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Pela segunda vez a Malaysia Airlines esteve, negativamente, nas notícias mundiais. Depois do desaparecimento de uma de suas aeronaves, que até agora não foi oficialmente localizada, um Boeing 777 da empresa caiu com 298 pessoas na Ucrânia. No entanto, desta vez não houve tempestade, erro humano ou falha mecânica. O voo MH17 teria sido abatido pelas forças separatistas pró-Rússia.

A Malaysia Airlines informou que o último contato com o voo MH17, que partiu de Amsterdã em direção a Kuala Lampur, na Malásia, teria sido feito sobre o espaço aéreo ucraniano. E então, surgem as perguntas: Foi mesmo um míssil que derrubou o avião? Quem teria disparado e por que? Que tipo de míssil pode derrubar um avião que estava a mais de 10 mil metros de altitude?

Evidências levantadas pelos Estados Unidos apontam que sim, foi mesmo um míssil que derrubou o avião. As informações vieram com base nos sistemas de radar americanos, que afirmaram que um sistema de míssil do tipo terra-ar foi disparado contra a aeronave. Os EUA também explicaram que provavelmente foi utilizado um míssil com sistema Buk, fabricado pela russa Almaz-Antey e que possui capacidade de abater alvos entre 3 e 25 km de altitude. Ao menos 15 países usam o sistema, entre eles a Ucrânia e a Rússia.

A Rússia se defendeu das acusações afirmando que um avião de caça ucraniano estava a uma distância de 3 a 5 km do Boeing da Malaysia Airlines pouco antes da queda do avião. Ainda de acordo com as forças russas, o caça ucraniano era do modelo Su-25, que pode chegar a uma altitude de 10 mil metros e dispõe de mísseis terra-ar que podem disparar a até 12 km e garantir a destruição de um alvo a até 5 km.

Vale ressaltar que os veículos lançadores desses tipos de mísseis são muito caros e complexos. O Brasil e nenhum país na América Latina, por exemplo, possui tais equipamentos ou artilharia antiaérea com capacidade de abater, a partir do solo, alvos na altura em que estava o avião da Malaysia Airlines.

O que de fato aconteceu é que 298 pessoas inocentes, em sua maioria holandeses, e cientistas pesquisadores do vírus da AIDS,  foram assassinados. Além disso, a dimensão do desastre poderá resultar em uma decisiva pressão internacional para resolver a crise entre Rússia e Ucrânia, que já resultou em centenas de mortes desde que manifestantes derrubaram o presidente ucraniano apoiado por Moscou, em fevereiro.

A Holanda já abriu investigação relacionada ao voo MH-17 sobre suspeitas de crimes de guerra, assassinatos e abate intencional de um avião de passageiros. E não apenas a Holanda exige explicações, mas o mundo. E, caso isso não aconteça, é provável que ambos os países acabem sofrendo sanções políticas e econômicas.

As equipes de buscas pelo voo MH370, da Malaysian Airlines, intensificaram os trabalhos nesta sexta-feira (4) e estão usando equipamentos de alta tecnologia para tentar encontrar a caixa-preta da aeronave, que está desaparecida há quase um mês. No entanto, as autoridades da Austrália não têm muitas esperanças de que novos dados sejam descobertos e possam ajudar na busca pelo avião.

Dois navios munidos com tecnologia especial de localização estão vasculhando uma rota submarina com cerca de 240 quilômetros, na tentativa de achar pistas dos destroços. Outros 14 aviões e nove navios participam da operação. Os esforços são para encontrar, principalmente, a caixa-preta. A vida útil do objeto tem previsão para acabar neste fim de semana e é o único meio dos investigadores descobrirem os motivos pelo sumiço do avião.

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Os navios Ocean Shield, da Austrália, e HMS Echo, dos Estados Unidos, estão usando tecnologias especiais parecidas. A embarcação australiana leva um 'towed pinger locator', dispositivo que é rebocado em baixa velocidade pelo navio, fornecido pela Marinha americana. A caixa-preta que está no fundo do mar emite pequenos sinais de dados conhecidos como 'pings'. A tecnologia equipada nos dois navios tenta ler pings que estão sendo emitidos no mar.

"Nenhuma evidência foi encontrada até o momento, então tomamos a decisão de procurar embaixo do mar na área em que é provável que o MH370 tenha sobrevoado", disse Commodore Peter Leavy, oficial da marinha australiana.

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