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 O ministro dos Esportes da Austrália, Richard Colbeck, avisou o norte-americano Kelly Slater que ele não poderá entrar no país para disputar o Mundial de Surfe caso não tiver se vacinado contra a Covid-19.

A edição de 2022 da competição terá duas etapas em solo australiano, que serão disputadas em Bells Beach, entre os dias 10 e 20 de abril, e em Margaret River, entre 24 de abril e 4 de maio. O torneio está previsto para começar em 29 de janeiro em Pipeline, no Havaí.

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"Não existe nenhuma chance dele entrar, acredito que o Slater sabe as regras. Não importa se você é um surfista, tenista, turista ou qualquer outra pessoa, essas são as regras e elas se aplicam a todos", segundo o político em uma entrevista ao site "The Age".

O recado do ministro australiano ao surfista norte-americano acontece pouco tempo depois do caso envolvendo o tenista Novak Djokovic, que foi deportado do país por não justificar a ausência de vacinação contra o novo coronavírus.

Assim como Djokovic, Slater nunca escondeu sua postura "antivax" e até defendeu o atleta sérvio durante a polêmica do Aberto da Austrália. Na ocasião, o surfista discutiu com diversas pessoas nas redes sociais.

Da Ansa

Kelly Slater, de 48 anos, está planejando construir a maior onda artificial do mundo no deserto de La Quinta, na Califórnia. O surfista norte-americano 11 vezes campeão mundial se uniu à empresa de investimentos e desenvolvimento imobiliário Meriwether Companies e à Big Sky Wave Developments para lançar o projeto.

A construção está prevista para começar no início de 2021, com abertura em 2022. O projeto ainda depende de aprovação e deverá ocupar um terreno onde estavam previstas 750 casas e um campo de golfe. A nova proposta de fazer no local uma piscina de ondas mantém a densidade original, mas exigirá menos água do que o campo de golfe aprovado anteriormente.

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"Optamos por fazer esse projeto porque nos permite desenvolver ainda mais nossa tecnologia", disse Slater em comunicado. "Isso pode se tornar modelo para novos desenvolvimentos em torno de ondas e parques de surfe daqui para frente e está alinhado com algumas das minhas ideias quando começamos este projeto. Mal posso esperar para começar".

Slater é o criador do Surf Ranch, na cidade de Lemoore, também na Califórnia, onde construiu uma piscina de ondas. O local recebe uma etapa do Circuito Mundial de Surfe e virou referência no esporte. O grande trunfo é poder realizar competições com data e horário marcados, ou seja, sem depender da natureza para ser realizado. Isso facilita a transmissão televisiva e permitiu a venda de ingressos.

A nova piscina de ondas de Slater ficará em uma comunidade planejada no Coachella Valley e incluirá resort, casas residenciais e um clube particular com espaço para esportes de aventura. O complexo custará US$ 200 milhões (R$ 877 milhões). O hotel terá 150 quartos e as casas custarão na faixa de US$ 1 milhão (R$ 4,3 milhões) a US$ 5 milhões (R$ 21,9 milhões).

A ponto central do complexo será a bacia de ondas com 18 milhões de galões de água (68 milhões de litros) e espaço para 25 surfistas, sendo cinco na onda principal e dez em cada uma das ondas menores das extremidades. A ideia de Slater é que o espaço tenha ondas para todos os níveis de habilidade e preferência e possa receber tanto competições profissionais como crianças.

Após conquistar mais uma etapa do Circuito Mundial de Surfe o brasileiro Gabriel Medina publicou em suas redes sociais neste domingo (22) uma mensagem de agradecimento: “Sem palavras, só agradecer”.

Medina venceu pela segunda vez consecutiva a etapa disputada no Surf Ranch, a piscina de ondas idealizada pelo surfista norte-americano Kelly Slater, que fica na cidade de Lemoore, na Califórnia.

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Na final Medina encarou outros sete surfistas, entre eles outros dois brasileiros: Filipe Toledo, que terminou em segundo, e Yago Dora, que ficou em sexto.

Liderança no circuito mundial

Com a vitória na etapa de piscina de ondas Medina assumiu a liderança no Circuito Mundial, à frente de Filipe Toledo, o segundo, e Jordy Smith (África do Sul), o terceiro. Antes deste triunfo Medina já havia vencido a etapa de Jeffreys Bay, na África do Sul, e foi vice em Teahupoʻo, no Tahiti.

Disputa feminina

Já entre as mulheres a vitória ficou com a norte-americana Lakey Peterson. As brasileiras Tatiana Weston-Webb e Silvana Lima terminaram, respectivamente, na quinta e nona posição.

 

Kelly Slater anunciou nesta segunda-feira que se aposentará do Circuito Mundial de Surfe no final da próxima temporada, em 2019. O surfista 11 vezes campeão do mundo, de 46 anos, tornou pública a decisão de maneira inusitada.

A declaração foi feita durante uma entrevista à organização da etapa de Jeffreys Bay para comentar o anúncio da aposentadoria do australiano Joel Parkinson, de 37 anos. Horas antes do primeiro dia de disputas da etapa da África do Sul nesta segunda-feira, Parkinson, campeão do mundo em 2012, postou no Instagram que irá deixar as competições ao término do ano.

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"Acho que ele começou a surfar em 1999. Nessa época eu já estava pensando na minha aposentadoria", brincou o maior surfista de todos os tempos. "Acho que vou fazer um anúncio também. Meu plano básico é me manter bem fisicamente, ficar pronto para abril do ano que vem (que é quando começa a temporada). E no próximo ano fazer minha última participação no Tour", revelou.

Slater voltou à competição nesta segunda-feira na África do Sul depois de um longo período afastado das competições por conta de uma lesão no pé direito, ocorrida em julho do ano passado. Curiosamente, a contusão aconteceu quando se preparava para a etapa de Jeffreys Bay. O surfista teve que passar por cirurgia, tentou retornar ao Tour no início do ano, mas voltou a sentir o problema.

Na volta às disputas, Slater ficou em terceiro na bateria da primeira fase que teve como classificado o japonês Kanoa Igarashi. O brasileiro Italo Ferreira terminou em segundo. O norte-americano agora enfrentará na repescagem o sul-africano Jordy Smith.

