O líder do Democratas (DEM) na Câmara, deputado Mendonça Filho, afirmou que a "má gestão, reflexo da incompetência, e a corrupção" são justificativas para alteração no preço para construção da Refinaria Abreu e Lima (Renest), em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR).
Com a afirmativa, Mendonça rebateu as declarações do ex-gerente de Implementação e Empreendimentos da Renest, Glauco Legatti, feitas nessa terça-feira (31), durante a sessão da CPI da Petrobras. Legatti chegou a dizer que não houve superfaturamento na obra, mas as alterações do valor do projeto foram resultado da variação cambial e dos aditivos contratuais. Na proposta inicial da Refinaria, a Petrobras estimava gastar US$ 2,4 bilhões, no entanto, o custo geral da unidade petroleira ficou em US$ 18,5 bilhões.
##RECOMENDA##“A refinaria deixa um legado positivo para meu estado, mas o final é triste porque os fornecedores estão sem receber e os trabalhadores, sem seus direitos trabalhistas”, lamentou o democrata. Mendonça também fez questão de indagar Legatti quanto a amizade que mantinha com o empresário Shinko Nakandakari. Este chegou a acusar Legatti de ter recebido R$ 400 mil em propina.“Quais são as razões para Shinko tê-lo traído?”, questionou.