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O senador Humberto Costa (PT) afirmou que a equipe econômica do presidente em exercício Michel Temer (PMDB) já teria assumido “que vai aumentar impostos”, a exemplo, segundo ele, da Contribuição sobre Intervenção no Domínio Econômico (Cide). O petista pontuou também que a gestão pretende cortar benefícios sociais de 30 mil beneficiários do Bolsa Família.

Sob a análise de Humberto, depois de fazer uma série de anúncios que aumentarão o déficit de 2016 e compromete também o déficit de 2017, “Temer deve anunciar medidas impopulares”.

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“Esse presidente sem voto e sua equipe realmente estão completamente perdidos na área da economia. Depois de receber um cheque em branco do Congresso Nacional quase dobrando o déficit de 2016, autorizou uma série de gastos que prejudicam o orçamento da União. Agora vem falar em aumentar impostos e cortar benefícios sociais dos que mais precisam”, cravou.

De acordo com o senador pernambucano, Temer já teria declarado que se o impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff (PT) for efetivado, vai anunciar “um pacote de medidas impopulares” após assumir de vez o cargo de presidente. Para conseguir isso, Humberto Costa disse que Temer “vem trabalhando nos bastidores para conseguir votos no Senado”. 

Humberto Costa salientou que Temer teria autorizado R$ 669 milhões em emendas parlamentares e já surgiram rumores que “ele vem prometendo a parlamentares recursos para obras inacabadas nos estados”.

“É engraçada a matemática do presidente sem voto. Dinheiro para emendas parlamentares e terminar obras “escolhidas” por conveniência política tem, mas para não aumentar impostos e para dar continuidade a programas sociais importantes e também garantir os direitos dos trabalhadores ele não tem”, avaliou.

O prefeito de Moreno, na Região Metropolitana do Recife, Dilsinho Gomes (PSB) emitiu, nesta sexta-feira (8), uma carta aberta à população da cidade comunicando que não disputará a reeleição em outubro, como normalmente acontece com os chefes dos Executivos municipais que cumprem seus primeiros mandatos. O medo da rejeição nas urnas foi um dos principais motivos pelo qual o socialista abdicou do pleito. 

“Teve uma sobrecarga de medidas impopulares que tivemos que tomar e, com isso, a minha imagem foi bastante combatida por quem criou os problemas que caíram no meu colo; e ainda tem a crise que tem atrapalhado bastante a gestão. Com tudo isso, analisamos o cenário e vimos que iriamos ter um período de campanha pobre no ponto de vista das propostas, com uma linha de ataque forte a minha pessoa”, afirmou, em conversa com o Portal LeiaJá.

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No texto, o prefeito alega que o propósito dele era organizar as contas públicas e vem fazendo isso desde 2012. “Quem me conhece sabe que nunca tive um projeto político pessoal. Sou formado na construção política coletiva e seguirei lutando para que minha cidade continue a crescer de maneira justa e equilibrada, para todos”, pontua na carta. “Até o final do ano cumprirei o mandato a mim conferido pelo povo de Moreno, encerrando um ciclo importante tanto para a cidade, que sai fortalecida, quanto para mim como político e cidadão”, acrescenta. 

Segundo Dilsinho, quem vai assumir a disputa no lugar dele é a vereadora Patrícia Brasil (PSB). “Meus sonhos serão representados em Patrícia. Abro mão de disputar uma eleição e entendo que estou dando minha contribuição pelo futuro da cidade. A gente não deve se apegar a cargos. Os nossos adversários fizeram política em cima de perpetuação do poder”, alfinetou.

Veja o documento na íntegra:

CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE MORENO

Amigos e amigas, quero por meio desta nota comunicar minha decisão de não disputar a reeleição, nas próximas eleições em outubro. Há quatro anos, disputei  e venci as eleições em Moreno com o firme propósito de organizar a cidade, tanto do ponto de vista econômico, quanto de gestão e venho cumprindo com meus compromissos desde então.

Neste período, foram várias as conquistas. Algumas bastante visíveis, como a atração de novas indústrias e o reforço em nossa infraestrutura, outras menos tangíveis, mas todas de fundamental importância para o futuro da cidade. O fato é que com o salário dos servidores em dia, nome da cidade limpo na praça e as contas em ordem, Moreno é hoje outra cidade. 

Medidas necessárias, obrigatórias, porém impopulares, que deveriam ter sido implantadas em gestões anteriores mas foram sendo empurradas para frente, tiveram enfrentamento com a seriedade necessária. Não lamento, fiz o que foi necessário e tenho a consciência do dever cumprido. 

Quem me conhece sabe que nunca tive um projeto político pessoal. Sou formado na construção política coletiva e seguirei lutando para que minha cidade continue a crescer de maneira justa e equilibrada, para todos. Moreno não deve e não pode retroceder, voltando ao comando das forças que tanto atrasaram o município. Este tempo deve ficar no passado.

Até o final do ano cumprirei o mandato a mim conferido pelo povo de Moreno, encerrando um ciclo importante tanto para a cidade, que sai fortalecida, quanto para mim como político e cidadão. Moreno está pronto para viver um novo ciclo de avanços e tenho  certeza de que nosso conjunto político cumprirá um papel relevante neste novo momento.

Moreno, 08 de abril de 2016

Dilsinho Gomes

Prefeito de Moreno

Presidente Municipal do PSB

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