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A prisão, que deveria cumprir uma função ressocializadora, parece ser algo cada vez mais difícil no Brasil. O próprio ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, durante coletiva no Recife, disse que existe um “gravíssimo” problema que lhe tira o sono: a situação do atual sistema penitenciário brasileiro. 

“Todas as grandes organizações criminosas no Brasil surgiram dentro do sistema penitenciário brasileiro. O PCC surgiu lá dentro, o Comando Vermelho, o Terceiro Comando da Capita, todos, e eles continuam lá de dentro dando as ordens para quem está do lado de fora”, ressaltou. O ministro também citou o exemplo do traficante Nem que, mesmo cumprindo pena em um presídio de segurança máxima, em Rondônia, conseguia passar ordens. 

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Jungmann também falou que metade dos homicídios que ocorrem no país são praticados em apenas 2% das cidades brasileiras. “São 109 cidades que concentram metade dos 61 mil homicídios que nós temos”, contou afirmando que esse é o território onde é necessário agir. 

O auxiliar ministerial de Temer ainda ressaltou que é necessário focar na juventude vulnerável que não possuem “nem escola, nem trabalho”. Segundo ele, são cerca de 11 milhões de jovens nessa situação. “É preciso focar em uma política de prevenção social”, ressaltou. 

Elogios ao presidente Temer

Durante a coletiva, o ministro não poupou elogios ao presidente Michel Temer afirmando que o governo será reconhecido por tirar o Brasil da crise. Raul também disse que o emedebista retomou o desenvolvimento e o crescimento. "É um governo que aprovou leis muito importantes como a Lei do Teto e como a do Ensino Médio, que aliás foi tocada por um ilustre pernambucano, o ex-ministro Mendonça Filho", afirmou com convicção. 

Os delegados de Polícia Federal recomendaram nesta sexta-feira, 27, "serenidade" ao presidente Michel Temer. Em nota, a principal entidade da classe - Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) - manifestou "preocupação com a entrevista do presidente da República, Michel Temer, sobre as apurações de suposta prática de lavagem de dinheiro envolvendo a si e a seus amigos e familiares".

Logo cedo, demonstrando bastante irritação, Temer queixou-se publicamente do que chamou de "vazamentos" de informações do inquérito do Decreto dos Portos - investigação da Polícia Federal que mira o presidente por suposto favorecimento a empresas do setor portuário.

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Temer é o alvo principal do inquérito. A PF pediu mais 60 dias de prazo para o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O presidente diz que é alvo de uma "perseguição criminosa disfarçada de investigação".

"É muito comum que investigados e suas defesas busquem, por todos os meios, contraditar as investigações", argumentam os delegados. "Entretanto, é necessário serenidade, sobretudo daquele que ocupa o comando do país, para que suas manifestações não se transformem em potenciais ameaças e venham a exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal."

A entidade de classe afirma que "a instituição não protege, nem persegue qualquer pessoa ou autoridade pública, apenas cumpre seu dever legal de investigar fatos e condutas tipificadas como crimes".

"Vale destacar que, no caso concreto, vários documentos e peças das diligências estão disponíveis ao público no sistema de processo eletrônico do Supremo Tribunal Federal."

Os delegados da PF, por meio da Associação, ressaltam que "é fundamental que as autoridades policiais tenham a tranquilidade necessária para realizar seu trabalho investigativo, com zelo, eficiência, dentro da mais absoluta legalidade, tendo sempre resguardada sua autonomia e respeitada sua independência funcional".

A entidade dos delegados diz que "defende a apuração de supostos vazamentos causados por qualquer das instituições que manuseiam os autos". E que "seguirá vigilante com o desenrolar dos acontecimentos e não admitirá pressões ou campanhas com a finalidade de desacreditar a atuação dos delegados de Polícia Federal na condução dessa ou de qualquer outra investigação."

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DOS DELEGADOS

"A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) manifesta preocupação com a entrevista do Presidente da República, Michel Temer, sobre as apurações de suposta prática de lavagem de dinheiro envolvendo a si e a seus amigos e familiares.

É muito comum que investigados e suas defesas busquem, por todos os meios, contraditar as investigações. Entretanto, é necessário serenidade, sobretudo daquele que ocupa o comando do país, para que suas manifestações não se transformem em potenciais ameaças e venham a exercer pressão indevida sobre a Polícia Federal.

A ADPF reitera que a instituição não protege, nem persegue qualquer pessoa ou autoridade pública, apenas cumpre seu dever legal de investigar fatos e condutas tipificadas como crimes. Vale destacar que, no caso concreto, vários documentos e peças das diligências estão disponíveis ao público no sistema de processo eletrônico do Supremo Tribunal Federal.

É fundamental que as autoridades policiais tenham a tranquilidade necessária para realizar seu trabalho investigativo, com zelo, eficiência, dentro da mais absoluta legalidade, tendo sempre resguardada sua autonomia e respeitada sua independência funcional.

A ADPF defende a apuração de supostos vazamentos causados por qualquer das instituições que manuseiam os autos. A entidade seguirá vigilante com o desenrolar dos acontecimentos e não admitirá pressões ou campanhas com a finalidade de desacreditar a atuação dos Delegados de Polícia Federal na condução dessa ou de qualquer outra investigação.

*Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF)*"

O ministro extraordinário da Segurança, Raul Jungmann, afirmou nesta quarta-feira (11) que o governo federal não foi acionado para ajudar o Estado do Pará após as 21 mortes registradas em decorrência de uma tentativa de fuga em um presídio. "Estamos à disposição do governo do Estado, caso sejamos chamados para apoiá-lo", afirmou Jungmann ao Broadcast Político/Estadão. Procurado, o Palácio do Planalto informou apenas que quem poderia fazer comentários sobre o tema era o ministério da Segurança.

