Tópicos | Jhonatan de Jesus

O ex-deputado federal por Roraima Jhonatan de Jesus (Republicanos) foi empossado nesta quarta-feira (15) ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Eleito em 2022 para seu quarto mandato parlamentar (que se encerraria em 2027), Jhonatan foi indicado para o cargo pela Câmara dos Deputados, teve seu nome aprovado pelo Senado e foi nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Formado em medicina e filho do senador Antônio Mecias, também do partido Republicanos, Jhonatan, de 39 anos de idade, assume a vaga aberta em julho de 2022, quando sua antecessora, Ana Arraes, se aposentou ao completar 75 anos, idade em que a legislação exige que os ministros do TCU se aposentem compulsoriamente.

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Indicado para o cargo pela liderança do partido Republicanos na Câmara, Jhonatan demonstrou força tanto durante a campanha para conquistar os votos de deputados e senadores, quanto na cerimônia de posse, realizada esta manhã.

Apadrinhado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), que prestigiou sua posse, Jhonatan também contou com as presenças do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, e de seis ministros de Estado: Fernando Haddad (Fazenda); Mauro Vieira (Relações Exteriores); Márcio França (Portos e Aeroportos); Carlos Lupi (Previdência Social); André de Paula (Pesca e Aquicultura) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União). Também compareceram à cerimônia o procurador-geral da República, Augusto Aras; os governadores Antonio Denarium (Roraima) e Carlos Brandão (Maranhão) e vários parlamentares.

Na sua fala, ele cumprimentou "o amigo e querido deputado Artur Lira" e, "em especial, o meu querido amigo, que fez questão da minha indicação a esta vaga, o deputado federal Marcos Pereira [presidente nacional do partido Republicanos]”. Ele prometeu valer-se de sua experiência como deputado federal para aproximar o órgão de controle externo responsável por fiscalizar a execução orçamentária e financeira do país e o Parlamento.

“Um dos meus objetivos é fazer com que minha passagem por esta corte tenha uma conexão mais efetiva, mais produtiva, entre o Congresso Nacional e o Tribunal de Contas da União”, afirmou o novo ministro, destacando o importante papel que o TCU desempenha ao “zelar pela correta utilização do dinheiro público”.

“Penso que, muito além das atribuições de auxiliar do Poder Legislativo, esta Casa pode assumir um papel de ainda mais produtividade, companheirismo e cumplicidade com a Câmara e o Senado, em prol da discussão da realidade vivida e direcionada por estas instituições à políticas públicas concretas”, acrescentou Jhonatan.

A escolha do político de Roraima para o cargo foi efetivada em fevereiro deste ano. Disputando a indicação de seu nome pela Câmara dos Deputados com o ex-deputado federal Fábio Ramalho (MDB-MG) e com a também deputada federal Soraya Santos (PL-RJ), Jhonatan foi escolhido ao receber 239 dos 513 votos de seus pares. No Senado, ele obteve 72 votos favoráveis a sua indicação, contra dois votos contrários e uma abstenção.

Hoje, ao saudar o novo ministro, o presidente do TCU, ministro Bruno Dantas, disse estar certo de que a trajetória de Jhonatan como político e natural da região Norte enriquecerá os debates da Corte. Dantas chegou a defender as indicações políticas para compor o colegiado.

“É muito importante que este tribunal conte, pela primeira vez, com um ministro natural de Roraima", disse. "E com a imparcialidade de quem jamais foi filiado a partido político, jamais disputou uma eleição e não tem políticos na família, quero atestar que a grandeza desta Casa se deve, em larga medida, à participação do Congresso Nacional na escolha de seus membros. Cada vez que o Parlamento nos brinda com a indicação de um nome que, além da dedicação à vida pública, também possui uma trajetória com notória inteligência e probidade, esta casa se renova e se aproxima ainda mais da sociedade”, defendeu Dantas.

“Digo isso porque, muitas vezes, ouço opiniões pouco iluminadas sustentarem que esta Corte de Contas deveria ser composta exclusivamente por [ministros] recrutados por concurso público. Eu, porém, que tenho o concurso público como minha gênese, já declarei mais de uma vez e repito: o que torna o TCU uma das mais importantes instituições republicanas do país é precisamente esta composição plural, com a simbiose de técnicos que frequentaram os bancos das melhores universidades e também pessoas oriundas de mandatos eletivos, aprovadas pelo mais difícil concurso que uma democracia pode conceber, ou seja, as eleições partidárias”, acrescentou Dantas.

O TCU é composto por nove ministros titulares e outros quatro substitutos. Entre os titulares, seis são escolhidos pelo Congresso Nacional e três pelo presidente da República, que deve selecionar ao menos dois destes entre os membros substitutos, que são selecionados por meio de concurso de provas e títulos. Com a aposentadoria de Ana Arraes, o TCU passou a contar exclusivamente com ministros homens.

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (2) a indicação do deputado Jhonatan de Jesus (Republicanos-RR) para ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), órgão auxiliar do Congresso Nacional no controle externo da administração pública. A indicação será transformada em um projeto de decreto legislativo e enviado para o Senado.

Jhonatan de Jesus recebeu 239 votos – para ser aprovada, a indicação exigia maioria simples em votação secreta. Ele agradeceu os apoios recebidos e disse que representará o Congresso no tribunal, mantendo o gabinete de portas abertas. “O TCU não existe para punir, mas para auxiliar o Parlamento”, observou.

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O deputado ainda defendeu em Plenário que as decisões do Tribunal de Contas da União sejam técnicas e adequadas. “Ninguém sob minha a orientação será condenado com base em interesses de grupos ou de pessoas que queiram transformar o TCU numa arena de perseguição política a adversários”, afirmou.

O ex-deputado Fábio Ramalho (MDB-MG), que já foi vice-presidente da Câmara e não foi reeleito em 2022 após quatro mandatos consecutivos, obteve 174 votos. A deputada Soraya Santos (PL-RJ), com 75 votos, havia cobrado em seu discurso mais oportunidade para a participação feminina em instituições e órgãos técnicos.

A indicação de Jhonatan de Jesus partiu da liderança do Republicanos – o partido deverá manter a vaga na bancada de Roraima com Gabriel Mota, hoje vereador em Boa Vista. A iniciativa teve apoio de sete legendas (MDB, PDT, Podemos, PP, PSB, PSD e União) e de duas federações (PSDB-Cidadania e PT-PCdoB-PV).

Filho do senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), o deputado obteve o quarto mandato como o mais votado em Roraima (19,8 mil votos). Duas iniciativas dele se tornaram norma jurídica, Uma delas, a Lei 14.004/20, promoveu mudança nas regras para a transferência de terras da União aos estados de Roraima e Amapá.

A vaga no Tribunal de Contas da União foi aberta pela aposentadoria da ministra Ana Arraes. Ex-deputada de Pernambuco pelo PSB, ela integrou o tribunal entre 2011 e 2022. Foi a primeira mulher indicada pela Câmara como ministra do TCU, mas a segunda na Corte. Élvia Castello Branco foi ministra de 1985 a 1997.

*Da Agência Câmara de Notícias

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