Slater é o principal vencedor do Circuito Mundial de Surfe. Ele se sagrou campeão nos anos de 1992, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 2005, 2006, 2008, 2010, 2011. Em 2019, ele buscará a 12ª conquista.

Os organizadores dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, acompanharam o evento-teste na piscina de ondas de Kelly Slater, na semana passada, e ficaram encantados com o que viram. "Ficamos impressionados", disse o Comitê Organizador. Apesar disso, no momento não existe o interesse de mudar o planejamento para a estreia do surfe no programa olímpico.

Os japoneses pretendem levar a competição para Chiba, no litoral do país, onde costuma ter boas ondas. Mas é aí que reside um empecilho grande: e se no dia marcado o mar estiver calmo? Para o brasileiro Gabriel Medina, que surfou as ondas na piscina de Kelly Slater e, inclusive, ganhou o evento com atletas profissionais, o debate ainda vai ser grande até uma definição nos Jogos Olímpicos.

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"Os japoneses estavam lá vendo como a onda funciona. Eles deixaram claro que querem usar o mar, mas numa Olimpíada precisa ter dia e hora marcada para a competição, então tem de ter onda naquele horário, não é igual ao Circuito Mundial que a gente tem uma janela de 12 dias e escolhe os três melhores para fazer a etapa. É um pouco mais complicado, então acredito que possa ter uma piscina lá", comentou.

O brasileiro brilhou nas novas ondas de Kelly Slater, na Califórnia, superando adversários como Mick Fanning, John John Florence, Filipe Toledo e Adriano de Souza, entre outros. "Eu achei a onda demais, muito parecida com a onda do mar. No começo estava um pouco perdido, mas com treino dá para ficar bom naquele tipo de onda", explicou o atleta.

Kelly Slater passou mais de 10 anos fazendo experiências e testando a tecnologia para simular condições bem parecidas com as do mar. E no primeiro grande teste, os surfistas foram unânimes em elogiar as condições oferecidas. Já existe, inclusive, a possibilidade de usar a mesma tecnologia para replicar a experiência em outros países, inclusive no Japão, Brasil e França, que receberá os Jogos de 2024.

Para o Comitê Organizador Tóquio-2020, a ideia é fazer a competição na praia. "Foi muito impressionante ver e experimentar que a tecnologia pode fazer com que as pessoas gostem de surfar, mesmo que não haja mar. No entanto, não temos um plano para usar esta tecnologia nos Jogos Olímpicos. Planejamos organizar a competição de surfe nas ondas oceânicas naturais. Tóquio-2020 quer aproveitar a vantagem geográfica do Japão, que é cercado pelo mar. Continuamos trabalhando para tornar o evento de surfe olímpico um sucesso".

Existem argumentos contra e a favor de realizar a competição de surfe no mar. Em boas condições, é o local ideal para testar os atletas e colocá-los à prova. Também ajuda a mostrar parte do litoral do Japão para o mundo. Mas por depender da natureza, a competição corre o risco de ser um fiasco caso não tenha ondas no dia programado.

Na piscina, o formato de competição permite condições iguais de disputa para quem surfa com o pé direito ou esquerdo na frente. E também pode ser feito em arena fechada, com venda de ingressos. O debate tem tudo para continuar.

Os 18 atletas da elite do surfe mundial que estarão nesta terça-feira pela primeira vez em uma espécie de competição no Surf Ranch, o local onde Kelly Slater construiu a sua tecnológica piscina de ondas em segredo e mantém os detalhes de funcionamento guardados a sete chaves, estão garantindo o sigilo da operação da WSL (Liga Mundial de Surfe, na sigla em inglês).

Gabriel Medina, Adriano de Souza, o Mineirinho, Filipe Toledo e Silvana Lima são os brasileiros que vão experimentar as ondas em um torneio de exibição que terá juízes, pontuação, sistema de broadcast mas sem transmissão e avaliação dos dirigentes mundiais do surfe e de observadores da Comissão Organizadora dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020.

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Todos receberam recomendações de evitar falar sobre o evento, que vinha sendo tratado com sigilo pela WSL. A intenção era fazer um teste nas "novas ondas" de Kelly Slater, evitando qualquer repercussão, sem a presença de imprensa, convidados ou fãs. "Era para ser bem pequeno, mas por causa da repercussão cresceu um pouco", informou uma fonte da WSL.

A maior novidade é o tipo de onda que Kelly Slater conseguiu construir. Se em um primeiro momento a atração trazia apenas um tubo perfeito, depois de algumas reformas a piscina passou a oferecer mais possibilidades para os surfistas com paredes para manobras, possibilidade de aéreos e muita diversão.

Em maio do ano passado, a WSL firmou um acordo para adquirir participação majoritária na Kelly Slater Wave Company (KSWC), a empresa criada pelo surfista para o projeto. A fim de acabar com a monotonia de um longo tubo que não muda nunca, a entidade conversou com os engenheiros e levou os profissionais para Trestles, no litoral da Califórnia.

Lá, mostrou para os especialistas como eram as paredes para manobras, onde os atletas podem fazer rasgadas, batidas e dar aéreos, entre outras coisas. Assim, os engenheiros esvaziaram totalmente a piscina e mexerem no fundo, a fim de transformar uma onda tubular monótona em uma onda viva e cheia de possibilidades.

E assim, em uma relação entre a velocidade que se empurra a água com o formato do fundo da piscina, os engenheiros chegaram a ondas que começam com paredes para manobras, transformam-se em velozes tubos, depois mais paredes e por fim um último tubo. É uma onda rápida e que vai fazer a alegria dos profissionais nesta terça-feira.

A competição será realizada com 10 surfistas no masculino e oito no feminino. Cada um vai pegar quatro ondas e as duas melhores notas, uma para a esquerda e outra para a direita, serão computadas. Aliás, a tecnologia do "carro" que forma as ondas, que percorre um trilho ao longo da piscina, faz com que quando corre em uma direção, as ondas vão para a direita. Na volta, formam-se ondas para a esquerda. Assim, surfistas que colocam um pé ou outro na frente não são prejudicados, pois vão surfar de frente para a onda em uma direção e de costas no outro sentido.

Segundo os organizadores, todos os tipos de manobras serão valorizados pelos juízes. A ideia é apresentar depois um vídeo que será gravado nesta terça-feira com os melhores momentos dos surfistas nas "ondas do futuro".

