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A prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi assunto durante o Fórum Social Mundial de Londres, que acontece nesta semana. O endosso ao pedido de liberdade para o petista foi feito pelo líder do Partido Trabalhista Britânico, Jeremy Corbyn.

Em um vídeo publicado nesta quinta-feira (25), Corbyn afirma que a prisão do brasileiro é política e se solidarizou com “as pessoas que estão defendendo a democracia e as conquistas alcançadas no Brasil pelos sindicatos, as organizações sociais e, principalmente, pelos governos Lula e Dilma”.

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O líder britânico complementou que a prisão de Lula é “completamente inaceitável” e pediu a libertação do ex-presidente “para que ele continue trabalhando como socialista, sindicalista e ativista político, para tentar unir as pessoas em defesa do bem-estar social, da natureza e do meio ambiente, ao contrário do atual presidente brasileiro”.

Lula está preso na Sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde o dia 7 de abril de 2018, quando decidiu se entregar à polícia. O petista foi alvo de uma das fases da Operação Lava Jato, na época comandada pelo atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.

Os cerca de 40 mil colégios eleitorais, onde são esperados 46,9 milhões de britânicos para votar nas eleições gerais do Reino Unido, abriram suas portas nesta quinta-feira (8) às 7h (horário local, 3h de Brasília), em uma jornada que vai durar até as 22h (horário local, 18h de Brasília). A informação é da Agência EFE.

Os dois principais candidatos a chefe de governo, a atual primeira-ministra, a conservadora Theresa May, que convocou as eleições de maneira antecipada, e o líder do opositor Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, votarão em seus distritos durante a manhã.

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Em alguns dos colégios, que foram habilitados principalmente em centros comunitários ou escolas do país, entre outras instalações, foram estabelecidas maiores medidas de segurança, por causa do atentado terrorista ocorrido no último sábado (3) em Londres, que deixou oito mortos.

Os primeiros resultados das eleições devem ser divulgados a partir da meia-noite.

Pesquisa feita pela empresa Opinium, divulgada ontem (7) pela BBC, mostra o partido do governo, Tory, com o apoio de 43% dos eleitores, contra 36% da formação liderada pelo esquerdista Corbyn.

No entanto, outras pesquisas divulgadas nos últimos dias indicavam que a distância entre os dois grandes partidos caiu, deixando a disputa quase empatada.

Antecipando o pleito em três anos, Theresa May convocou, de surpresa, no último dia 18 de abril, as eleições gerais, quando as pesquisas indicavam ampla vantagem ao seu partido, mas que foi reduzida durante a campanha.

A primeira-ministra explicou que tinha decidido adiantar o calendário eleitoral para que o Reino Unido possa contar com uma liderança estável em relação às negociações sobre a saída do país da União Europeia (UE), o brexit.

O Reino Unido tem um sistema de maioria simples, em que cada uma das circunscrições é ganha pelo candidato que consegue a maioria dos votos, e descarta o restante.

Um veterano pacifista conhecido por sua visão assumidamente socialista ganhou de forma esmagadora a liderança do Partido Trabalhista da Grã-Bretanha - um resultado que encantou torcedores e consternou aqueles que nunca imaginaram que ele poderia ser eleito.

O apoio esmagador ao deputado de extrema-esquerda Jeremy Corbyn, de 66 anos, foi um dos maiores abalos da política britânica em décadas. Sua vitória neste sábado marca uma curva acentuada à esquerda para seu partido - e vai desafiar significativamente o tom da política britânica, que agora é dominado por conservadores ligados ao primeiro-ministro David Cameron.

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"É certamente a mais alta posição na política britânica para um socialista ostensivo desde a década de 1980", disse Martin Wright, professor de história e política na Universidade de Cardiff. "É um terremoto absoluto. Isto move os quadros de referência para a esquerda e abre uma alternativa."

Considerado um excêntrico e uma possibilidade remota apenas alguns meses atrás, Corbyn ganhou muitos aliados com argumentos apaixonados para nacionalizar a indústria, aumentar a tributação de corporações e dos ricos e pregar o fim da austeridade.

Os defensores dizem que Corbyn é uma voz refrescante em um partido que vem se movendo em direção ao centro nos últimos anos.

Sob os dois últimos líderes trabalhistas no poder, Tony Blair e Gordon Brown, os trabalhistas lançaram mão de seu compromisso com a nacionalização da indústria e cortejaram setores conservadores.

A rejeição contundente de Corbyn a essa estratégia atraiu dezenas de entusiastas e simpatizantes jovens, transformando-o em uma celebridade na vida política britânica.

Muitos líderes no partido advertem, no entanto, que as ideias socialistas de Corbyn vão alienar eleitores moderados e tornarão os candidatos trabalhistas inelegíveis - condenando o partido à oposição por ainda mais anos.

Tony Blair, que liderou os trabalhistas em três vitórias eleitorais consecutivas, disse recentemente que seu partido enfrentou a "aniquilação" sob a liderança de Corbyn.

Apesar do desânimo dos caciques partidários, gritos de aplausos irromperam na sala de conferências do partido no sábado quando foi anunciado que Corbyn obteve quase 60% dos votos para a liderança. O seu rival mais próximo, Andy Burnham, teve apenas 19% dos votos. Mais de 400 mil votos foram contabilizados.

Em seu discurso de aceitação da liderança, Corbyn prometeu fazer uma Grã-Bretanha mais compassiva e disse que vai enfrentar os "níveis grotescos de desigualdade" do país.

"Os conservadores têm usado a crise econômica de 2008 para impor um grande fardo para as pessoas mais pobres deste país. A pobreza não é inevitável, as coisas podem - e vão - mudar", afirmou. Fonte: Associated Press.

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