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O ambientalista e escritor Ailton Krenak chamou o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de "medíocre e subserviente", classificando-o como uma peça de execução de um projeto de desmatamento. Na semana passada, o ex-superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Alexandre Saraiva, foi retirado do posto após denunciar ao STF que Salles protegia madeireiros ilegais da região.

Convidado pelo Roda Vida, da TV Cultura, para uma entrevista no Dia do Índio, celebrado nessa segunda (19), o representante da comunidade dos povos originários do Brasil afirmou que o ministro aparenta estar a serviço de uma "bandidagem muito poderosa" e que ele joga o "campeonato do fim do mundo", ao relacionar sua postura com as extensas áreas desmatadas, que não geram sequer punição aos responsáveis.

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O estudioso também sugeriu que o executor da política ambiental do Governo Bolsonaro contraria a soberania ambiental no país. “Uma pessoa articulada não é a mesma coisa que uma pessoa subserviente. Esse sujeito é medíocre e subserviente. Ele está ali para executar um plano, e um plano danoso para a soberania ambiental no Brasil”, considerou.

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O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) adiou o julgamento que estava previsto para esta terça-feira (27), envolvendo a competência da Justiça do Distrito Federal em analisar ação que pede, no mérito, o afastamento do ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente. A disputa entre o Ministério Público Federal (MPF), a Advocacia-Geral da União (AGU) e a própria Justiça abriu impasse sobre qual magistrado deve ficar responsável pelo caso.

Quando a ação foi apresentada em julho, o juiz Márcio de França Moreira, da 8ª Vara Federal do Distrito Federal, determinou que o processo fosse remetido para Santa Catarina, que havia julgado um caso semelhante envolvendo Salles. A medida desagradou tanto a União quanto a Procuradoria - ambos pedem que o processo continue em Brasília, sendo que o governo quer que ele seja julgado pela 1ª Vara Federal enquanto o MPF defende a competência da 8ª Vara.

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Em agosto, o desembargador Ney Bello, do TRF-1, negou o envio do caso para Santa Catarina até a decisão do julgamento da Terceira Turma do tribunal. Com o adiamento de hoje, o processo só deve ser julgado na próxima terça, 3.

O impasse envolvendo a competência para julgar a ação de improbidade contra Salles travou por quase cem dias a análise do afastamento do ministro, o que só ocorreu no último dia 14 após Ney Bello ordenar ao juiz Márcio Moreira que avaliasse ao menos o pedido liminar da Procuradoria. O magistrado negou afastar o ministro do cargo.

Salles é acusado pelo MPF de cometer 'desestruturação dolosa' e 'esvaziamento' de políticas ambientais para 'favorecer interesses que não têm qualquer relação com a finalidade da pasta'.

Entre as medidas adotadas pelo ministro estão a exoneração de servidores do Ibama que participaram de operação contra o garimpo, o esvaziamento do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a consequente concentração de poder de decisão nas mãos do governo e, recentemente, a declaração sobre 'passar a boiada' em regulamentos ambientais durante reunião ministerial do dia 22 de abril.

Salles classifica a ação do Ministério Público Federal como 'tentativa de interferir em políticas públicas'. "A ação de um grupo de procuradores traz posições com evidente viés político-ideológico em clara tentativa de interferir em políticas públicas do Governo Federal", afirmou. "As alegações são um apanhado de diversos outros processos já apreciados e negados pelo Poder Judiciário, uma vez que seus argumentos são improcedentes".

Em manifestação enviada ao TRF-1 no último dia 1º, a Advocacia-Geral da União (AGU) alegou que 'não é possível concluir' que o aumento do desmatamento no Brasil são reflexos de ações e atos do ministro de Salles à frente do Ministério do Meio Ambiente.

Para a AGU, 'não há como se presumir' que os resultados negativos de desmatamento ilegal são relacionados com a política de Salles. A defesa do governo aponta que o aumento do cenário 'tem ocorrido desde 2012 e a gestão atual teve início somente em 2019'.

"Não é possível se concluir que os resultados do desmatamento no Brasil são em decorrência de atos do atual ministro do Meio Ambiente", apontou o advogado-geral da União, José Levi Mello do Amaral Júnior.

A ativista sueca Greta Thunberg criticou o ministro do Meio Ambiente do Brasil, Ricardo Salles, por ele defender que o governo aproveite que o foco das atenções está na pandemia de Covid-19 para afrouxar normas de controle.