Representantes do Comitê Organizador da Olimpíada de Tóquio-2020 estarão na Califórnia na próxima terça-feira para observar de perto a piscina de ondas criada por Kelly Slater em um evento experimental promovido pela WSL, a Liga Mundial de Surfe. O torneio de exibição contará com atletas como Gabriel Medina, Adriano de Souza - o Mineirinho, Filipe Toledo e Mick Fanning, entre outros.

A ideia é mostrar a tecnologia que poderá ser usada nos Jogos de 2020, quando o surfe fará sua estreia olímpica, e testar a quase secreta piscina de ondas de Slater. O evento está sendo mantido em sigilo pela WSL, não terá a presença de público e imprensa nem será transmitido ao vivo. "É um teste, com juízes e equipe de transmissão, para experimentar as novas ondas. Ano que vem a ideia é fazer um evento em maio", afirmou à reportagem do Estado uma fonte na WSL.

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A entidade que comanda o surfe profissional aproveitou a presença dos atletas de elite na etapa de Trestles, na Califórnia, que vai terminar nesta sexta-feira. Com isso, terá dez surfistas no masculino e oito no feminino para esse evento de exibição. Entre os convidados, apenas o atual campeão mundial, John John Florence, ainda não confirmou presença. A disputa terá Medina, Mineirinho, Filipinho, Fanning, Matt Wilkinson, Joel Parkinson, Jordy Smith, Adrian Buchan e Kanoa Igarashi, descendente de japoneses.

No feminino estarão as grandes estrelas da temporada, além da brasileira Silvana Lima, que também foi convidada. O anfitrião Kelly Slater, que está se recuperando de uma cirurgia no tornozelo, não poderá participar. A competição será em um formato diferente do utilizado no Circuito Mundial.

Neste evento-teste, cada surfista pegará quatro ondas, metade para cada lado, e a melhor direita e a melhor esquerda serão somadas e darão a nota final. A tendência é que exista uma primeira fase e depois os quatro mais bem colocados disputem uma etapa final, mas isso ainda não está definido.

Recentemente, Slater mostrou em um vídeo com o lendário surfista Gerry Lopez que sua piscina de ondas agora permite surfar para os dois lados. Isso coloca em situação de igualdade atletas que utilizam um pé ou outro na frente - na modalidade, surfar de costas para a onda é considerado mais difícil. Assim, os competidores pegarão ondas dos dois jeitos.

A intenção da WSL é fazer um grande teste no complexo localizado em Lemoore, distante 160 quilômetros do litoral californiano. E a presença dos organizadores dos Jogos de Tóquio não é à toa. A princípio, a estreia olímpica do surfe será na cidade de Chiba, a 40 quilômetros da capital japonesa. Mas alguns fatores podem forçar uma mudança de planos.

Se o evento olímpico ocorrer em ondas artificiais, graças à tecnologia inovadora de Slater, que permite uma variação na formação das ondas, com paredes para manobras e tubos incríveis, os organizadores poderão ter datas específicas para as disputas sem dependerem das condições climáticas.

No surfe, em cada etapa existe uma janela de pelo menos dez dias de disputa e o evento é realizado nos dias de melhores ondas naquele período. Durante os Jogos Olímpicos, isso é um problema para a organização, que vende ingressos com muita antecedência e a prova pode não ocorrer por falta de ondas. Será que Slater, maior campeão da história da modalidade, não sonha ver sua invenção dentro do Parque Olímpico?

Na manhã desta segunda-feira (17), o surfista americano Kelly Slater sofreu uma lesão no tornozelo direito durante uma sessão de 'free surf', em Boneyards, em Jeffreys Bay, na África do Sul. Slater foi levado de ambulância a um hospital para realizar exames de imagens. Até o momento não se sabe a gravidade da lesão, mas é provável que ele não volte a competir nesta etapa do Circuito Mundial de 2017.

Kelly Slater, que já foi 11 vezes campeão mundial, tinha se classificado antecipadamente para a terceira fase em J-Bay ao derrotar na estreia o australiano Julian Wilson e o também americano Kanoa Igarashi. Slater ia para a sexta fase das 11 etapas do mundial.

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Foi com emoção até o fim, mas Gabriel Medina confirmou a "freguesia" de Kelly Slater e, com uma onda incrível nos instantes finais, despachou o norte-americano na noite deste sábado (horário de Brasília) e se garantiu na semifinal na etapa de Gold Coast do Circuito Mundial de Surfe, a primeira desta temporada, na Austrália.

A bateria foi disputada do início ao fim, mas Slater levava vantagem até os últimos momentos da disputa. E tudo parecia perdido para o brasileiro quando, com pouco mais de três minutos restantes, Medina tentou entrar em uma onda, desistiu e perdeu a prioridade.

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Porém, não se deve duvidar de um campeão mundial. Precisando reverter a desvantagem e tendo apenas mais uma oportunidade para isso, ele fez uma série de manobras para tirar um 9,17 em sua última onda. Vendo que o brasileiro estava bem, o norte-americano decidiu pegar a onda seguinte e também conseguiu um bom desempenho, mas não passou de 7,50.

Com a vitória, Medina, que deu um susto no início do evento ao deixar o mar mancando no primeiro dia de disputas, se credencia agora à semifinal contra o australiano Owen Wright, que despachou seu compatriota Connor O'Leary. Na outra semifinal, Matt Wilkinson, atual campeão da etapa, enfrenta John John Florence, campeão mundial de 2016, que eliminou o brasileiro Italo Ferreira nas quartas de final.

Maior surfista de todos os tempos, o norte-americano Kelly Slater continua a impressionar o mundo do surfe. Nesta terça-feira, o veterano de 44 anos derrotou o havaiano John John Florence, de 23 anos, e conquistou a etapa de Teahupoo do Circuito Mundial.

A sétima etapa da temporada não teve nem de longe as clássicas e gigantes ondas do local, mas mesmo assim Slater demonstrou que não é 11 vezes campeão do mundo à toa. Embalado por duas notas 10 em disputas anteriores no dia (e quatro no total durante o campeonato), ele não deu chances ao novo líder do ranking na decisão.