Auxiliares do presidente que acompanham o trabalho na esfera da Segurança destacaram que, por não se tratar de um crime federal e não ter sido registrada nenhuma solicitação de ajuda por parte do governador e nem da Justiça estadual, não há o que o governo federal possa fazer neste momento.

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Na terça-feira, ao menos 21 pessoas morreram em uma troca de tiros após presos tentarem fugir do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará III (CRPP III), considerado de segurança máxima, em Santa Izabel do Pará, região metropolitana de Belém. Em março, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou um relatório alertando sobre o risco de fuga na unidade. Entre os problemas de segurança, o órgão apontou "facilidade de resgate com apoio externo", áreas de "vulnerabilidade" apenas com alambrado e "suspeita da articulação de internos com outras casas penais".

Ao criar o ministério extraordinário da Segurança no fim de fevereiro e dar posse a Jungmann, o presidente Michel Temer destacou em seu discurso que os Estados continuariam os responsáveis pela segurança pública. "Caberá ao ministério coordenar e promover a integração das ações dos Estados, inclusive na área de inteligência", disse Temer na ocasião.

Ele afirmou ainda que, no passado, os governantes "não queriam pôr a mão nesse assunto" justamente para não interferir em outra esfera de poder e salientou que o governo federal não iria "invadir competência dos Estados". Outro receio em relação à criação da pasta era justamente os Estados demandarem ainda mais da União em um tema que constitucionalmente pertence a eles.

Silêncio e ‘atraso’

Apesar de ter adotado a segurança pública como uma de suas bandeiras desde a intervenção federal na segurança no Rio de Janeiro, no dia 16 de fevereiro, esta não é a primeira vez que o presidente Temer não comenta diretamente um acontecimento no Pará. Em maio de 2017, em meio a maior crise de seu governo em razão das gravações de Joesley Batista, Temer não fez comentários em relação ao massacre de dez trabalhadores sem-terra durante uma ação policial de reintegração de posse, em um acampamento na Fazenda Santa Lúcia, no município de Pau d'Arco, no Pará.

No início de 2017, após pressão de vários setores da sociedade civil, Temer comentou com cinco dias de "atraso" o massacre ocorrido no dia 1.º de janeiro no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. Na ocasião, a repercussão negativa do silêncio do governo fez com que Temer realizasse uma reunião com ministros da área de segurança. Na abertura do encontro, o presidente chamou a chacina no presídio de "acidente pavoroso", o que provocou uma nova onde de críticas.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, classificou nesta terça-feira (27) como "inaceitável" o ataque a tiros aos ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no interior do Paraná. Dois veículos foram atingidos por disparos de arma de fogo, mas ninguém se feriu.

"É absolutamente inaceitável que aconteça, parta de quem partir. Isso não é convivência democrática. Isso não pode acontecer, e se acontecer é preciso identificar os responsáveis porque não pode se repetir dentro do regime democrático", disse o ministro.

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Jungmann também condenou confrontos entre militantes petistas e anti-lulistas. Jornalistas foram agredidos no trajeto por seguranças do ex-presidente. "Não podemos admitir confrontos e é preciso ter respeito."

O ministro afirmou que a Polícia Federal não irá investigar o caso porque o crime não foi federal e cabe às autoridades estaduais atuar. "Caberá à investigação estabelecer se foi ou não (um atentado político)", disse.

Jungmann iria conversar ainda nesta terça-feira com a Secretaria de Segurança do governo Beto Richa (PSDB), para pedir "atenção redobrada" para o caso. "Eu pedi que existam cuidados adicionais e falo sempre com a própria PRF", disse o ministro. Antes, ele se reuniu com parlamentares da bancada do PT.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quinta-feira (15) que o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), de 38 anos, e do motorista Anderson Pedro Gomes, de 39, foi uma "tentativa de silenciar uma pessoa que vinha procurando defender comunidades no Rio de Janeiro". Jungmann também prometeu "todos os esforços" para que os responsáveis pelo crime sejam descobertos. Ele não quis divulgar nenhuma informação sobre as investigações e disse que não descarta nenhuma hipótese para o crime.

Jungmann também afirmou que confia no trabalho da Polícia Civil. Indicou assim que discorda da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, que chegou a avaliar a possibilidade de pedir a federalização das investigações do assassinato de Marielle e de seu motorista. Essa hipótese foi descartada no início da noite, em encontro da procuradora com o procurador-geral de Justiça do Rio, Eduardo Gussem.

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"Falei com Raquel Dodge, mas a rigor esta investigação já está federalizada porque nós temos uma intervenção federal aqui acontecendo e estamos todos trabalhando juntos", disse durante coletiva de imprensa no Centro Integrado de Comando de Controle (CICC). "Mas, se ela entender que há necessidade do deslocamento de competência e se ela entender a necessidade maior do que já vem fazendo a Polícia Federal, obviamente que nós nada temos a obstaculizar."

Jungmann disse também que estava no Rio por determinação do presidente Michel Temer (MDB) e declarou que vai acompanhar o caso pessoalmente até que ele se encerre "pelo tempo que for necessário e ao custo que for necessário".

"Quero dizer ao povo carioca que nós vamos encontrar e vamos punir os responsáveis por esse bárbaro crime. E que nos envidaremos todos os esforços para que isso venha acontecer", afirmou.

Segundo o ministro, estão trabalhando de forma integrada no caso as Polícias Civil, Militar, Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Secretaria de Segurança e a inteligência das Forças Armadas.

"Todos estão somando esforços para que a Justiça seja feita e para que esse bárbaro crime tenha a devida punição e que os responsáveis vão parar na cadeia. Essa é a nossa determinação. Pelo tempo que for necessário e ao custo que for necessário, nós vamos fazer Justiça à vereadora", disse.

