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Senadores e deputados observaram um minuto de silêncio, durante a sessão desta quarta-feira (18) do Congresso Nacional, pela morte do senador João Ribeiro (PR-TO), que faleceu nesta quarta-feira (18). A homenagem foi solicitada pelo senador Walter Pinheiro (PT-BA), após fazer a comunicação ao Plenário.

"Perdemos um companheiro do Senado. O povo do Tocantins perde uma de suas lideranças. Fica aqui nossa palavra de consolo à sua família", disse Pinheiro. 

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João Ribeiro tinha 59 anos e estava internado desde o último dia 16 de novembro no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, depois de sofrer complicações pulmonares em consequência de um transplante de medula óssea.

Carreira política

Filho de uma funcionária pública e de um pedreiro, o goiano João Batista de Jesus Ribeiro, nascido em 1954 na cidade de Campo Alegre de Goiás, estava em seu segundo mandato consecutivo no Senado Federal. Cumpriria o mandato até janeiro de 2019. Sua carreira política, no entanto, começou muitos anos antes.

A vida pública teve início em 1982, quando João Ribeiro foi eleito vereador de Araguaína, numa época em que a cidade, que hoje pertence a Tocantins, ainda fazia parte do território goiano. Era, naquele momento, filiado ao PDS. Quatro anos depois, nos quadros do PFL, foi o deputado estadual mais bem votado em Goiás. Destacou-se na defesa dos garimpeiros, em um período em que o Brasil vivia o auge do garimpo de Serra Pelada. Ainda naquele mandato, João Ribeiro se empenhou pela criação do estado de Tocantins. O senador considerava sua vitoriosa luta nesse sentido o principal marco de sua carreira política.

Disputou e venceu as eleições para prefeito de Araguaína, e ficou frente à administração municipal entre 1989 e 1993. No ano seguinte chegou a Brasília como deputado federal. Foi reeleito em 1998. Nesses dois mandatos, deu prioridade à busca de recursos para Tocantins.

Durante o mandato de deputado, licenciou-se em duas oportunidades para ocupar cargos no governo de Tocantins. Foi secretário de Turismo Ecológico e secretário de Governo, nas gestões de Siqueira Campos, que atualmente governa o estado pela quarta vez.

Mandato no Senado

A atuação no Senado foi marcada por um caráter municipalista. Agiu com empenho pela construção da Ferrovia Norte-Sul, das hidrelétricas dos rios Araguaia e Tocantins e para levar saneamento básico, esportes, estradas e turismo para as cidades do estado.

João Ribeiro era casado com Cinthia Alves Caetano Ribeiro. Tinha sete filhos. O suplente do senador é Ataídes Oliveira (PSDB-TO), que já exerceu o mandato em 2011 e no período de fevereiro a agosto deste ano, durante licenças do titular.

A doença

Conforme a sua assessoria de comunicação, João Ribeiro foi diagnosticado em maio de 2012 com a Síndrome Mielodisplásica Hiperfibrótica (SMD), doença rara que tornou necessário o transplante de medula. Submeteu-se a novo transplante de medula no último mês de junho, após infecção viral que o deixou debilitado por um bom tempo e em tratamento intensivo no Hospital Sírio-Libanês.

Teve alta em agosto deste ano, e logo reassumiu suas atividades parlamentares, dando ênfase ao esforço para captar recursos em favor dos municípios tocantinenses. Com esse objetivo foi recebido no último dia 16 de outubro pela presidente Dilma Rousseff, de quem - segundo a sua assessoria - ouviu manifestação de apoio para sair candidato a governador nas próximas eleições.

Mais uma vez hospitalizado em 16 de novembro, João Ribeiro não resistiu ao delicado tratamento a que era submetido desde o ano anterior.

*Com informações da Agência Senado


O Palácio do Planalto divulgou na tarde desta quarta-feira, 18, nota de pesar da presidenta Dilma Rousseff pelo falecimento do senador João Ribeiro (PR-TO). Ele morreu na manhã desta quarta, aos 59 anos, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde 16 de novembro para o tratamento de um tipo raro de leucemia. Ele teve complicações pulmonares após um transplante de medula óssea, realizado em janeiro.

"Foi com tristeza que tomei conhecimento da morte do senador João Ribeiro, ilustre representante do estado do Tocantins. Líder do Partido da República no Senado, Ribeiro foi um companheiro leal da base aliada do governo. Foi sempre uma voz de contribuição positiva na relação entre o Legislativo e Executivo", cita a nota de Dilma.

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O material da presidente menciona, ainda, que o senador era "de família humilde, foi engraxate, vendedor de picolé e trabalhou na roça. Foi prefeito de Araguaína, deputado estadual e, como deputado federal, peça importante na criação do estado do Tocantins". "Aos amigos e familiares, solidarizo-me neste momento de dor", conclui a presidente.

Desde o fim do mês passado, quando foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, o senador respirava com ajuda de aparelhos. Os boletins médicos, contudo, afirmavam que o estado de saúde dele era estável. Ele estava em seu segundo mandato consecutivo no Senado Federal. Cumpriria o mandato até janeiro de 2019.

O senador João Ribeiro (PR-TO) morreu na manhã desta quarta-feira (18), aos 59 anos, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde estava internado desde 16 de novembro para o tratamento de um tipo raro de leucemia. Ele teve complicações pulmonares após um transplante de medula óssea, realizado em janeiro.

Desde o fim do mês passado, quando foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, o senador respirava com ajuda de aparelhos. Os boletins médicos, contudo, afirmavam que o estado de saúde dele era estável.

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A pressão do senador João Ribeiro (PR-TO) para que seu suplente Ataídes Oliveira (PSDB-TO) retirasse a assinatura que apoia a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Transportes tem uma causa própria. Ribeiro teme que uma investigação no setor chegue a seu nome.

Licenciado até o fim do mês por motivo de saúde, o senador é um dos principais fiadores da cúpula do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) demitida nos últimos 30 dias. E mais: na eleição de 2010, quando foi reeleito, ganhou ao menos R$ 650 mil de ajuda financeira de empresas contratadas pelo órgão.

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Presidente do PR do Tocantins, Ribeiro fez ainda o relatório no Senado que aprovou o nome de José Henrique Sadok para a diretoria executiva do Dnit em 2006. Sadok foi afastado em julho passado após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que uma empresa da mulher dele faturou R$ 18 milhões em contratos vinculados ao Dnit. No documento, Ribeiro disse que Sadok tinha "idoneidade moral e reputação ilibada" para ser diretor executivo.

Agora, o senador do PR tenta emplacar o superintendente do Dnit no Tocantins, Amauri Souza Lima, como novo diretor-geral da autarquia em Brasília. Quer, pelo menos, que ele seja uma espécie de "interino" para que possa ser efetivado mais à frente após sabatina no Senado. O nome de Lima já foi apresentado ao ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, que ainda não divulgou o escolhido e resiste à sugestão do senador.

Em maio, Ribeiro tirou licença do mandato para tratar da saúde. O suplente, Ataídes Oliveira, assumiu temporariamente. Depois de assinar o pedido de CPI sobre a corrupção nos Transportes, o suplente voltou atrás por pressão de Ribeiro. Mas recuou novamente e manteve a assinatura. Oliveira, aliás, aparece como doador de R$ 305 mil para o diretório regional do PR. A reportagem tentou localizar por telefone o senador João Ribeiro para comentar a crise nos Transportes. Um recado foi deixado, até mesmo no gabinete de seu suplente por meio de uma secretária, que disse que tentaria encontrá-lo. Mas nenhuma resposta foi dada até ontem à noite. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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