Os dois confrontos das semifinais do Masters da WTA foram definidos nesta sexta-feira, em Cingapura, após a realização dos dois últimos jogos do Grupo Branco da competição que reúne as melhores tenistas da temporada, exceto Serena Williams, que encerrou seu ano mais cedo para cuidar da saúde e se recuperar de lesões. Um destes duelos irá envolver a espanhola Garbiñe Muguruza, que fechou a primeira fase do torneio com 100% de aproveitamento ao vencer a checa Petra Kvitova por 2 sets a 1, com parciais de 6/4, 4/6 e 7/5, e avançar como líder da sua chave.

Com o resultado, a atual terceira colocada do ranking mundial terá pela frente em uma das semifinais deste sábado a polonesa Agnieszka Radwanska, que na última quinta-feira fechou o Grupo Vermelho do Masters na segunda posição.

E, mesmo tendo sido derrotada por Muguruza, Kvitova acabou avançando às semifinais como vice-líder do Grupo Branco ao ser beneficiada pela vitória da sua compatriota Lucie Safarova pela alemã Angelique Kerber, por 2 sets a 0, com 6/4 e 6/3, no outro duelo disputado nesta sexta.

Mesmo já eliminada da briga por um lugar na próxima fase após sofrer duas derrotas em dois jogos, Safarova teve como motivação o fato de poder classificar a sua compatriota. E ela acabou passando pela sexta cabeça de chave do Masters em sets diretos e fez com que Safarova avançasse como vice-líder do Grupo Branco.

Assim, a tenista checa derrotada por Muguruza nesta sexta se credenciou para encarar em uma das semifinais deste sábado a russa Maria Sharapova, que assim como a tenista espanhola se garantiu na liderança de uma das chaves da competição com 100% de aproveitamento.

O primeiro jogo do dia em Cingapura foi bastante equilibrado e teve Muguruza triunfando depois de 2h33min de confronto. A espanhola chegou a ter o seu saque quebrado por sete vezes durante a partida, mas compensou o fato convertendo oito de 13 break points.

E Muguruza encarou a atual quinta colocada do ranking mundial pela primeira vez no circuito profissional e um jogo muito igual, com cada tenista tendo 61% de aproveitamento no primeiro saque e fazendo quatro aces cada. No momento decisivo do terceiro set, porém, a espanhola foi mais eficiente para fechar o jogo.

Já no duelo entre Safarova e Kerber, a checa foi superior ao sofrer apenas uma quebra de saque durante o jogo e converter quatro de 13 break points cedidos pela sexta cabeça de chave da competição, que sucumbiu à pressão. Essa foi, por sinal, a segunda vitória da checa em três jogos com a alemã, que já havia sido batida pela adversária no ano passado na final da Fed Cup, espécie de versão feminina da Copa Davis.

Quem vê a superioridade de Serena Williams sobre todas as rivais e o número de conquistas da norte-americana pode se surpreender com o fato de que a líder do ranking mundial ter ganho, neste sábado, apenas o seu terceiro título em Roland Garros. Mesmo gripada e desgastada fisicamente, Serena jogou melhor e venceu a checa Lucie Safarova por 2 sets a 1, com parciais de 6/3, 6/7 (2/7) e 6/2.

Com mais de US$ 67 milhões em premiações na carreira, além de quatro ouros olímpicos, Serena ampliou sua gigantesca lista de conquistas. Chegou ao 67.º título em simples (tem outros 22 em duplas femininas, dois em duplas mistas e seis da Fed Cup com os Estados Unidos). Só em Grand Slam de simples são 20 conquistas.

Seus números em finais são impressionantes. Somando decisões em simples e em duplas, são 107 finais, com 89 títulos e apenas 17 derrotas, sendo só duas nas últimas quatro temporadas.

Em torneios da série Grand Slam, o aproveitamento em finais é ainda mais incrível. Ela esteve em 41 decisões e só perdeu seis, sendo duas nas duplas mistas. Sua última derrota em finais foi no Aberto da Austrália de 2011. No total, em simples, são seis títulos em Melbourne e no US Open, cinco em Wimbledon e três em Roland Garros.

Neste ano, Serena já havia vencido os títulos do Aberto da Austrália e de Miami (EUA). Em Indian Wells (EUA), perdeu na semifinal. No saibro, vinha de eliminações na semifinal de Madri (Espanha) e na terceira rodada da Roma (Itália).

O JOGO - Quando o jogo começou, ninguém sabia o que esperar da norte-americana, que na quinta-feira, na semifinal, jogou muito debilitada contra a suíça Tiema Bacsinszky. Gripada, Serena cancelou o treino de sexta-feira para tentar se recuperar melhor para a final.

Novamente entrou em quadra na Philippe-Chartier, neste sábado, aparentando estar longe do melhor da forma física. Serena queria matar o jogo rápido e soltou o braço no início da final. Fez quatro aces (e duas duplas faltas), conseguiu 13 winners (e 10 erros não forçados). A estratégia, entretanto, foi bem sucedida. Trocando bolas, Safarova não ameaçou, teve o saque quebrado e perdeu o primeiros set por 6/3.

Tudo indicava que o jogo acabaria no segundo set, especialmente quando Serena sacava em 4/1, com duas quebras. A líder do ranking, entretanto, se desconcentrou e deixou Safarova entrar no jogo. A checa devolveu as quebras, mas perdeu o saque em 6/5. Serena sacou para fechar a partida, mas foi novamente quebrada. No tie-break, melhor para Safarova.

