Para empresários e políticos pernambucanos, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou, nesta segunda-feira (20), que não quer disputar o comando do Palácio do Planalto em 2018 para derrotar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), mas para “mudar o Brasil”.
"Sempre me perguntam se sou candidato para evitar a vitória do Lula ou do Bolsonaro. Não. Quero ser candidato para mudar o Brasil. Sei que não é fácil, mas temos que trabalhar juntos. Fazer reformas macro”, frisou, depois de apresentar suas principais propostas, durante a palestra ‘Gestão pública e desafios do Brasil contemporâneo’, organizada pelo Lide Pernambuco e a Fiepe.
##RECOMENDA##O tucano também criticou o modelo da legislação política no país, defendendo uma reforma política e defendeu o parlamentarismo. “O presidencialismo tem um problema que é a baixaria. Quem não se lembra da eleição americana entre Hilary e Trump? Qual campanha de mais baixo nível? Porque é um embate de personalidades. Diferente do parlamentarismo, um sistema superior, onde o embate é de partidos”, cravou. “O lado positivo é que quem ganha vai ter mais de 60 milhões de votos. Há legitimidade. Então o primeiro ano é essencial para fazer as reformas macro”, completou.
Analisando o cenário de descrença dos políticos brasileiros, Alckmin ponderou a necessidade de “falar a verdade para as pessoas”. “O sofrimento da população nestes últimos anos exige mais experiência e boas práticas. Vamos fazer juntos um grande projeto… Tem maus médicos e não é por isso que mataram a medicina, não é porque tem maus políticos que a política deve ser desvalorizada. Não é fácil ser político”, observou.