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O Projeto Agentes de Leitura, iniciativa da Fundação de Cultura da Cidade do Recife em parceria com o Ministério da Cultura, lançou novo edital nesta terça-feira (3). As inscrições começam no próximo dia 9 com o intuito de preencher 30 vagas divididas em duas categorias: 24 para Agentes de Leitura de Campo que vão atuar nos Pontos de Leitura, bibliotecas municipais e junto a famílias da comunidade; e as seis restantes são para Agentes de Leitura Articuladores, que irão contribuir com a gestão, articulação, acompanhamento sistemático e avaliação dos Agentes de Leitura, além da atuação junto às famílias.

O programa tem o intuito de democratizar o acesso ao livro e proporcionar a formação leitora de comunidades do Recife por meio de visitas domiciliares, empréstimos de livros, rodas de leitura e contação de histórias, entre outras atividades.

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Podem se inscrever jovens entre 18 e 29 anos de idade, que já concluíram o Ensino Médio, não podem possuir nenhum vínculo empregatício, devem ter disponibilidade de 25 horas semanais, e residir num dos bairros de atuação do projeto, conforme edital em anexo. Cada agente vai receber uma bolsa de complementação de renda no valor mensal de R$ 350,00 durante 11 meses.

Quem estiver interessado deve realizar a inscrição até 16 de agosto na Biblioteca Popular de Casa Amarela Jornalista Alcides Lopes (Rua Major Afonso Leal, s/n°, Casa Amarela. Telefone: 3355.3130), na Biblioteca Popular de Afogados (Rua Jacira, s/nº, Afogados. Telefones: 3355.3122 / 3355.3123) ou no prédio sede da Prefeitura do Recife (Cais do Apolo, s/nº, Bairro do Recife – 15º andar, Fundação de Cultura, sala dos Agentes de Leitura. Telefone: 3355-8101).

O candidato deve preencher e assinar formulário de inscrição e entregar junto com cópia de documento de identificação (carteira de identidade ou carteira de motorista); cópia do CPF, cópia do comprovante de endereço; cópia do Certificado de Conclusão do Ensino Médio; currículo resumido e comprovante de experiência e participação em atividades comunitárias, se for o caso; comprovante de registro do candidato ou de sua família no Cadastro Único do Governo Federal (Número de Indicador Social – NIS), caso tenha; e Termo de Cooperação Técnico-Financeira preenchido e assinado.

A seleção final vai ser divulgada no dia 15 de outubro de 2012. A formação dos selecionados será iniciada no dia 17 de outubro de 2012.

Na intenção de desenvolver o aprendizado da leitura e escrita para crianças, será realizado o 16° Encontro de Educação para o Nordeste – Edune. A ideia do evento é ajudar professores e educadores do ensino infantil e dos primeiros anos do ensino fundamental, mostrando as possibilidades de inserir jogos numa rotina alfabetizadora.

O evento ocorrerá do dia 3 a 5 de julho, na Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire), que fica localizada na avenida Conde da Boa Vista, no Recife. As inscrições podem ser feitas por meio da página virtual da faculdade, e no endereço podem ser encontrada mais informações sobre o evento.  

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A Biblioteca Popular de Afogados (BPA) lança nesta sexta-feira (25), o projeto-piloto “BPA na Rua”. A ação tem o objetivo de incentivar a leitura levando o acervo da BPA a diversos lugares de circulação pública como estações de metrô, escolas, mercados e praças.

A ação é executada pela Gerência de Biblioteca do Recife, às 8h, na Praça do Largo da Paz, no bairro de Afogados. Pessoas de qualquer faixa etária podem participar do projeto. Durante o lançamento haverá contação de histórias, brincadeiras, atividades lúdicas, apresentações musicais e teatrais, além de doação de 500 livros.

Serviço:

O que: Lançamento do Projeto BPA na Rua

Quando: sexta-feira, 25 de maio

Onde: Praça do Largo da Paz, em Afogados

Horário: 8h

Informações: 3355.3122

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A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) organizou uma série de eventos para comemorar os 20 anos de criação do Programa Nacional de Leitura (Proler). A programação teve início nesta segunda-feira (14), às 18h30, com a inauguração de uma exposição na Casa da Leitura (Rua Pereira da Silva, 86 - Laranjeiras, zona sul do Rio), sede do Proler, seguida de uma mesa redonda, com a participação do presidente da FBN, Galeno Amorim, e vários especialistas em leitura.