Quando questionado por repórteres se achava que o crime poderia simbolizar algum fracasso na intervenção federal, Jungmann respondeu que "a intervenção nunca se propôs a fazer mágica". "A intervenção se propôs a trabalho, trabalho e trabalho. A intervenção, até aqui, tem procurado fortalecer e reestruturar as polícias", afirmou.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, afirmou, após participar de um evento em Fortaleza, que o governo não deve divulgar as informações a respeito do assassinato vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes.

"O que se sabe não se deve divulgar e neste caso as informações que detemos devem ficar sob sigilo", disse o ministro, que se desloca no início da tarde desta quinta-feira, 15, para reuniões no Rio de Janeiro. "Quem cometeu esse bárbaro crime não ficará impune. Me reunirei com todas as forças de segurança para desvendar esse crime", completou.

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Mais cedo, o presidente Michel Temer convocou uma reunião de emergência para discutir o caso e determinou que Jungmann fosse ao Rio acompanhar pessoalmente as investigações. "Queremos solucionar no menor prazo possível", disse. Temer afirmou que o assassinato da vereadora e de Anderson Gomes "é inaceitável, inadmissível, como todos os demais assassinatos que ocorreram no Rio".

O presidente deve ir ao Rio no próximo Domingo (18) para uma reunião de segurança. O evento já estava sendo organizado nesta quarta-feira, 14, antes dos assassinatos, e a ideia era tentar fazer um balanço de um mês de intervenção.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou nesta sexta-feira, 9, em agenda no Rio de Janeiro, que o governo federal, com o apoio das Forças Armadas, fará um censo para conhecer as condições estruturais de todas as cadeias do País. O diagnóstico custará R$ 20 milhões, financiados pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e ainda não tem prazo para começar. O primeiro Estado a ter as suas unidades inspecionadas será o Rio.

Jungmann se reuniu por mais de três horas nesta sexta com deputados federais que compõem uma comissão externa criada pela Câmara para monitorar as atividades da intervenção federal na segurança do Rio. Ele aproveitou a oportunidade para anunciar o censo. "Nós vamos poder saber quais as condições do sistema prisional. Hoje, não sabemos", disse.

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A agenda do ministro desta tarde será com o presidente do BNDES, Paulo Rabelo de Castro, onde o assunto será tratado.

De acordo com relatório do Ministério da Justiça divulgado no fim do ano passado, o Brasil tem 726.712 presos em um sistema que comporta 368.049. O Infopen mostrou que o País tem 1.449 estabelecimentos penais, dos quais 51 ficam no Rio. A maior quantidade fica em Minas (193), em São Paulo (164) e no Ceará (148). O ministro disse não saber quanto tempo a elaboração do censo durará.

Além do censo, o ministro anunciou que o Programa Alerta Brasil, da Polícia Rodoviária Federal (PRF) receberá 30 novas câmeras para monitoramento das rodovias fluminenses. Hoje, a PRF tem três equipamentos como esse.

Não é a primeira vez que um ministro promete ampliação do programa Alerta Brasil, que auxilia a atividade de fiscalização pela PRF. Em janeiro de 2017, o ex-ministro da Justiça Alexandre de Moraes prometeu que o programa contaria com mais 835 câmeras no País, mas só 300 foram adquiridas, como revelou o Estado em fevereiro.

Jungmann informou ainda que o País passará a contar com um Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) para integrar representantes das polícias dos 27 Estados, além das polícias federais. A estrutura já estaria pronta, fica em Brasília e, segundo o ministro, precisa de R$ 1 milhão para manutenção.

Ele voltou a comentar a situação do Rio e disse que espera ver resultados mais robustos da intervenção em até quatro meses.

"A tragédia no Rio foi construída ao longo de décadas. Não seria em 20 dias que resolveríamos. Acredito que em até quatro meses começaremos a sentir resultados paulatinos", disse na sede da Escola Superior de Guerra, na Urca, zona sul do Rio, onde o encontro ocorreu. "O crime organizado sabe que as mudanças vão acontecer."

Sobre a repetição de ações na Vila Kennedy, na zona oeste da capital, Jungmann disse que a medida é um piloto da intervenção e afirmou que serve para "demonstrar resiliência, dizer que não vamos resistir".

No encontro com os deputados, o ministro ouviu sugestões e críticas à intervenção. O deputado Alessandro Molon (PSB) disse ter solicitado a apresentação de um planejamento das medidas que serão tomadas. "Pedimos acesso a um planejamento, com informações sobre métodos e o orçamento", disse o parlamentar, na saída do encontro.

O ministro respondeu pouco depois que a intervenção "contará com dinheiro novo. "Sim, virá dinheiro novo, dinheiro a mais. Não se sabe quanto. Para trazer verba para essa área tem que tirar de alguma, não tem mistério. Mas essa difícil tarefa não me cabe. Me cabe pedir o recurso", disse Jungmann.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, minimizou nesta terça-feira (6) a decisão do ministro Luís Roberto Barroso de quebrar o sigilo bancário do presidente Michel Temer. Jungmann disse que "decisão judicial não se discute, se cumpre", mas acrescentou que o emedebista já se antecipou para mostrar "sua inocência".

"Ordem judicial não se discute, se cumpre, mesmo que discordando dela. O presidente já se antecipou para mostrar sua inocência apresentando todos os dados e informações requeridas antes mesmo que chegasse a ele o conhecimento oficial do requerimento. Eu acredito que o presidente tem amplas condições de demonstrar sua inocência uma vez mais", disse Jungamnn.

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A decisão do STF atende a um pedido do delegado Cleyber Malta, responsável pelo inquérito que investiga irregularidades na edição do decreto dos portos, assinado em maio de 2017. A quebra de sigilo abrange o período entre 2013 e 2017. O inquérito contra Temer foi solicitado pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho do ano passado e teve sua abertura autorizada por Barroso, em setembro. A apuração mira os possíveis crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e corrupção passiva.

