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Segundo a Polícia Federal, o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (MDB), preso no âmbito da Operação 12º Trabalho na quinta-feira passada, dia 26, presenteou o desembargador Ronaldo Eurípedes, ex-presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins com uma caminhonete Toyota Hilux. O presente teria relação com contratos que somam mais de R$ 1,4 milhões celebrados entre o Tribunal e construtora controlada pela Família Miranda.

O caso foi um dos fatos destacados pelo Ministério Público Federal para pedir a prisão de Miranda, seu pai, Brito Miranda, e seu irmão, Brito Júnior. Na representação enviada à 4ª Vara Federal de Palmas, a Procuradoria apontou ainda que foi identificada possível participação do trio em "episódios de pistolagem, peculato, corrupção passiva, coação de testemunhas e lavagem de capitais".

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O pedido foi acolhido pelo juiz federal João Paulo Abe, da 4ª Vara de Palmas, que determinou o cumprimento de ordens de prisão contra a família Miranda e a realização de buscas em endereços dos investigados.

A investigação teve como base diferentes operações, entre elas Reis do Gado, Marcapasso, Pontes de Papel, Convergência, e a Lava Jato. O pedido enviado à 4ª Vara Federal de Palmas, no entanto, cita ainda elementos de outra investigação, a Operação Thot, que apura suposto esquema de venda de sentenças na Justiça do Tocantins.

A ação foi deflagrada em agosto de 2018 e tinha como principal alvo o desembargador Ronaldo Eurípides, suspeito de receber R$ 300 mil em troca da liberdade de um homem que havia sido condenado como a 76 anos de prisão mandante de quádruplo homicídio no interior do Estado.

Segundo relatado no despacho de 115 páginas do juiz federal João Paulo Abe, que deflagrou a operação, a Polícia Federal apontou que ao longo das investigações da Thot foram identificadas suspeitas de que a ligação entre Eurípedes e Miranda seria sustentada pela empresa Construarte, que celebrou, em 2016, os contratos 76, 96, 143 e 187 com o TJ-GO. A corporação indicou ainda que somados, os contratos totalizariam R$ 1.419.835,35.

Segundo o Portal da Transparência do Tribunal, os objetos dos contratos eram: a reforma do Fórum da Comarca de Araguacema; a reforma e ampliação do Fórum da Comarca de Itacajá; serviços de adequação das instalações elétricas para revitalização da climatização do hall central e modernização da iluminação das áreas comuns do Palácio Rio Tocantins, sede do Tribunal de Justiça do Estado; e execução de serviços de adequação do estacionamento privativo e do Espaço Saúde do TJ-TO.

O Ministério Público Federal indicou que em razão de tais contratos, o desembargador teria ganhado uma Toyota Hilux adquirida pela concessionária Umuarama. Segundo a Procuradoria, a empresa é de propriedade de Luiz Pires, apontado como operador de esquema de lavagem de capitais da família Miranda.

Defesas

Quando a 12º Trabalho foi deflagrada a defesa da família Miranda soltou nota. "Posso afirmar que não há razão para um decreto prisional. Os fatos investigados são passados, distantes da atualidade que justificasse uma prisão". Sobre os fatos da operação Thot, a defesa de Marcelo Miranda afirmou: "essa investigação tramita no STJ, por conta da prerrogativa do desembargador. Marcelo Miranda não é investigado lá, e nem a Justiça Federal pode se manifestar sobre isso porque não tem competência".

O Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) disse, em nota, "que não se pronuncia sobre fatos que ainda estão sob investigação". A reportagem busca contato com o desembargador Ronaldo Eurípedes. O espaço está aberto para manifestação.

A Justiça Federal manteve na tarde desta quinta-feira, 26, o decreto de prisão preventiva do ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda, sob suspeita de ligação com esquema de corrupção e lavagem de dinheiro que alcança a cifra de R$ 300 milhões. Em audiência de custódia, o juiz João Paulo Abe, da 4.ª Vara Federal de Palmas, apontou a existência de "graves elementos" envolvendo Miranda e decidiu encaminhar o ex-governador para uma sala de Estado Maior no Comando Geral da Polícia Militar do Tocantins.

Miranda é alvo maior da Operação 12.º Trabalho, deflagrada pela Polícia Federal para desarticular organização criminosa suspeita de manter sofisticado esquema de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais.

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Também tiveram a prisão decretada o pai do ex-governador, José Edmar Miranda, e um irmão do ex-governador, José Edmar Miranda Júnior.