Nesta terça-feira (15) acontece a Terça Cultural, evento tradicional da Casa de Leitura, homenageia o cartunista Ziraldo, criador de diversas logomarcas usadas pelo Proler ao longo desses 20 anos. Será exibido, às 18h30, o documentário Ziraldo: o Eterno Menino Maluquinho, seguido de um debate com o público. Antes, às 14h, as crianças que frequentam o espaço vão assistir ao programa ABZ do Ziraldo e participar de atividades de leitura.

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Várias outras atividades serão realizadas até o sábado (19), entre elas concertos com os violoncelistas do Duo Santoro, na quarta-feira (16), e com a flautista Andrea Ernest Dias, na sexta (18), sempre às 18h30. Na quinta-feira (17), haverá um musical infantil com o músico e poeta Zé Zuca, às 14h, e uma palestra com o ilustrador Rui de Oliveira, às 18h30, sobre Leitura de Imagem Narrativa nos Livros para Crianças e Jovens.

Criado por decreto presidencial em 1992, o Proler, iniciativa vinculada à Fundação Biblioteca Nacional, possui hoje mais de 70 comitês espalhados por cerca de 500 municípios em todo o país. “O Proler é um dos grandes alicerces da leitura no país”, afirma o presidente da FBN, Galeno Amorim. Segundo ele, a capacitação de agentes de leitura, a criação de mais dez comitês e a formação de novos 2.800 mediadores são as metas do programa para 2012.

Como parte da programação do projeto “Cultura: bom para pensar”, da Secretaria de Cultura (Secult-PE), o Teatro Arraial sedia nesta segunda (23) e terça (24) o “I Seminário do Livro, Leitura e Literatura”. O evento tem como principal objetivo discutir temas relativos à cadeia produtiva do livro, espaços disponíveis na mídia para a literatura, financiamento e sustentabilidade, além de promover um debate sobre o conceito de bibliotecas.

Serão três mesas em dois dias de evento. O primeiro debate acontece nesta segunda a partir das 14h, com o tema “Literatura, mídia e (in)visibilidade”, e contará com Rogério Pereira, editor do Jornal Rascunho (PR), Eduardo César Maria, editor do programa de rádio Café Colombo e Schneider Carpeggiani, jornalista e editor do Suplemento Pernambuco. A mediação ficará por conta de Cristiano Ramos, professor de jornalismo e editor do blog NotaPE.

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A terça-feira irá concentrar duas mesas. São elas: “Redes de leitura e sustentabilidade” e “Ressignificação do espaço das bibliotecas”, respectivamente às 9 e às 14h. A primeira visa discutir a sustentabilidade econômica e as ações voltadas para a mediação e formação de leitores. A segunda pretende trabalhar o conceito de ressignificação dos espaços das bibliotecas.

Confira a programação completa do evento:



Segunda-feira, 23/04

Mesa 1: Literatura, mídia e (in)visibilidade - Das 14 às 17h



Nesta mesa, jornalistas e críticos literários discutem os espaços disponíveis hoje na mídia para o livro e a literatura, problematizando a pertinência de uma qualificação ou ampliação dos espaços impressos, digitais, radiofônicos ou televisivos que se dediquem ao universo das letras e fortaleçam o livro enquanto objeto simbólico. Destaca-se nessa mesa também a discussão sobre espaços de legitimação da obra literária na mídia e os desafios dos autores em dar visibilidade para sua obra.