Além do presidente, são investigados no inquérito Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), ex-assessor de Temer e ex-deputado federal e Antônio Celso Grecco e Ricardo Conrado Mesquita, respectivamente dono e diretor da empresa Rodrimar. Todos negam irregularidades.

O ministro negou qualquer temor de que a decisão de Supremo afete a imagem do presidente num momento em que o governo investe na pauta da segurança, por meio da intervenção no Rio de Janeiro. "Não [preocupa] porque há imensa demanda pela reduzir a violência e ampliar a segurança, ou seja, há uma demanda popular de todas as classes, independentemente da região, se urbana ou rural, por essa que é a pauta universal. São assuntos diferentes", disse.

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira, 28, que o governo autorizou a realização de concursos públicos para contratação de novos agentes na Polícia Federal e na Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo ele, os concursos devem ser realizados ainda neste ano. Serão 500 novas vagas para a Polícia Federal e 500 para a Polícia Rodoviária Federal.

O orçamento do novo ministério para este ano será de R$ 2,7 bilhões, segundo Jungmann, e os valores não serão contingenciados. "Conversei com o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, e teremos contingenciamento zero no Ministério da Segurança", afirmou.

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O ministro anunciou nesta quarta-feira as primeiras ações do Ministério da Segurança Pública, voltadas para a solução de gargalos e que demandavam respostas imediatas. "São ações emergenciais e que serão sequenciadas continuamente", afirmou. Segundo ele, metas nacionais serão definidas nos próximos meses. "É humanamente impossível falar em metas nacionais com apenas 72 horas à frente do ministério."

Entre as medidas anunciadas, o ministro disse que o governo vai criar um programa para "comprar" o tempo de folga de agentes da PRF. A ideia é ampliar o contingente de agentes patrulhando rodovias em duas mil pessoas. Os postos de vídeo-monitoramento da PRF serão ampliados dos atuais 30 para 330. Na PF, 20 delegados serão deslocados para a área de combate à corrupção, e o número de agentes que atuam na fronteira será duplicado, para 300.

Embora não tenha anunciado os recursos que serão destinados para os Estados aplicarem em segurança, o ministro disse que o governo vai cobrar contrapartidas dos governadores. Uma delas será a ampliação do número de policiais em atuação nas ruas, e não em funções administrativas. Jungmann disse ainda que o governo estuda criar uma Força Nacional de Segurança permanente.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que o governo não desistiu da necessidade de solicitar à Justiça mandados coletivos durante operações a serem realizadas no Rio de Janeiro. "Não é o problema se o governo recuou, não recuou. Não é nada disso. A necessidade é que vai dizer (se precisa do mandado para uma área), e o juiz é soberano para conceder ou não conceder", declarou Jungmann, após a cerimônia de lançamento do Sistema Integrado de Alerta de Desmatamento, nesta quarta-feira, 21. Para o ministro, "estamos vivendo aqui uma falsa polêmica".

Jungmann afirmou ainda que "a jurisprudência não está consolidada" para esse tipo de pedido. "A última palavra não é nossa, é sempre do juiz, que dá ou não (o mandado coletivo)", afirmou, acrescentando que "o uso do mandado coletivo é excepcional".

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Segundo o ministro da Defesa, não há divergência entre o seu discurso e o do ministro da Justiça, Torquato Jardim, sobre os mandados. "O juiz é quem decide, e quero lembrar que esses mandados foram feitos às dezenas, talvez às centenas, no próprio Rio de Janeiro", disse. Jungmann ressalvou que, "sempre que for necessário para salvar vidas, para ir onde está ocorrendo o crime, numa situação onde você não sabe, naquela região, precisamente onde está ocorrendo este crime, como não ir ao juiz e solicitar (o mandado) naquela área?". De acordo com o ministro, nesses casos "você dá as coordenadas e pede ao juiz e ele dá ou não (o mandado coletivo)".

Jungmann disse ainda que é preciso distinguir a intervenção federal, "que é civil e diz respeito ao Estado do Rio de Janeiro", das ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), executadas pelas Forças Armadas e de âmbito federal. Para as ações de GLO em todo o País, segundo Jungmann, há R$ 100 milhões previstos no Orçamento de 2018. São recursos que, de acordo com o ministro, independem, por exemplo, do novo empréstimo de R$ 1 bilhão que o Rio está negociando com a União.

Ainda de acordo com o ministro, o Exército ainda está utilizando recursos do Orçamento de 2017 para as GLOs. "Os R$ 100 milhões estão no Orçamento (deste ano) e serão usados na medida das nossas necessidades. Se precisarmos de mais, vamos pedir suplementação, porque o presidente disse que não faltarão recursos para o Rio de Janeiro."

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o Exército restabeleceu a segurança no Rio Grande do Norte e que o fato de o Estado ter decretado estado de calamidade no Sistema de Segurança Pública "não muda nada" no trabalho que está sendo feito. "O estado está seguro pelo Exército. A segurança está conosco e a situação está normal", disse.

A Operação de Garantia da Lei da Ordem (GLO) no Estado, denominada de Potiguar III, garantiu ao Rio Grande do Norte a presença de 2,8 mil homens do Exército desde o último dia 29. Segundo o ministro, não há previsão de aumento de efetivo.

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No dia 1º, quando apresentou um balanço dos primeiros dias da operação no Estado, o ministro afirmou que a segurança proporcionada pela presença das Forcas Armadas pôde ser comprovada na festa da virada do ano nas ruas. "Nós prometemos trazer tranquilidade, trouxemos. Nós prometemos restaurar a ordem, ela está restaurada", disse o ministro na ocasião.