Miranda foi preso no apartamento funcional de sua mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB-TO), mas ela não é investigada.

A investigação tem como base diferentes operações, entre elas a "Reis do Gado", a "Marcapasso", a "Pontes de Papel", a "Convergência", e a Lava Jato.

Em outubro de 2018, Marcelo, seu pai, José Edmar Miranda, e seu irmão, José Edmar Miranda Júnior, se tornaram réus no âmbito da "Reis do Gado", que mirava crimes contra a administração pública.

Antes, em março daquele ano, Marcelo Miranda foi cassado pela segunda vez. Em agosto, o ex-governador foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão por peculato e fraude à licitação pela contratação ilícita da OSCIP Brasil para gerir os hospitais estaduais nos anos de 2003 e 2004.

A Polícia Federal indicou que "um núcleo familiar de três pessoas influentes no meio político do Tocantins esteve no centro das investigações, com poderes suficientes para aparelhar o Estado, mediante a ocupação de cargos comissionados estratégicos para a atuação da organização criminosa".

Segundo a PF, a "12º Trabalho!’ visa obter "novas provas e interromper a continuidade do crime de lavagem de dinheiro".

A PF informou que "os investigados continuam utilizando laranjas para dissimular a origem ilícita de bens móveis e imóveis, frutos de propinas".

A Polícia Federal indicou que, para dissimular a natureza, a origem e a localização dos bens, o grupo realizou operações simuladas, como o comércio de gado de corte, utilização de empresas de fachada, construção e venda de imóveis, mesmo após as investigações se tornarem públicas.

A corporação anotou ainda que os crimes praticados pelo grupo estão agrupados ao redor de sete grandes eixos econômicos, que envolvem administração de fazendas e de atividades agropecuárias, compra de aeronaves, gestão de empresas de engenharia e construção civil, entre outros.

"As provas reunidas na ação penal decorrente da Operação Reis do Gado apontam que os suspeitos atuaram e ainda agem de maneira orgânica e sistematizada, com divisão de tarefas, cujos atos são detidamente planejados para assegurar o produto dos crimes", afirma a PF.

A corporação também alega que os investigados teriam manipulado provas, com a falsificação de documentos e compra de depoimentos.

A Polícia Federal indicou que o nome da operação faz referência um dos trabalhos de Hércules, personagem da mitologia grega. A corporação indicou que o 12º Trabalho do semideus, teria sido seu último e mais complexo desafio, que consistia em capturar Cérbero, um cão de três cabeças que segundo a mitologia guardaria a entrada para o mundo dos mortos.

Carotenóides mira 'testas de ferro' de lavagem

Na manhã desta quarta-feira, 25, a Polícia Federal realizou a Operação Carotenóides, outro desdobramento da "Reis do Gado", para desarticular um grupo que lavava dinheiro utilizando "laranjas" para registro de bens móveis e imóveis.

Agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária, expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. As ações foram realizadas em Natividade, no Tocantins, e em Imperatriz, no Maranhão.

A corporação indicou que a ação visava aprofundar investigações e tinha como foco o escalão intermediário da organização criminosa. Segundo a PF, os investigados eram pessoas interpostas, "laranjas", nos registros de veículos, assim como procuradores e intermediadores na negociação de fazendas.

De acordo com a Polícia Federal, o nome da operação faz referência aos apelidos utilizados pelos "laranjas".

Defesa

Na manhã desta quinta-feira, 26, o advogado Jair Pereira, que defende Marcelo Miranda, informou à reportagem que ainda não teve acesso aos autos e à decisão e disse: "Posso afirmar que não há razão para um decreto prisional. Os fatos investigados são passados, distantes da atualidade que justificasse uma prisão."

A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã desta quinta-feira, 26, o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (MDB), no âmbito da Operação "12º Trabalho", deflagrada para desarticular um organização criminosa "suspeita de manter sofisticado esquema" de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais. A Polícia Federal estima que o grupo causou prejuízos de mais de R$ 300 milhões à administração pública.

Cerca de 70 policiais cumprem 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva, todos expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. Segundo a PF, além da ordem contra Marcelo Miranda, outro mandado de prisão já foi cumprido. O ex-governador foi preso no apartamento funcional de sua mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB-TO), mas ela não é investigada.

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As ações são realizadas nas cidades de Palmas, Tocantínia, Tupirama e Araguaína, no Tocantins, em Goiânia, no Goiás, e em Santana do Araguaia, Sapucaia e São Felix do Xingu, no Pará. A ação é realizada em parceira com o Ministério Público Federal e a Receita Federal.