"Apenas imagine as coisas que foram ditas longe da câmera... Nosso futuro em comum é apenas um jogo para eles", escreveu Thunberg no Twitter, citando a declaração do ministro e a hashtag #SalvemAAmazônia.

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Em reunião cujo vídeo foi divulgado nesta sexta-feira (22) pelo ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), Salles defendeu que a atenção dada pela imprensa à pandemia de coronavírus abre uma "oportunidade" para desregulamentar normas ambientais e em outras áreas.

"Precisa ter um esforço nosso aqui enquanto estamos nesse momento de tranquilidade no aspecto de cobertura de imprensa, porque só fala de Covid, e ir passando a boiada e mudando todo o regramento e simplificando normas. De Iphan [Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional], de Ministério da Agricultura, de Ministério de Meio Ambiente, de ministério disso, de ministério daquilo. Agora é hora de unir esforços pra dar de baciada a simplificação", disse.

Depois da divulgação do vídeo, o ministro se manifestou no Twitter e declarou que sempre defendeu a desburocratização e simplificação de normas, "com bom senso e tudo dentro da lei". "O emaranhado de regras irracionais atrapalha investimentos, a geração de empregos e, portanto, o desenvolvimento sustentável no Brasil", acrescentou.

Thunberg, 17 anos, já havia criticado o assassinato de indígenas no Brasil em 2019 e sido chamada de "pirralha" pelo presidente Jair Bolsonaro. A sueca lidera um movimento global de estudantes que promove greves semanais às sextas-feiras para cobrar ações contra a crise climática.

Da Ansa

O Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, fez uma postagem em suas redes sociais, nesta quinta-feira (7), comunicando sua expulsão do partido Novo. De acordo com a publicação feita por ele o motivo da saída seria por ter assumido “sem qualquer informação prévia ou pedido de autorização ao Partido NOVO", o cargo de Ministro de Estado do Meio Ambiente, no governo Bolsonaro.

Salles tomou posse no cargo em 1º de janeiro de 2019, assim como outros ministros, em uma cerimônia no Palácio do Planalto. Na publicação, ele também desdenha de Amoedo, dizendo preferir Jair Bolsonaro. "Recebi hoje a comunicação oficial da minha EXPULSÃO do NOVO por eu ter assumido “sem qualquer informação prévia ou pedido de autorização ao Partido NOVO, do cargo de Ministro de Estado do Meio Ambiente no governo do atual Presidente Sr. Jair Messias Bolsonaro”. Fiquem a vontade. Entre Amoedo e Bolsonaro, fico com certeza ao lado de Bolsonaro", escreveu.

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Até o momento, nem João Amoedo, nem a conta oficial do partido se manisfestaram quanto ao desabafo de Salles nas redes.

Um boletim médico divulgado pelo Ministério da Defesa, na manhã desta quarta-feira (28), aponta que o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, com “quadro de mal estar”, mas sem sintomas conclusivos e por isso foi internado.

"A equipe assistente optou pela internação hospitalar para realização de exames de rotina. Evoluiu durante o período noturno sem intercorrências clínicas. Atualmente segue com quadro clínico estável", diz o comunicado à imprensa. De acordo com o Ministério, o próximo boletim médico será divulgado às 16h.

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Salles chegou ao hospital por volta das 23h30 dessa terça-feira (27). Nesta quarta-feira (28), o ministro estaria em uma cerimônia às 9h para a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica Águas Jurisdicionais Brasileiras no Gabinete do Comandante da Marinha, mas o evento foi cancelado. 

Ricardo Salles tem estado em evidência nas últimas semanas com o debate constante sobre as queimadas que atingem a Amazônia.Na última segunda-feira (26), ele chegou a dizer que fiscalização não muda o quadro da região.

“Ah, tem que fiscalizar? Bom, mas são 5 milhões de km². Não é como fiscalizar uma praça. É uma área gigantesca. A gente vê o tema da imigração ilegal. A turma não consegue fiscalizar nem a fronteira ali. Quiçá fiscalizar de maneira eficiente um território tão grande. Precisa fazer operação de controle como o governo está fazendo? Sim. Mas só isso vai resolver? Me parece que não”, argumentou.

