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O discurso do treinador e dos atletas da seleção brasileira masculina foi unânime após a vitória por 3 sets a 0 sobre o Irã neste sábado (7). Satisfeita com a atuação, a seleção mostrou foco total na partida decisiva contra a Itália que acontecerá neste domingo e disseram que o confronto será uma "verdadeira final". Uma vitória colocará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.

"Jogamos uma ótima partida. O Brasil mostrou crescimento e foi consistente no sistema saque-bloqueio-defesa. Tivemos um ótimo aproveitamento nos ataques e nos contra-ataque. Estivemos o tempo todo concentrados, e isso foi muito bom. Os jogadores que vieram do banco mudaram o ritmo do jogo e nos ajudaram a conquistar essa vitória tão importante, que nos leva para essa verdadeira final contra a Itália, valendo uma vaga para os Jogos Olímpicos de 2024", avaliou Renan Dal Zotto, técnico da seleção masculina.

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Comemoração brasileira após mais uma vitória no Pré-Olímpico Foto: Mauricio Val/FVImagem/CBV

O central Flavio destacou a importância de o time ter decidido o confronto em três sets para chegar mais descansado ao duelo de domingo. A Itália ainda enfrenta Cuba antes do Brasil no início da tarde deste sábado. O time brasileiro receberá os italianos no Maracanãzinho às 10h.

"Muito importante essa vitória, garantir os três pontos, e o 3 a 0 significa que a gente tem um pouquinho a mais para descansar, não gastamos tanta energia como em um jogo de cinco sets. Agora é descansar um pouco e já estudar o time da Itália para amanhã fazer a nossa final no Maracanãzinho, diante dessa torcida belíssima que vai nos ajudar a buscar mais uma vitória e essa classificação olímpica", disse Flávio.

O ponteiro Lucarelli analisou o ritmo de jogo do Brasil neste sábado e seguiu o roteiro para o próximo compromisso. "Nos momentos em que a gente conseguiu administrar os erros e manter a agressividade, conseguimos abrir vantagem. O início do jogo foi lento, mas depois a gente conseguiu retomar, fazer boas sequências de saque, colocar pressão e ganhar. Agora é a Itália. Sabemos que amanhã é o jogo decisivo para ver quem consegue essa vaga para os Jogos Olímpicos, então com certeza vai ter aspecto de final".

Os próximos dias serão de muito estudo e trabalho para a seleção brasileira masculina de vôlei. É o que preveem o técnico Renan Dal Zotto e os jogadores, conscientes de que o time precisará evoluir para poder superar o Comitê Olímpico Russo na quinta-feira, em busca da vaga na final na Olimpíada de Tóquio.

"O time da Rússia chega como forte candidata ao pódio e os dois últimos resultados contra ela não foram favoráveis. Primeira coisa é tirar os estudos da gaveta e pensar no que precisamos fazer de bom. Hoje descansar, estudar bastante e a amanhã treinar em função do time da Rússia", projetou Renan.

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Os últimos dois confrontos entre brasileiros e russos não foram felizes para os comandados de Renan. A seleção perdeu por 3 sets a 0 na Liga das Nações, quando o treinador ainda se recuperava das internações por covid-19, e repetiu o placar em nova derrota, já em solo japonês, na fase de grupos. Ainda pela Liga, disputada em junho, o Brasil chegou a vencer os russos também por 3 a 0.

Mas foi a derrota na Olimpíada que causa maior preocupação aos jogadores brasileiros. "No outro jogo contra os russos, faltou a questão da cobertura. Isso fez uma boa diferença. O passe não saiu tão bem, o bloqueio dos caras é grande e nós não podemos enfrentar. Então, a cobertura vai ser primordial para jogar contra eles. Além disso, também temos que bombardear o time eles no saque", afirmou Wallace.

Confiante após a boa vitória brasileira sobre o Japão, pelas quartas de final, Lucarelli cobra mais atenção da equipe, que voltou a oscilar contra os anfitriões, apesar do 3 a 0 no placar.

"Sabemos que os erros que comentemos são possíveis de evitar. Temos que caprichar em algumas coisas e fazer as escolhas certas em tudo. Também dá para aumentar a concentração em alguns momentos. Sempre falamos que não vamos chegar na perfeição, mas o objetivo é chegar o mais perto possível como time", afirmou o jogador, um dos melhores da competição até agora.

Um dos destaques da seleção brasileira de vôlei na conquista do ouro no Rio-2016, o ponteiro Lucarelli não disputará o Mundial, no próximo mês. O jogador foi convocado pelo técnico Renan Dal Zotto, mas pediu dispensa por considerar que ainda está sem ritmo de jogo em razão de lesão recente.

Lucarelli havia desfalcado a seleção brasileira na Liga das Nações, competição que substituiu a Liga Mundial, por conta de uma lesão no tendão de Aquiles. Ele se machucou ainda durante a Superliga, ao defender a equipe EMS Taubaté Funvic.

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A recuperação foi finalizada nas últimas semanas e ele até entrou em quadra para defender o seu time contra o Corinthians, no fim de semana, pelo Campeonato Paulista. No entanto, jogou apenas um set. Ao pedir dispensa, Lucarelli considerou que estava sem ritmo de jogo para poder defender a seleção em alto nível no Mundial.