A investigação tem como base diferentes operações, entre elas a "Reis do Gado", a "Marcapasso", a "Pontes de Papel", a "Convergência", e a Lava Jato. Em outubro de 2018, Marcelo, seu pai, José Edmar Miranda, e seu irmão, José Edmar Miranda Júnior, se tornaram réus no âmbito da "Reis do Gado", que mirava em crimes contra a administração pública.

Antes, em março daquele ano, Marcelo Miranda foi cassado. Em agosto, o ex-governador foi condenado a 13 anos e nove meses de prisão por peculato e fraude à licitação pela contratação ilícita da OSCIP Brasil para gerir os hospitais estaduais nos anos de 2003 e 2004

A Polícia Federal indicou que um núcleo familiar de três pessoas influentes no meio político do Tocantins esteve no centro das investigações, "com poderes suficientes para aparelhar o Estado, mediante a ocupação de cargos comissionados estratégicos para a atuação da organização criminosa".

Segundo a PF, a "12º Trabalho" visa obter novas provas e interromper a continuidade do crime de lavagem de dinheiro. Os investigados continuam utilizando "laranjas" para dissimular a origem ilícita de bens móveis e imóveis, frutos de propinas, diz a corporação.

A Polícia Federal indicou que, para dissimular a natureza, a origem e a localização dos bens, o grupo realizou operações simuladas, como o comércio de gado de corte, utilização de empresas de fachada, construção e venda de imóveis, mesmo após as investigações se tornarem públicas.

A corporação anotou ainda que os crimes praticados pelo grupo estão agrupados ao redor de sete grandes eixos econômicos, que envolvem administração de fazendas e de atividades agropecuárias, compra de aeronaves, gestão de empresas de engenharia e construção civil, entre outros.

"As provas reunidas na ação penal decorrente da Operação Reis do Gado apontam que os suspeitos atuaram e ainda agem de maneira orgânica e sistematizada, com divisão de tarefas, cujos atos são detidamente planejados para assegurar o produto dos crimes", afirma a PF.

A corporação também alega que os investigados teriam manipulado provas, com a falsificação de documentos e compra de depoimentos.

A Polícia Federal indicou que o nome da operação faz referência a um dos trabalhos de Hércules, personagem da mitologia grega. A corporação indicou que o 12º Trabalho do semideus, teria sido seu último e mais complexo desafio, que consistia em capturar Cérbero, um cão de três cabeças que segundo a mitologia guardaria a entrada para o mundo dos mortos.

Outra operação

Nesta quarta-feira, 25, a Polícia Federal realizou a Operação Carotenóides, outro desdobramento da "Reis do Gado", para desarticular um grupo que lavava dinheiro utilizando "laranjas" para registro de bens móveis e imóveis.

Agentes da PF cumpriram dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária expedidos pela 4ª Vara Federal de Palmas. As ações foram realizadas em Natividade, no Tocantins, e em Imperatriz, no Maranhão.

A corporação indicou que a ação visava aprofundar investigações e tinha como foco o escalão intermediário da organização criminosa. Segundo a PF, os investigados eram pessoas interpostas, "laranjas", nos registros de veículos, assim como procuradores e intermediadores na negociação de fazendas.

De acordo com a Polícia Federal, o nome da operação faz referência aos apelidos utilizados pelos "laranjas".

Defesa

O advogado de Marcelo Miranda informou à reportagem que ainda não teve acesso aos autos e à decisão. "Posso afirmar que não há razão para um decreto prisional. Os fatos investigados são passados, distantes da atualidade que justificasse uma prisão", afirmou.

A Justiça Federal decretou o bloqueio de bens do ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda (MDB), também da ex-vice Cláudia Lélis, e ainda de José Edmar Miranda Júnior, irmão de Marcelo, e do diretório estadual do MDB.

A medida visa ressarcir R$ 13,5 milhões que a União gastou com a eleição suplementar realizada no Estado no ano passado. O pleito se deu após a cassação de Miranda e Cláudia pelo Tribunal Superior Eleitoral, por causa do envolvimento de ambos com práticas de caixa dois e a arrecadação ilícita de recursos na campanha eleitoral de 2014.

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Automóveis, embarcações, gado, imóveis e valores mantidos em contas bancárias e aplicações financeiras estão entre os bens bloqueados. No caso do Diretório Regional do MDB, se as medidas não forem suficientes, as cotas do Fundo Partidário serão retidas, destaca a Justiça.