Jungmann ressaltou, no entanto, que o apoio das Forças Armadas é uma situação extraordinária. "As Forças Armadas não podem ficar permanentemente, nem aqui, nem em nenhum outro Estado. Primeiro, porque a Constituição não permite. Em segundo lugar, o custo é muito elevado", destacou. "Nós sabemos que existem outros custos, mas esta (a segurança pública) é uma atribuição do Estado do Rio Grande do Norte e compete ao Estado restaurar de forma permanente", destacou o ministro.

Crise financeira e greve

O Rio Grande do Norte tem atravessado uma crise financeira e, com o decreto de calamidade, o Estado pode pleitear mais recursos. Durante a coletiva no dia 1º de janeiro, o ministro da Defesa anunciou que o governo federal liberou R$ 225 milhões para o Rio Grande do Norte para que salários atrasados possam ser quitados.

Ele destacou ainda a decisão do desembargador Cláudio Santos, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN), que determinou que os comandantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil do Estado prendam os policiais responsáveis "por incitar, defender ou provocar" a paralisação iniciada no último dia 19.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à reportagem que não concorda com o emprego das Forças Armadas em Porto Alegre, como reforço à segurança da cidade, no dia 24 de janeiro, durante o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta quarta-feira, 3, o prefeito da capital gaúcha, Nelson Marchezan Júnior, do PSDB, solicitou apoio do Exército e da Força Nacional para o dia do julgamento como medida preventiva aos protestos que estão sendo organizados por militantes do PT.

"Não cabe à Prefeitura de Porto Alegre solicitar o emprego de Forças Armadas. Somente ao governo do Estado, e se houver perda de controle, o que não é o caso", declarou o ministro, acrescentando: "tampouco acho que haverá necessidade".

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Jungmann argumentou que a Polícia Militar de Porto Alegre "é muito bem preparada e equipada e sabe agir (em casos de distúrbio)". Ele avaliou que "estão maximizando esta situação". Jungmann avisou ainda que, será contra caso haja um novo pedido de emprego das tropas federais em Porto Alegre.

Lula, que será julgado no Tribunal Federal Regional da 4ª Região, já foi condenado em primeira instância a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do triplex do Guarujá. Se a condenação for confirmada, o petista pode ser impedido de disputar a eleição presidencial deste ano.

De acordo com nota divulgada pelo prefeito tucano, líderes políticos convocaram uma "invasão" em Porto Alegre. Ele utilizou esta justificativa para defender a necessidade de reforço militar para "preservar a integridade dos cidadãos e do patrimônio coletivo".

Ao se declarar contra o envio de tropas do Exército na capital gaúcha, Jungmann insistiu que o pedido preventivo não encontra nenhum amparo legal.

"Senão, poderíamos ter prefeito dos seis mil municípios pedindo a mesma coisa, em caso de problemas em suas cidades", observou.

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A simulação de resgate em situações de ajuda humanitária é o melhor caminho para reforçar a atuação conjunta do Brasil com países vizinhos. A avaliação é do ministro da Defesa, Raul Jungmann que visitou o exercício multinacional de simulação de ajuda humanitária, Amazonlog, na tríplice fronteira com o Peru e a Bolívia. A atividade, executada em parceria com os países vizinhos, reuniu cerca de duas mil pessoas em Tabatinga, no Amazonas.

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A cidade fica distante cerca de 1,1 mil quilômetros de Manaus. Só é possível chegar de barco ou avião. O município, com pouco mais de 60 mil habitantes, está localizado na tríplice fronteira com as cidades de Santa Rosa, no Peru, e Letícia, na Colômbia. A cidade foi escolhida pelos militares devido ao difícil acesso e à falta de estrutura, como comunicações, estradas, dificuldades para conseguir grande quantidade de alimentos.

“Aqui, países que são nossos amigos e vizinhos trabalham conosco, exercitam conosco como atender nossas populações, como alimentá-las, como fazer sua triagem e como dar conforto em situações que muitas vezes são de grande calamidade e podem envolver perda de vidas”, disse o ministro na tarde desse sábado (11), após visitar a base internacional montada para abrigar as tropas.

Jungmann presenciou a simulação de distribuição de cargas com vacinas para a população vítima de um surto de hepatite e sobrevoou a demonstração de medidas para atender a população na possibilidade de explosão de embarcações no Rio Solimões.

As atividades fazem parte de um conjunto de simulações das Forças Armadas para treinar procedimentos de ajuda humanitária em caso de catástrofes como secas, enchentes, terremotos. Uma base militar multinacional foi montada para dar suporte a militares e socorro emergencial às “vítimas”.

As ações contam com a participação de diversos órgãos governamentais como a Polícia Federal, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Defesa Civil, o Ministério das Relações Exteriores.

As simulações envolveram o uso de helicópteros, aviões, além de diversas embarcações para as ações de simulação de acidentes. Também foram feitos atendimentos de saúde para a população ribeirinha e comunidades indígenas do Brasil e dos países vizinhos. Alguns dos exercícios contam com a participação de "figurantes".

EUA

O exercício, previsto para terminar amanhã (13) conta com a presença de militares dos Estados Unidos e de outros países. A presença dos americanos foi motivo de polêmica. Parlamentares da oposição questionaram a presença dos norte-americanos com o argumento de que isso poderia representar uma ameaça à soberania do país.

Pelo Brasil, participam cerca de 1.550 militares; a Colômbia enviou 150; o Peru, 120; e os Estados Unidos, 30. Os americanos participaram como observadores integrados. Eles cederam uma aeronave C-130 para deslocamento de equipamentos e pessoal. Outros países, como Alemanha, Rússia, Canadá, Venezuela, França, Reino Unido e Japão, também enviaram observadores.

