No período dos recessos escolares, pais e mães não devem descansar um só minuto. O Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox) chama a atenção de quem cuida de crianças. O número de intoxicações no primeiro mês do ano tende a aumentar com a presença mais constante dos pequenos em casa. Medidas rápidas e acertadas podem evitar consequências mais graves.
Materiais de limpeza, medicações e agrotóxicos podem se tornar vilões se não armazenados com responsabilidade. O uso dos famosos “chumbinhos”, irregularmente utilizado como veneno para ratos, é um dos principais causadores das intoxicações. “É um problema de saúde pública, ninguém deve adquirir produtos clandestinos, como o chumbinho. Precisa-se de cuidado com as crianças que, curiosas, sempre exploram o ambiente”, orienta a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto.
##RECOMENDA##Prática comum para algumas pessoas é depositar produtos de limpeza em garrafas pet. Lucineide critica a prática e diz que todos devem “seguir as instruções do rótulo, pois há normas da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para o uso mais seguro destes produtos”.
Animais - Mesmo com a variedade de substância que podem causar intoxicações nas crianças, os maiores perigos na Região Metropolitana do Recife ainda são os animais peçonhentos, principalmente os escorpiões. “Com as chuvas, os escorpiões são desalojados de seus habitat naturais. Nas crianças (abaixo de 12 anos), a picada pode matar em poucos minutos”, explica a gestora do Ceatox.
Com urgência, os pais devem levar as crianças para o Hospital da Restauração. Após a picada, as crianças não devem tomar medicações sem o atendimento preliminar. No caso dos adultos, as vítimas de picadas podem ser atendidas em postos de saúde ou nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).
Uma central de atendimento da Anvisa atende durante 24 horas por dia a pessoas vítimas de animais peçonhentos e outras intoxicações. “Só ligar, gratuitamente, para 0800 722 6001, que você é orientado para qual hospital ir, de acordo com a ocorrência”, conta Lucineide Porto.