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Logo no início da bateria, conseguiu uma nota 9 e outra 8,57. O havaiano não encontrou as melhores ondas e permaneceu sempre atrás do placar. Slater ainda obteve um 9,90 e garantiu a 54ª vitória de uma etapa do Circuito Mundial em sua carreira, sendo assim, disparado, o maior vencedor do surfe de todos os tempos. Tom Curren, que aparece na segunda colocação, tem 33 vitórias em etapas.

Apesar do vice-campeonato, John John Florence assumiu a liderança do campeonato nesta etapa, ultrapassando o australiano Matt Wilkinson. Nas semifinais, o havaiano eliminou o brasileiro Gabriel Medina, que também tinha chances de assumir a ponta.

MEDINA NOTA 10 - Medina deixou a vaga para a decisão escapar nos minutos finais da bateria. Depois de conseguir uma nota 10, o brasileiro viu o havaiano alcançar duas boas notas no fim e finalizar com um média de 19,66 pontos, contra 19,23 de Medina.

Outro destaque da etapa foi o veterano brasileiro Bruno Santos. Após vencer a triagem no Taiti, onde já ganhou o título em 2008, o carioca teve ótimo desempenho e tirou o ex-líder do ranking Matt Wilkinson da disputa. No entanto, caiu nas quartas de final diante de Kelly Slater, que fechou a bateria com uma nota dez.

Nas semifinais, o norte-americano bateu o australiano Adrian Buchan com uma de suas piores médias da competição, com 18,40. O adversário, no entanto, somou apenas 16,10. O excelente desempenho de Slater rendeu ainda o troféu Andy Irons, entregue ao surfista de melhor performance no evento.

A próxima etapa será realizada em Trestles, na Califórnia, entre os dias 7 a 18 de setembro. A disputa pelo título mundial da temporada deve se acirrar em sua reta final e Medina tem boas chances na luta pelo bicampeonato, depois de ter se consagrado campeão em 2014.

O surfe é uma modalidade que depende totalmente da natureza e uma das poucas que não cobra ingresso, pois seus eventos são sempre nas praias. Com o avanço tecnológico, as coisas podem mudar bastante nos próximos anos. A criação de piscinas de ondas eficientes e a utilização de pranchas high tech farão parte desse processo que inclui ainda a inclusão do esporte no programa olímpico.

Para os Jogos de Tóquio, em 2020, cogita-se a utilização de piscinas de ondas artificiais comum no Japão, que seriam construídas em arenas fechadas. O modelo que mais se aproximou da realidade foi lançado recentemente por Kelly Slater, surfista 11 vezes campeão mundial e que passou os últimos dez anos debruçado em seu projeto secreto, a KSWC (Kelly Slater Wave Company). Ele tem levado surfistas da elite no local, que é mantido em sigilo, mas publicações especializadas dão conta de que foi construído no vale central da Califórnia em um antigo canal de esqui aquático.

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"Através da ciência e da tecnologia, fomos capazes de projetar e construir o que alguns diziam que era impossível", comentou Slater.

Sua piscina de ondas utiliza água de poço e propicia a formação de ótimos tubos para surfar. "A piscina do Kelly vem sendo desenvolvida há muito tempo e chegou no momento certo em que o surfe tem ótimas chances de ser incluído nos Jogos Olímpicos", explica Cesar Villares, sócio da Go4it, agência de marketing esportivo que se tornou parceira da WSL (Liga Mundial de Surfe, da sigla em inglês) para desenvolvimento de novos negócios.

Para ele, a piscina vai permitir um agendamento da programação das transmissões televisivas, o que geralmente é um problema que o surfe enfrenta porque as disputas dependem das condições do mar, que nem sempre estão boas para a competição.

"Assim, o campeonato poderá ter novas experiências ao redor do mundo, fazendo do evento um show de entretenimento para as marcas e público. A piscina trará também uma nova e importante fonte de receita para a modalidade, como a venda de ingressos ao público em geral", continua.

Todas as etapas do Circuito Mundial de Surfe são exibidas pela internet, gratuitamente, e a WSL tem um aplicativo para que qualquer pessoa possa ver as competições pelo celular. Mas a ideia é ir além da transmissão comum e criar uma atmosfera diferente. Também será possível saber exatamente quando as ondas virão e com isso exibir comerciais entre as séries de ondas, fazendo com que o espectador nunca perca uma ação por causa de propaganda.

"No futuro, a tecnologia vai continuar melhorando a experiência dos fãs. Vamos ter muito mais dados sobre os atletas em competição, como a velocidade na onda, a altura do pulo e a força da manobra. Através da tecnologia, vamos poder gerar dados que auxiliarão na evolução de performance dos atletas, o processo de coleta de informação e, principalmente, podemos pensar em interação ao vivo do público no evento. Estamos muito entusiasmados com as infinitas possibilidades desse campo", diz Villares.

Campeão mundial de surfe em 2014, Gabriel Medina testou no mês passado um protótipo de uma prancha que permite que seu técnico consiga se comunicar com ele à distância. A ideia surgiu a partir das dificuldades que os profissionais encontram quando não estão competindo. "Quando o Gabriel está praticando, ele fica distante do Charles, que fica na areia. Essa distância impede que os dois se comuniquem durante os treinos, o que influencia na performance do atleta. Criamos esse projeto para resolver esse problema", revela Marcelo Reis, copresidente e CCO da Leo Burnett Tailor Made.

O projeto vem sendo elaborado há um ano e meio e foi realizado em conjunto com a Samsung, patrocinadora do surfista, que cuidou principalmente da parte tecnológica, com o shaper Johnny Cabianca, que faz as pranchas de Medina desde 2009 e deu o aval técnico do projeto, e com o próprio atleta. Um celular recebe as mensagens por meio de postagens no Twitter com uma hashtag predefinida e transmite, em tempo real, para a tela instalada no equipamento. "A prancha também fornece informações sobre as condições do mar. Ela é usada nos treinos com o intuito de melhorar a performance do atleta e os resultados estão sendo bem satisfatórios", festeja Loredana Sarcinella, diretora sênior de marketing da Samsung Brasil.

