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A empresa gaúcha Marcopolo, a maior fabricante brasileira de carroceria para ônibus, decidiu colocar o pé no freio em meio ao cenário adverso da economia. A companhia informou ao mercado que decidiu cancelar o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) de R$ 0,0243 por ação, num total de R$ 21 milhões, referente ao terceiro trimestre.

A empresa justificou a medida com o atual ambiente de recessão no País. Nessa sexta-feira (18), após o anúncio, os papéis da Marcopolo fecharam em baixa de 3,83% a R$ 1,76.

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Ao Estado, o diretor de relações com o mercado, José Antônio Valiati, disse que o ano de 2015 está bem difícil para o setor e a perspectiva para 2016 também não será diferente. O anúncio de cancelamento do pagamento de juros sobre capital próprio pela Marcopolo é "muito negativo", na opinião de analistas do Brasil Plural. O banco lembrou que, em conversa recente com outros fabricantes de ônibus, ficou nítido que atrasos do governo na liquidação de pagamentos e a falta de encomendas de ônibus estão afetando severamente a indústria.

"Há rumores sobre fechamento de fábricas e endividamento excessivo das empresas. No entanto, não poderíamos imaginar que a crise afetaria a maior empresa do setor e a mais bem capitalizada", destacam os analistas. Segundo Valiati, o atraso no recebimento de cerca de R$ 130 milhões referentes a micro-ônibus produzidos para o programa Caminhos da Escola, que é repassado pelo governo federal, também pesou na decisão da empresa de cancelar o pagamento de juros sobre capital próprio. "Com a crise, estamos postergando investimentos não estratégicos." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A competição entre as principais companhias de países emergentes com atuação internacional e as multinacionais tradicionais está cada vez mais acirrada, aponta a pesquisa Global Challengers 2013, do Boston Consulting Group.

A consultoria identificou um grupo de cem empresas que, em 2011, ano base para o relatório, registraram receita média de US$ 26,5 bilhões, superando os US$ 21 bilhões das 420 empresas abertas não financeiras americanas que compõem o índice S&P 500. Treze dessas emergentes globais são brasileiras.

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Com companhias como Petrobras, BRF, Embraer, Weg, Natura, JBS, Marcopolo, Votorantim, Gerdau, Camargo Corrêa e Odebrecht na lista, o Brasil ficou atrás apenas de Índia (20) e China (30). A Vale foi promovida à seleta lista de “graduadas”, que inclui sete emergentes com forte posicionamento global e status de líder em seu setor. Enquanto o total de chinesas no grupo vem caindo desde 2006 - saiu de 44 para 30 -, o de brasileiras se mantém estável.

Além dessas gigantes, estrearam no grupo a fabricante de tubos de PVC Tigre e a de rodas e chassis Iochpe-Maxion. A primeira se destacou globalmente pelo design de produtos. A segunda foi reconhecida por duas aquisições de peso no exterior: o grupo mexicano Galaz e a americana Hayes Lemmerz.

Batizadas de “desafiantes globais”, essas companhias emergentes gastaram em 2011 US$ 1,7 trilhão em bens e serviços e investiram US$ 330 bilhões em despesas de capital. O grupo também se destacou pela geração de 1,4 milhão de empregos entre 2006 e 2011. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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