Participantes:



Rogério Pereira (Editor do Jornal Rascunho / PR)



Eduardo Cesar Maia (Editor do Café Colombo / PE)



Schneider Carpeggiani (Editor do Suplemento Pernambuco/ PE) –



Mediação: Cristiano Ramos (Professor de jornalismo e editor do blog NotaPE)

Terça-feira, 24/04

Mesa 2: Redes de leitura e sustentabilidade - Das 9 às 12h



Nesta mesa o foco da discussão são os meios de se criar redes de leitura dotadas de autonomia, numa perspectiva de sustentabilidade econômica. Serão apresentadas linhas de financiamento para ações voltadas à mediação de leitura e à formação de leitores no âmbito governamental e da iniciativa privada, bem como serão discutidas questões referentes à auto-gestão de bibliotecas comunitárias, trabalho colaborativo e propostas de políticas públicas para fortalecer o setor.

Participantes:



Roberto Azoubel (Assessor Técnico do Setor do Livro, Leitura e Literatura, Representação Regional do Ministério da Cultura)



Representante de Instituto Social da Iniciativa Privada



Emanuel Soares (Diretor do FUNCULTURA, Secretaria de Cultura)



Mediação: Gabriel Santana (Coordenador da Releitura – Bibliotecas Comunitárias em Rede)

Mesa 3: Ressignificação do espaço das bibliotecas - Das 14 às 17h



Discutir o papel que têm hoje as bibliotecas na sociedade brasileira e sua inter-relação com a cadeia criativa e o espaço escolar é o objetivo principal desta mesa. O debate apresentará diversos pontos de vista sobre o trabalho de mediação de leitura nas bibliotecas, desde propostas de intervenção nesses espaços, estudos realizados no âmbito acadêmico até relatos de experiências concretas com bibliotecas públicas.

Participantes:



Ester Calland de Sousa Rosa (Prof. Adjunta do Centro de Educação, Universidade Federal de Pernambuco)



Ana María Escurra (Coordenadora da ONG Bagulhadores do Mió e do Projeto Escola Leitora)



Shirley Cristina Lacerda Malta (Gerente de Políticas Educacionais da Educação Infantil e Ensino Fundamental,, Secretaria de Educação de Pernambuco)



Mediação: Cida Fernandez (Centro de Cultura Luiz Freire)

O brasileiro lê em média quatro livros por ano e apenas metade da população pode ser considerada leitora. É o que aponta a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Instituto Pró-Livro. O estudo realizado entre junho e julho de 2011 entrevistou mais de 5 mil pessoas em 315 municípios.

Em 2008, o instituto divulgou pesquisa semelhante que apontava a leitura média de 4,7 livros por ano. Entretanto, a entidade não considera que houve uma queda no índice de leitura dos brasileiros, já que a metodologia da pesquisa sofreu pequenas alterações para torná-la mais precisa.

De acordo com o levantamento, o Brasil tem hoje 50% de leitores ou 88,2 milhões de pessoas. Encaixam-se nessa categoria aqueles que leram pelo menos um livro nos últimos três meses, inteiro ou em partes. Entre as mulheres, 53% são leitoras, índice maior do que o verificado entre os entrevistados do sexo masculino (43%).

Ao perguntar para os entrevistados quantos livros foram lidos nos últimos três meses, período considerado pelo estudo como de mais fácil para lembrança, a média de exemplares foi 1,85. Desse total, 1,05 exemplar foi escolhido por iniciativa própria e 0,81 indicados pela escola.

Entre os estudantes, a média de livros lidos passa para 3,41 exemplares nos últimos três meses. Os alunos leem 1,2 livro por iniciativa própria, divididos entre literatura (0,47), Bíblia (0,15), livros religiosos (0,11) e outros gêneros (0,47).

De acordo com o estudo, a Bíblia aparece em primeiro lugar entre os gêneros preferidos, seguido de livros didáticos, romances, livros religiosos, contos, literatura infantil, entre outros.

Tempo Livre - O índice de brasileiros que prefere ler no seu tempo livre caiu de 36% entre 2007 para 28% em 2011. Assistir televisão continua sendo a atividade preferida e foi escolhida por 85% dos entrevistados. Em seguida aparecem escutar música ou rádio (52%), descansar (51%) e reunir-se com amigos e a família (44%). Cada entrevistado escolheu até cinco opções.

