Começou, nesta sexta-feira (15), o 4º Congresso Nacional da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) que discute os impactos da pandemia da Covid-19 na comunidade escolar e como ficarão as escolas particulares a partir de 2021. O Congresso segue até este sábado (26), por videoconferência.
Neste primeiro dia, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, foi um dos convidados que discutiu a nova matriz do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O evento também contou com a participação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, que destacou a importância da escola privada no sistema educacional brasileiro.
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“Percebemos pelos números o impacto das escolas privadas no país, principalmente neste momento que estamos vivendo. Os questionamentos e dúvidas que temos estão presentes em outros países também. Por isso, são tão importantes os debates como este, para estudarmos as consequências e o que podemos fazer adiante”, afirmou o ministro, segundo a nota divulgada pela assessoria de imprensa do Inep.
Alexandre Lopes ressaltou, no congresso, a participação das escolas particulares nas novas avaliações do Instituto, como o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). “O Saeb é aplicado a cada dois anos. A partir de 2021, vamos mudar essa temática e abranger toda a educação básica, desde o 2º ano do fundamental. A avaliação vai ocorrer todos os anos. Vamos avaliar também todas as escolas privadas”, ressaltou, em nota, o presidente do Inep.
Para quem está no ensino médio, a expectativa é o Enem Seriado, que será aplicado já em 2021, a partir da implementação do Novo Saeb. “O Enem seriado não vai substituir a prova tradicional e será opcional após o primeiro ano, em 2021”, destacou Alexandre Lopes.
A prova do Saeb ainda é aplicada a cada dois anos, no 2º, 5º e 9º anos do ensino fundamental e na 3ª série do ensino médio. Com as novas mudanças, a avaliação será anual e alunos de todas as etapas escolares participarão do exame.
Lopes explicou que o desempenho do jovem que estiver na 1ª série do ensino médio em 2021 será somado ao de 2022 e 2023, para que ele concorra a uma vaga de ensino superior em 2024. Pedro Flexa Ribeiro, diretor da Fenep, pontuou, em nota, os desafios das novas avaliações. “Devemos ter claros os cuidados para não engessar o sistema. O trabalho maior é pela dimensão continental e aliado ao desenvolvimento logístico e tecnológico que é proposto. A educação brasileira tem melhorado, mas é um consenso que precisamos avançar esse processo”, avaliou.