Os atos de Miranda e Cláudia faziam parte, segundo o Ministério Público Federal, de um "esquema estável e organizado de arrecadação ilícita de recursos que se baseava na relação espúria entre agentes políticos, empresários e a própria estrutura partidária".

De acordo com o Ministério Público Federal, como a eleição suplementar foi consequência da conduta ilícita, seu custo deveria ser pago pelos requeridos e não pela sociedade em geral.

Na petição inicial, a Procuradoria coloca que a indisponibilidade de bens é decorrente não só da reparação do dano à União, mas também da "gravidade intrínseca da conduta de subverter o processo eleitoral mediante fraudes intimamente conectadas por processos de lavagem de dinheiro".

O Ministério Público Federal também havia solicitado que o ex-governador, a ex-vice e os outros citados pagassem uma indenização por danos extra patrimoniais difusos de R$ 40,7 milhões.

De acordo com a Procuradoria, "os atos dos ex-governantes não só causaram danos à Administração Pública e ao regime democrático, mas também resultaram na desilusão popular e na descrença para com as instituições, o que refletiu no altíssimo índice de abstenção do eleitorado tocantinense no pleito suplementar".

Defesas

A reportagem busca contato com o ex-governador do Tocantins e com os outros citados. O espaço está aberto para manifestações.

O juiz federal João Paulo Abe, da 4ª Vara Federal de Palmas, condenou o ex-governador do Tocantins Marcelo Miranda a 13 anos e nove meses de prisão por peculato e fraude à licitação. Miranda foi acusado pela contratação ilícita da OSCIP Brasil para gerir os hospitais estaduais nos anos de 2003 e 2004.

O juiz aplicou ainda uma multa de R$ 135.042,19 a Marcelo Miranda pelo crime de dispensa indevida de licitação. João Paulo Abe decretou o regime inicial fechado para o cumprimento da pena.

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A denúncia apontou que a OSCIP Brasil foi contratada por meio de um Termo de Parceria, firmado em 27 de agosto de 2003 para "prestar auxílio" à Secretaria de Saúde do Estado do Tocantins, na gestão do sistema de saúde estadual, que tinha na época 14 hospitais.

"Pelo 'auxílio', a instituição recebeu a contrapartida mensal de R$ 300 mil e, em razão do termo de parceria firmado, foram postos sob sua administração, nada menos do que R$ 14,4 milhões, direcionados para empresas várias, sem licitação, e sem os controles inerentes ao regime de dispêndio de recursos públicos", relatou o juiz na sentença.

A acusação do Ministério Público Federal ainda apontou um desvio de dinheiro público em razão do não cumprimento dos termos da parceria e de sucessivas contratações entre o Estado e a OSCIP em um total de R$ 23.130.328,13. O valor teria sido repassado em pouco mais de sete meses de vigência dos acordos, em valores de 2003.

"Devidamente atualizados, ultrapassam a impressionante quantia de R$ 108 milhões", anotou o magistrado.

A Justiça aceitou a denúncia em 2014. Em 4 de agosto de 2016 foi determinada a suspensão do feito até o final do mandato do então governador do Tocantins. Com a mudança de entendimento do Supremo Tribunal Federal, sobre a necessidade de autorização da Assembleia Legislativa para o recebimento de denúncias e instauração de ações penais contra Governadores de Estado, o processo voltou a tramitar em 17 de maio de 2017.

Marcelo Miranda foi cassado em março deste ano. Com a cassação do mandato, o processo foi remetido à primeira instância.

Em alegações finais, Marcelo Miranda afirmou que não havia provas de que ele havia determinado a contratação da OSCIP Brasil. O ex-governador alegou "que a ordem de contratação que emitiu se deu apenas com viés político, mantidas as formalidades legais e responsabilidades administrativas do ordenador de despesas".

Na sentença, o juiz afirmou que "as irregularidades tiveram início na escolha da OSCIP Brasil, que se deu de forma deliberada pelo réu Marcelo de Carvalho Miranda, então governador do Estado do Tocantins".

"A OSCIP Brasil não detinha experiência alguma na área de gestão de saúde, e apresentava em seu portfólio, naquele momento, o desenvolvimento de apenas um projeto para o Banco do Estado do Espírito Santo", observou o magistrado.

Para o magistrado, "é impossível, como pretende a defesa, dissociar a contratação da OSCIP Brasil para a gestão da rede hospitalar estadual, da determinação expressa do Governador do Estado do Tocantins, Marcelo Miranda".