Cabianca conta que precisou aliar modernidade e funcionalidade no design da prancha, lembrando que ela precisava ser sedutora visualmente e agressiva nas manobras. Agora, ele festeja o sucesso da empreitada e já pensa nos próximos desafios. "Minha visão do futuro, tendo em conta este projeto de agora, é que a parte profissional, tão buscada pelo surfista, tende a crescer, fazendo com que seja ainda mais um esporte atrativo às grandes empresas. O grande passo para a comunicação entre o surfista e seu técnico, já está dado e é real."

O maior campeão mundial de surfe de todos os tempos desfalcará a etapa do Rio de Janeiro do circuito este ano. O norte-americano Kelly Slater alegou motivos pessoais e não virá ao Brasil para surfar nas águas da Praia de Grumari, segundo anunciou o próprio Circuito Mundial nesta segunda-feira.

Detentor de 11 títulos mundiais, Slater não detalhou os motivos pessoais que o levaram à desistência, mas o certo é que ele perderá a oportunidade de tentar sua primeira vitória em mares cariocas na etapa que começa nesta terça-feira. No Rio, seu melhor resultado foi a semifinal em 2014. Ele só venceu no Brasil em Santa Catarina, há sete anos.

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Outros dois campeões mundiais - Mick Fanning e Joel Parkinson - já haviam anunciado que não viriam ao Rio, mas Slater deve ser a ausência mais sentida pelos torcedores por tudo que representa no surfe. No Circuito deste ano, no entanto, o norte-americano de 44 anos não vem conseguindo bons resultados. Na três etapas já disputadas, venceu somente uma bateria, desempenho que o deixa somente na 28.ª posição da temporada.

A ausência de Slater, porém, significará mais um brasileiro na disputa no Rio. O norte-americano dará lugar a Lucas Silveira, carioca de 20 anos que ia disputar a triagem organizada pela Federação de Surf do Estado do Rio de Janeiro. Com ele, sobe para 14 o número de surfistas do País que disputarão a etapa do Rio.

Confira como ficaram as baterias da etapa do Rio:

1ª: Filipe Toledo (BRA), Kanoa Igarashi (EUA), Dusty Payne (HAV)

2ª: Gabriel Medina (BRA), Stu Kennedy (AUS), Leonardo Fioravanti (ITA)

3ª: Julian Wilson (AUS), Davey Cathels (AUS), Deivid Silva (BRA)

4ª: Italo Ferreira (BRA), Miguel Pupo (BRA), Bino Lopes (BRA)

5ª: Matt Wilkinson (AUS), Jadson André (BRA), vencedor da triagem ou Lucas Silveira

6ª: Adriano de Souza (BRA), Keanu Asing (HAV), vencedor da triagem ou Lucas Silveira

7ª: Nat Young (EUA), Michel Bourez (TAH), Alex Ribeiro (BRA)

8ª: Jordy Smith (AFR), Conner Coffin (EUA), Jack Freestone (AUS)

9ª: Jeremy Flores (FRA), Josh Kerr (AUS), Adam Melling (AUS)

10ª: Kolohe Andino (EUA), Wiggolly Dantas (BRA), Ryan Callinan (AUS)

11ª: Sebastian Zietz (HAV), Adrian Buchan (AUS), Alejo Muniz (BRA)

12ª: Caio Ibelli (BRA), John John Florence (HAV), Matt Banting (AUS)

Nas quartas de final do Pipe Masters haverá um duelo de gigantes entre Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e com sete títulos em Pipeline, e o australiano Mick Fanning, tricampeão mundial. Apesar do norte-americano ter dito que torcia para o rival conquistar o tetra, os dois se cruzam nas quartas de final e Slater já avisou que não vai facilitar.

"Eu torço por mim. Estou tranquilo, pois não existe qualquer pressão em cima de mim. Quero vencer as baterias sempre que estou na água. E quero vencer de novo o Pipe Masters, é por isso que estou aqui. Não vou ficar lá deitado esperando que algo aconteça. Vou para cima. Se fosse meu irmão, estaria em uma situação dura. Eu quero muito vencer essa bateria", avisou.

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Uma vitória de Slater sobre Fanning pode ajudar os brasileiros na disputa do título mundial. Se o australiano cair nas quartas de final, basta Adriano de Souza, o Mineirinho, avançar às semifinais que será campeão, ou Gabriel Medina vencer a etapa, que conquistará o bicampeonato. "Se eu ver vencer o Mick, acho que o Medina vai vencer sua bateria e minha meta vai ser vencer ele na semifinal", continua.

Slater confessa que ficou comovido com a situação de Fanning, que ficou sabendo da morte do seu irmão na quarta-feira, mas mesmo assim conseguiu entrar na água e vencer suas baterias. "Não sei exatamente o que foi divulgado publicamente, mas o Mick teve condição de se focar no campeonato, vencer baterias, ir para as quartas de final, lutar para vencer o Pipe Masters e dedicar ao seu irmão", comentou.

Na quarta fase, eles tiveram uma bateria juntos, com a presença ainda de John John Florence, e puderam falar sobre a tragédia familiar. "O Mick me contou o que aconteceu e dei uma força. Ele tem muita coragem e é um grande surfista. Ele é um cara íntegro e já passou por muita coisa na vida e na carreira. Ele é um cara do bem e toma boas decisões", elogia Slater.

Confira quais são os confrontos das quartas de final do Pipe Masters:

Gabriel Medina x CJ Hobgood

Mick Fanning x Kelly Slater

Mason Ho x Adam Melling

Adriano de Souza x Josh Kerr ou Jeremy Flores

Kelly Slater é considerado o maior surfista de todos os tempos e um dos maiores atletas da história. Com 11 títulos mundiais no currículo, o norte-americano reconhece que não fez uma boa temporada, mas quem pensa que o veterano de 43 anos vai jogar a toalha está muito enganado. Nesta entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta segunda-feira, Slater fala sobre suas pretensões para o próximo ano, confessa que vai torcer para o australiano Mick Fanning ficar com o título mundial e garante que pode vencer seu oitavo título no Pipe Masters, no Havaí, na última etapa do Circuito Mundial.

Essa é a primeira vez em muitos anos que você chega para o Pipe Masters fora da disputa pelo título. É estranho?

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Para ser sincero, não me importo com isso. Eu estou até feliz por não ter uma pressão em cima de mim. Claro que gostaria de ter chances de conquistar mais um título, mas sei que não surfei no nível que deveria para chegar ao Havaí com pretensões. No ano passado, sei que não surfei bem também e ainda assim cheguei aqui com chances de título. Eu sinto que se conseguir um bom ano novamente, me concentrando no meu surfe e nas competições, eu provavelmente poderei ser campeão mais uma vez.

