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O ex-centroavante Jardel, artilheiro do Grêmio nos anos 90, e com uma passagem de muitos gols no futebol português, recorreu às redes sociais para falar que recuperou as chuteiras de ouro, prata e bronze que foram roubadas de sua residência, em Fortaleza. As peças foram encontradas em uma casa no bairro Luciano Cavalcante, na capital cearense.

A polícia civil do Estado do Ceará informou que um suspeito foi preso em flagrante e que um dos troféus (de ouro) já estava em fase inicial de desmanche.

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Em entrevista ao Diário do Nordeste, o jogador manifestou seu alívio ao recuperar os prêmios adquiridos ao longo da carreira. "Estou muito grato à polícia e aliviado por poder recuperar as chuteiras. Elas são de um valor sentimental muito grande", afirmou o ex-artilheiro.

Conhecido em Portugal como Super Mário, Jardel saiu do Ferroviário para o Vasco e, no clube do Rio, despontou para o cenário nacional. Em 95 se transferiu para o Grêmio e foi um dos destaques do time gaúcho na conquista da Libertadores formando o ataque com Paulo Nunes.

Em Portugal, ele manteve a fama de artilheiro e duas de suas chuteiras de ouro foram a serviço de clubes portugueses. A primeira peça dourada veio na temporada 1998/1999, quando marcou 36 gols pelo Porto. Ele repetiu a dose em 2001/2002, mas desta vez com a camisa do Sporting, ao marcar 42 duas vezes.

Após viver uma fase áurea, onde chegou a ser convocado para a seleção brasileira, o jogador viveu o declínio da carreira após envolvimento com drogas. Em seu retorno ao Brasil, rodou por vários clubes de menor expressão e encerrou a carreira em 2011.

O ex-atacante cearense Mário Jardel, eternizado no Futebol mundial pela qualidade nos gols de cabeça, denuncia que teve seus principais troféus roubados de dentro da própria casa, em Fortaleza, no Ceará. Ele pede ajuda para identificar os responsáveis pelo crime da madrugada desta quarta-feira (2).

Ídolo do Grêmio e com uma passagem vitoriosa pelo futebol português, onde foi artilheiro da Champions League, Jardel conta que teve a sala de troféus invadida e os criminosos levaram suas duas chuteiras de ouro, uma de prata e outra de bronze concedidas pela UEFA (União das Federações Europeias de Futebol).

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Considerado o maior goleador do Mundo em 1999 e 2002, ele fez um apelo nas redes sociais para recuperar os itens do seu legado.

Confira:

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O procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Sul, Marcelo Lemos Dornelles, ofereceu denúncia ao Tribunal de Justiça do Estado nessa segunda-feira (29) contra o ex-jogador de futebol e deputado estadual Mário Jardel (PSD) e outras dez pessoas. O grupo é investigado pela Operação Gol Contra, deflagrada pelo Ministério Público em novembro de 2015.

O parlamentar, que foi ídolo do Grêmio nos anos de 1990, é denunciado por organização criminosa, uso de documento falso, concussão, peculato, lavagem ou ocultação de bens, direitos e valores. De acordo com a denúncia, entre os meses de fevereiro e novembro de 2015, Jardel, o assessor parlamentar Christian Vontobel Miller, o chefe de gabinete Roger Antônio Foresta, o coordenador-geral de Bancada do PSD, Ricardo Fialho Tafas, e o chefe de gabinete da liderança do PSD, Francisco Demetrio Tafras, integraram organização criminosa com objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens econômicas mediante a prática de crimes contra a administração pública, como peculato e concussão, além do uso de documentos falsos e da lavagem de dinheiro.

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Ainda conforme o MP, as irregularidades começaram no primeiro dia do mandato de Jardel na Assembleia Legislativa. Entre os delitos, destaca-se a exigência de repasse de parte de salários e de verbas indenizatórias de servidores. O valor desviado, entre abril e novembro do ano passado, é estimado em R$ 212.203,75, aponta o MP. Entre os denunciados estão assessores, um traficante de drogas e funcionários fantasmas. A reportagem procurou nesta terça-feira (1º) a assessoria de Jardel, mas não houve resposta.