Para o ministro, essas críticas em relação à participação dos EUA são “míopes”. “Isso mostra total desconhecimento, porque já participamos desse mesmo exercício nos EUA, sem qualquer problema”, disse. “A atividade reforça a ideia de ajuda humanitária. Temos que dar as mãos quando se trata de atender as populações. Quando houve catástrofes no Peru; no Chile, nós lá estávamos... a forma como a Colômbia tratou a Chapecoense depois do acidente. É isso que queremos: ajuda mútua em favor dos nossos povos”, acrescentou o ministro ao se referir ao acidente de avião com o time brasileiro que matou 71 pessoas e deixou apenas quatro sobreviventes.

Roraima

De Tabatinga, o ministro voou para Roraima, onde desceu na região de Pacaraima, na fronteira com a Venezuela. Lá, ele acompanhou a situação dos venezuelanos que estão migrando para o lado brasileiro. Recentemente, a cidade inaugurou um abrigo com capacidade para 200 pessoas. “Hoje as Forças Armadas e outras agências já cuidam de boa parte do atendimento das pessoas que chegam ao Brasil através de Roraima e vamos continuar ajudando e na medida em que se faça necessário”, destacou.

O Brasil é o segundo país do mundo que mais recebe venezuelanos. Em primeiro lugar estão os EUA com 18,3 mil pessoas. Aqui, até o momento foram cerca de 13 mil solicitações de refúgio. Os dados são da agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).

Depois de uma semana de mal-estar entre o Ministério da Defesa e a Secretaria de Segurança do Rio, o ministro Raul Jungmann e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) se reuniram nesta quinta-feira, 21, para uma trégua e anunciaram que as ações integradas de segurança com as Forças Armadas vão continuar.

O encontro no Palácio Guanabara durou duas horas e foi encerrado por um pronunciamento em tom cordial, após uma sucessão de críticas, nos últimos dias, feitas pelo próprio Jungmann e por autoridades do setor, como o secretário de Segurança, Roberto Sá, e o chefe da Polícia Civil, Carlos Leba. Ninguém da secretaria participou da reunião.

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Pezão disse que "afinou a viola" com Jungmann. O ministro, por sua vez, disse que fez uma D.R (discussão de relacionamento) com o governador do Rio, e acertou as diferenças.

"Afinamos a nossa viola, discutimos a relação e acertamos os nossos passos", disse o governador. "Esse é um processo novo da área de segurança. Tenho certeza que para todas as forças os resultados que já estamos alcançando nesses meses de ação são bons. Nunca tive dúvida de que a cada tempo que nós formos abraçando essa parceira nós vamos melhorá-la mais", completou.

Pela manhã, antes do encontro, Jungmann tinha dito que procuraria "resolver determinados desajustes ou dificuldades que são do desconhecimento de todos". "Tem problema? Tem. Cabe a gente resolver isso. A sociedade quer e exige isso. Nós vamos ficar aqui até o último dia. Nosso time tem que, cada vez mais, melhorar o desempenho. Então vamos sentar e fazer uma DR", declarou.

Jungmann também comentou o pedido feito no Twitter por Sá: o patrulhamento das Forças Armadas em 103 áreas conflagradas. Inicialmente, o ministro afirmou que não aceitaria, mas depois afirmou que a decisão também cabe ao presidente Michel Temer (PMDB).

"Nós ainda não recebemos esse pedido oficialmente. Mas vamos avaliar com a melhor das boas vontades. Quando eu disse não foi porque isso não estava dentro das diretrizes da GLO (Garantia da Lei e da Ordem), mas isso não quer dizer que não vamos analisar com boa vontade", disse o ministro.

O governador e o ministro também anunciaram que, nos primeiros quinze dias de outubro, o presidente Michel Temer (PMDB) vai anunciar um pacote para ajudar nas áreas sociais das favelas do Rio. "Tenho certeza que, cada vez mais, (a integração) vai servir de exemplo para o País, ainda mais com essa entrada pela área social, que sempre foi uma grande demanda das comunidades", disse. Pezão também agradeceu o "empenho" de Temer na ajuda das Forças Armadas no Rio.

Os dois também exaltaram em conjunto dados positivos do Instituto de Segurança Pública do Rio (ISP) sobre a Operação Furacão, uma das ações integradas, iniciada no dia 28 de julho. Ela tem finalidade de combater a violência e o crime organizado no Estado do Rio, com mais de 10 mil agentes de segurança (8.500 das Forças Armadas, 620 da Força Nacional de Segurança, 380 da Polícia Rodoviária Federal e 740 das forças de segurança locais).

Segundo o ISP, depois do programa (29 de julho a 22 de agosto), o roubo de carga diminuiu 43% (585 casos contra 1041), os roubos a transeuntes 32% (6.286 contra 9.265) e os homicídios 22% (393 contra 508).

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, convocou nesta segunda-feira, 18, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, para pedir explicações após a repercussão negativa das declarações do general da ativa Antonio Hamilton Martins Mourão.

O Exército tenta contornar a situação, já que Mourão tem uma forte liderança na tropa. Na sexta-feira passada, dia 15, em palestra, o general da ativa defendeu a possibilidade de intervenção militar diante da crise enfrentada pelo País, caso a situação não seja resolvida pelas próprias instituições.

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Por meio de nota, o ministro da Defesa afirmou que também orientou o comandante "quanto às providências a serem tomadas", mas não explicou quais seriam essas medidas.

No fim de semana, ao tomar conhecimento das afirmações, Jungmann relatou o fato ao presidente Michel Temer e avisou que deixou nas mãos do comandante a decisão sobre como conduzir o caso. O general Villas Bôas ouviu as explicações do general e disse que o problema estava "superado". Mourão já protagonizou outro desconforto político em outubro de 2015, quando criticou o governo da presidente cassada Dilma Rousseff. Pelo Regulamento Disciplinar do Exército, o general pode ser punido por dar declarações de cunho político, sem autorização de seu superior hierárquico.