Você é o surfista com mais vitórias no Circuito Mundial, mas agora está há dois anos sem vencer uma etapa...

Calma, ainda tenho uma semana pela frente aqui em Pipe.

De qualquer forma, qual a sensação de ter um jejum de vitórias tão grande?

Eu não sinto falta dessa maneira. Claro que é estranho para mim ficar tanto tempo sem vencer, ainda mais porque eu ganhei muitas etapas e isso fica na lembrança, todo momento vem à mente. Mas estou confortável, não tenho de ficar preocupado com isso. Eu tive muitas baterias em que acho que me faltou um pouco de energia, às vezes as ondas não vieram, acho que no geral tive momentos difíceis. Nos últimos dois anos, acho que talvez não tenha tomado as decisões corretas.

Como você se sente em relação a essa temporada?

Eu realmente não tive um bom ano. Perdi muitas baterias que provavelmente deveria ter vencido, no geral acho que não tive a motivação e a inspiração que precisava. Não foi uma boa temporada, tive de lutar contra algumas contusões, tive problemas com meu corpo, mas o grande negócio é o aspecto mental, de desejo.

O que você pretende fazer para manter a motivação?

Eu estive ocupado com muito trabalho, mas agora acho que as coisas estão se acalmando um pouco. Estou conseguindo ter boas pranchas para usar e quero aproveitar os próximos meses para colocar meu corpo em forma novamente.

Você pretende competir no próximo ano?

Nesse momento, pretendo competir sim. Mas vamos ver.

Quem você acha que será o campeão mundial de 2015?

Acho que as chances estão com o Mick (Fanning). Ele é bom aqui em Pipeline e sabe o que precisa fazer para vencer. É óbvio que o Medina tem uma chance, mas se o Mick avançar mais duas baterias, ele já elimina o Gabriel da disputa, e aí a pressão vai ficar em cima de Filipe (Toledo) e Adriano (de Souza). Acho que apostaria meu dinheiro no Mick.

É um rival difícil de enfrentar?

Eu gostaria que o Mick vencesse. Eu até falei isso para ele no início da temporada, que achava que ele conquistaria o título mundial nesse ano. Na primeira vez em que ele foi campeão mundial, senti isso, e agora senti novamente. Depois aconteceu o ataque do tubarão, quando por uma semana ele se tornou a pessoa mais conhecida do mundo, e acho que seria legal uma vitória para ele. Claro que seria legal um título para qualquer um, mas ele deu a volta por cima e seria bom coroar o trabalho com o troféu.

Além dos três brasileiros que estão disputando o título, o País ainda mostrou Italo Ferreira, que ganhou o prêmio de estreante do ano no Circuito Mundial. O que dá para falar desse surfista?

Eu acho que ele chocou as pessoas porque elas não o conheciam tão bem, principalmente as pessoas fora do Brasil. O que posso dizer é que ele é muito bom, em qualquer condição de mar. Ele tem força para ondas grandes, dá aéreos em ondas menores, ele é muito competitivo.

O norte-americano Kelly Slater é uma lenda do surfe. Considerado o maior atleta da modalidade na história, ele deu seu palpite e acha que o australiano Mick Fanning será campeão mundial no Havaí. "Se fosse colocar meu dinheiro, seria nele. Eu senti no começo da temporada que ele conquistaria o título. Acho que vai dar Mick", afirmou.

Com 11 títulos no currículo, Slater sabe que Fanning vai chegar à sua quarta taça e vê no adversário a determinação para brilhar no Pipe Masters, na última etapa do ano, e se sagrar campeão. Slater, por sua vez, não vem fazendo uma boa temporada e ainda terá de disputar a repescagem em Pipeline.

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Já Italo Ferreira, que avançou para a terceira fase do Pipe Masters, acredita na força dos brasileiros Filipe Toledo, Adriano de Souza e Gabriel Medina. Os dois primeiros estão na repescagem e vão lutar contra a eliminação precoce. Já Medina, atual campeão mundial, avançou diretamente para a terceira fase e aguarda a definição de seu próximo adversário.

"Está bem embolado, vai ser engraçado ver. Tem três brasileiros, tem o Julian, tem o Mick que está na briga, o Owen infelizmente saiu, então é menos um, mas não sei o que vai acontecer. Os brasileiros estão muito bem, vou torcer para eles. Se fosse apostar meu dinheiro, dividiria um pouquinho em cada um", concluiu Italo.

Num aguardado duelo na etapa de Jeffreys Bay, Gabriel Medina derrotou de uma só vez o norte-americano Kelly Slater e o australiano Mick Fanning neste sábado para avançar direto às quartas de final da etapa da África do Sul do Circuito Mundial de surfe. Slater e Fanning ainda têm chances de classificação. Vão disputar a repescagem.

O confronto entre Medina, Slater e Fanning reuniu nada menos que 15 títulos mundiais. O americano lidera a lista, com 11 troféus. O australiano tem três conquistas e o brasileiro se sagrou campeão pela primeira vez no ano passado.

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"Eu sabia que seria difícil. Nós não tivemos muitas baterias juntos antes. Eu achei que as ondas estariam melhores hoje, mas está complicado lá fora. Está difícil encontrar as melhores ondas, mas, por sorte, eu passei. Estou muito empolgado por surfar com esses caras. Eu tenho acompanhado eles desde que comecei no esporte e competir contra eles é um sonho que se tornou realidade", comentou Medina, ao fim da disputa neste sábado.

O brasileiro levou a melhor sobre os famosos rivais ao obter a média de 12,90. Slater ficou em segundo, com 12,27, na bateria. E o australiano registrou 9,94 pontos. Os dois derrotados neste sábado vão disputar no domingo a repescagem. Slater vai enfrentar o francês Michel Bourez, enquanto Fanning terá pela frente Keanu Asing, do Havaí.

Nas outras baterias deste sábado, Adriano de Souza, o Mineirinho, e Alejo Muniz avançaram direto para as quartas de final, assim como Medina. Com 13 pontos, Mineirinho desbancou o compatriota Wiggolly Dantas (12,57) e o norte-americano Nat Young (8,77). Wiggolly e o surfista dos Estados Unidos vão disputar a repescagem. O brasileiro vai enfrentar o australiano Julian Wilson na briga pela vaga nas quartas.

