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A exibição do filme O Jardim das Aflições, na tarde desta sexta-fera (27), no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFHC) da Universidade Federal de Pernambuco, terminou em confusão e com algumas pessoas feridas. O diretor do documentário, Josias Teófilo, que estava na sessão, relatou o ocorrido nas suas redes sociais, inclusive postando fotos de um homem machucado.

"CFCH virou uma praça de guerra. Eles avançavam gritando. Tentei mediar o conflito mas não foi possível. Os dois grupos se espancaram no corredor. Se não fosse essas pessoas que nos defenderam teriam invadido o auditório e nos agredido. O debate não aconteceu por isso", postou.

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Segundo a assessoria de imprensa da UFPE, a Superintendência de Segurança Institucional da universidade foi acionada por volta das 16h20 e, chegando no local, conseguiu deter a confusão. Ainda de acordo com a instituição, ninguém foi detido ou ficou gravemente ferido. A assessoria ainda informou que a diretoria do CFHC já teria deixado avisado aos seguranças que poderia haver conflitos, devido a comentários contrários ao filme nas redes sociais.

O documentário O Jardim das Aflições conta a história do filosófico Olavo de Carvalho, ícone da direita brasileira. O filme foi o grande vencedor da 21ª edição do Cine PE, ganhando como melhor longa metragem. Antes do festival, alguns diretores retiraram suas produções do evento, em retaliação à participação do doc.

Veja o vídeo feito pelo diretor Josias Teófilo, durante episódio dessa tarde.

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Polêmico assim como seu protagonista, o documentário “O Jardim das Aflições”, sobre o filósofo Olavo de Carvalho, foi exibido nesta quarta-feira (28) durante a programação do 21º CinePE. O EstreiaJá acompanhou a projeção do filme no Cinema São Luiz e conversou com o diretor Josias Teófilo. Além disso o programa também bateu um papo com Sandra Bertini, organizadora do festival.

O EstreiaJá é apresentado pelo jornalista e crítico de cinema Rodrigo Rigaud e é publicado semanalmente no LeiaJa.com.

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Confira o programa completo no vídeo abaixo.

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Uma mistura de expectativa e tensão tomou conta do Cine PE 2017. A grande espera da noite foi a apresentação do filme 'O Jardim das Aflições', do diretor Josias Teófilo, que apresentou o documentário sobre a obra do 'filósofo' Olávo de Carvalho.

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Cercado de várias polêmicas, o documentário levantou uma carga extensa de comentários, manifestações e posicionamento político, contra sua produção. Entretanto, contrário a todo esse fervor de ideias, um público expressivo, que defende as ideologias de Olavo, marcou presença durante a sessão, com camisas que enalteciam o escritor e a direita.

O realizador do filme, o pernambucano Josias Teófilo, foi exaltado e 'tietado' e apoiado pelo público presente. Em entrevista ao LeiaJa.com, o diretor externou o seu posicionamento em relação à criação do trabalho, abordou as polêmicas e da expectativa de lançar o documentário no Cinema São Luiz.

"Quando pensei em gravar não imaginei que chegaria a esse ponto. Até porque, o filme não tem um teor político, ele vai de encontro ao entendimento das manifestações", falou o diretor. De acordo com Teófilo, o trabalho atende a um público 'esquecido', e que não é favorecido com produções nacionais, Para ele, o Jardim quebra essa lacuna. "As pessoas precisam, primeiramente, olhar de frente a obra para depois julgá-la", defendeu. 

Quando questionado se o retorno à Região de origem causou tensão após as polêmicas envolvendo colegas da mesma classe, Josias pontuou. "Confesso que o clima foi tenso, Inclusive, estavamos esperando que tivesse algum tipo de movimentação e até violência. Com isso, a expectativa é muito grande de estar no Cinema São Luiz e retornar em um cenário tão crítico", considerou. 

Já o produtor do filme Matheus Bazzo falou que a estratégia dos realizadores retirarem os filmes foi burrice. "Espero que eles tenham se arrependido. Isso foi burrice e só ajudou na divulgação do nosso documentário e a assessoria de imprensa", comentou.

Antes mesmo da exibição do seu trabalho, o cineasta foi ovacionado pelo público presente e durante o seu pronunciamento acerca da obra, Josias criticou a retirada dos filmes, falou sobre a produção, mas sem citar Olavo de Carvalho. "Demoramos dois anos para concluir o trabalho e agora, esperamos que as pessoas juguem a obra após olhar ela de frente", concluiu.

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Falando sobre a retirada dos sete filmes, Teófilo lamentou. "Agradeço a todos que estão aqui. A pressão da classe foi grande, inclusive o meu amigo Luiz Joaquim não aceitou ser homanageado, mas estamos aqui e pergunto: quem quer ver o filme no circuito alternativo?", questionou em tom de provocação. Em resposta, o diretor recebeu inúmeros aplausos e surgiram gritos em defesa de Jair Bolsonaro. O filme apresentou, através da filosofia, pensamentos, questionamentos, posicionamento político e o poder do Estado.

