Nesta terça-feira (24), Maju Coutinho tomou café da manhã com Ana Maria Braga e relembrou sua trajetória na televisão. Para começar a conversa, a apresentadora do Fantástico contou como era logo que começou a trabalhar no programa.
"No meu começo de Fantástico eu era aquela que queria estar no script igual uma louca. Quando comecei a relaxar, claro que tem um norte, mas quando eu escuto o que o outro está falando, é o segredo na vida", disse.
##RECOMENDA##Em seguida, refletiu todas todos os passos que deu até chegar onde está hoje.
"Eu entrei em 2007, são 16 anos. É muito engraçado, porque o Brasil que me conhecer a partir da previsão do tempo não sabia da minha história anterior, que é de buraco de rua, de reportagem no Rio de Janeiro cobrindo eventos do transporte público. Foi muito passo a passo e as oportunidades foram aparecendo. Não cheguei batendo na porta: Vou para a previsão do tempo. Não adianta você ser negra, maravilhosa, linda e falar bem na previsão. Não adianta, tem que aprender. E eu fiz isso", contou.
A jornalista revelou que colegas passaram anos a dizendo que ela iria para o Fantástico.
"Eu ouvia muito das pessoas, me diziam: Você vai para o Fantástico. Ouvi isso desde o início da carreira aqui na TV Globo. Eu não tinha essa certeza, estava indo para onde o vento soprasse. Fantástico acho que é uma meta, um sonho de quem cursa jornalismo e se dedica ao audiovisual", disse.
E ainda contou uma curiosidade: "Eu tenho uma coisa que descobri que o Jô Soares tinha. Ele falava que não gostava de se assistir. Eu tenho isso, não gosto de rever. Estou revendo aqui. Assisto às matérias depois no Globoplay, mas não gosto de olhar. A gente tem isso, por causa da autocrítica. Meus pais ficam bravos".
Em seguida, Maju deu detalhes sobre o figurino que usa para apresentar a atração.
"As roupas que eu uso no Fantástico, muitas delas são roupas que eu usaria na vida. Agora, o que mudou é que estou no Rio de Janeiro, então aboli mais o salto alto. Ando muito mais de rasteirinha, fico muito mais de sandalinha no meu dia a dia. Acho que agora sou uma mulher que está prezando mais pelo conforto do que pela elegância do salto. Apesar de eu achar muito bonito o salto, eu gosto. São roupas que conversam mesmo com a minha personalidade. A figurinista sacou muito o que combina com a minha pessoa. Sempre gostei muito dessa coisa da cor. Agora estou arriscando pelos tons terrosos, o meu nude, a cor marrom. Estou usando mais essas cores", detalhou.
Além disso, comentou a vez em que se fantasiou de Pequena Sereia na época do lançamento do filme Ariel.
"Foi uma força-tarefa de toda a equipe do Rio, e principalmente da nossa produtora, que falou: Maju, recebi uma pauta que é a sua cara. Ela pegou, mobilizou todo o figurino do Rio. O rabo, na verdade, é um pano verde. Depois, o pessoal da arte, da computação gráfica, fez esse efeito maravilhoso", disse.
Voltando ao passado, Maju contou que costumava ser professora: "Dei aula para criança, ensino fundamental, quarta série. Eu era mais uma amigona dos estudantes do que uma professora mesmo, eu me via nesse papel. Meus pais foram muito inspiradores nessa decisão de carreira inicial e também numa postura de vida. Eram educadores mesmo com aquela intenção de melhorar esse país, de formar pessoas que pudessem contribuir para um país melhor".
E ainda falou sobre a reportagem gravada com os pais, que também traçaram carreira como educadores: "Eu estava meio receosa. Para mim, a gente que lida muito com a exposição, eu pelo menos fico: Mostrar a minha família, expor mais ainda, para que isso? Meu chefe ligou para mim: Maju, seus pais são professores? A gente gostaria de fazer uma reportagem com eles. Quase falei: Bruno, deixa isso para lá. Mas eu tinha que consultá-los. Eu, na esperança de eles falarem que não queriam, liguei para a minha mãe e ela: Quero".
A novidade mais quente na carreira profissional da jornalista é que ela apresentará um novo quadro no Fantástico, que estreia dia 5 de novembro.
"Estou com o coração na mão. Estou apreensiva, porque é um projetão. É um projeto que o nosso produtor Celso Lobo, que está há muito tempo no Fantástico e cuida dos musicais, queria muito falar sobre música negra brasileira. Quando entrei no Fantástico ele falou: Eu tenho uma ideia, desde a pandemia quero colocar isso de pé, você topa fazer? Eu topei, ele fez uma produção muito bonita, muito enriquecida, acho que está pulsante. Tem conversa, mas o que eu quero é que toque na pele, que todo mundo dance", disse.
Maju aproveitou para elogiar o Rapper Rael, com quem trabalha no quadro: "Rael é incrível, um super parceiro. A gente dividiu essa apresentação e nunca tinha trabalhado juntos. Eu lembrei de você com o louro, porque você nunca tinha trabalhado com uma pessoa e de repente tem que se encontrar com ela nessa comunicação e trocar. Acho que houve uma troca, saí muito enriquecida e foi um parceiro muito espetacular nesse comando dessa musicalidade".