Alejo Muniz, por sua vez, obteve 14,34 pontos e superou o havaiano Keanu Asing (14,04 pontos) e o francês Michel Bourez (11,27).

A "Brazilian Storm", como é conhecida a nova geração do surfe brasileiro, continua dando show na etapa de Bells Beach do Circuito Mundial. Depois de uma terceira rodada em que o Brasil teve 100% de aproveitamento, com os quatro representantes do País que disputaram a fase vencendo e se classificando para a fase seguinte, a tarde de segunda-feira (no horário local) na Austrália coroou a grande fase de Adriano de Souza e Filipe Toledo, que venceram suas baterias da quarta fase e se garantiram nas quartas de final da etapa. Gabriel Medina e Jadson André, derrotados nesta rodada, continuam vivos na competição e disputarão a repescagem.

Adriano de Souza participou logo da primeira bateria e superou ninguém menos do que a lenda Kelly Slater, onze vezes campeão mundial, além do australiano Josh Kerr. Mineirinho começou atrás na disputa, ficando com uma nota 7,83 em sua primeira onda. Porém, em uma tentativa seguinte, deu show nas rasgadas e, demonstrando muita habilidade, levantou os torcedores e conseguiu uma nota 9,63, a mais alta do dia. Com a soma de 17,46, o brasileiro jogou a pressão para os adversários, que, apesar de tentarem, não conseguiram reverter a situação e vão para a repescagem.

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Na sequência, Gabriel Medina foi para a água, enfrentando os locais Owen Wright e Joel Parkinson. Porém, não brilhou a estrela do primeiro brasileiro campeão mundial de surfe, com ele ficando sempre atrás de seus adversários, que fizeram uma disputa acirrada do início ao fim, mas que terminou com a vitória de Owen Wright, que somou 15,97 pontos contra 15,70 de seu compatriota. Medina conquistou sua melhor nota já no fim da bateria, quando, depois de flutuar sobre uma onda, recebeu 6,03. Sua soma, porém, não passou de 11,96, colocando o brasileiro na repescagem para enfrentar Kelly Slater, que, com bom humor, comentou sobre o fato. "Vamos começar os confrontos logo cedo este ano", disse o norte-americano, lembrando que os dois disputaram o título mundial da última temporada, quando o brasileiro saiu vencedor.

A quarta e última bateria da segunda-feira teve dois brasileiros, Filipe Toledo, líder da atual temporada e Jadson André, que enfrentaram o francês Jeremy Flores. A disputa foi intensa, já que o mar em Bells Beach não estava tão bom quanto no início da quarta rodada. Os três se alternaram na liderança, mas Filipinho, abusando dos aéreos, superou seus rivais e, com a soma de 13,47, ficou pouco à frente do francês, que teve 13,17. A vitória garantiu o brasileiro nas quartas de final. Jadson André, terceiro colocado na disputa, vai para a repescagem e enfrentará Mick Fanning.

Na única bateria da quarta rodada que não teve brasileiros na disputa, a vitória ficou com o sul-africano Jordy Smith, que superou Nat Young e o atual vice-campeão mundial Mick Fanning, que defende o seu título de 2014 na etapa de Bells Beach. Smith, que é o surfista mais alto do circuito, com 1,90 metros, garantiu a sua classificação graças à soma de pontos de 15,97, superando Fanning, dono da melhor onda da bateria, com um 9, mas que não conseguiu outras boas pontuações. Já no fim da bateria, o australiano até teve a chance, mas foi obrigado a deixar a onda, pois Jordy Smith tinha a prioridade.

TERCEIRA RODADA - Antes, na terceira rodada, os quatro surfistas do País venceram. O primeiro brasileiro a cair na água foi Adriano de Souza, que não precisou nem de um minuto para conquistar um 7,50 em uma onda em que, com muitas rasgadas, espalhou bastante água em Bells. Depois de um início de reação do australiano Adam Melling, Mineirinho voltou a brilhar, com um 8,17. Com uma nota acumulada de 15,67, o brasileiro conseguiu administrar a bateria e, com muita tranquilidade, confirmou a sua classificação.

A bateria de Gabriel Medina foi uma das mais tensas do dia, com o mar mais calmo, ficando, consequentemente, mais difícil para os surfistas conseguirem boas ondas. Com dez minutos de disputa, o brasileiro ainda não tinha conseguido pontuar. Sua primeira onda foi relativamente fraca, sem muitas combinações de movimentos, para conquistar uma nota 4. Depois de conseguir um 3,33, o atual campeão mundial entrou em uma onda maior, conquistando um 6 e subindo sua combinação de notas para 10. A contagem, apesar de baixa, não foi alcançada por Mason Ho, que, na somatória, ficou com 8,10.

Na 10ª bateria do dia, Jadson André foi quem representou o Brasil, enfrentando o experiente australiano Taj Burrow, de quem já havia sido derrotado em 16 oportunidades. O brasileiro não se intimidou e liderou a disputa desde o início. Com notas baixas no início, o potiguar aproveitava as ondas para somar mais pontos e conseguiu uma soma de 13,87, inalcançável para o seu rival, que tirou apenas uma nota 7.

Logo na sequência, o líder da temporada Filipe Toledo foi para a água e, mais uma vez, mostrou o porque pode ser o grande nome do surfe mundial em 2015. Abusando dos aéreos, ele protagonizou a melhor bateria do dia contra o havaiano Sebastian Zietz e, com notas 9 e 9,57, somou 18,57, a melhor soma desde o início do evento, se garantindo na quarta fase.

Confira os confrontos da quinta rodada (repescagem):

Kelly Slater x Gabriel Medina

Joel Parkinson x Josh Kerr

Mick Fanning x Jadson André

Nat Young x Jeremy Flores

Gabriel Medina estreou com vitória em Bells Beach, na Austrália, na segunda etapa da temporada do Circuito Mundial de Surfe. Ele conquistou 12,76 pontos em 20 possíveis e deixou para trás Matt Banting e Joe Van Dijk. Com isso o atual campeão mundial evitou a repescagem e aguarda seu adversário na terceira fase, que não deve ser disputada nesta quarta-feira, a partir das 18 horas (de Brasília, manhã de quinta-feira na Austrália), porque a organização vai mesclar baterias da etapa feminina com a repescagem masculina. Isso ajudará Medina a ter no mínimo um dia de descanso na Austrália.

