É notável a ajuda que produtos eletrônicos dão ao nosso dia a dia, também já é notório que boa parte não dura para sempre, e é nessa hora que temos que nos preocupar com que destino dar a eles.
O chamado lixo eletrônico, proveniente de aparelhos como computadores, celulares e eletrodomésticos, trazem dentro de si uma quantidade impressionante de metais pesados, semimetais e outros compostos químicos, incluindo alguns componentes perigosos em larga escala como chumbo, mercúrio, arsênico e cádmio.
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Dentro da carcaça dos aparelhos e sendo utilizados de maneira adequada, não existe risco ao usuário, mas quando são quebrados ou ficam velhos, podem vazar e contaminar o ambiente ao redor.
É também arriscado deixar esse tipo de lixo em aterros sanitários, já que a longo prazo existe uma grande chance de contaminação de lençóis freáticos ou à atmosfera, chegando a afetar a saúde de comunidades do entorno.
Segundo o organização não-governamental Greenpeace, a cada ano são descartadas até 50 milhões de toneladas desse lixo.
Responsabilidade
Empresas que produzem eletrônicos também são responsáveis por eles depois das vendas, não apenas no que diz respeito à garantia contra defeitos como em oferecer um descarte adequado. Justamente por esse motivo, muitas companhias oferecem programas de recolhimento que permitem aos clientes devolver alguns modelos de computadores e equipamentos que não quiserem mais. Entre essas empresas estão a Apple, Dell e HP. Por exemplo, com seu computador usado, as empresas podem fabricar outros componentes ou reformá-lo para uso futuro.
O Greenpeace inclusive elabora anualmente ranking de empresas no Guia de Eletrônicos Verdes (consulte aqui – em inglês).
Legislação
O Ibama no início do mês publicou uma Instrução Normativa (IN nº 8/2012) para pilhas e baterias que representa um aperfeiçoamento da legislação referente a esses produtos.
A partir da publicação da Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) nº 401/2008, existem obrigações específicas para fabricantes nacionais e importadores de alguns tipos de pilhas. As normas exigem que fabricantes nacionais, importadoras e recicladoras façam um relatório anual explicando as medidas adotadas no manejo desses materiais, além de registrar novos procedimentos nas embalagens e nos manuais das pilhas e baterias para que o consumidor possa se informar melhor sobre o descarte e a reciclagem dos produtos.
Dicas
Caso você seja um consumidor preocupado com o impacto que o lixo eletrônico pode causar no meio ambiente, e todos deveríamos ser, há algumas atitudes que podem contribuir para a diminuição da quantidade de detritos originados de produtos tecnológicos.
* Pesquisa: Antes de comprar um produto é importante verificar o quanto o fabricante tem preocupações com o impacto ambiental oriundo dos seus produtos.
* Prolongamento: É óbvio que não é necessário trocar de celular anualmente ou comprar outro computador numa frequência parecida. Cuide bem dos eletrônicos e isso evitará a necessidade de trocas constantes.
* Doação: Caso seja necessário comprar algum produto novo, doe o antigo para alguém que precisa. Isso prolongará a vida do aparelho e a pessoa que o ganhou não precisará comprar um novo.
* Reciclagem: Como dito no início da matéria, grandes fabricantes oferece programas de reciclagem de seus produtos. Antes de pensar em jogar aquela TV velha no lixo, entre em contato com a empresa via internet ou central telefônica e procure saber onde as peças podem ser coletadas. Veja a lista de locais onde você pode levar produtos eletrônicos que você não utiliza no fim da matéria. Assistências autorizadas também coletam esse tipo de material. Isso mostra também a importância em se comprar produtos originais e de empresas de confiança.
* Opção verde: Produtos de empresas que oferecem programas de preservação ambiental podem custar mais caro que os demais, já que gastos com a iniciativa podem ser repassados para o consumidor, porém vale a pena escolher a "opção verde", que não chega a custar um preço absurdo.
* Mobilização: Passar informações sobre lixo eletrônico para amigos e conhecidos é importante. Muitos usuários de tecnologia não têm noção do tamanho do problema que o descarte irresponsável desses itens pode causar.
Recife
Felizmente em Recife as pessoas que preferirem dar um destino adequado a seus materiais eletrônicos têm diversas opções de lugares, desde supermercados a bancos.
A It Green, área de Porto Digital voltada para a promoção das tecnologias da informação para o desenvolvimento socioambiental, tem entre seus eixos de atuação o de Resíduos Tecnológicos e elaborou uma lista de pontos de recolhimento de produtos como pilhas e baterias, celular e equipamentos eletroeletrônicos em Recife.
A lista completa, que indica lugares em toda a cidade, do Centro à Imbiribeira, você confere aqui.
Caso more em outra cidade, o documento indica links das instituições onde você pode procurar pontos de coleta perto da sua residência.