A leitura – incluindo jornais, livros, revistas e textos na internet – aparece em sétimo lugar na lista das atividades que o brasileiro mais gosta de fazer no seu tempo livre. Enquanto o percentual de entrevistados que declara gostar de ler cai, o grupo dos que aproveitam o tempo ocioso para acessar a internet subiu de 18% para 24% entre 2007 e 2011. A pesquisa também identificou um novo comportamento que não estava no estudo anterior: acessar as redes sociais, indicado como atividade frequente por 18% dos entrevistados.

Setenta e cinco por centro dos entrevistados dizem que leem por prazer e 25% por obrigação. Entre os entrevistados, 49% disseram ler mais hoje do que no passado, 28% acreditaram ler menos e 20% avaliaram que leem na mesma quantidade. A principal razão apontada por aqueles que diminuíram o volume da leitura foi o desinteresse (78%), o que inclui a falta de tempo, a preferência por outras atividades e a “falta de paciência para ler”. Apenas 4% apontaram a dificuldade de acesso aos livros como motivo para ler menos, o que inclui o preço do livro, a falta de bibliotecas perto de casa ou de livrarias.

Entre os participantes, 64% concordaram totalmente com a afirmação “ler bastante pode fazer uma pessoa vencer na vida e melhorar sua situação econômica”. Ao mesmo tempo, a maior parte diz que não conhece ninguém que tenha progredido na vida por ler muito.

O estudo também perguntou ao entrevistado qual era o significado da leitura para ele. Para 64%, a leitura é uma “fonte de conhecimento para a vida”. Entre as principais respostas obtidas estão ainda “fonte de conhecimento para atualização profissional” (41%) e “fonte de conhecimento para a escola” (35%). Apenas 6% consideram a leitura uma atividade cansativa e 5% acham que é entediante.

Bibliotecas - A pesquisa aponta ainda que 75% dos brasileiros nunca frequentaram uma biblioteca. A quantidade de pessoas que não buscam as bibliotecas é a mesma de 2007. No entanto, o uso frequente desse espaço caiu de 10% para 7% entre 2007 e 2011.

A maioria dos entrevistados (71%) sabe da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e diz que o acesso a ela é fácil. Os estudantes são os que mais usam esse tipo de equipamento, 64% dos entrevistados disseram que procuram mais pelas bibliotecas escolares. De acordo com a pesquisa, 50% dos frequentadores pertencem à classe C.

A média de livros lidos nos últimos três meses por quem vai às bibliotecas é 3,84 livros. A maioria dos usuários é da Região Sudeste (43%). A Região Nordeste tem 24% de frequentadores assíduos, as regiões Norte e Centro-Oeste, 18% cada, e a Região Sul, 14%.

Além de não ir à biblioteca, a maioria dos brasileiros (33%) disse que não tem nada que o motive a frequentar o espaço de estudo (33%). Para 20% dos entrevistados, no entanto, a existência de livros novos é considerada um atrativo, 17% declararam que frequentariam mais as bibliotecas se elas ficassem perto de onde moram e 13% se elas tivessem livros mais interessantes.

O brasileiro lê em média quatro livros por ano e apenas metade da população pode ser considerada leitora. É o que aponta a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Pró-Livro. O estudo realizado entre junho e julho de 2011 entrevistou mais de 5 mil pessoas em 315 municípios.

Em 2008, o instituto divulgou pesquisa semelhante que apontava a leitura média de 4,7 livros por ano. Entretanto, a entidade não considera que houve uma queda no índice de leitura dos brasileiros, já que a metodologia da pesquisa sofreu pequenas alterações para torná-la mais precisa.

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De acordo com o levantamento, o Brasil tem hoje 50% de leitores ou 88,2 milhões de pessoas. Se encaixam nessa categoria aqueles que leram pelo menos um livro nos últimos três meses, inteiro ou em partes. Entre as mulheres, 53% são leitoras, índice maior do que o verificado entre os entrevistados do sexo masculino (43%).

Ao perguntar para os entrevistados quantos livros foram lidos nos últimos três meses, período considerado pelo estudo como de mais fácil para lembrança, a média de exemplares foi 1,85. Desse total, 1,05 exemplar foi escolhido por iniciativa própria e 0,81 indicados pela escola.

