Tópicos | Jesús Morlán

A dois anos dos Jogos Olímpicos do Rio, dois estrangeiros foram escolhidos pelo Comitê Olímpico Brasileiro como melhores técnicos do País em 2014. Em modalidades coletivas venceu o dinamarquês Morten Soubak, que levou a seleção brasileira feminina de handebol ao título mundial, no fim do ano passado (depois da premiação de 2013). Em modalidade individual, ganhou o espanhol Jesús Morlán, que comanda a equipe de canoagem velocidade.

Morlán foi uma das principais contratações do próprio COB visando os Jogos do Rio/2016. Ele era o treinador de David Cal, maior medalhista olímpico da história da Espanha, mas estava descontente com o apoio oferecido pelo país europeu. No Brasil, assumiu um centro de treinamento na represa de Guarapiranga e, lá, preparou Isaquias Queiroz para ser campeão mundial de canoagem velocidade.

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Neste ano, Isaquias vencia a prova olímpica do C1 1000 no Mundial, tentou um último empuxo antes da linha de chegada, para não ser ultrapassado, e acabou caindo da canoa. Chegou a ser declarado vice-campeão, mas terminou eliminado. De qualquer forma, ganhou duas medalhas no Mundial deste ano e outras duas no do ano passado (um ouro e um bronze em cada um).

"Recebo o prêmio com muito carinho, mas a minha maior alegria, o meu prêmio pessoal, são as medalhas e o reconhecimento dos atletas e da canoagem brasileira. É uma grande surpresa ganhar este reconhecimento, pois estou há apenas um ano e meio no Brasil. O que mais gosto de tudo isso é que reconheçam a canoagem do Brasil. Primeiramente eu dedico este prêmio aos atletas, depois a todos que trabalham comigo, pois todos me ajudaram de alguma forma para isso", comemorou o treinador espanhol.

O trabalho de Morlán é tão reconhecido que ele ganhou um centro de treinamento exclusivo. A equipe masculina de canoa da canoagem velocidade agora treina em Lagoa Santa (MG). Ali, comanda quatro atletas: Isaquias, Niválter Jesus, Erlon Santos e Ronilson Oliveira. Todos têm chances reais de medalha em 2016 - Erlon e Ronilson como dupla.

SOUBAK - Em modalidades coletivas, não havia como não premiar o dinamarquês Morten Soubak, que levou a seleção feminina de handebol ao título mundial. O trabalho, que começou em 2009, já incluía um bom desempenho no Mundial de 2011, em São Paulo, e nos Jogos Olímpicos de Londres, quando o Brasil ficou a um jogo de brigar pela medalha.

"É uma honra muito grande receber o Prêmio Brasil Olímpico. Fico muito feliz com o reconhecimento do trabalho, que não é só realizado através de mim, mas de todo o handebol feminino do Brasil. Este prêmio nos motiva mais ainda para irmos atrás de novas medalhas para o Brasil em 2015, nos Jogos Pan-americanos, e no Rio/2016. O Mundial de 2013 foi histórico. Poucas vezes um time de fora da Europa conquistou um título dessa grandeza", afirmou Morten.

PRÊMIO BRASIL OLÍMPICO - Morten e Morlán vão receber o honraria durante o Prêmio Brasil Olímpico 2014, que terá sua cerimônia no Rio, dia 16 de dezembro, no Theatro Municipal do Rio. Concorrem ao prêmio individual: Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Mayra Aguiar (judô) e Martine Grael/Kahena Kunze (vela), no feminino; Arthur Zanetti (ginástica artística), Marcus Vinicius D´Almeida (tiro com arco) e Tiago Splitter (basquete), no masculino.

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