O Ministério Público do Rio Grande do Sul obteve na Justiça uma ordem de suspensão do exercício da função pública contra o deputado estadual Mário Jardel (PSD), válida por 180 dias. Uma investigação do MP encontrou uma série de irregularidades no mandato do ex-jogador de futebol do Grêmio e da seleção brasileira. Há indícios de crimes como concussão, peculato, falsidade documental, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A operação foi batizada de Gol Contra.

Na manhã desta segunda-feira (30) Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpre mandados de busca e apreensão no gabinete de Jardel na Assembleia Legislativa, assim como nas residências dele, da mãe e do irmão. Também são alvo da operação as casas do chefe de gabinete do deputado, Roger Antônio Foresta, e das assessoras fantasmas Ana Bela Menezes Nunes e Flávia Nascimento Feitosa.

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As investigações do MP, coordenadas pelo Promotor de Justiça Flávio Duarte, concluíram que existe uma estrutura criminosa instalada na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, tendo Jardel como maior beneficiário. O advogado Christian Vontobel Miller, que é assessor do parlamentar, seria um dos mentores do esquema.

A lista de irregularidades é grande. A investigação do MP indicou que o deputado exigia uma parte dos salários de todos os assessores nomeados em seu gabinete, para aumentar a sua própria renda. A quantia retida de cada um era de, no mínimo, R$ 3 mil.

De acordo com o MP, em novembro o aluguel da casa da mãe e do irmão de Jardel atrasou cinco dias e o deputado ordenou que um dos assessores fizesse o pagamento imediato. Ele pagou com cheque pré-datado e cobrou diárias fictícias para o ressarcimento do dinheiro. No pedido de suspensão do exercício da função pública entregue ao Tribunal de Justiça, o procurador-geral de Justiça, Marcelo Dornelles, ressalta que as investigações demonstram o "exagerado apego" do deputado estadual Mário Jardel "a toda e qualquer possibilidade de lucrar às custas dos servidores comissionados e, de modo indireto, do erário".

Também há indícios de fraude de diárias de viagem e valores de indenização veicular. O MP citou, por exemplo, um deslocamento feito para o município gaúcho de Santo Augusto, entre 30 de outubro e 2 de novembro. Os documentos apresentados para o Parlamento apontam que Jardel, acompanhado de um assessor, visitou a Apae da cidade e participou de cultos na Igreja Assembleia de Deus, além de encontros com a comunidade local para o recebimento de demandas. Para a viagem, foi destinado R$ 1.766,67 para Jardel e R$ 961,67 para o assessor. Só que, na verdade, Jardel retornou para Porto Alegre um dia antes.

Outro registro aponta que entre 14 e 17 de agosto, um assessor de Jardel - que é médico formado no Uruguai - viajou para Cuiabá supostamente para tratar do projeto para um banco de sangue virtual. No entanto, ele foi ao local para uma prova do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida), do Ministério da Educação, que valida diplomas obtidos no exterior. Além de R$ 1.433,67 de diárias fora do Estado, foram pagas as passagens aéreas.

Situação semelhante ocorreu em relação a uma viagem feita à Fortaleza, terra natal de Jardel. Entre 17 e 19 de junho, o advogado e assessor Christian Vontobel Miller foi até a capital cearense para tratar de um processo ao qual o deputado responde pelo não pagamento de pensão alimentícia a uma filha. Só que a justificativa para o pagamento de diárias, no valor de R$ 1.024,05, foi de que iria tratar de projetos na área do esporte.

Histórico

Em abril, Jardel já havia causado polêmica ao exonerar seu gabinete na Assembleia Legislativa e se afastar temporariamente de suas funções, sob justificativa de uma depressão. Na época, o ex-jogador, que é o único deputado estadual do PSD, disse que estava incomodado com a atitude dos servidores ligados ao seu gabinete, que segundo ele tinham o hábito de tomar decisões sem consultá-lo.

Jardel foi eleito no ano passado com 41.227 votos.

O presidente da Assembleia Legislativa do RS, Edson Brum (PMDB), disse no final da manhã desta segunda que a Casa está apoiando a ação do MP. De acordo com Brum, a maior parte das pessoas trabalha com honestidade e responsabilidade e, se alguém prática desvios, tem que pagar a conta.

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