Entre os estudantes, a média de livros lidos passa para 3,41 exemplares nos últimos três meses. Os alunos leem 1,2 livro por iniciativa própria, divididos entre literatura (0,47), Bíblia (0,15), livros religiosos (0,11) e outros gêneros (0,47).

De acordo com o estudo, a Bíblia aparece em primeiro lugar entre os gêneros preferidos, seguido de livros didáticos, romances, livros religiosos, contos, literatura infantil, entre outros.

Na próxima quinta-feira (29), a Comissão de Educação realizará uma audiência pública cuja intenção é debater os resultados da terceira edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, que foi realizada pelo Instituto Pró-Livro. Além disso, outro objetivo é avaliar o comportamento do leitor brasileiro. A deputada Fátima Bezerra (PT-RN) e o deputado Arthur Bruno (PT-CE) propuseram o debate e o encontro será em Brasília.

O resultado será apresentado nesta quarta-feira (28), durante as atividades do 2º Seminário Retratos da Leitura no Brasil, que também ocorrerá em Brasília. De acordo com a Agência Câmara de Notícias, mais de cinco mil brasileiros serão visitados. A ideia é verificar e medir o comportamento dos leitores e conseguir opiniões com os entrevistados sobre leitura. Para a ação, foi utilizada uma pesquisa quantitativa de opinião, à base da aplicação de questionário estruturado através de entrevistas presenciais.

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O estudo foi realizado pelo Instituto Pró-Livro, com apoio da Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares (Abrelivros), da Câmara Brasileira de Livros (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL).


Em comemoração ao Dia Nacional do Livro, a estudante – viciada em leitura – Ana Carolina Cruz, 12 anos, após conversar com pessoas de todas as idades, chegou à seguinte conclusão: “Todos acham que o livro é imprescindível e insubstituível. Uns porque os livros são fundamentais; outros, porque são de fácil acesso. Descobri, também, que o romance é o gênero favorito, devido à suas características envolventes. Quando se lê um romance dá para ficar tão envolvido com a obra que de repente você está dentro dela conversando com os personagens. Enfim, o livro não vai se acabar mesmo com o avanço da tecnologia. Eles são vida”.

De acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, o número de livros vendidos no Brasil cresceu 13% em 2010. Áreas como literatura adulta e juvenil, técnica e de didáticos subiram em relação a 2009, chegando a 22%. Já as edições religiosas tiveram 40% de aumento na procura, devido ao preço mais baixo entre os subsetores considerados pelo levantamento. Em média os exemplares saem das editoras por R$ 6,70.

A explicação para tal índice encontra-se em exemplos como o enorme sucesso de Ágape, do Padre Marcelo Rossi, que traz sua reinterpretação de passagens do Evangelho de São João, e ficou em primeiro lugar entre as obras ditas como best-seller do País, com mais de 5 milhões de exemplares. Deve-se também às publicações relacionadas ao espiritismo, que, devido ao centenário do médium Chico Xavier e aos filmes e programas de televisão sobre ele, tiveram um boom nas vendas no ano passado.

“A praticidade do livro está em poder transportar para vários lugares, além de ajudar na formação acadêmica e moral. Não acredito que os livros digitais irão substituir os físicos, porque não tem nada melhor do que segurar o livro, sentir o cheiro dele e ter uma prateleira repleta de referências”, conta Tatalina Oliveira, especialista em antropologia social e cultural.

Entre os livros mais lidos estão todos da saga “As Crônicas de Gelo e Fogo”, de George RR Martin; “Steve Jobs”, de Walter Isaacson; e “Nietzsche para Estressados”, de Allan Percy.

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A Biblioteca Popular de Casa Amarela realiza nesta quarta-feira (26), a segunda edição do projeto Pegue & Leve. Não é necessário fazer inscrição, é só chegar escolher uma publicação disponível e sair lendo. A iniciativa termina no final da tarde, por volta das 17h.

O projeto tem como proposta incentivar a leitura e atrair o público da comunidade mais próxima. Agora conhecida como Biblioteca Jornalista Alcides Lopes, da Fundação de Cultura Cidade do Recife, oferece cultura e lazer, além de ser um espaço de leitura e informação para moradores de Casa Amarela.