"É possível concluir que o acusado Marcelo de Carvalho Miranda, em conluio com os demais acusados do feito originário, concorreu decisivamente para a dispensa indevida de licitação, que resultou na perniciosa terceirização de serviços hospitalares à OSCIP Brasil, em evidente prejuízo aos cofres do Estado e, por conseguinte, à combalida infraestrutura de saúde do Estado do Tocantins", assinalou o juiz.

"Causa espécie o evidente empenho do réu Marcelo de Miranda, não apenas em indicar, como em determinar a contratação de uma instituição que, além de não deter qualquer experiência na área de gestão hospitalar, passou a gerir cifras milionárias sem qualquer controle do aparato Estatal."

Defesa

A reportagem tentou contato com a defesa do ex-governador Marcelo Miranda, mas ainda não obteve retorno.

Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou na noite desta terça-feira, 17, os embargos de declaração opostos pela defesa do governador Tocantins, Marcelo Miranda (MDB), e de sua vice, Cláudia Lelis (PV), que haviam recorrido de decisão da Corte Eleitoral que havia determinado a cassação dos dois. Os dois são acusados de poder político e econômico e arrecadação e gastos ilícitos de recursos na campanha de 2014.

"Foram apresentados os embargos de declaração com a finalidade de discutir o conjunto probatório. (...) De sorte que declaro desprovidos os embargos declaratórios de Marcelo Miranda", disse o presidente do TSE, ministro Luiz Fux, que foi acompanhado pelos colegas.

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No dia 5 de abril, o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu a decisão do TSE até a Corte Eleitoral publicar o acórdão de julgamento dos embargos de declaração lá opostos. Segundo a assessoria do TSE, não há previsão para publicação do acórdão.

Por 5 a 2, o TSE cassou Miranda e sua vice no dia 22 de março. Também por maioria (4 a 3), os ministros determinaram a execução imediata da decisão.

O Ministério Público afirma ter ocorrido uso de recursos ilegais na campanha no Tocantins, demonstrado pela apreensão de R$ 500 mil em uma mochila e material publicitário em um avião, pela Polícia Civil de Goiás, e pela simulação de contratos para justificar movimentação de recursos.

Em julgamento que durou menos de quatro minutos, na noite desta terça-feira (17), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou os embargos de declaração (recurso para esclarecer pontos de uma decisão) e manteve a cassação do governador Marcelo Miranda (MDB) e de sua vice, Claudia Lelis (PV), pelo crime de arrecadação ilítica de campanha eleitoral. Eles ainda permanecerão no cargo até a publicação do acórdão da decisão, por força de uma liminar concedida no início do mês pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Não há data para a publicação do acórdão, mas quando ele for disponibilizado no Diário de Justiça Eletrônico (DJe), o que pode ocorrer nos próximos dias, Marcelo Miranda e Claudia Lelis serão afastados dos cargos e o presidente da Assembleia Legislativa do estado, Mauro Carlesse (PHS), assume o posto até a eleição de novos governador e vice.  

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Ao negar os embargos, o ministro relator do caso, Luiz Fux, que é o presidente do TSE, determinou apenas que fosse corrigida, a pedido da defesa da vice-governadora Claudia Lelis, a informação sobre sua filiação partidária, que na decisão que cassou a chapa aparecia como filiada ao MDB. Ela, no entanto, é filiada ao PV. O voto de Fux foi acompanhado pelo dos demais ministros da Corte.

Entenda o caso

Em 2014, durante o período eleitoral, uma aeronave apreendida por policiais, em Piracanjuba (GO), levava R$ 500 mil e milhares de panfletos e outros materiais de campanha de Marcelo Miranda ao governo do Tocantins. De acordo com a acusação do Ministério Público Eleitoral (MPE), o governador teria movimentado mais de R$ 1,5 milhão em recursos de campanha por meio de laranjas e operações financeiras simuladas.

O processo de perda de mandato culminou com a cassação da chapa pelo TSE, no último dia 22 de março, por cinco votos favoráveis e dois contrários, além da determinação de realização imediata de novas eleições. Ainda cabiam os embargos de declaração, julgados hoje.  

O calendário para a eleição suplementar para governador e vice no estado foi anunciado há duas semanas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE-TO) e deverá ser retomado nos próximos dias. O pleito deve ocorrer no dia 3 de junho, em primeiro turno e, caso haja segundo turno, a segunda votação será no dia 24 de junho. O custo para a realização da eleição extraordinária será de R$ 15 milhões. Os candidatos eleitos cumprirão um mandato tampão até o dia 31 de dezembro deste ano. 