A decisão do comandante do Exército foi interpretada como uma tentativa de abafar o caso e não teria agradado a Jungmann. O ministro esperava algum tipo de sinal de que esse tipo de declaração não pode ser tolerado. De acordo com integrantes do Alto Comando, Mourão está exatamente a seis meses de deixar o serviço ativo.

Punição

Em 2015, por causa de suas declarações, o general Mourão chegou a perder o Comando Militar do Sul e foi transferido para a Secretaria de Economia e Finanças, um cargo burocrático. Agora, diante da pressão política, ele pode ser retirado de sua função, como medida paliativa para que seu gesto não sirva de "incentivo" a outras manifestações semelhantes.

O assunto, no entanto, ainda está sendo objeto de discussão, porque há quem entenda que puni-lo poderia levar a uma leva de solidariedade no Exército, criando um clima político considerado "desnecessário" As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse à reportagem que "muito em breve" os militares das Forças Armadas voltarão às ruas do Rio. Jungmann, no entanto, se negou a precisar quando ocorrerá este retorno do patrulhamento pelas tropas federais, justificando que isso acontecerá, a exemplo da primeira vez, "de surpresa", "por um tempo determinado", "por demandas específicas", "para trabalhar atendendo aos levantamentos feitos pela inteligência".

O presidente Michel Temer está pessoalmente empenhado na melhoria das condições de segurança do Rio e pediu aos ministros envolvidos nas operações atenção especial para o caso. No domingo, o próprio Temer sobrevoou de helicóptero várias regiões da cidade. Militares ouvidos pelo Estadão/Broadcast consideram a iniciativa "arriscada".

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Jungmann, que nesta quinta-feira (3) mais uma vez, embarcou para a capital carioca, a fim de participar na sexta de reuniões na Escola Superior de Guerra, vai apresentar as várias operações que estão sendo realizadas pelo País, como a Ostium, da Força Aérea Brasileira, que está reforçando a vigilância no espaço aéreo principalmente na fronteira com a Bolívia e Paraguai, combatendo voos irregulares.

Jungmann reconheceu que a presença das Forças Arnadas nas ruas "inibe a ação do crime, mas não reduz a capacidade operacional deles". Para ele, "militar na rua é como anestesia. Quando acaba o efeito, ela passa e a dor volta do mesmo jeito". E emendou: "a nossa lógica é atacar a redução da capacidade operacional do crime, que precisa ser golpeado e será golpeado".

Segundo o ministro, só atacando a raiz do problema, com retirada de armas de circulação, atacando o financiamento das drogas e do tráfico, é que se conseguirá alguma vitória. "Quando as forças federais entram, o crime tira férias e, quando volta, eles vêm de forma pior ainda", emendou ele, avisando "que nós nunca prometemos mágica, nem pirotecnia".

Ele completou dizendo que "todo trabalho será feito de forma gradual e em ação integrada e de inteligência". A entrada dos militares, repetiu, será eventual e localizada, por período específico.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse na manhã desta quinta-feira (25) que a decisão de convocar as Forças Armadas para atuar durante a manifestação de quarta-feira (24) em Brasília "foi um grande acerto". Ainda de acordo com Jungmann, haverá uma reunião com o presidente Michel Temer na manhã desta quinta para avaliar se a polêmica medida - que foi criticada pela oposição no Congresso e por alguns juristas - será revogada.

"Se o comandante da área, general Ferreira Gomes, informar que estamos em tranquilidade, que não existe nenhum foco de resistência, que não existe possibilidade de retornar ao clima anterior, obviamente daremos a sugestão ao presidente que seja revogada", afirmou o ministro em entrevista à rádio CBN.

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Com a decisão de Temer, que foi anunciada por Jungmann na tarde dessa quarta-feira, as Forças Armadas recebem poder de polícia até o próximo dia 31. A decisão de decretar a chamada Garantia de Lei e Ordem (GLO) só pode ser feita por ordem expressa do presidente em caso onde há esgotamento dos órgãos de segurança pública.

"Acho que foi um grande acerto. O que estávamos assistindo ali era uma perda de controle progressiva", disse o ministro, justificando a decisão. "Tínhamos incêndios em prédios de ministérios, servidores apavorados e encurralados dentro desses prédios, e tínhamos uma situação que estava fugindo do controle, não sei onde ia parar", afirmou.

Questionado se a Polícia Militar do Distrito Federal estava preparada para conter os manifestantes, o ministro afirmou que a PM "fez o seu trabalho", mas disse acreditar que "ela não conseguiu dar conta da violência e da quantidade de manifestantes violentos que lá estiveram".

Jungmann insistiu que as Forças Armadas foram instruídas para "atuar de forma defensiva" e lembrou que a GLO foi a mesma usada durante a Olimpíada no ano passado - lém de ter sido implementada nas rebeliões nos presídios em Natal, no Rio Grande do Norte e durante a greve dos policiais no Espírito Santo.

O ministro afirmou que pode pedir indenização pela depredação dos ministérios. "Tem que ser identificados os responsáveis por esse tipo de vandalismo. Se se identificar que tem organizações, centrais ou indivíduos, tem que cobrar. É patrimônio público, pertence ao povo brasileiro e não é aceitável. Isso não tem nada a ver com manifestação democrática", disse.

No anúncio da decisão, durante coletiva nesta quarta, Jungmann afirmou que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), era quem havia pedido a intervenção diante da violência dos manifestantes na Esplanada dos Ministérios. O anúncio, porém, parece ter criado um mal estar com o presidente da Casa, que afirmou ter pedido apoio da Força Nacional apenas para o entorno do prédio da Câmara. Jungmann disse que, na noite de quarta, ligou para Maia.

"Ele estava presidindo a sessão e ficou de conversar comigo", explicou o ministro, que disse que, da sua parte, "não houve mentira nenhuma". "Ao chegar no Palácio, a informação que eu tinha era que o presidente (da Câmara) tinha solicitado uma ação das Forças Armadas e, depois, o que se verificou é que ele tinha solicitado a Força Nacional de Segurança", afirmou. Ainda de acordo com o ministro, a Força Nacional tinha "pouco mais de 100 homens". "Era insuficiente para conter os atos de vandalismo."