Serviço:
Biblioteca Popular de Casa Amarela- Jornalista Alcides Lopes
Rua Major Afonso Leal, s/n, em Casa Amarela.
Informações: (81) 3232.4411

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Uma mudança de comportamento da população brasileira está acontecendo. Isso é o que aponta uma pesquisa divulgada este mês pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Segundo os órgãos, no ano passado, comparado com o ano de 2009, o segmento de vendas de livros teve um crescimento de 13% no número de exemplares. 

No Recife, o reflexo do aumento das vendas é sentido no bolso e no intelecto dos consumidores compulsivos pelo conhecimento. Em algumas das principais livrarias da cidade, o movimento dos apaixonados pela leitura dão a tônica de que o segmento está em expansão. Mas, mais do que um bom faturamento, a pesquisa faz acreditar que a sociedade brasileira está lendo mais, ou seja, se enriquecendo de conhecimentos.

É movido pela busca que o professor de teologia Wallson Sales, 38, ao ser questionado, numa tarde de compras, em uma livraria do Recife, se definia como um apaixonado pela leitura e pertencente ao público que fizeram com que o percentual de vendas superasse no ano passado. Acompanhado de seu filho, o pequeno Daniel Policarpo, de 4 anos, Wallson revela que chega a gastar, todo mês, 10% de seu salário com compras de livro. “Sempre estou comprando livros. Na semana passada cheguei a comprar uns dez. Além de comprar para mim, sempre que venho à livraria compro algum livro para o meu filho. Tenho que estimulá-lo desde cedo para a leitura”, diz Wallson, que lê em média de três a quatro livros por mês.

Assim como o professor, o microempresário e estudante de direito Antônio Sostenes, 34, também é um leitor ávido, principalmente, por livros técnicas. Para ele, o fruto desse boom deve estar na mudança de mentalidade da sociedade. “Acho que o brasileiro está criando o hábito de leitura, pois o mercado de trabalho está exigindo que a população se qualifique. Em virtude dessa exigência, as pessoas estão buscando mais conhecimentos, fazendo com que as vendas cresçam”, destacou Antônio que, em média, compra e lê de dois a três livros ao mês.

Segundo o gerente de loja da Livraria Saraiva do Recife, Bruno Leonardo, em meio a essa crescente das vendas, há uma diversificação de livros mais procurados. “Os livros mais procurados são religiosos, infantis e literatura técnica”, disse.   O mesmo pensando de Bruno também é compartilhado pelo analista comercial da Livraria Cultura, Cássio Tertuliano. Para ele, a justificativa desse aumento de vendas está ligado a três fatores. “Barateamento dos livros, os investimentos da indústria editorial na literatura infantil e a necessidade de se adquirir mais conhecimentos”, pontuou.

Na Universidade Federal do Maranhão (UFMA), 23,24% dos estudantes não leem um livro sequer durante o ano. De uma forma geral, a maioria dos universitários brasileiros não vai muito além disso: lê, em média, de uma a quatro obras por ano. É o que revela levantamento exclusivo feito pelo Estado a partir de dados divulgados pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Numa realidade diametralmente oposta, os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) são ávidos por leitura: 22,98% deles leem geralmente mais de dez livros por ano. No Maranhão, um dos Estados mais pobres do País, esse índice é de apenas 5,57%.

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No início do mês, a Andifes divulgou pesquisa feita com 19.691 estudantes de graduação de universidades federais de todo o País, apresentando números consolidados do panorama nacional. A partir do cruzamento de dados, foi possível mapear e distinguir os cenários regionais no tocante a hábitos de leitura, frequência a bibliotecas, domínio de língua inglesa e uso de tabaco, álcool, remédios e drogas não lícitas.

A UFMA, que lidera o ranking dos universitários que não leem nada, ficou em quarto lugar entre os menos assíduos à biblioteca da universidade - 28,5% dos graduandos não a frequentam. O primeiro lugar nesse quesito ficou com a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio): metade de seus alunos esnoba o espaço. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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