A administração do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) foi avaliada de forma negativa pelos recifenses. De acordo com dados de um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN), divulgado nesta segunda-feira (20), a maioria da população, 36,9%, considera a gestão do peemedebista como ruim ou péssima, enquanto 9,3% avaliam como boa.
Encomendado pelo Portal LeiaJá em parceria com o Jornal do Commercio, o estudo revela também que 35,4% dos entrevistados encaram a administração de Temer como regular; 0,6% a avaliam como ótima e 17,7% não souberam responder.
##RECOMENDA##O IPMN também questionou os recifenses sobre a perspectiva diante da atuação do peemedebista. Apesar de avaliarem negativamente este primeiro mês, 38,1% dos entrevistados afirmaram que Michel Temer poderá ser um gestor melhor que a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). Por outro lado, 36,9% disseram não acreditar nisso. Neste quesito, 25% não souberam responder.
O percentual, de acordo com o coordenador do IPMN e cientista político Adriano Oliveira, é um “resultado embrionário” da expectativa “relativamente positiva” gerada em torno de Temer. “Porém isso não significa que ela irá subir ou se manter, pois são vários ministros denunciados [pela Lava Jato] que pediram demissão e até agora só foram anunciadas reformas, que não garantem, necessariamente, o apoio e aprovação da opinião pública”, analisou.
Para Oliveira, o presidente em exercício tem dois desafios: lidar com a Lava Jato e gerar expectativas econômicas positivas ao voto popular. Estes aspectos, segundo ele, podem melhorar os índices de avaliação do governo. “Ele precisa adotar ações mais efetivas. Aquela que você diga ‘esta medida vai reduzir o emprego’. Isso gera euforia, tem resultado imediato e atinge diretamente a população”, observou. “Michel Temer tem dificuldade de carisma, é um presidente que não foi eleito e falta a ele características para conquistar o eleitor”, acrescentou o estudioso.
Dados da pesquisa – O IPMN foi a campo nos dias 14 e 15 de junho. Foram ouvidos 624 recifenses. A margem de erro da pesquisa é de 4,0 pontos percentuais e o nível de confiança é estimado em 95%.