Tópicos | Morte de criança

Uma menina de 12 anos morreu na Bélgica vítima da COVID-19, doença que não costuma afetar com gravidade pacientes tão jovens - anunciaram autoridades de saúde do país.

"É um fato raro que nos comove profundamente", disse o médico Emmanuel André, porta-voz do Serviço de Saúde.

A vítima era uma estudante de Ghent (noroeste), informou a cidade flamenga em um comunicado à imprensa, lamentando um falecimento "particularmente trágico".

"É importante saber que ela não frequenta a escola desde 13 de março e não teve contato com sua equipe educacional desde então", afirmou a mesma fonte.

As escolas belgas estão fechadas pela terceira semana consecutiva para conter a disseminação do coronavírus.

A jovem vítima aparentemente não tinha problemas de saúde antes de ser infectada com esse vírus pulmonar, de acordo com o canal público flamengo VRT.

"Após três dias de febre", sua condição "se deteriorou repentinamente", declarou outro porta-voz das autoridades de saúde, Steven Van Gucht, a jornalistas.

Na semana passada, a morte de uma adolescente francesa de 16 anos em Paris despertou grande comoção na França.

Felizmente, as mortes devido à COVID-19 são raras entre as pessoas mais jovens, mas "formas graves da doença que resultam em hospitalização, incluindo cuidados intensivos ou que levam à morte, podem ocorrer em adultos de todas as idades", alertaram as autoridades de saúde dos Estados Unidos em um relatório.

A Bélgica registrou 705 mortes provocadas pelo novo coronavírus, mas até agora nenhuma vítima tão jovem, segundo o balanço oficial.

Até esta terça-feira (31), este país de 11,4 milhões de habitantes contabilizava 12.775 casos confirmados de novo coronavírus.

O número de 705 mortes representa um salto de quase 40% em comparação com as 513 contabilizadas na segunda-feira pela unidade de crise sanitária.

Foram confirmados 98 óbitos adicionais em hospitais em 24 horas, aos quais são adicionados outros 94 intervenientes em dias anteriores em casas de repouso e que ainda não haviam sido contabilizados.

Nos Estados Unidos, a faixa etária de 20 a 44 anos representa 29% dos casos confirmados, 20% dos pacientes hospitalizados por COVID-19 e 12% dos casos admitidos em terapia intensiva, de acordo com um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), cobrindo 2.500 pacientes listados até 16 de março.

Os menores de 20 anos são muito menos numerosos, representando menos de 1% das internações e nenhum paciente em terapia intensiva.

No entanto, um bebê com menos de um ano morreu de COVID-19 no estado americano de Illinois, anunciaram as autoridades do estado no sábado.

Na França, dos quase 14.000 casos confirmados em 20 de março, 30,6% tinham entre 15 e 44 anos, conforme dados publicados na quinta-feira pela Saúde Pública.

"Ghent e todo país estão unidos em imensa tristeza", disse o prefeito da cidade, Mathias De Clercq, pedindo à imprensa que evite entrar em contato com parentes e com colegas de classe da jovem.

Na manhã desta segunda-feira (25), o secretário de Saúde de Pernambuco, Antônio Figueira, reiterou a versão de que o Estado fez o necessário para garantir o tratamento de Matheus Henrique, criança de um ano que sofria de trombofilia e faleceu no último sábado (23). Com a rara doença, atuante na coagulação do sangue por falta de proteína C, a criança recebia o medicamento Ceprotin e, durante o tratamento, ficou onze dias sem tomar o remédio.

Para os pais de Matheus, houve negligência por parte do Estado. Já na opinião do secretário de saúde, a falta do medicamento não foi determinante para a morte do garoto. “Não há correlação entre a ausência do remédio e o agravamento da situação. Nós disponibilizamos o remédio por 300 dias, houve interregno porque a prescrição mudou, mas tomamos todas as medidas para a criança”, informou Figueira, após inauguração do ambulatório do Hospital Barão de Lucena. 

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Segundo o secretário, o anticoagulante não tem a eficácia comprovada. “Há um consenso de que a medicação não é eficaz. Nenhum centro do mundo prescreve esse remédio, nos Estados Unidos, na Europa, nem nos grandes centros acadêmicos”, assegurou Antônio Figueira. A família da criança conseguiu, em 2012, o direito de ter o remédio, apenas produzido fora do Brasil. Cada ampola custa quase R$ 4 mil e os parentes de Matheus acusam o estado de atrasar a entrega neste ano, especificamente nos meses de março e outubro.

Em nota emitida neste domingo (24), a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirma que não houve negligência, pois ocorreram mudanças nas dosagens dadas ao paciente não comunicada à Secretaria, “o que dificultou o planejamento do estoque”. 

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