As condições do mar não estavam as melhores no momento da bateria de Medina, mas ele soube aproveitar as poucas boas ondas que apareceram e garantiu o resultado, controlando a disputa do início ao fim. "Não foi um dia típico de Bells, mas estou feliz de ter vencido. Espero que as ondas fiquem maiores nos próximos dias e sei que será um evento muito complicado para vencer. Vou dar meu melhor para conquistar a etapa", afirmou Medina.

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Quem também avançou foi Kelly Slater, que não deu a menor chance para seus adversários Sebastian Zietz e Ricardo Christie. Com uma atuação convincente, o 11 vezes campeão mundial acumulou 16,67 pontos em sua bateria, a terceira do dia de competição na Austrália. Agora ele aguarda seu adversário, que será definido somente após a disputa da repescagem. "Eu fiquei observando as baterias anteriores à minha e pude perceber o jeito que as ondas estavam quebrando", explicou.

Antes de Medina, outro três brasileiros entraram na água e não tiveram a mesma sorte do atual campeão mundial. Wiggolly Dantas, Italo Ferreira e Adriano de Souza ficaram em segundo em suas baterias e terão de evitar a eliminação precoce na próxima fase, que é uma repescagem para os perdedores. A competição tem prazo para terminar no dia 12 de abril e a cada dia a organização vai avaliar as condições do mar para decidir se haverá evento.

O espanhol Aritz Aranburu, algoz de Kelly Slater na última etapa do Circuito Mundial de Surfe, caiu na chave de Gabriel Medina na primeira rodada do Pipe Masters, que define o campeão mundial da temporada. Além deles, mais um adversário, provavelmente um surfista havaiano que participará de uma triagem, vai formar o grupo, sendo que o primeiro avança para a terceira fase e os dois perdedores vão para uma repescagem.

Para o brasileiro, encarar um surfista que está acostumado com as ondas não é novidade. "Eu sou primeiro do ranking, então acabo pegando um local. No Havaí isso é perigoso, pois vou enfrentar um surfista que conhece bem aquela onda, mas eu corri esse risco o ano todo e graças a Deus deu tudo certo. Um local é igual qualquer atleta que está no Circuito, então tenho de respeitar de qualquer jeito", avisa.

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A competição começa na próxima segunda-feira, dia 8, e tem prazo para terminar até 20 de dezembro. Antes disso, Gabriel vai disputar a segunda etapa da Tríplice Coroa Havaiana, em Sunset Beach. Por estar bem ranqueado, ele entra direto na terceira fase e deve cair na água somente nesta quarta-feira, na oitava bateria. O surfista de Maresias decidiu de última hora disputar a competição, para já sentir o clima das ondas havaianas.

Até agora, duas baixas estão confirmadas para a última etapa da temporada: o australiano Taj Burrow e o brasileiro Adriano de Souza. Kelly Slater, que disputa o título com Medina, quebrou o pé recentemente e luta contra o tempo para se recuperar. Apesar de falar que sua lesão está demorando mais do que o normal para melhorar, muita gente acha que é um blefe do 11 vezes campeão mundial. Já o havaiano John John Florence teve uma lesão na coxa, mas está inscrito para a última etapa.

Pelo chaveamento da competição em Pipeline, Slater vai encarar na primeira fase os australianos Matt Wilkinson e Mitch Coleborn. Já Mick Fanning, que também tem chances de título e pode conquistar seu quarto troféu, terá pela frente seu compatriota Adam Melling e mais um surfista local que virá da fase qualificatória.

Em linhas gerais, para o brasileiro ser campeão do mundo, ele precisa ir bem no Havaí ou no mesmo nível de seu principal adversário, o australiano Mick Fanning. A cada bateria que for avançando, sua chance de título aumenta consideravelmente. Já para Kelly Slater, somente uma vitória em Pipeline interessa, desde que Medina não chegue à terceira fase (9º lugar).

Confira as chances de título de Gabriel Medina:

Se ele for 13º ou 25º - Fanning não pode chegar às quartas de final e Slater não pode ser campeão. Detalhe aqui é que se o australiano for quinto lugar, ele disputará uma bateria contra o brasileiro (Surf Off) para ver quem fica com o título mundial.

Se ele for 9º - Fanning não pode chegar à final e Slater está eliminado da disputa.

Se ele for 3º ou 5º - Fanning não pode vencer e Slater está eliminado da disputa.

Se ele for 1º ou 2º - Será campeão.

O australiano Mick Fanning conquistou neste domingo (15) o título do Circuito Mundial de surfe, nas ondas de Pipeline. Seu título, contudo, acabou sendo ofuscado pela grande performance do norte-americano Kelly Slater na última etapa do ano. Diante das ondas, que variavam de 3 a 4,5 metros, Slater chegou a tirar uma nota 10 nas semifinais e não teve problemas para ficar com o troféu da etapa, na decisão.

Com esta grande atuação, Slater até se aproximou de Fanning na classificação geral, mas não conseguiu evitar o título do rival. O australiano assegurou a conquista ainda nas quartas de final e encerrou a temporada com 54.400 pontos, contra 54.150 de Slater. O australiano Joel Parkinson terminou em terceiro, com 48.450.

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O melhor brasileiro do ano foi Adriano de Souza, o Mineirinho, com 31.750 pontos, no 13º lugar. Gabriel Medina (25.000) terminou em 14º, Filipe Toledo (24.400), em 15º, e Miguel Pupo (18.450), em 19º lugar na temporada.

Neste domingo, quem mais brilhou entre os surfistas nacionais foi Miguel Pupo. Ele obteve o quinto lugar na etapa e garantiu sua permanência na divisão de elite do surfe mundial. Com este resultado, o Brasil terá sete atletas no Circuito Mundial de 2014, um a mais que este ano.

Os outros brasileiros a competir na elite no próximo ano são o catarinense Alejo Muniz, o carioca Raoni Monteiro e o potiguar Jadson André - Medina, Toledo e Pupo são paulistas.

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