Embalada, a checa quebrou o saque de Serena para abrir 2/0 no terceiro set. A norte-americana, entretanto, reagiu igual fez na semifinal. Ganhou seis games seguidos, com excelente aproveitamento de saque, novamente arriscando muito, para fechar o set em 6/2 e garantir seu terceiro título em Roland Garros.

Lucie Safarova também não tem muito do que reclamar. Em sua 40.ª participação em um Grand Slam, chegou pela terceira vez às quartas de final de simples, pela segunda à semifinal e estreou em decisões. No domingo, vai tentar o título de duplas ao lado da norte-americana Bethanie Mattek-Sands. Vai enfrentar a australiana Casey Dellacqua e a cazaque Yaroslava Shvedova para repetir a conquista do Aberto da Austrália.

Com as principais tenistas fora das quadras na semana seguinte ao US Open, o ranking da WTA apresentou poucas alterações na atualização desta segunda-feira. As principais foram as ascensões da checa Lucie Safarova e da sérvia Bojana Jovanovski na lista após conquistarem títulos no último fim de semana.

Safarova foi campeã do Torneio de Quebec, no Canadá, e ganhou 12 posições, alcançando a 36ª colocação. Já Jovanovski ascendeu 17 postos com o título do Torneio de Tashkent, no Usbequistão, e agora está em 41º lugar no ranking da WTA, que continua sendo liderado com folga pela norte-americana Serena Williams, com 12.260 pontos.

A bielo-russa Victoria Azarenka permanece na segunda colocação, com 9.505 pontos, seguida pela russa Maria Sharapova, que está em terceiro lugar, com 7.866. Sem alterações, o Top 10 do ranking da WTA é completado, em ordem, pela polonesa Agnieszka Radwanska, pela chinesa Na Li, pela italiana Sara Errani, pela francesa Marion Bartoli, que se aposentou do tênis recentemente, pela dinamarquesa Caroline Wozniacki, pela alemã Angelique Kerber e pela sérvia Jelena Jankovic.

A primeira mudança na lista foi provocada pela queda da belga Kirsten Flipkens na primeira rodada do Torneio de Quebec. Ela era a atual campeã da competição canadense e, com a eliminação precoce, caiu da 14ª para a 20ª colocação. Assim, foi ultrapassada pela espanhola Carla Suarez Navarro, pela alemã Sabine Lisicki, pela sérvia Ana Ivanovic, pela australiana Samantha Stosur, pela romena Simona Halep e pela russa Maria Kirilenko.

Já Teliana Pereira subiu uma posição na lista e agora ocupa a 104ª colocação. A melhor tenista brasileira no ranking da WTA foi campeã no último fim de semana em Mont-de-Marsan, na França, de um torneio de nível ITF, do qual havia sido finalista no ano passado, mas ainda não contabilizou a pontuação pela sua conquista.

Confira o ranking atualizado da WTA:

1.º Serena Williams (EUA), 12.260 pontos

2.º Victoria Azarenka (BLR), 9.505

3.º Maria Sharapova (RUS), 7.866

4.º Agnieszka Radwanska (POL), 6.335

5.º Na Li (CHN), 5.585

6.º Sara Errani (ITA), 4.325

7.º Marion Bartoli (FRA), 3.746

8.º Caroline Wozniacki (DIN), 3.645

9.º Angelique Kerber (ALE), 3.420

10.º Jelena Jankovic (SER), 3.245

11.º Petra Kvitova (RCH), 3.170

12.º Roberta Vinci (ITA), 3.065

13.º Sloane Stephens (EUA), 3.045

14.º Carla Suarez Navarro (ESP), 2.775

15.º Sabine Lisicki (ALE), 2.770

16.º Ana Ivanovic (SER), 2.720

17.º Samantha Stosur (AUS), 2.715

18.º Simona Halep (ROM), 2.630

19.º Maria Kirilenko (RUS), 2.620

20.º Kirsten Flipkens (BEL), 2.556

104.º Teliana Pereira (BRA), 654

Sorteio realizado nesta sexta-feira definiu a ordem dos duelos da decisão da Fed Cup - a versão feminina da Copa Davis -, que começa a ser disputada neste sábado, em Praga, entre República Checa e Sérvia. Lucie Safarova e Ana Ivanovic vão abrir o confronto em partida prevista para as 10h30 (horário de Brasília).

Número 17 do mundo, Safarova terá a responsabilidade de iniciar a decisão pela República Checa, que defende o título conquistado em 2011. Ela está em vantagem de 3 a 2 no confronto direto com Ivanovic, que já liderou o ranking da WTA, ocupa a 12ª colocação e tentará ajudar a Sérvia a vencer pela primeira vez a Fed Cup.

Número 8 do mundo, Petra Kvitova, que liderou a República Checa no triunfo por 3 a 2 sobre a Rússia na final do ano passado, vai jogar contra Jelena Jankovic, que está apenas na 22ª colocação no ranking da WTA, mas já liderou a lista. A saúde de Kvitova preocupa os checos, pois ela ainda se recupera de uma virose.

Os duelos serão invertidos no domingo na quadra dura e coberta da O2 Arena em Praga e começam a ser disputados às 8 horas. Kvitova vai abrir o dia com a partida contra Ivanovic. Depois, Safarova vai pegar Jankovic. Nas duplas as checas Andrea Hlavackova and Lucie Hradecka, finalistas do Masters da WTA na semana passada, vão encarar as sérvias Bojana Jovanovski e Aleksandra Krunic.