Tópicos | Lakhdar Brahimi

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O emissário especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria permanecerá em Damasco para dar continuidade aos debates para resolução dos conflitos no país, que já deixaram mais de 44 mil mortos. A sua estadia vai de encontro aos ideais dos principais grupos de oposição, que acreditam que a única solução para o conflito é a renúncia de Bashar al-Assad, atual presidente da Síria.

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O mediador internacional Lakhdar Brahimi reuniu-se com o ministro do Exterior sírio, Walid al-Moualem, em Damasco, neste sábado, pressionando por um cessar-fogo entre as forças do presidente Bashar al-Assad e os rebeldes.

Brahimi, enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a crise síria, tem cruzado a região com o objetivo de convencer os envolvidos a apoiarem a ideia durante o feriado islâmico que começa na quinta-feira. "Conclamamos o governo sírio a interromper todas as operações militares e pedimos o mesmo para as forças da oposição", disse a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Victoria Nuland.

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O cessar-fogo anterior foi interrompido em poucos dias, com os dois lados atribuindo a culpa a outro. O mediador na ocasião, Kofi Annan, renunciou ao posto meses depois. As informações são da Associated Press.

O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi, visitou nesta terça-feira campos de refugiados na Jordânia e na Turquia, mas foi recebido com hostilidade pelos refugiados na Jordânia, onde cerca de 200 pessoas no campo de Zataari reclamaram contra a visita que ele fez ao presidente sírio Bashar Assad no final da semana passada. Alguns jovens apedrejaram carros do comboio de Brahimi. "Deixe nosso campo. Ao ver Bashar Assad, você prolongou a vida dele", gritaram os manifestantes. Brahimi também visitou refugiados sírios na província turca de Hatay, onde também foi recebido com protestos, embora fora do campo.

Também nesta terça-feira, ocorreram confrontos entre tropas do governo e insurgentes sírios em Tall al-Abyad, posto na fronteira da Síria com a Turquia, reportou a agência de notícias turca Anatólia. Na cidade turca de Akcakale, a Prefeitura pediu aos cidadãos que ficassem longe dos terrenos perto da fronteira.

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Sem sinais de arrefecimento na crise, ativistas estimam que mais de 23 mil pessoas foram mortas na Síria desde que a revolta contra Assad estourou em março de 2011. A Organização das Nações Unidas (ONU) disse que o número de refugiados superou 250 mil no Líbano, Turquia, Jordânia e Iraque. Apenas na Turquia estão 83 mil refugiados, abrigados em 12 campos ao longo da fronteira com a Síria.

Brahimi disse que os refugiados aparentemente são bem tratados na Turquia e que ele espera um fim próximo à violência na Síria. "Nós esperamos que a Síria encontre logo a paz e eles possam regressar para o país deles o mais cedo possível".

O Ministério das Relações Exteriores da Turquia rechaçou hoje as acusações da Síria de que Ancara permite que extremistas islâmicos cruzem a fronteira. A Síria acusa o governo turco de permitir que milhares de extremistas islâmicos cruzem a fronteira e entrem no país para combater as tropas de Assad.

"Ao invés de fazer reclamações e acusações falsas contra vários países, como o nosso, a Síria deveria olhar para o que acontece dentro do seu território e tomar as medidas necessárias para corrigir os erros", disse Selçuk Unal, porta-voz da chancelaria turca.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O novo enviado internacional para a Síria, Lakhdar Brahimi chegou nesta quinta-feira a Damasco para a primeira visita ao país devastado pela guerra civil. Brahimi, um ex-enviado da Liga Árabe, deverá ter uma reunião com o presidente sírio Bashar Assad na sexta-feira. Enquanto Brahimi chegava a Damasco, a Força Aérea da Síria bombardeava bairros controlados por insurgentes em Alepo, maior cidade do país, e na região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo. Pelo menos 14 pessoas foram mortas nesses ataques aéreos, disse o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, grupo opositor sediado em Londres.

Brahimi também deverá se encontrar com líderes da oposição síria autorizada pelo governo. Brahimi disse, quando foi designado para o cargo, que a missão era "quase impossível". A visita de Brahimi durará três dias.

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"Nós viemos para a Síria para discutirmos a situação com nossos irmãos. Existe uma crise e acreditamos que ela está ficando pior", disse Brahimi no aeroporto de Damasco. Brahimi substitui Kofi Annan, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que deixou frustrado a mediação da crise síria em agosto. O conflito civil sírio, que começou em março de 2011, já deixou mais de 23 mil mortos, segundo ativistas. A guerra também deixou mais de 250 mil refugiados, segundo a ONU.

"Estamos confiantes que Brahimi entende os acontecimentos e a maneira de resolver os problemas, apesar de todas as complicações", disse Faisal Mekdad, vice-chanceler da Síria. "Estamos otimistas e desejamos boa sorte a Brahimi".

Enquanto soldados de Assad e os insurgentes combatiam perto de Damasco e em Alepo, caças do governo bombardearam a região montanhosa de Karam al-Jabal, na província de Alepo, matando quatro civis, disse o Observatório Sírio. Segundo o grupo opositor, em Damasco ocorreram combates no bairro de Qaboun.

Em Alepo, rebeldes e tropas do governo lutavam nos bairros de Tariq al-Bab e Midan, este último considerado estratégico porque dá acesso ao centro da cidade. Em Tariq al-Bab, segundo o Observatório Sírio, um helicóptero do governo com metralhadores matou 11 pessoas. Não se sabe se as vítimas eram combatentes rebeldes ou civis. Na zona sul de Alepo, opositores sírios reportaram que caças do governo lançaram um bombardeio contra o bairro de Bustan al-Qasr.

Também nesta quinta-feira, o ministro da Defesa da França Jean-Yves Le Drian disse em Beirute que o governo francês não enviará armas à oposição síria.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

A chefe de política externa da União Europeia (UE), Catherine Ashton, disse neste sábado que mais sanções contra a Síria e o Irã estão sendo avaliadas. Ela afirmou que a prioridade para UE é oferecer total apoio ao novo enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe à Síria, Lakhdar Brahimi. Ela deve começar a mediar os esforços para acabar com a violência entre o regime do presidente Bashar al-Assad e os grupos de oposição que buscam derrubar seu governo.

Falando a repórteres no fim de uma reunião de ministros de Relações Exteriores da UE em Chipre, Catherine pediu que os grupos de oposição formem uma frente unida contra o regime de Assad, a fim de fazer com todos os sírios se sintam seguros quanto ao futuro.

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Quanto ao Irã, ela acrescentou que "fará tudo o que puder" para garantir que o Irã cumpra com as suas obrigações com relação ao seu programa nuclear. As informações são da Dow Jones.

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