A prestigiosa Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, que atribui o Oscar, decidiu encurtar sua cerimônia anual, criticada por ser longa demais, e criar uma nova categoria para premiar um filme popular, após ser frequentemente tachada de elitista.
"A mudança chega ao Oscar", tuitou nesta quarta-feira (8) a Academia, que organiza a cerimônia, celebrada tradicionalmente entre o fim de fevereiro e o começo de março.
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A 90ª edição do Oscar, em 4 de março deste ano, teve 3 horas e 54 minutos de duração, não muito longe do recorde estabelecido em 2002, de 4 horas e 20 minutos.
A Academia propõe agora uma "transmissão de três horas, mais acessível globalmente", informou a instituição a seus membros em uma carta assinada por seu presidente, John Bailey, e sua diretora executiva, Dawn Hudson, à qual a AFP teve acesso.
Para consegui-lo, embora o número de categorias de prêmios vá continuar o mesmo - somando o novo prêmio - alguns reconhecimentos serão entregues durante os intervalos publicitários. O público poderá ver estas entregas em um curto vídeo editado, que será exibido na volta da transmissão.
Por outro lado, para responder às críticas frequentes de elitismo por premiar desde meados da década de 2000 principalmente a filmes de sucesso relativo nas salas de exibição, a Academia decidiu criar uma nova categoria para os filmes mais populares entre o público.
A organização não especificou quais serão os critérios para a escolha dos indicados nesta categoria, intitulada provisoriamente de "melhor desempenho de um filme popular".
Finalmente, a Academia tentará responder ao terceiro motivo de críticas, ou seja, a realização da cerimônia já no fim da temporada de prêmios, quase dois meses depois do Globo de Ouro. A partir de 2020, a instituição decidiu antecipá-la para o começo de fevereiro, ao invés de celebrá-la no fim daquele mês ou no começo de março.
Assim, a 92ª cerimônia será celebrada em 7 de fevereiro de 2020, e não no dia 23, como anunciado originalmente. A 91ª edição da festa do Oscar está prevista para 24 de fevereiro de 2019.
"Recebemos muitos comentários de vocês de que eram necessárias melhorias para manter o Oscar e nossa Academia relevantes em um mundo em transformação", explicaram John Bailey e Dawn Hudson.
"O conselho (da Academia) assumiu esta missão com seriedade", acrescentaram.
John Bailey foi reeleito na terça-feira presidente da Academia, cargo que ocupa desde 2017.