Polêmica - No início de maio, sete realizadores selecionados para o Cine PE desistiram de participar da mostra competitiva do evento. Em uma nota divulgada, os representantes dos filmes defenderam que a edição de 2017 do festival favorece um discurso partidário alinhado à direita conservadora. A decisão foi tomada devido à escolha dos filmes 'Real, o plano por traz da história' e 'O Jardim das Aflições'.

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O Cine PE - Festival Audiovisual divulgou a nova lista de filmes da programação da sua 21ª edição, após sete realizadores retirarem suas obras do evento em protesto. Os cineastas acusaram o festival de ter um direcionamento político que "favorece um discurso partidário alinhado à direita conservadora". Por conta do boicote, a organização decidiu adiar a realizaçao do Cine PE 2017, originalmente previsto para ser realizado de 23 a 29 de maio.

O festival já havia divulgado uma nova data de realização, de 27 de junho a 3 de julho. “O Jardim das Aflições”, de Josias Teófilo, baseado na obra de Olavo de Carvalho, que esteve no centro da polêmica que culminou na desistência de alguns diretores, continua na grade.

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Passam a integrar a grade: "Marina e o passarinho perdido", de Marcos França; "Soberanos da Resistência", de Marcus Paiva; "Dia dos Namorados", de Roberto Burd; "O Menino do Canto do Mar", de Ulisses Andrade; "Peleja do Sertão", de Fábio Miranda; "Mulheres Negras: Projetos de Mundo", de Lucas Ogasawara; "Sal", de Diego Freitas; "José", de Fernando Gutiérrez e Gabriel Ramos; "O Caso Dionísio Diaz", de Chico Amorim e Fabiana Karla

“Apesar de todos os atropelos ocorridos para celebrarmos a 21ª edição do CINE PE estamos firmes e fortes para realizarmos o festival. Saudamos a todos que contribuem com gestos e palavras para o engrandecimento e a sua renovação. Ratifico o compromisso com a pluralidade das ideias para a cultura e, em especial, para o audiovisual. Ratifico o nosso compromisso com os patrocinadores e com o público, presença sempre marcante em todas as edições”, afirma Sandra Bertini, diretora do festival, em nota.

De acordo com a organização, inscreveram-se neste ano 473 filmes, sendo 398 curtas e 75 longas. As exibições dos longas e curtas contarão com o recurso da audiodescrição, para atender ao público com deficiência auditiva. 

Os ingressos para as sessões do 21º Cine PE custam R$ 5 (preço único) e são adquiridos na bilheteria do Cinema São Luiz. Os valores serão revertidos para a manutenção do espaço. Haverá também venda de ingressos antecipados, também na bilheteria do cinema. 

Serviço

Cine PE 2017 Festival do Audiovisual

27 de junho a 3 de julho

Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 - Boa Vista)

(81) 3461.2765 ou festival@bpe.com.br

R$ 5

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O livro O Cinema Sonhado, escrito Josias Teófilo será lançado nesta quarta-feira (17), no Cinema da Fundação Joaquim Nabuco, localizado no bairro do Derby, às 20h. A obra é um estudo poético sobre Pedro Teófilo Batista, aviador de formação, repórter cinematográfico, arquiteto autodidata, cineasta e inventor.

O enredo do livro busca priorizar o cinema sonhado por Pedro Teófilo, ou seja, os filmes por ele idealizados. O livro trata do cinema como forma criadora do imaginário, o cinema é a linha funda que liga biografo e biografado. A obra mistura biografia com autobiografia, onde aquele que escreve trata do outro e de si mesmo.

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Em entrevista ao Portal Leiajá, Josias Teófilo falou sobre o processo de produção do livro. "Na verdade, foram sete anos de pesquisa ao todo. Os últimos três anos foram dedicados a escrita. Eu iniciei o meu trabalho vendo e analisando os arquivos do meu avô, e aí a partir disso  fui compondo um personagem entendendo não só ao meu avô, mas a mim mesmo", contou.

"O livro Conta a história do meu avô que cresceu no centro da cidde, conta onde ele nasceu, da importancia da igreja para a cidade. Falo um pouco até sobre estrutura urbana do Recife. A formação do meu avô e alguns episódios que se passaram na vida dele, como quando ele viu o filme O Canto do Mar de Alberto Cavalcanti e a sua reação."

Josias conta que o livro não é apenas uma história, mas um método de auto conhecimento. "Desde o começo do meu trabalho, notei que seria uma descoberta mais interna do que exterior, eu ia descobrir a mim mesmo.. é um estudo poético, não é histórico. A obra é uma espécie de método de estudo dos antepassados, é uma forma de analisar a genealogia, o leitor pode passar a entender a importância de conhecer a história do seu passado", contou.

O livro conta também a importância do cinema na vida de cineasta e inventor Pedro Teófilo. "O cinema sonhado, é o cinema que ele sonhou e realizou e idealizou.. depois os filmes , é o cinema que eu sonhei também. É algo que é muito importante na minha família, meu avô conheceu a minha avó no Cinema Olympia, é como se a propria estrutura do cinema fosse espécie de origem da família, 19 descedentes da minha família estão onde estão por causa do cinema", conclui.

Serviço

 

O Cinema Sonhado - Lançamento - R$ 20,00

Quarta (17) | 20h

Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Rua Henrique Dias, 609 - Derby)

R$ 20,00 (Livro)

(81) 3073 6689

 

 

 

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