Mais um protesto aconteceu durante reunião ordinária da Câmara Municipal de Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Desta vez os donos de lavanderias do município reclamando sobre um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), assinado com o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que modifica o espaço das empresas. Os participantes levaram faixas pedindo ajuda dos vereadores e reclamando do MPPE. O protesto foi pacífico e durou pouco tempo.
De acordo com o TAC, os empresários poderão optar entre a permanência da empresa no local onde funciona atualmente, respeitando critérios estabelecidos pelo MPPE; ir para uma área do Distrito Industrial; funcionar na Zona Rural, em um local que não possua residências nas proximidades ou fechar os estabelecimentos.
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Para que as lavanderias mudem para o Distrito Industrial, a Prefeitura informou que doará terrenos, com isenção de impostos durante dez anos. No entanto, os empresários reclamam das condições do local, afirmam que o terreno é pedregoso o que encarece a construção e lutam para que a Prefeitura financie a construção. Uma das propostas é que o terreno que será doado para a instalação das unidades seja usado como garantia em empréstimos bancários.
Em nota, a Prefeitura informou que não é agente financiador e que não pode aceitar as reclamações dos empresários. “A Secretaria de Desenvolvimento Econômico informa que o governo municipal não é órgão financiador e que o município contabiliza um investimento de 100 milhões de reais no polo industrial para a construção do distrito têxtil, onde serão instaladas as lavanderias. O terreno tem uma área de 37ha com 50 lotes”, diz o texto, lembrando que as empresas ficarão isentas de dez anos de IPTU (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana).
Os vereadores solicitaram uma reunião com representante do Ministério Público e da Associação das Lavanderias de Caruaru (ALC), para discutir as opções e o tempo disponível para efetuar as mudanças.