"Falta pouco tempo para a competição e não me sinto ainda em um nível adequado para ajudar a seleção em um Mundial. Já estou treinando e jogando, mas ainda é pouco para o que é preciso entregar em um campeonato intenso, longo, com times muito fortes e jogos muito complicados", declarou o ponteiro, que era titular da seleção brasileira antes de se machucar.

Segundo a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), a comissão técnica da seleção esteve em contato com a comissão do EMS Taubaté Funvic para se atualizar sobre a condição física do atleta. E, em reunião realizada no mês passado, chegaram à conclusão de que o jogador ainda estava sem condições de jogar pela seleção.

O Mundial será disputado entre 9 e 30 de setembro, na Bulgária e na Itália. A estreia da seleção brasileira está marcada para o dia 12, contra o Egito.

A seleção brasileira masculina de vôlei começou muito bem a sua participação na fase final da Liga Mundial, realizada na Cracóvia, na Polônia. Nesta quarta-feira, a equipe dirigida por Bernardinho derrotou a Itália por 3 sets a 0, com parciais de 25/18, 25/20 e 25/19, em duelo válido pelo Grupo K1.

O resultado, especialmente por ter sido uma vitória por 3 a 0, encaminha a classificação da equipe às semifinais, afinal, a chave é disputada por três equipes, com as duas melhores se classificando para a próxima etapa da Liga Mundial.

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A classificação pode até ser sacramentada nesta quinta-feira, desde que os Estados Unidos, outra equipe do grupo, supere a Itália. De qualquer forma, o Brasil volta à quadra na sexta-feira, às 15h30 (horário de Brasília), para enfrentar os norte-americanos.

O Brasil encerrou a fase de classificação da Liga Mundial com a melhor campanha, com oito vitórias em nove jogos. E nesta quarta, disputou um duelo que envolveu os maiores campeões da Liga Mundial - a seleção brasileira soma nove conquistas, uma a mais do que a equipe italiana.

Bernardinho escalou o Brasil com Bruninho, Wallace, Maurício Souza, Lucão, Lucarelli e Maurício Borges, além do líbero Serginho. E com uma atuação consistente da equipe, o treinador nem realizou mexidas nos três sets da partida, definida em 1 hora e 27 minutos.

Lucarelli, que chegou a ser dúvida para o jogo em razão de uma lombalgia, foi o destaque brasileiro, com 14 pontos, dois a mais do que o Wallace. Já Ivan Zaytsev, com 13 acertos, acabou sendo o principal pontuador da seleção italiana.

O triunfo brasileiro foi definido com alguma facilidade. No primeiro set, após um início equilibrado, em que a equipe foi ao primeiro tempo técnico com a vantagem mínima - 8 a 7 -, a seleção deslanchou, abriu 16/12, depois 21/15 e fechou a parcial em 25/18.

No segundo set, a seleção brasileira foi ainda mais arrasadora, abrindo 16/9, com a defesa se destacando. Na parte final da parcial, a Itália esboçou uma reação, diminuiu o placar para 21/18, mas não conseguiu impedir o triunfo por 25/20.

O Brasil também começou melhor o terceiro set, foi ao primeiro tempo liderando o placar por 8/5, mas viu a Itália chegar a igualá-lo em 12/12. Depois, porém, a equipe se impôs com boa variação das jogadas, abriu 20/15 e fechou a parcial em 25/19 e o jogo em 3 sets a 0, abrindo a fase final da Liga Mundial com uma vitória arrasadora.

O técnico Bernardinho explicou nesta sexta-feira (18) que decidiu poupar Sidão e Murilo da partida contra o Irã já pensando nas semifinais da Liga Mundial. Classificada antecipadamente, a seleção brasileira acabou perdendo para o Irã por 3 sets a 1, com parciais de 21/25, 19/25, 25/23 e 26/24, e acabou ficando em segundo lugar na chave. A liderança ficou exatamente com os iranianos, enquanto a Rússia foi eliminada com a derrota brasileira.

"Temos dois jogadores importantes que nos preocupavam em função do desgaste, da idade e que precisavam ser poupados, que são o Sidão e o Murilo. Agora, nós estamos com todos os jogadores preparados, prontos e a reação tem que ser boa amanhã. Estamos entre os quatro e vai ser difícil, seja contra a Itália ou Estados Unidos", afirmou Bernardinho.

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No duelo com o Irã, em Florença, Sidão e Murilo foram substituídos pelo central Éder e pelo ponteiro Lucas Loh, respectivamente. Escalado, Éder garantiu que o objetivo era a vitória e lamentou a oscilação da equipe em quadra, o que impediu a vitória, na sua avaliação.

"Nossa principal preocupação era chegar bem amanhã, mas é claro que queríamos vencer. Erramos bastante hoje e isso fez com que o grupo perdesse a cabeça em alguns momentos. Precisamos pegar a parte boa, que fizemos bem, para chegar com força no jogo de amanhã e buscar a vaga na final", disse.

Principal pontuador do Brasil, com 17 acertos, Lucarelli lamentou os erros cometidos pela equipe diante do Irã e lembrou que eles atrapalharam demais o time na fase de grupos, quando a seleção sofreu para se classificar, numa campanha em que somou seis vitórias e seis derrotas.

"Queríamos evitar os erros desde o início do campeonato, já que isso estava fazendo com que perdêssemos muitos jogos. Hoje, isso voltou a acontecer e prejudicou bastante a nossa equipe. Não conseguimos manter um voleibol de alto nível, mas temos que concentrar para a semifinal de amanhã. Vamos estudar bastante e ir com tudo para esse jogo", destacou.

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