A Polícia Federal fez buscas nesta quarta-feira, 13, na casa do governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), e da primeira-dama Dulce Miranda - deputada federal pelo PMDB - na 6ª fase da Operação Ápia. A ação mira Dulce e o deputado Carlos Gaguim (Podemos-Tocantins).

Houve buscas nos gabinetes dos parlamentares. A PF e a Procuradoria-Geral da República abriram a 6ª fase da Operação Ápia para cumprir 16 mandados de busca e apreensão e 8 de intimação contra investigados citados em acordo de colaboração premiada homologado no Supremo Tribunal Federal.

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Nesta 6ª fase, apura-se os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro decorrentes de pagamentos de propinas realizados pela empresa Construtora Rio Tocantins - CRT, de propriedade do delator Rossine Ayres Guimarães, a integrantes do núcleo político investigado.

Em nota, a PF informou que a investigação apontou para um esquema de direcionamento das contratações públicas mediante pagamento de propina de empresários que se beneficiavam com recebimentos por serviços não executados.

O núcleo político da Associação Criminosa era responsável por garantir as contratações e o recebimento de verbas públicas indevidas por parte dos empresários corruptores.

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira, 18, a Operação Convergência, com objetivo de apurar pagamentos indevidos em obras de Infraestrutura no Estado do Tocantins. O governador Marcelo Miranda (PMDB) foi intimado a depor.

De acordo com a PF, cerca de 40 policiais federais cumprem mandados de busca apreensão e intimações. Todos os depoimentos serão acompanhados por um Ministro do STJ e por um Subprocurador da República.

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A apuração, que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ), apontou que obras de terraplenagem e pavimentação asfáltica realizadas no Estado do Tocantins entre 2011/2014 custaram cerca de aproximadamente R$ 850 milhões de reais, e geraram créditos indevidos a empresários.

Os pagamentos realizados entre os anos de 2011/2014 totalizaram aproximadamente R$ 730 milhões de reais, enquanto o restante, mais de R$ 120 milhões de reais foram efetivamente quitados em anos posteriores. O nome da operação faz referência a interseção existente entre a Operação Ápia e Operação Reis do Gado.

A Justiça do Tocantins decretou liminarmente a indisponibilidade de até R$ 10,68 milhões dos bens imóveis do governador do Estado, Marcelo Miranda (PMDB-TO), de seu pai (ex-secretário estadual da Infraestrutura), do ex-governador Siqueira Campos (PSDB-TO), de três empresas, de seis funcionários públicos, de quatro servidores da Secretaria de Infraestrutura estadual e de um engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado (Dertins). A decisão foi dada em 10 de junho, em ação civil pública de ressarcimento do erário protocolada em outubro de 2014.

O cálculo do valor se baseou em prejuízo causado por supostas fraudes e superfaturamento em obras de uma ponte sobre o Rio Manuel Alves Grande, em Campos Lindos, ao norte do Tocantins, apontadas pelo Ministério Público Estadual. A ponte de 125 metros de comprimento por 12 metros de largura foi construída em tubulões de concreto. Laudo pericial apontou ainda que houve pagamento de obras em dólares.

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A ação relata irregularidades no empreendimento desde a gestão Siqueira Campos (1995/1998) até a administração atual, de Marcelo Miranda.

"Na planilha de custos geral do Dertins o valor para o projeto executivo em 1998 era de R$ 18,08 o metro quadrado. Desconsiderando o valor geral praticado pelo Dertins, o valor cobrado pelo Consórcio EMSA/Rivoli/Construsan para o item projeto executivo foi de R$ 122,42 o metro quadrado, acréscimo de 396%", aponta a ação subscrita pelos promotores Edson Azambuja, Aírton Amílcar Machado, Vinícius de Oliveira e Silva e Octahydes Bailan Junior.

"Após análise da documentação contratual e vistoria da obra da ponte sobre o Rio Manoel Alves Grande, concluiu-se que a referida obra custou à Administração o montante de R$ 3.079.792,94, a preços iniciais, com data-base em setembro de 1998; correspondente a US$ 2.597.666,61, considerando-se o valor do dólar americano em 30 de setembro de 1998 que, reconvertido em reais nas datas dos pagamentos e atualizando monetariamente para 31 de maio de 2011, seria equivalente a R$ 13.647.460,87. A dolarização causou um prejuízo de R$ 5.521.107,37."