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, foi internado  foi internado no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília. De acordo com o site G1, ele deu entrada na unidade por volta das 23h30 dessa terça-feira (27).

Há informações de que Salles teria chegado com sintomas de infarto. De acordo com o prontuário, obtido pelo site, ele teria sentido um dor no peito, de moderada a forte, e foi para o hospital, onde recebeu pronto atendimento.

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O Ministério do Meio Ambiente e o hospital ainda não falaram sobre o assunto. Não foi divulgado nenhum boletim com o estado de saúde dele.

Nesta quarta-feira (28), o ministro estaria em uma cerimônia às 9h para a assinatura do Acordo de Cooperação Técnica Águas Jurisdicionais Brasileiras no Gabinete do Comandante da Marinha, em Brasília, com o ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. O evento foi cancelado. 

 

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse ao Broadcast/Estadão que a pasta irá apresentar "em breve" uma estratégia para tratar da preservação da Amazônia. Ele afirmou que a medida irá contemplar "formalizações, regularizações, regulação e ações de fiscalização, além de um modelo de pagamento por serviços ambientais". Segundo Salles, se a Alemanha desejar, poderá "ajudar".

A Alemanha decidiu suspender o apoio financeiro dado a projetos de conservação florestal e biodiversidade na Amazônia, disse a ministra do meio ambiente alemã, Svenja Schulze, em entrevista concedida ao jornal Tagesspiegel. Mais cedo, ao ser perguntado sobre a suspensão, o presidente Jair Bolsonaro afirmou neste domingo (11) que a Alemanha "vai deixar de comprar à prestação a Amazônia". "Pode fazer bom uso dessa grana, no Brasil não precisa disso", afirmou.

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Em julho, o 'Estado' mostrou que o governo da Alemanha havia decidido reter uma nova doação de 35 milhões de euros, o equivalente a mais de R$ 151 milhões para o fundo Amazônia. O país já repassou R$ 193 milhões para o programa. Salles sustenta que este valor retido é o mesmo anunciado pela ministra alemã. A entrevista para o jornal Tagesspiegel foi publicada neste sábado (10).

Segundo a Deutsche Welle, a suspensão de projetos atinge somente o financiamento do Ministério do Meio Ambiente em Berlim. Os investimentos no Fundo Amazônia, por outro lado, seriam viabilizados pelo ministério alemão da Cooperação Econômica.

Reportagem do 'Estado' neste domingo mostrou que, após a decisão do governo federal de paralisar as ações do Fundo Amazônia, sob a justificativa de que teria encontrado supostas irregularidades na condução do programa pelo BNDES, os maiores Estados da Região Norte passaram a buscar parcerias diretas com doadores internacionais para financiar ações de combate ao desmatamento. Há consenso de que a devastação avança e que faltam recursos para fiscalizar e proteger a floresta.

O líder do Partido dos Trabalhadores no Senado, Humberto Costa, fez duras críticas nessa terça-feira (12) à fala do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, contra o seringueiro Chico Mendes. Salles afirmou, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que Mendes usava a causa dos seringueiros para se beneficiar.

“Quem é esse idiota de Ricardo Salles para criticar Chico Mendes?”, perguntou Humberto Costa sobre o ministro do meio ambiente. Na opinião do senador, Chico Mendes - que é um ecologista premiado pela ONU e foi assassinado com tiros numa emboscada no quintal da própria casa, no Acre, nos anos 1980 - foi um dos maiores defensores dos direitos humanos no Brasil.

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Já para Ricardo Salles, é plausível questionar a real importância de Chico Mendes tem nos dias atuais. “Ouço comentários dos ambientalistas mais ligados à esquerda, que o enaltecem. E também ouço pessoas do agro, que dizem que ele não era isso tudo que contam”, disse Salles durante a entrevista.

Em seu posicionamento, Humberto Costa ainda frisou a luta do seringueiro contra os poderosos na Amazônia, disse que ela foi reconhecida mundialmente e que essa história “não pode ser queimada por um ministro que faz joguete nas mãos do agronegócio, junto com a bancada ruralista, e é inimigo do meio ambiente”.

Por fim, o senador afirmou que é preciso medir Salles e Mendes pela régua da política, das lutas e da história. “Chico Mendes não caberá lá. É um gigante. Já esse tal de Salles não poderá ser medido. Só pode ser visto em microscópio”, finalizou.

 

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