O decreto de Temer foi visto com preocupação por alguns juristas e pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello, que disse "esperar que a notícia não fosse verdadeira" durante a sessão plenária na Corte.

Protestos

O ato em Brasília, que pedia a renúncia do presidente, terminou com pessoas feridas, prédios depredados, pontos de ônibus destruídos, fogo ateado em banheiros químicos e manifestantes presos. Até a noite desta quarta-feira, a Secretaria de Segurança do Distrito Federal não havia informado o efetivo usado pela polícia. Números oficiais indicavam 49 feridos, entre eles, um por arma de fogo, confirmado pela secretaria.

Após almoço com o presidente Michel Temer neste domingo (9), o ministro Raul Jungmann (Defesa) disse que o PPS vai fechar questão para que todos os deputados da sigla votem a favor da reforma da Previdência. Segundo o ministro, a Executiva do partido vai se reunir depois do feriado de Páscoa para debater o assunto. Na sequência, haverá um encontro com a bancada da Câmara, que tem demonstrado resistência em apoiar a proposta.

"Eu relatei ao presidente Temer que o PPS optou por fechar questão. As mudanças que foram feitas naqueles cinco pontos se ajustam ao que era esperado pela bancada", disse.

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Com dificuldades em aprovar a reforma da Previdência, o governo decidiu ceder e, na semana passada, anunciou alterações na regra de transição, na aposentadoria do trabalhador rural, nos regimes especiais para policiais e professores, no Benefício de Prestação Continuada (BPC) - para idosos e pessoas com deficiência de baixa renda - e nas pensões.

Apesar da declaração de Jungmann, o líder do PPS na Câmara, Arnaldo Jordy (PA), afirmou que as mudanças devem facilitar o apoio dos deputados do partido à proposta. Ele, no entanto, disse que a bancada vai esperar o texto final do relator Arthur Maia (PPS-BA) para decidir se vai ou não fechar questão.

A postura do PPS em relação à Previdência tem irritado o Palácio do Planalto. Interlocutores de Temer lembram que o partido, que tem apenas oito deputados, ocupa duas pastas na Esplanada dos Ministérios - Defesa, com Jungmann, e Cultura, com Roberto Freire.

A postura do líder do partido na Câmara também preocupou o Planalto. Jordy, que inicialmente havia se declarado a favor da reforma no placar do Grupo Estado, mudou de ideia após sofrer pressão em sua base eleitoral e procurou o jornal para se posicionar contra a aprovação da Previdência.

Convescote

O almoço deste domingo aconteceu na residência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Além de Temer e Jungmann, também participaram do encontro os ministros Bruno Araújo (Cidades), Antonio Imbassay (Secretaria de Governo) e Mendonça Filho (Educação). O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), também estiveram na reunião.

Apesar do clima tenso por causa da Previdência, Jungmann falou que o encontro teve um clima descontraído. "Foi um convescote, não teve uma pauta definida. Conversa solta, conversa frouxa", afirmou.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou, nesta quarta-feira (18), que o orçamento previsto para as operações que serão realizadas com os militares, nas penitenciárias do país, inicialmente, será de R$ 10 milhões. De acordo com o informado, os valores podem mudar dependendo das demandas de cada estado.  O anúncio de que as Forças Armadas poderão atuar nos presídios foi feito, nessa terça-feira (17), pelo Governo Federal. 

Ele explicou disse que, a princípio, atuarão aproximadamente mil homens distribuídos em 30 equipes. O número também pode crescer. Segundo Jungmann, as Forças Armadas estarão prontas para as varredouras em um prazo máximo de dez dias.  "Nós estaremos em condições operacionais, não é que iniciemos [as operações], mas dentro de oito ou dez dias estaremos, em termos operacionais, prontos", garantiu. 

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Raul Jungmann destacou que nenhum estado solicitou, até agora, a ação dos militares, mas acredita que pode acontecer ainda hoje. Disse também que eles não terão contato direto com os presos.

Ele ainda afirmou que o serviço de inteligência das Forças Armadas irá verificar, antes da entrada dos militares nos presídios, se existe a possibilidade de um tumulto ou rebelião no local e que as inspeções irão acontecer “de surpresa”. 

"Entre uma ou outra limpeza, uma ou outra vistoria, os governos estaduais têm responsabilidade de manter aquela unidade prisional sem armas, sem munição e sem explosivo. E se para isso precisarem de recursos federais para bloqueadores, scanners, raios-x e treinamento, nós estamos à disposição para apoiar os estados", assegurou. 

Decreto

O texto que autoriza o emprego das Forças Armadas para a "garantia da lei e da ordem" no sistema penitenciário brasileiro foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (18). O documento destaca que as Forças Armadas executarão atividades em todos os presídios brasileiros para a detecção de armas, drogas, celulares e outros materiais ilícitos ou proibidos. 

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, considerou que "o impasse" vivido por conta da liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), afastando do cargo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), "foi resolvido por quem de direito", referindo-se ao plenário da Corte.

Jungmann tentou minimizar as críticas de que houve um acordão para salvar Renan com participação do STF, do Congresso e do Planalto. "Não creio que, necessariamente, tenha ocorrido um acordão, mas interpretação feita pelo STF, que é a quem cabe interpretar a Constituição". Para ele, esse assunto é "página virada" da crise.

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"Supremo falou, causa encerrada", prosseguiu o ministro, justificando que havia um "conflito de interpretação" entre o STF e o Senado. O ministro evitou polemizar a decisão alegando que "vivemos teste de limite dos Poderes, que acabou solucionado pelo plenário do STF". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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