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Os governadores do Nordeste que estão em missão comercial pela Europa cumprem agenda em Roma, na quarta-feira (20), e em Berlim, na quinta (21) e sexta-feira (22). Já nessa segunda (18), o uso de energias limpas foi destaque na missão internacional do Consórcio Nordeste.

Com interesse na criação de 'blue corridors', uma rota de transporte de gás natural entre os nove estados nordestinos, os governadores estiveram com representantes da Golar Power, joint venture entre a norueguesa Golar e o fundo norte-americano Stonepeak. 

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Denominado 'Rota Azul', o projeto de integração no Nordeste inclui a instalação de postos de combustíveis capazes de fornecer gás natural liquefeito (GNL) para veículos de carga. Em outros países, a exemplo da China, Espanha e Alemanha, os caminhões e ônibus movidos a gás natural já são realidade. 

O vice-presidente da Golar no Brasil, Marcelo Sacramento, disse que o plano de trabalho da empresa prevê inúmeras oportunidades de investimentos. “A disponibilidade do gás para carros e caminhões nas rodovias do Nordeste irá gerar uma nova dinâmica no transporte da região. Novas empresas irão se instalar e as já existentes vão ganhar competitividade”, afirmou.

O gás natural é considerado combustível de transição da economia de carbono, em razão das vantagens econômicas, geopolíticas e ambientais. 

Quando condensado, ele pode ser transportado em carretas ou navios gaseiros, permitindo atender localidades que não possuem gasodutos. Um dos benefícios do uso de GNL é a redução da emissão de poluentes. 

"Muito importante esse conjunto de investimentos estruturadores na região Nordeste, sobretudo por se tratar de um combustível menos poluente", comentou o governador de Pernambuco, Paulo Câmara.

O Nordeste possui uma extensa malha de gasodutos cobrindo o litoral e a maior malha de rodovias do Brasil, além de complexos portuários com infraestrutura para atender a demanda interna e externa.

Ainda em Paris, os governadores se reuniram com a Voltalia, grupo francês que investe em energias renováveis em 20 países, incluindo o Brasil. No Nordeste, a empresa possui atividades no Rio Grande do Norte.

Os estados nordestinos se destacam pela presença expressiva de fontes renováveis de energia. A fonte eólica já é responsável por 29% da matriz elétrica da região, enquanto a solar responde por 3%.

UNESCO - Encerrando os compromissos da segunda-feira, os governadores foram até a sede da Unesco onde entregaram uma proposta de memorando de entendimento. O documento assegura a cooperação dos estados nordestinos com a Unesco para o desenvolvimento de projetos na região, alinhados aos objetivos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

A proposta dos governadores é de cooperação com a Unesco e tem os seguintes objetivos: promover uma educação de qualidade; alcançar a igualdade de gênero; garantir disponibilidade de água limpa e saneamento; viabilizar infraestrutura robusta, industrialização inclusiva e sustentável e estímulo à inovação; conservar a vida subaquática; e promover a paz, com acesso à justiça para todos e estruturação de instituições fortes.

 “Fomos muito bem recebidos pelo diretor adjunto da Unesco. Ele recebeu muito bem a comitiva e a proposta que apresentamos para o estreitamento de uma parceria com a instituição em temas de importância ímpar e que seguem as diretrizes de desenvolvimento sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU) nas áreas de educação, saneamento, justiça, segurança e meio ambiente”, ressalta o governador do Piauí, Wellington Dias.

 Além do chefe do poder executivo piauiense, participam da missão na Europa os governadores Rui Costa (Bahia), Renan Filho (Alagoas), Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), assim como o vice-governador Carlos Brandão (Maranhão). O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas, está representado pelo superintendente de Parcerias Público Privadas, Oliveira Junior.

*Da assessoria de imprensa

A companhia espacial SpaceX realizou nesta quinta-feira (11) o primeiro lançamento comercial de seu foguete pesado Falcon Heavy para colocar um satélite saudita em órbita e conseguiu recuperar pela primeira vez os três propulsores da aeronave na Terra.

"O Falcon Heavy vai rumo ao espaço", disse um comentarista da SpaceX durante a transmissão do lançamento ao vivo na internet, pouco depois da decolagem. "A trajetória parece boa".

O Falcon Heavy, lançado de Cabo Cañaveral (Flórida) às 18H36 locais (19H36 de Brasília), colocou o satélite Arabsat-6A, de seis toneladas, em órbita geoestacionária, a 36.000 km da Terra, 34 minutos depois da decolagem.

O outro objetivo da companhia era recuperar os três propulsores do foguete. Dois deles posaram em terra firme oito minutos depois da decolagem e o terceiro em uma plataforma flutuante no oceano Atlântico, chamada "Of course I still love you" ("Claro que ainda te amo"), quase dez minutos após o lançamento.

A SpaceX tem dois foguetes operacionais: o Falcon 9, que realiza a maioria dos lançamentos e domina o mercado americano (21 missões em 2018), e o Falcon Heavy, utilizado para transportar cargas muito mais pesadas até órbitas mais distantes.

O lançamento desta quinta é o segundo de um Falcon Heavy. Em fevereiro de 2018, a companhia fez um primeiro voo bem sucedido sem clientes, mas não conseguiu recuperar o propulsor na plataforma marítima.

A SpaceX recupera estas partes do foguete para reutilizá-las, o que reduz muito o custo dos lançamentos.

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