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A secretária de Imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, informou, nesta segunda-feira (5), que deu positivo no teste de Covid-19, na sequência do anúncio de contágio do presidente Donald Trump na última sexta.

"Depois de dar negativo de maneira constante, inclusive todos os dias desde quinta-feira, dei positivo para Covid-19 nesta segunda-feira de manhã sem experimentar sintomas", disse McEnany, em um comunicado, acrescentando que começará a quarentena e continuará trabalhando de forma remota.

Ela afirmou ainda que "nenhum repórter, produtor, ou membro da imprensa", aparece como contato próximo na lista dos serviços médicos da Casa Branca.

Cresceu, porém, a polêmica em torno dos cuidados da Casa Branca e da família Trump para evitar o contágio do novo coronavírus.

No domingo (4), a porta-voz do presidente deu uma entrevista coletiva ao ar livre na presença de jornalistas, sem máscara.

McEnany é o caso Covid-19 mais recente no círculo fechado do presidente.

A lista inclui a primeira-dama, Melania Trump, e a assessora do presidente Hope Hicks, cujo resultado positivo para Covid-19 na quinta-feira disparou alarmes.

Também estão infectados o gerente da campanha Trump 2020, Bill Stepien; a presidente do Comitê Nacional Republicano, Ronna McDaniel; a conselheira de Trump Kellyanne Conway; o ex-governador de Nova Jersey Chris Christie e três senadores republicanos (Mike Lee, de Utah; Thom Tillis, da Carolina do Norte; e Ron Johnson, de Wisconsin); além do ajudante pessoal de Trump, Nick Luna.

"Eu nunca mentirei para vocês", disse nessa sexta-feira (1º) Kayleigh McEnany, a nova porta-voz da Casa Branca, relançando uma tradição perdida: as entrevistas coletivas diárias.

Rompendo com uma prática firmemente estabelecida por décadas sob presidentes republicanos e democratas, a Casa Branca abandonou esse ritual há mais de um ano, deixando o presidente Donald Trump como seu próprio porta-voz.

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A jovem secretária de imprensa de 31 anos marcou seu estilo em flagrante contraste com Stephanie Grisham, a quem substituiu em meados de abril e que nunca havia aparecido no pódio.

As porta-vozes anteriores Sarah Sanders e Sean Spicer estavam muito mais presentes na sala de imprensa de James Brady, embora Sanders tenha parado de dar instruções em março de 2019.

Combativa, mas longe dos agressivos ataques do presidente à imprensa de "notícias falsas" e "inimigos do povo", McEnany respondeu às perguntas dos jornalistas por 30 minutos nesta sexta.

A sala de imprensa mais famosa do mundo tem 49 assentos, mas apenas 14 foram ocupados devido a ordens de distanciamento social para impedir a propagação do novo coronavírus.

"Eu nunca mentirei para vocês, vocês têm minha palavra", disse McEnany, observando que planeja "continuar" com os contatos diários.

Sua profissão de fé em sua honestidade e comprometimento será, é claro, testada nos nos próximos meses.

Graduada nas universidades de Georgetown e Harvard, Kayleigh McEnany, que era comentarista da Fox e da CNN antes de se tornar porta-voz da campanha de Trump em 2020, sabe que suas declarações serão cuidadosamente analisadas.

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