Irregularidades em construção de pontes, execução de obras de terraplenagem e pavimentação asfáltica em todo o Estado motivaram a abertura de um inquérito em 2010, pelo Ministério Público do Estado. A investigação dos promotores envolveu mais de 100 obras de construção de pontes. Com base em perícias do Instituto de Criminalística e em análise do Tribunal de Contas do Estado, a força-tarefa do MP concluiu que "houve reiterado superfaturamento de preços, serviços pagos em duplicidade, entre diversas outras irregularidades que redundaram em lesão ao patrimônio público".

Continuidade

O Estado, emancipado em 1989, teve oito eleições até hoje. Durante este período, Marcelo Miranda e Siqueira Campos praticamente se revezaram no governo. Apenas entre 1991 e 1995, outro político foi eleito chefe do Executivo.

Marcelo Miranda se tornou governador, pela primeira vez, em 2003 e está em seu terceiro mandato no governo do Tocantins. Em 2009, ele foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que detectou irregularidades na campanha pela reeleição, em 2006, incluindo a doação de mais de 4 mil lotes e 80 mil óculos para eleitores e nomeações para cargos públicos.

José Wilson Siqueira Campos foi líder do movimento pela emancipação do Tocantins e o primeiro governador do Estado, em 1989. Seu primeiro mandato durou até 1991. Ele também governou o Estado entre 1995 e 1998, 1999 e 2002 e 2011 e 2014. No ano passado, deixou o cargo em abril, para que seu filho Eduardo Siqueira Campos pudesse se candidatar ao governo estadual.

A reportagem procurou o ex-governador Siqueira Campos e as empreiteiras citadas no processo, mas ninguém respondeu aos questionamentos feitos. Nos autos, a Emsa protocolou, nesta quarta-feira, 17, um agravo de instrumento - recurso - pedindo efeito suspensivo da liminar que determinou a indisponibilidade dos bens da empreiteira.

O governo do Estado do Tocantins não recebeu nenhuma notificação a respeito do assunto e só vai se pronunciar após ser notificado.

A Procuradoria Regional Eleitoral no Tocantins (PRE-TO) pediu nesta sexta-feira, 9, a cassação do governador Marcelo Miranda (PMDB), em ação de investigação judicial que tem como base a apreensão de aeronave com R$ 504 mil, em Piracanjuba (GO), durante a campanha eleitoral. O dinheiro havia sido sacado da conta de Lucas Marinho Araújo, da qual mais de R$ 1 milhão foram transferidos para outras contas no Tocantins.

Durante a apreensão, além de Araújo, foram presos Roberto Carlos Barbosa, Marco Antonio Jaime Roriz e Douglas Marcelo Schimidt.

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A PRE-TO considerou que existem fortes indícios de que o dinheiro seria usado na campanha eleitoral do PMDB, na forma de Caixa 2, a começar pelo fato de mais de R$ 1,5 milhão terem sido emprestados por uma factory de Brasília, sem nenhuma garantia. Além disso, a caminhonete que transportou os quatro até o aeroporto estava à disposição da campanha do PMDB.

É citado também na ação o fato de a conta de Schimidt, em hotel de Goiânia, ter sido paga pelo irmão de Miranda, José Edmar Brito Miranda Júnior, um dia antes da apreensão da aeronave.

A PRE-TO também propôs ação de investigação judicial eleitoral, pedindo a inelegibilidade do ex-governador Sandoval Cardoso (SD). No caso de Cardoso, a ação aponta "abuso de poder político e econômico durante o período eleitoral de 2014 utilizando-se do Programa Pró-Município". O programa tinha como objetivo a recuperação da malha asfáltica urbana de todos os municípios do Estado.

Procurados, o ex-governador não respondeu as mensagens deixadas em seu celular e a Secretaria de Comunicação do Estado não se manifestou sobre a ação contra Marcelo Miranda.

Um bimotor transportando mais de R$ 500 mil em dinheiro e cerca de 5 quilos de santinhos (impressos) de dois candidatos às eleições no Estado do Tocantins foi flagrado pela Polícia Civil de Goiás na quinta-feira, 18, durante uma operação de combate ao tráfico de drogas. Além do dinheiro e dos impressos, o plano de voo da aeronave foi alterado, segundo a polícia, e o piloto tentou fugir, sendo impedido pelos agentes.

Os impressos têm o nome de Marcelo Miranda, ex-governador que lidera a disputa pelo cargo no Estado, mas que teve os bens indisponibilizados pela Justiça Federal esta semana. O outro político dos impressos é o candidato a deputado federal Carlos Henrique Gaguim. Ambos são candidatos pelo PMDB.

