

Local: R. São Luiz, Pina– em frente ao Banhista do Pina

30.03 - 16h 

Local: Mercado da Boa Vista

04.04 - 19h 

Local: Praça da Convenção – Beberibe

05.04 - 10h 

Local: Mercado de Água Fria - Av. Beberibe

05.04 - 16h 

Local: Largo da Bomba – Bomba do Hemetério

06.04 -16h 

Local: Morro da Conceição

11.04 - 19h 

Local: Praça da Guabiraba

12.04 - 16h 

Local: Academia da Cidade – Jordão Baixo

O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), acompanhado da primeira-dama, Renata Campos, prestigiou o lançamento do livro do professor Germano Coelho, na noite desta quinta-feira (6), nos jardins do Museu do Estado. Intitulado "MCP - História do Movimento de Cultura Popular”, a obra tem prefácio do governador e também da viúva do ex-governador Miguel Arraes, Magdalena Arraes.

Ao discursar, o governador ressaltou a atualidade e a “grande colaboração” que o movimento lega ao debate político. “Nós estamos desafiados a dar sequência ao MCP pensando e refletindo sobre qual é a educação libertadora que vai se apresentar como uma política pública e um direito efetivo da cidadania brasileira, rompendo assim com as estruturas conservadoras que ainda temos em nosso país”, comentou.

Eduardo também enalteceu a trajetória e militância política do fundador do MCP e conclamou um “aplauso” à vida de Germano Coelho. “Uma vida íntegra, entregue aos mais pobres e as causas e pensamentos do Brasil. Não é fácil militar por uma causa durante 80 anos sem perder a coerência, que é um grande patrimônio de quem vive na luta popular nesse país”, ressaltou Eduardo.

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Sob o olhar atento dos presentes, Germano Coelho, fundador e primeiro presidente do movimento, relembrou a trajetória do MCP, que surgiu no Recife, na década de 60, para discutir a educação. O movimento nasceu, segundo Germano, “ao som da voz poderosa de Miguel Arraes”. 



Com o sorriso que lhe é peculiar, o fundador do movimento fez questão, inclusive, de recitar as palavras de Arraes, na época prefeito do Recife, durante reunião com professores, intelectuais e representantes da classe artística. “Quero começar meu governo escolarizando os pobres do Recife”, contou Germano. O autor, inclusive, dedicou páginas do livro para relatar a contribuição de Arraes com o movimento.

Após o expediente no Centro de Convenções, sede provisória do Governo do Estado, o governador de pernambuco, Eduardo Campos (PSB), participa nesta quinta-feira (6), às 19h, do lançamento do livro: Movimento de Cultura Popular – História da Cultura Popular, de Germano Coelho, no Museu do Estado que fica na avenida Rui Barbosa.

Germano Coelho é ex-prefeito de Olinda e um dos fundadores do MCP. No livro, ele faz um resgate do movimento que tomou as ruas do Recife nos anos de 1960 ligando diversas forma de expressão artísticas como forma de levar informações as classes menos favorecidas.

Depois do lançamento do livro na capital, Eduardo Campos (PSB) vai até o Agreste do Estado, onde será homenageados pela Associação Comercial de Caruaru. O evento começa por volta das 21h.

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