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Marcelo Miranda estava em campanha em Araguaína, no interior do Tocantins, na manhã desta sexta-feira, 19. O assessor de comunicação da campanha, Melk Aquino, informou que o conselho político da chapa decidiu não falar, nem divulgar nota ou resposta, por enquanto. "Serão dadas respostas política e jurídica nos próximos dias. O que se quer é que seja apurado", afirmou.

Em entrevista à TV Anhanguera na noite de quinta, publicada pelo jornal O Popular nesta sexta, Marcelo Miranda disse que desconhecia o ocorrido. O celular de Carlos Henrique Gaguim não atendeu e ele não retornou aos recados.

Flagrante

Foram presos Douglas Marcelo Alencar, 38, apontado como o líder do grupo; Marco Antônio Jayme Roriz, 46; Lucas Marinho Araújo, 24, segurança; e o piloto da aeronave Roberto Carlos Maya Barbosa, 48. O delegado responsável pela operação Ricardo Chueire, comanda o Grupo Especial de Repressão a Narcóticos (Genarc) de Itumbiara e fez o flagrante em Piracanjuba, cidade a cerca de 85 quilômetros de Goiânia, imaginando que os envolvidos estavam transportando drogas.

Por volta de 15 horas de quinta-feira, 18, as equipes do Genarc de Itumbiara, que cobre a região de Piracanjuba, investigavam a ação de traficantes de drogas quando viram uma caminhonete Toyota Hilux chegando a uma pista de pouso da cidade e acreditaram se tratar da carga de entorpecentes. Conforme ele, com a aproximação das viaturas, o piloto, que estava com o motor ligado, "tentou decolar, mas foi perseguido, abordado e impedido pelos Policiais Civis". O bimotor prefixo PR GCM seria de um empresário tocantinense do ramo da construção civil, amigo de Marcelo Miranda.

Crime eleitoral

Segundo Chueire, foram encontrados no interior do avião, R$ 504 mil em maços ainda com os invólucros da Caixa Econômica Federal. "Havia também farta quantidade de santinhos que nem contamos, pesamos, para ter noção", disse. O dinheiro teria sido sacado em uma agência da própria Piracanjuba, cidade que não constava no plano de voo da aeronave, relatou o delegado. Conforme ele, o avião seguiria para Palmas com o dinheiro e o material publicitário apreendido.

"Assim que fizemos o flagrante, eles (os presos) confirmaram que o dinheiro era para a campanha eleitoral (de Miranda), mas na presença do advogado eles prestaram depoimento formalmente negando isto", informou Chueire. No depoimento, os envolvidos (menos o piloto), afirmaram que o dinheiro era de um empréstimo feito em Brasília, usando a conta do segurança Lucas emprestada. Já a polícia investiga se o "laranja" do esquema foi o segurança, que seria natural de Piracanjuba, e cuja conta bancária para a transação suspeita teria sido usada para movimentar o volume encontrado e outras quantias.

O delegado ainda não sabe por quanto tempo o grupo ficará detido. Segundo ele, a Procuradoria Eleitoral do Ministério Público Federal do Tocantins já foi comunicada dos "fortes indícios de crime eleitoral" e receberá cópias dos procedimentos instaurados em Goiás. "Não estamos investigando crime eleitoral aqui, isto cabe a eles (MPF-TO)", reforçou. A reportagem não conseguiu contato com o advogado dos presos que foram autuados por enquanto por lavagem de dinheiro, associação criminosa e crime tributário.

Crises

Pesquisa recente, realizada pela TV Anhanguera, aponta que Marcelo Miranda tem 48% das intenções de voto no Tocantins, contra 33% do segundo colocado, Sandoval Cardoso (SD), sinalizando chances de vitória no primeiro turno.

Miranda, que já foi governador do Tocantins por dois mandatos, foi cassado em 2009 pelo Tribunal Superior Eleitoral acusado de, nas eleições de 2006, ter feito compra de voto, abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, ficando inelegível por oito anos.

Ocorre que a inelegibilidade do candidato ao governo vence em 1º de outubro, às vésperas da eleição do dia 5.

Agravando ainda mais a situação, a Justiça Federal, a pedido do MPF-TO, decretou a indisponibilidade dos bens de Miranda esta semana. O motivo é a suspeita de desvio de mais de R$ 20 milhões em supostos esquemas em um dos governos dele. Durante a prisão em flagrante em Piracanjuba, a situação da indisponibilidade dos bens do candidato teria até sido relatada aos policiais como motivo para o levantamento do dinheiro que foi flagrado no avião, o que foi negado em depoimento depois.

 

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